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quinta-feira, 24 de novembro de 2022

POLITIZAÇÃO DA CIÊNCIA DO CLIMA & COP27

 Ao lermos sobre o resultado da COP27, nomeadamente a criação de um fundo de reparação/compensação do clima podemos ficar embevecidos com tanta «generosidade» dos países ricos e dominantes mundialmente. Estes fundos vão - na verdade - servir o mesmo fim que as famosas taxas carbono, criadas e desenvolvidas para refazer a liquidez dos grandes bancos «sistémicos», numa etapa da mercantilização dos assuntos do clima. Temos agora mais este mecanismo, inventado sobretudo para satisfazer o sentimento de «do gooder» (bonzinho) dos «ativistas climáticos» e dos seus sponsors da oligarquia ocidental. 

A ciência do clima foi completamente afundada na onda de demagogia que se acelerou, sobretudo após o ano 2000. Este transformar da climatologia numa questão política, é impulsionado pela ONU, com o seu «painel intergovernamental para o clima», logo uma estrutura política. Assim, se proporcionava o nascimento dum capitalismo «verde», destinado a fazer  «reconversão industrial» ou, a pomposamente chamada «4ª Revolução Industrial», por Klaus Schwab e seus epígonos. 

Aquilo a que assistimos é ainda mais triste que a história do «COVID-19». Aliás, tanto a narrativa do covid, como das alterações climáticas, fazem parte integrante do cenário de controlo globalista, com organizações que deveriam estar fora e acima da política, como a OMS, transformadas em veículos de fundações de multimilionários (ex. Bill Gates), ou de grandes farmacêuticas (Glaxo, Pfizer, ICI, etc). Sabemos que «quem paga, manda», ora estes interesses privados multimilionários são doadores da maioria dos fundos para o funcionamento da OMS, apesar de esta ser teoricamente uma estrutura intergovernamental (os estados membros contribuem com sua quota).

O lado negro das chamadas conferências climáticas é que o mundo está sendo encerrado dentro de uma redoma de «leis» que são totalmente alheias às vontades e às necessidades dos povos. Tem estado a ser criada, paulatinamente, uma estrutura financeira que não está subordinada a qualquer Estado em particular. Esta estrutura financeira global é - afinal de contas - controlada pelos grandes empórios financeiros e bancários. São eles que controlam o fluxo de dinheiro internacional. São eles que subtilmente vão canalizar fundos para este ou aquele projeto. 

Não pensem que existe um input significativo dos povos, ou mesmo dos seus governos, nesses projetos onde são utilizados fundos obtidos através das «taxas carbono» ou, agora do «fundo climático de compensação». Os que estão nas instâncias «técnicas», são um exército de burocratas (não são eleitos), em cargos do FMI, OMS, Banco Mundial, ou OCDE, são eles que controlam a atribuição de créditos a projetos nos vários países. A banca «sistémica», além da sua intervenção direta neste processo, tem um outro grande incentivo, visto que estas somas colossais vão parar aos seus cofres, vão circular nos mercados financeiros e  contribuem muito para o seu funcionamento. Com efeito, segundo o sistema bancário de reserva fracionária, os bancos não têm obrigação de cobertura a 100 % dos empréstimos que fizerem. Os graus de cobertura são variáveis, mas chegam a ser apenas de 10%. Isto significa que um banco está sempre a emprestar dinheiro, que não é dele próprio.  Quanto maiores forem os ativos presentes nas contas de balanço dum banco (não importa que uma grande parte seja dos clientes e não deles), mais poderá emprestar a juros e maior será o seu lucro. 

A coberto da «virtuosa» compensação «climática», estão a desviar-se colossais somas dos Estados, pondo-as nas mãos da finança internacional, ou seja, da oligarquia global dos banqueiros. Assim, as prioridades de investimento já não serão determinadas pelos Estados nacionais, onde os cidadãos poderiam - teoricamente - ter a sua palavra a dizer. Agora, os mais importantes investimentos, sobretudo em países pobres, serão feitos e dirigidos diretamente por uma burocracia internacional, sob forma de «joint ventures» e de «parcerias público-privadas», segundo o querer dos multimilionários que controlam as organizações supracitadas.  


            https://www.meer.com/en/66417-child-labour-and-child-slavery[José Ramos Horta]

Quanto à montra mediática das «COP», sua não eficácia não é resultante de ignorância: É devido ao facto de estarem muito mais polarizadas em torno do «business», tais como os painéis solares e as eólicas. No estádio em que se encontram estas tecnologias, elas são, sobretudo, mais duas fontes de poluição, pois as matérias-primas de que são feitas, são extraídas à custa de trabalho escravo infantil e com graves prejuízos ecológicos, nos países do Terceiro Mundo. Mas, isto passa-se longe da vista dos sensíveis ecologistas de pacotilha. Além disso, as eólicas e painéis fotovoltaicos que deixaram de estar funcionais, são depositados em «cemitérios», ou seja, não há reciclagem dos materiais porque, dados os custos associados à extração das matérias-primas neles encerradas, não seriam operações rentáveis!

                              Foto: «Cemitério» de palas de eólicas

Assim vai o Mundo! Dai-vos ao trabalho de ir procurar boas fontes de informação e não confiai nas «notícias» nas diversas media. 

Apenas assim, teremos um recuo para ver as questões num tempo longo: O da vida humana, o das civilizações e o dos ciclos naturais.


quinta-feira, 11 de novembro de 2021

CRISES ABENÇOADAS (PELOS PODERES)

Atribui-se a Winston Churchill a famosa frase « Nunca deixeis uma boa crise ser desperdiçada». Ao longo da história, as classes dominantes sempre usaram as crises - toda a espécie de crises - para tirarem vantagem sobre as populações, sobre as que eles governavam. Vantagens tanto em termos materiais, como uma maior extração de renda, através de mais impostos ou taxas, como em aumentarem o controlo, a maior capacidade de exercerem repressão, de intimidar e dissuadir os competidores ou os contestatários.

Foi no contexto da II Guerra Mundial, que Churchill disse a célebre frase; tratava-se do momento em que as cartas eram redistribuídas, as peças eram reorganizadas no xadrez político e económico mundial.
Desde então, não têm faltado momentos de crise: a guerra contra as drogas, a guerra contra o terror, a histeria do COVID e a chamada «crise climática». Todas elas, têm servido de pretexto para quem nos governa (e oprime), se tenha aproveitado para abocanhar um pouco mais de poder, à custa das nossas liberdades e garantias, da nossa subsistência económica.

De todas as crises, as mais acarinhadas pelos Estados e governantes são as guerras, pois permitem que, diante do perigo, a população fique esmagada, numa postura de submissão e que trema de medo. Perante o perigo de invasão ou derrota, submete-se «voluntariamente», da  forma mais abjeta. A população, condicionada por toneladas de propaganda, vai em massa saudar e engrossar as fileiras dos que vão «sacrificar-se pela Pátria».

Há outra frase célebre, esta devida a Randolph Bourne: "A guerra é a saúde do Estado." A mentalidade implícita na mesma explica a utilização, pelos governantes, dos termos bélicos: Tudo é uma guerra, a «guerra contra a droga», a «guerra contra o terror», a «guerra contra a pandemia viral», a «guerra contra o aquecimento climático», etc.
O facto das pessoas serem gregárias, num certo sentido, não as devia inibir de pensar criticamente, de se distanciarem dos aspetos emotivos de certas situações e de tentar compreender as lógicas subjacentes aos poderes, aos seus discursos e, sobretudo, aos seus desempenhos.

Boris Cyrulnik, um distinto médico e investigador dos mecanismos associados com a superação dos traumas (inventor do conceito de «resiliência») fala de pensamento "preguiçoso". É uma forma de pensamento que faz com que o indivíduo se sinta de novo confortável, depois de sentir angústia, medo, desamparo. Este é o pensamento que permite ao indivíduo ser reconhecido pelos outros como seu parceiro, como outro da sua espécie, dentro do rebanho. Para o indivíduo que experimentou grande angústia, que sentiu medo, o facto de permanecer junto com outros, fá-lo sentir-se protegido, fá-lo sentir-se forte, capaz de enfrentar as dificuldades. É natural, faz parte da condição humana, mas é explorado de todas as maneiras possíveis pelos poderes. Eles, simplesmente, desencadeiam o medo, a aflição, a angústia nos indivíduos, para os desestabilizar, para estes se agregarem ao rebanho, à manada. No final do século XIX, Gustave Le Bon já tinha descrito com rigor os mecanismos de condicionamento, que levam as massas a comportar-se de maneiras que seriam impossíveis de imaginar em indivíduos isolados.
Os poderosos não usam apenas o medo, usam também a ganância, a ambição, a inveja e outros sentimentos mesquinhos para com os semelhantes. Têm feito isto com enorme desplante, usando os ensinamentos de Edward Bernays, servindo-se de toda a panóplia de coerção desde campanhas «de imagem», até ao extremo da «lavagem ao cérebro», para conseguirem conformidade, adesão e submissão dos súbditos.

Na era do globalismo, a dominação duma classe já não se pode meramente confinar (nem é observável) às fronteiras de um Estado. É frequente ver os dirigentes dos diversos Estados «dobrar o joelho» diante das instituições do globalismo, nas cimeiras que são afinal cerimónias, teatros. Porém, estes teatros do poder são indispensáveis. Tal como nos tempos em que reis se faziam coroar, em grande pompa e mandavam pintar seus retratos com mantos de arminho, fronte cingida de coroa de ouro com pedras preciosas e empunhando um cetro. Hoje, os dirigentes de grandes e pequenos Estados vão procurar legitimação nas cimeiras, estes espetáculos de poder, para mostrar ao «vulgo» que ele não tem lugar aí, que deve submeter-se às decisões tomadas pelas personalidades "protagonistas" das ditas cimeiras.

Enquanto nas cerimónias dos tempos feudais, o povo era representado por alguns burgueses escolhidos, que participavam para demonstrar que «a Nação» estava com o monarca, agora são as ONGs (Organizações Não-Governamentais) que se desdobram para fazer o «folklore» e algumas críticas superficiais aos governos e Estados, ao mesmo tempo que vão comer à mão dos mesmos. As ONGs são fundamentais para o Estado e por isso, elas são toleradas. Em que é que são fundamentais? Pois além de representarem o «povo» nessas cimeiras cerimoniais, têm a virtude inestimável de fazer passar as políticas dos governos, como se estas pudessem ser um «progresso», um «avanço», uma «conquista» das pessoas comuns, das pessoas idealistas que se reveem nos ideais propalados pelas mesmas ONG's. É que o Estado, embora não pareça, está bastante desacreditado e, por isso, não tem ilusões de que consiga diretamente promover suas políticas. Isso foi assim com os ditadores dos meados do século XX, não apenas com Hitler e Estaline, também Mussolini, Franco, Salazar, Perón, etc. Eles faziam caucionar as suas políticas pelo povo. O povo era convocado pelos ditadores em grandes comícios, onde, por efeito  hipnótico, passava uma corrente do chefe carismático, para as pessoas. 
Hoje, os meios são diferentes, é preciso dar a ilusão de democracia, de que existem várias opções. Por isso, existem partidos diversos, mas não existe uma política diversa. São todos, pró-neoliberais, pro-globalistas, pró-vacinas obrigatórias, pró-combate ao aquecimento global, pró-zero_carbono, etc.
Para demonstrar seu compromisso, os «verdes» ou os «esquerdistas» (de ontem) insistem em assumir as diretrizes do grande capital. E não se ficam por aqui, pois vão mais longe, para impressionar as suas bases. Veja-se o entusiasmo com que adotam medidas de todo-vacinas, com os seus corolários de restrição das liberdades, de discriminação das pessoas; como adotam medidas que implicam um «imposto verde», uma «taxa-carbono». Na verdade, isso não é de espantar, pois estas pessoas são militantes de estruturas autoritárias (têm uma mente configurada para estas estruturas), querem mostrar que «se eles fossem poder, aí sim, isto iria ser a sério»...
Nisso, estes partidos, grupos e ONGs, por muito ambientalistas, anti-capitalistas, etc. que se proclamem, são, nada mais, que «uma roda» dos Estados. São parte integrante do aparelho de Estado alargado. A sua ambição máxima é participar no círculo do poder: Desejam participar - ao máximo possível - na definição das políticas dos Estados. 
Por isso, qualquer pessoa que se identifique, que siga, vote, apoie estes grupos, está na realidade a ser conivente com a perpetuação do sistema. Pode ser conivente sem o saber, sem ter consciência disso. Creio que mais de 90% dos simpatizantes estão nessa categoria. Mas, sabedores ou não, eles estão a colaborar numa política ao contrário daquilo que aspiram profundamente! 
Então, porque não abrem os olhos e não vêm as coisas com olhar crítico?

- Primeiro existe a propaganda, que é muito poderosa sobretudo, porque impede que tomem verdadeiro conhecimento dos factos e argumentos que venham contrariar as teses centrais dos seus líderes de opinião; depois, existe o efeito de grupo, o gregarismo, o medo de ser excluído do seu círculo de amigos; e, finalmente, porque a educação não é mais do que amestramento, as pessoas não são educadas a examinar criticamente os argumentos, mas a «decorar», isso significa que estão habituadas a papaguear o que ouvem sobre o «aquecimento climático», «a pandemia de COVID», etc. Mas, perante quaisquer discursos que divirjam de forma significativa do dogma, funciona o reflexo «identitário»: «estes, não são dos nossos; são os tais que, e que, etc.»

Claro que, em nenhum domínio, a propaganda pode dar soluções verdadeiras. Pode apenas reforçar os poderes. Mas, chega-se a um ponto em que a propaganda já não tem capacidade para ocultar. Neste ponto, dá-se o colapso, dá-se a perda total da confiança: Na economia, isso chama-se hiperinflação; na sociedade, chama-se revolução. As forças de repressão, nessa ocasião, estarão bem equipadas para reprimir com a brutalidade toda, a revolta do povo, que entretanto acordou e percebeu que foi espoliado, enganado, abusado. 
As classes possidentes é que fazem as revoluções. É um facto bem assente, basta pensar nas oligarquias, por exemplo, a francesa nas vésperas de 1789, ou a russa, nas vésperas de 1917.

Mas, nem tudo é negro, pois os globalistas têm tentado abarcar o mundo na sua totalidade. Ora, a complexidade deste mundo é tal, que me parece impossível eles obterem mais do que um domínio temporário e parcial, isto é, sobre as partes do mundo nas quais conseguem um certo grau de controlo. No longo prazo, sabe-se que todas as organizações que ultrapassam os limites da sua funcionalidade, com o seu gigantismo, com a extensão enorme das redes de comunicações e a fragilidade de todo o edifício do poder, acabam por soçobrar.

sábado, 17 de abril de 2021

A FETICHIZAÇÃO: ARMA DE CONTROLO E OPRESSÃO



A minha reflexão parte da seguinte constatação: 
A verdadeira questão não é as "performances" de um instrumento, mas sim nas mãos de quem ele está.

Este princípio aplica-se a muitas situações. 

Por exemplo, uma arma de fogo bem pode ser um excelente exemplo de tecnologia industrial, de grande qualidade técnica, etc... Mas isso, importa muito menos do que as mãos que seguram essa arma; se as mãos são as dum tresloucado, de um guerrilheiro, de um soldado que combate numa guerra, etc.

O mesmo se aplica em relação ao Estado, quando este é considerado «instrumento de organização da sociedade e de redistribuição da riqueza»: poderá estar nas mãos de uma oligarquia, de um ditador, dum pequeno grupo «revolucionário»... mas, também, nas mãos de corruptos políticos, mesmo que as leis básicas e a organização desse Estado sejam as mais democráticas...

Ao dinheiro que, em si mesmo, não é um bem ou um mal, aplica-se o mesmo princípio: pode ser usado de forma a promover o investimento produtivo, o bem-estar da população, a consolidar e renovar infra-estruturas dum país, a educar de forma adequada as futuras gerações, etc... mas também pode ser usado para a especulação, para favorecer ainda mais os que já estão muito favorecidos, para acumular riqueza, para esbanjar em luxo, etc. 

Mesmo a Natureza, obedece a esta regra: a Natureza é fonte de recursos para a humanidade, mas não deve ser vista como algo que se pode usar de modo egoísta. 
Quem detém o controlo sobre áreas vastas e não modificadas pelo Homem, como os parques naturais, as reservas da Natureza, a protecção de espécies e paisagens, deve ter uma atitude respeitosa, prudente, conservacionista. 
Mas, pensemos nos chamados capitalistas verdes, eles utilizam a Natureza como pretexto para implementar uma política regressiva. Apesar da retórica «de esquerda», vejam-se as políticas liberticidas e eugenistas lançadas pelos oligarcas mais poderosos (Gates e companhia), sob pretexto de salvaguarda da sustentabilidade do Planeta.

O que importa, sobretudo, é aquilo que se faz com o instrumento. Isto é válido, em relação a qualquer objecto, natural ou tecnológico, ou ainda, em relação a qualquer organização/instituição na sociedade e à sua cota parte de poder na mesma. 

Daí que a fetichização, quer dos objectos, quer de organizações, apesar de tão comum que passa despercebida, é indício dos problemas, nesta civilização materialista, consumista, desenraizada.

No caso das armas ou do dinheiro, trata-se de objectos/fetiches. Repare-se como a fetichização destes objectos é comum, a todos os níveis, quer nos que as possuem, quer no modo como se fala deles. 

No caso do Estado, trata-se duma organização/fetiche. A fetichização passa pela redução do mesmo, de organização complexa da sociedade, a «instrumento». 

Quanto à Natureza (objecto tão geral que assume quase um estatuto filosófico) os discursos bem intencionados não conseguem ocultar que - por detrás - há intenção de utilizar com finalidade de lucro, de poder, um bem que é colectivo, que é comum. Fala-se muito e faz-se o oposto do que se preconiza em termos teóricos. A fetichização exerce-se, neste caso, degradando a Natureza a mero «depósito de recursos» de que os humanos se vão apropriar. Na prática trata-se dum processo de apropriação e espoliação pelo qual alguns capitalistas (ditos «verdes»), causam prejuízo irremediável (depredação) aos recursos.

Não digo que a fetichização esteja na raiz de todos os problemas, porém compreende-se que este processo ajuda a obscurecê-los e, portanto, afasta a sua solução. 
Parece-me notório que este mecanismo contribui para obscurecer o debate sobre quaisquer problemas. Neste ano de 2020/2021, «o ano do COVID», tivemos a fetichização de um vírus. Tal proporcionou que os responsáveis políticos agissem ao arrepio da legalidade democrática, da própria ciência, dizendo que «seguiam a ciência»... com medidas absurdas que nos foram impostas em modo totalitário.