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terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Propaganda 21 (nº 24) EM QUE SE TRANSFORMOU A PAISAGEM DOS MEDIA?

Tem a palavra uma jornalista de primeiro plano, Lara Loganque trabalhou para meios de comunicação social conhecidos, como a CBS news, por exemplo.  Ela falou numa audição, organizada pelo senador dos EUA, Ron Johnson. O seu testemunho foi gravado. Veja vídeo no link seguinte:

https://x.com/newstart_2024/status/1868350812344225979

Discurso poderoso de Lara Logan 

(Transcrição em português do Brasil, abaixo)


"Vivemos na era da guerra de informação, onde a propaganda não é simplesmente uma arma, é todo o campo de batalha. Esta é uma guerra por nossas mentes que é auxiliada por tecnologia avançada, e nunca estivemos aqui, nem em toda a história humana." 
"É um momento em que nós, como jornalistas, devemos permanecer juntos, unidos, e independentemente da política, devemos lutar pela verdade e pela liberdade. No entanto, não muito tempo atrás, permitimos que um dos nossos, Tucker Carlson, fosse rotulado como traidor simplesmente por fazer seu trabalho. Na verdade, havia muitos supostos jornalistas que estavam liderando a acusação contra Tucker, acusando-o de traição pelo simples fato de entrevistar o presidente da Rússia, Vladimir Putin." 
"E, até onde sei, não houve uma única instituição de mídia legada que se manifestou. Isso foi mais do que um ataque politicamente motivado a um homem. Foi uma traição aos princípios mais sagrados de uma imprensa livre. E meus colegas de mídia sabem que isso é verdade, não importa o que digam. Meu medo é que eles não se importem mais ou que não tenham coragem moral para serem honestos, inclusive consigo mesmos." 
"Trabalhei nos mais altos níveis da mídia como correspondente em tempo integral para o 60 Minutes, correspondente estrangeiro chefe da CBS News, correspondente estrangeiro chefe da CBS News. Essa foi minha casa por 16 anos. E como jornalista, sentei-me com líderes mundiais, assassinos em massa e terroristas. E responsabilizei pessoas de ambos os lados do corredor. Vi sofrimento e enfrentei o mal e caminhei através do fogo do inferno em campos de batalha distantes."
 "Eu enfrentei minha própria morte nas mãos de uma multidão de cerca de 200 homens no Egito quando fui estuprada em grupo, sodomizada e espancada quase até a morte enquanto estava em uma missão por 60 minutos. E ainda assim, por quase uma década, fui alvo, falsamente marcada e acusada de muitas coisas que eu não fiz. Eles atacaram meu trabalho, meu caráter, minha sanidade e meu casamento. E eu não estou sozinha. Somos muitas." 
"E não desistiremos, e não cederemos. Para aqueles que desejam sentir a ideia de liberdade de expressão na América e em todo o mundo, empresas de mídia. Instituições e escolas de jornalismo falharam com todos nós." 
"E por muito tempo permitimos que organizações sem fins lucrativos se disfarçassem de vigilantes da mídia apartidária, quando na verdade são pouco mais do que propagandistas políticos e assassinos altamente pagos, cuja única razão de existir é esmagar qualquer um que fique em seu caminho e, junto com eles, as ideias há muito acalentadas e estimadas de liberdade de expressão, pensamento livre e mentes livres." 
"Este é um esporte sangrento para eles. Seus aliados políticos e seus mestres de marionetes. Eles sabem como matar um jornalista sem assassiná-lo. Nós chamamos isso de cultura do cancelamento. Na verdade, é uma sentença de morte. E eles escapam porque têm domínio da informação. Alguns são fortes o suficiente para sobreviver, mas apenas alguns, como Glenn Greenwald, Tucker Carlson, Matt Taibbi." 
"Apenas alguns como eles conseguem atingir maiores alturas e prosperar. Essas organizações sem fins lucrativos das quais estou falando fazem parte de uma vasta rede de censura que inclui agências governamentais. Eles usam o engano para mascarar suas ações com objetivos elevados, como impedir a disseminação de desinformação, ou discurso de ódio. Eles usam frases como proteger a democracia e não se engane, as palavras importam." 
"A mídia está colaborando com agências governamentais e agentes para censurar e moldar o campo de batalha das informações, para justificar certas ações. Por exemplo, quando o presidente dos Estados Unidos ameaça os não vacinados, dizendo que nossa paciência está se esgotando, e os acusa de colocar comunidades em risco, suas palavras são projetadas para justificar ódio, censura e intimidação." 
"E quando o vice-presidente compara o 6 de janeiro ao 11 de setembro e a Pearl Harbor, é um predicado para silenciar a oposição e justificar a armamentização do sistema de justiça. Já estamos testemunhando outra operação de modelagem para influenciar o resultado da eleição de 2024. Desta vez com a falsa alegação de que se um lado vencer, será o fim da democracia." 
"Essa mentira foi planejada para garantir um resultado específico e sabotar a liberdade de expressão mais uma vez. Fundos de contribuintes, de  trabalhadores americanos, estão sendo distribuídos no estrangeiro a contratados pelo Escritório de Iniciativas de Transição da USAID, ou do Escritório de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho do Departamento de Estado." 
"Esses contratados, muitos deles fanáticos ideológicos, que nem são funcionários do governo dos EUA, frequentemente ganham mais de um quarto de milhão de dólares por ano e estão fora do alcance, Senador, de você e de comitês como este. Eles distribuem dinheiro dos contribuintes para programas que são moldados por ONGs altamente partidárias, que se escondem atrás de termos como diálogo inter-religioso, quando na verdade estão financiando escolas muçulmanas que treinam terroristas islâmicos, como fizeram na Malásia." 
"Outro exemplo é a Humanist International. Por meio dela, o Departamento de Estado está financiando bolsas de ateísmo que cultivam ativamente uma rede de advocacia ateísta no Nepal. Isso não é apenas para atacar a religião e manipular a política externa. É um ataque à liberdade de expressão, à fé e a Deus. Embora propaganda e censura não sejam novas, a tecnologia significa poder e alcance sem precedentes nas mãos de poucos." 
"Empresas como Facebook, Instagram e Google, como você ouviu muitas vezes hoje, foram autorizadas a acumular poder de monopólio. E, como resultado, elas não apenas alcançam bilhões de pessoas em todo o mundo, a cada segundo do dia, como também têm controle absoluto sobre o que vemos e ouvimos. Imagine essas ferramentas nas mãos de Lenin, Stalin, Mao, Hitler." 
"Quando os Pais Fundadores colocaram a liberdade de expressão em primeiro lugar, não foi por acaso, foi por design. Os direitos que se seguiram foram em parte criados para proteger a Primeira Emenda. Sem ela, eles sabiam que a própria liberdade pereceria. Lembro-me hoje das palavras ditas pelo Secretário de Relações Exteriores britânico, Sir Edward Gray, em 1914, no início da Primeira Guerra Mundial." 
"Ele disse, as lâmpadas estão se apagando por toda a Europa. Não as veremos acesas novamente em nossa vida. Estamos mais uma vez observando as luzes da liberdade. Elas estão se apagando aqui e em todo o mundo. E cabe a nós determinar se elas serão acesas novamente, algum dia."(*)

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(*) Veja também transcrição em inglês da intervenção de Lara Logan, pelo Prof. Paul Craig Roberts:

https://www.paulcraigroberts.org/2024/12/19/the-american-media-is-a-collection-of-whores-who-prostitute-themselves-for-money/



quinta-feira, 14 de novembro de 2024

FUTEBOL EM AMSTERDAM & ENCOBRIMENTO DO GENOCÍDIO DE GAZA

 PROPAGANDA 21 (nº23)



Nós já sabíamos que os «nossos» governos ocidentais estavam completamente alinhados com o imperialismo americano.

Sabíamos que - por ordem deste - os governos ocidentais tinham imolado as suas próprias nações no altar da "pátria banderita", para levar a guerra à Rússia como «cruzados» que, mentalmente, permanecem cerca do ano 1100 AD.

Agora, a média corporativa, propagandista do «status quo ocidental», entusiasma-se na defesa dos sionistas fanáticos, disfarçados em «claque» da equipa israelita de futebol que foi disputar, na semana passada, uma partida em Amsterdam.

O comportamento dos governos europeus ocidentais é a expressão mais acabada do ruir daquilo que os próprios (ou seus antepassados) consideravam uma das marcas da civilização: "A lei é igual para todos, quem infringir a lei tem de ser sancionado". Princípio integrante do Estado de Direito e cerne da chamada «democracia liberal».

Neste apêndice do vasto continente euroasiático, que é a Europa Ocidental, só resta a casca vazia da «democracia liberal». Ou... nem sequer isso: Pois até esta capa, os próprios governantes não se importam de rasgá-la.

Deveria eu ficar feliz, perante um erro tão grande e revelador dos que ocupam as cadeiras do poder? Mas, não; afinal, eles têm podido fazer isto e muito mais, porque a cidadania não reage, ou reage segundo o modelo de reflexos pavlovianos mais caninos que se possa imaginar (peço desculpa aos cães, são mais inteligentes que isso, na verdade). Fico, por isso, profundamente triste e preocupado.

O artigo de Jonathan Cook, jornalista independente que vive em Nazareth, na Palestina ocupada, é suficientemente claro e detalhado para que eu me limite ao curto texto acima e passe logo a palavra ao autor:

 https://www.jonathan-cook.net/2024-11-11/genocide-victims-israel-football-thugs/


NOTA: ESTE VÍDEO DESMASCARA O FACTO DAS NOTÍCIAS DA MEDIA CORPORATIVA ASSUMIREM QUE OS AGRESSORES ERAM MUÇULMANOS, E OS ADEPTOS DA EQUIPA MAKABI FORAM OS AGREDIDOS. FOI EXATAMENTE O CONTRÁRIO. CONFIRMA A FOTÓGRAFA E JORNALISTA QUE FILMOU AS CENAS. OS AGRESSORES TINHAM AS CORES DA EQUIPA ISRAELITA (AMARELO, AZUL CLARO E AZUL ESCURO). VEJAM:


PS1: NOVOS INCIDENTES ENVOLVENDO CLAQUE SIONISTA NUM JOGO DE FUTEBOL EM PARIS, UMA SEMANA APÓS OS INCIDENTES DE AMSTERDAM. LEIA ARTIGO DE MIKE WHITNEY, AQUI.

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Relacionado:


https://www.jornalmudardevida.net/2024/11/18/amesterdao-fascismo-e-sionismo-de-maos-dadas/#comment-6898

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2024/11/apelo-internacional-de-1100-escritores.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2024/10/israel-ataca-as-nacoes-unidas-thierry.html

domingo, 1 de outubro de 2023

PROPAGANDA 21 (Nº19) : O GORILA INVISÍVEL


 Vídeo de uma experiência em psicologia social: Para melhor compreensão do que é falado, pode ligar as legendas (em inglês) [CC]. O prof. Dan Simons explora o fenómeno da inatenção não-intencional.



Comentário:

Na sequência da visualização do pequeno vídeo acima, julgo que o leitor concederá que esta experiência - que tem sido repetida muitas vezes, em várias circunstâncias - significa que grande número de pessoas, embora atentas, não conseguem aperceber-se do gorila que aparece no meio do jogo. Se viram com atenção o vídeo acima, uma das coisas que se pede aos sujeitos da experiência, que visualizam a curta sequência filmada, é que eles foquem a atenção no número de vezes que os jogadores passam a bola uns aos outros. A elevada percentagem, cerca de metade, das pessoas que «não veem» o gorila, não é constituída por pessoas desatentas, pelo contrário. São as que têm sua atenção intensamente focalizada no que lhes foi pedido, na contagem do número de passes da bola que efetuam os jogadores.

Esta experiência, ou conhecimento de psicologia daí decorrente, está na base de muita da manipulação de massas no universo mediatizado. Não estou a dizer que ela seja aplicada diretamente pelos psicólogos sociais ao serviço dos diversos poderes. Quero antes chamar a atenção para situações reais, análogas da experiência com o gorila. São ocorrências banais na realidade político-mediática. Trata-se duma fórmula, ou truque de «magia», quotidianamente usada. Refiro-me à fabricação de «notícias», ao empolamento ou multiplicação de notícias verdadeiras, mas irrelevantes. Elas saturam os espaços mediáticos (Internet, TVs, jornais, rádio), especialmente quando se passa algo desagradável para os poderes, como um fracasso, ou o desvendar dum escândalo. Para as massas ficarem iludidas, é preciso que a «realidade» fabricada seja constantemente reforçada; não pode aparecer algo (como o gorila), contradizendo a narrativa única.

Outra técnica análoga, é hipertrofiar um dado aspeto - secundário - duma notícia importante, cujo significado negativo para os poderes, não sendo possível ocultar, tem de se minorar. Nem sempre é possível passar sob silêncio factos importantes e que põem em causa, ou desmascaram, a «aristocracia» globalista. Podem os factos ser de tal modo, que seja positivamente impossível negar, ignorar, como se eles nunca tivessem ocorrido. O «plano B» será, então, a focalização do público nos aspetos irrelevantes ou secundários («quantas vezes os jogadores passam a bola?»). A insistência nesses pormenores, tem a função de desviar a atenção do público. Assim, muitas pessoas acabam por passar ao lado do que é objetivamente importante numa dada notícia. NÃO haverá reflexão crítica, numa parte do público recetor dessa notícia.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

PROPAGANDA 21 Nº15: A GRANDE BOLHA MEDIÁTICA QUE TUDO RECOBRE


Nós estamos inseridos numa espécie de «Matrix», ou seja, numa redoma em que o Universo nos aparece através dos filtros cuidadosamente calibrados para que, aquilo que se convenciona ser «a realidade» ou a perceção da mesma, não seja disruptiva, não afete o moral das tropas, não lhes permita ver através duma brecha, algo que não seja conveniente aos nossos Senhores Feudais

Em suma, a nossa capacidade crítica tem de ser completamente anulada ou muito diminuída, incluindo táticas de propaganda de guerra, que antes da era da Internet, eram dirigidas e aplicadas contra os países «inimigos» do nosso. Lembro a enorme máquina de propaganda Ocidental e Americana, que foi montada e desenvolvida para os países de Leste e da URSS, em particular, com «notícias» destinadas a mostrar a sociedade capitalista como infinitamente melhor que as suas, apontando e amplificando os contrastes desfavoráveis para os sistemas ditos de socialismo real. Não está aqui em jogo saber se o socialismo real  era de facto socialismo, ou se era outra coisa. Todas as sociedades têm aspetos negativos e todas têm aspetos positivos também. A propaganda é verdadeiramente uma arma de guerra, como foi  reconhecido por Edward Bernays há um século. Tem sido o principal instrumento de domínio das classes «superiores» sobre as populações, desde então. 

Não admira, portanto, que a «guerra informativa» seja levada a cabo pelo império anglo-americano, contra a Rússia e a China e vários países que se têm oposto à globalização capitalista. Mas, devo sublinhar que num mundo de informação globalizada, necessariamente, a guerra de informação tem de abranger tanto populações «inimigas», como «amigas», tanto um público doméstico, como um estrangeiro. Não pode ser de outro modo, pela natureza global do sistema mediático e pela impossibilidade de se cortar o acesso à Internet de forma demasiado óbvia, devido ao efeito desastroso, que os iria desmascarar. 

Ainda assim, têm feito muito no complexo «militar-industrial-policial-tecnológico-mediático» para o domínio das nossas mentes.  As catadupas de propaganda constante que se apresentam como «notícias», são - na verdade - o modo mais eficaz para distorcer a imagem da realidade no público, sem que este suspeite disso. O público está convencido que pode confiar nos media da sua escolha, da sua confiança política, sejam estes «mainstream», ou «alternativos». A distorção é eficaz, porque deriva da própria parcialidade das pessoas: Todos nós temos preconceitos, sobretudo no que toca a assuntos de política, de sociedade, de valores, de ideologias. 

A «ciência dos media» é uma psicologia aplicada, usa os avanços do saber fundamental em psicologia. Edward Bernays, no princípio do século XX, serviu-se do modelo psicanalítico e adaptou-o à sua teoria das Public Relations. Aliás, ele escreveu o famoso livro «Propaganda»; porém, depois viu que o termo propaganda tinha adquirido conotação negativa, após o III Reich e a IIª Guerra Mundial, e inventou a expressão Public Relations. 

Desde Bernays e desde Freud, muito se descobriu em relação à psicologia, ao estudo do comportamento humano, ao estudo da sociedade, das interações individuais e coletivas, da forma como a mente se apercebe do real, como as memórias se formam, como são modificadas e atualizadas, etc.

Na guerra da informação em curso, não existe um lado «bom» e um lado «mau». Todos os lados fazem a sua propaganda, todos os lados usam e abusam do seu controlo sobre meios de comunicação de massa para manter ou reforçar os preconceitos no público. 

Se existe arte «maquiavélica», é esta da comunicação mediática, acoplada - como gémea siamesa - à política. Se o que parece ser, é... então para que algo se insira nos nossos neurónios cerebrais, é preciso que haja um «efeito de realidade», que as pessoas «aprendam» a ver e interpretar as coisas, tal como os «senhores feudais» querem. Para esse fim, os poderosos dispõem do acesso ilimitado aos media, à máquina administrativa dos Estados, para exporem e defenderem as suas posições, além de poderem anular a informação dissidente através de blackout ou censura (hoje em dia, no Twitter, Facebook, Youtube...) e com a distorção e difamação dos pontos de vista contrários, sem que os atingidos possam defender-se eficazmente.

 Porém, há um aspeto não evidente do controlo mediático: A torrente constante de «notícias» triviais, misturadas com assuntos importantes, tem o efeito ao nível subconsciente, de fazer equiparar tudo o que chega ao conhecimento do indivíduo. Não se trata de relativizar a informação, o que seria positivo, mas de menosprezar tudo por igual, o que impede de ver o que é importante. Este efeito de «overflow» anula a possibilidade da construção de uma visão pessoal do mundo e do real. As pessoas das sociedades híper-conectadas mostram uma surpreendente ausência de «Weltansschauung». Para muitas, as coisas acontecem «por acaso», ou sem existir relação de umas com as outras. Para esta incapacidade de compreender o mundo, contribui o caos propositado dos fluxos contínuos de notícias. Em consequência, a lógica da narrativa dos media sobre um dado assunto é (inconscientemente) apreendida como correta, também porque é reproduzida pelas inúmeras bocas da hidra mediática.


Reflexão: Às vezes, sonho com o desaparecimento da Internet e das formas de informação de cima para baixo, que veiculam uma certa imagem do Mundo, como a televisão, a rádio, os grandes jornais, a escola, etc. Mas, isso não teria só lados positivos, com certeza. Muito mais realista será encontrar maneira de viver com estes meios, sabendo que não são neutros, que nunca o foram, que estão intrinsecamente ligados ao modo como é exercido o poder. Por outro lado, se a nossa mente está aberta e crítica, conseguimos nutri-la com informação consistente e com pensamentos originais, criativos. Para não «deitarmos fora o bebé com a água do banho», é preciso nos (auto) educarmos no domínio da comunicação, recorrendo a ciências tão variadas como a psicologia social, a neurologia, a etologia comparada, a evolução biológica.

NOTA: Gostaria que o modesto contributo desta série «PROPAGANDA 21», fosse o de chamar a atenção dos leitores para a importância da comunicação de massas. O exame crítico da informação que nos envolve é o meu objetivo, não é inculcar-vos qualquer  ponto de vista sobre estes assuntos.

PS1: Veja este vídeo com excertos de conversas de Andrew Tate (a partir dos 29 min.) e veja a razão real porque foi banido da Internet. Eles usam a falsa acusação de misoginia, como cobertura para a descarada censura política que fazem.