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sexta-feira, 19 de julho de 2019

LOCALIZAÇÕES SECRETAS DE BOMBAS NUCLEARES NA EUROPA REVELADAS POR ENGANO



                  




Uma «gaffe» embaraçosa comprometeu seriamente a segurança das defesas da NATO e a sua eficácia, depois de um documento público, inadvertidamente, ter revelado demasiado. 

Um organismo pertencente à NATO, chamado o Comité de Defesa e Segurança da Assembleia Parlamentar da NATO, publicou um rascunho de relatório em Abril passado sob o título «Uma nova era para a dissuasão nuclear? Modernização, controlo de armamento e forças nucleares aliadas», especificamente atribuído a um senador canadiano. Numa monumental fuga de informação acidental, o documento realmente identificava as localizações das armas nucleares americanas estacionadas em toda a Europa, o que é considerado informação altamente classificada. Via The Sun (UK)

Embora a informação divulgada acidentalmente tenha sido rapidamente suprimida, depois de ter chamado a atenção de funcionários da NATO, o quotidiano belga De Morgen reportou a falha, após o que esta notícia se tornou viral. O título da notícia no quotidiano belga De Morgen afirmava: “Finalmente, preto no branco: existem armas nucleares americanas na Bélgica.”

O documento revelava a localização secreta de 150 engenhos nucleares em várias bases «especificamente, bombas de gravidade B-61»

O relatório identificava, na secção entitulada “A postura nuclear da NATO”, subsequentemente republicada pelo De Morgen, a seguinte informação classificada:

“Estas bombas estão armazenadas em seis bases europeias e dos EUA— Kleine Brogel na Bélgica, Büchel na Alemanha, Aviano e Ghedi-Torre em Itália, Volkel nos Países Baixos e Incirlik na Turquia.”


A versão corrigida da edição final do documento foi republicada na semana passada, com as localizações dos armamentos nucleares eliminadas.

Facto interessante, a Itália é que mantém a maior quantidade de bombas nucleares dos EUA – entre 60 e 70 – com a Turquia e Alemanha também a guardarem um número elevado, o que é preocupante, no caso da Turquia, dadas as tensões sobre o negócio com os mísseis russos S-400. 

Tal quantidade de arsenal nuclear no solo europeu é herança e continuação da acumulação histórica durante a Guerra-Fria, quando Washington estava envolvida na batalha para contrariar a expansão soviética na Europa, o que também permitiu que os aliados não tivessem de se equipar com suas armas nucleares próprias.


Via Statista: “O B61 é uma bomba termonuclear, estratégica e táctica, de gravidade, que se desintegra numa implosão em dois estádios. Pode de ser utilizada em vários aviões, F-15E, F-16 e Tornado. Pode ser lançada a velocidades até Mach 2 e a altitudes tão baixas como 50 pés, neste caso tendo um lapso de 31 segundos antes de explodir, permitindo que o avião tenha tempo de escapar da onda de choque da explosão.”

Os jornais europeus desta semana publicavam títulos chocantes e alarmantes acerca desta revelação. Sem dúvida, ela revela uma situação perigosa, dado o recente colapso de um tratado do tempo da Guerra-Fria, que mantinha os sistemas de lançamento de mísseis fora da Europa, o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio (INF).

Segundo uma declaração oficial da NATO, publicado no The Washington Post, o documento não foi originado no seio da própria NATO, mas pelo grupo parlamentar da assembleia da NATO, especificamente, dum dos membros da aliança, o Canada. Na declaração da NATO no Post diziam: “Não tecemos comentários sobre a postura nuclear da NATO.”

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