Avec le temps qu'arbre défeuille Que sont mes amis devenus Pauvre sens et pauvre mémoire Rutebeuf (1230-1285) |
Penso que os dois versos finais* da canção "Pauvre Rutebeuf" são de Léo Ferré, mas não tenho a certeza:
Avec le temps qu'arbre défeuille Que sont mes amis devenus Pauvre sens et pauvre mémoire Rutebeuf (1230-1285) |
Penso que os dois versos finais* da canção "Pauvre Rutebeuf" são de Léo Ferré, mas não tenho a certeza:
ALBUM COMPLETO, AQUI.
Causerie
Vous êtes un beau ciel d'automne, clair et rose!
Mais la tristesse en moi monte comme la mer,
Et laisse, en refluant, sur ma lèvre morose
Le souvenir cuisant de son limon amer.
— Ta main se glisse en vain sur mon sein qui se pâme;
Ce qu'elle cherche, amie, est un lieu saccagé
Par la griffe et la dent féroce de la femme.
Ne cherchez plus mon coeur; les bêtes l'ont mangé.
Mon coeur est un palais flétri par la cohue;
On s'y soûle, on s'y tue, on s'y prend aux cheveux!
— Un parfum nage autour de votre gorge nue!...
Ô Beauté, dur fléau des âmes, tu le veux!
Avec tes yeux de feu, brillants comme des fêtes,
Calcine ces lambeaux qu'ont épargnés les bêtes!
Conversa
Sois um belo céu de Outono, claro e róseo!
Mas a tristeza invade-me como a maré,
E deixa, ao refluir, no meu lábio dormente
A lembrança ardente do limo amargo.
— Tua mão deslisa em vão sobre meu seio tenso;
O que procuras, amiga, é um local arruinado
Pelas garras e dentes ferozes da mulher.
Não procures mais o coração; as feras o devoraram.
Meu coração é um palácio invadido pela turba;
Ela se embebeda, se mata e se agarra pelos cabelos!
— Um perfume flutua em torno de vosso seio nu!...
Ó Beleza, duro flagelo das almas, tu o exiges!
Com teus olhos de fogo, luzindo como festas,
Calcina estes farrapos que sobraram das feras!
Paul Verlaine, Poèmes saturniens
Léo Ferré chante Rimbaud et Verlaine
Este poema de Aragon evoca suas recordações de vigílias enquanto médico externo no hospital Broussais.
Com efeito, os primeiros versos do poema, não incluídos na canção de Ferré, explicitam essa referência. Mas o poema musicado não deixa de citar o hospital Broussais, indiretamente, enquanto local da morte de Verlaine, «que aqui se extinguiu suavemente».
Mas Aragon, igualmente, evoca o seu período «Dada» e Surrealista. Faz referências à vida precária em Montparnasse, nos anos 1920: «avant l'autre, il faut que je parte...» Exprime a pobreza e precariedade do artista não reconhecido, com uma expressão (quase) proverbial: «Tout le monde n'est pas Cézanne».