Tinha prometido a mim próprio que faria - com uma periodicidade trimestral - um balanço do que se tem passado de mais relevante no mundo, do meu ponto de vista, como não podia deixar de ser. Daí o nome da série: Olhando o Mundo da Minha Janela (ver partes I, II, III, IV e V).
Porém, apesar de ter deixado um aviso muito sério de perigo de colapso (em Dezembro de 2019), confesso que não esperava que as coisas acontecessem tão depressa e - sobretudo - da maneira como ocorreram. Mas, no essencial, mantenho tudo o que afirmei; conservo o mesmo ponto de vista dos vários escritos. Se estes pecam, é por defeito, não por excesso.
Hoje irei tentar fazer um balanço provisório daquilo que se passou desde fins de Dezembro de 2019, sem querer fazer uma crónica dos factos. Primeiro, seria uma tarefa acima das minhas fracas capacidades, especialmente nestes tempos conturbados. Segundo, estou convencido de que tal exercício é mesmo impossível, agora. É trabalho futuro para os historiadores, que poderão extrair, de um manancial de dados, factos significativos e terão um recuo suficiente para analisar o que realmente se passou.
«Do mal, o menos» dizem, «não houve uma guerra mundial, por enquanto»...
- Bem, eu discordo desta maneira de ver o problema pois, contrariamente ao que o comum das pessoas pensa, uma guerra não declarada existe desde há cerca de trinta anos, quando uma das super-potências - a URSS e os acólitos que formavam o Pacto de Varsóvia se desmoronou. Ficaram então, o gigante americano e seus acólitos da NATO e das outras alianças regionais tuteladas pelos EUA, com as mãos livres para fazerem o que muito bem lhes apetecia.
Mas, sobretudo após o 11 de Setembro de 2001, a pretexto da «Guerra contra o Terrorismo», tem sido feita uma guerra sem quartel contra os povos, especialmente, os que não se enquadram dentro da Nova Ordem Mundial globalista.
Agora foram mais longe: aproveitam uma catástrofe (a pandemia do coronavírus) para deitar abaixo o que resta do modo de vida ocidental, com as suas garantias e liberdades e uma certa autonomia no plano económico. É certo que a pandemia não é coisa inócua «de per se», mas o efeito das medidas tomadas pelos governos vai no sentido de exacerbar o prejuízo da pandemia, nas sociedades e nas economias.
Uma pessoa que esteja alerta e não afogada no mar de propaganda dos media, deverá imediatamente perguntar... porquê?
- A resposta, tenho tentado dá-la nas páginas do meu blog. Também a tenho discutido com quem me acompanha, com quem lê os meus artigos e com todas as pessoas que vierem por bem. Porque o assunto é de suprema importância para todos nós, não é algo que aconteça «lá longe», entra portas adentro das nossas vidas. Compreender, é o primeiro passo para agir com cabeça.
O coronavírus, como tenho dito, é um pretexto para efectuar o «reset» ou reestruturação de todos os mercados e do sistema monetário mundial.
Os países que não estão alinhados com o «Ocidente» (os EUA e seus vassalos), nomeadamente, a Rússia e a China (e outros), compreenderam muito bem, desde há lustres e, por isso, têm vindo a acumular muito ouro nas suas reservas dos bancos centrais.
Os que possuem trunfos, como o ouro e matérias-primas estratégicas, estarão em melhor posição para defender os seus interesses, perante a reestruturação financeira mundial. Esta, se for deixada ao critério dos super ricos (donos dos bancos sistémicos e das grandes multinacionais), irá escravizar-nos ainda mais do que já estamos, hoje.
A dificuldade maior é os povos fazerem com que sejam respeitados os seus interesses fundamentais, o seu modo de vida, os seus valores, a sua cultura, pelas castas políticas que têm o comando dos Estados. Estas incluem não só governos, como o conjunto dos agentes políticos e administrativos duma nação.
Porque, se o problema fosse apenas a substituição do modo de pagamento com moeda-papel, por moeda electrónica, tal problema quase não se punha, visto que as pessoas já estão muito familiarizadas com pagamentos sob forma digital: cartões de débito ou crédito, porta-moedas electrónicos, etc., fazem parte do quotidiano.
Mas, o problema não é dessa ordem. Os media ao serviço do poder irão tentar enganar as pessoas, dizendo que a reestruturação financeira em curso será apenas um assunto «técnico». Mas não é.
Então, qual é, afinal, o propósito da oligarquia mundial?
- é, primariamente, uma questão de poder, de controle, de extrair cada vez maior rendimento de uma população de súbditos, não de cidadãos.
- os meios usados, para manutenção desse poder, desse controle, têm sido muitos, desde a guerra «híbrida» contra os países que não se submetem, até à constante «guerra interna» feita de «psi-op», o condicionamento maciço das suas próprias populações pelo medo.
E quais as resistências a esta oligarquia?
- Em paralelo com o avanço do neo-liberalismo e do pensamento único, observa-se a desagregação das resistências, enfraquecidas pelo fraccionamento identitário, que segrega grupos de oprimidos, põe uns contra os outros, hipertrofiando diferenças, exacerbando os interesses particulares, e inviabilizando assim uma frente unida contra os poderosos das oligarquias, nacionais e internacionais.
- Se houvesse consciência disso, ancorada no seio dos povos, os líderes políticos das oposições não poderiam senão estar em consonância com tal consciência e agir da melhor maneira possível em defesa dos povos.
Mas isto é uma impossibilidade pois, justamente, o sistema de domínio mundial baseia-se largamente na dominação mental, muito mais até do que na força bruta, embora não hesitem em recorrer à repressão e ao banho de sangue, se necessário.
- Neste contexto, a ascensão dum líder carismático ou dum partido dito «revolucionário» ao poder, será uma forma de enganar, não de defender as pessoas.
Aliás, assim aconteceu na ascensão de Mussolini e de Hitler ao poder: muitas pessoas, que inicialmente os viram com simpatia, estavam convencidas de que os partidos fascista e nazi eram revolucionários, no sentido emancipatório do termo!
- A questão que se coloca para nós, seres humanos de 2020, é saber se queremos ser ovelhas e ir para o matadouro, de olhos vendados (pela propaganda dos governos e dos media) ou se nos auto-organizamos fora da esfera do poder, de forma livre e autónoma, no respeito das pessoas e dos seus direitos naturais.
Resta saber se estamos suficientemente lúcidos para escolher o que é fundamental: se é o aspecto humano, se é a ganância do poder com o seu cortejo de violências.
Depende de nós, em cada momento, seguirmos a consciência própria, baseada nas nossas convicções profundas, nos princípios da nossa religião ou, caso sejamos ateus, da nossa ética.
... Ou então, se nos deixamos dominar pelo medo, que traz o ódio contra um suposto «inimigo» e fazemos o jogo dos muito poderosos. Estes tentam, agora mesmo e por todos os meios, conservar o controlo.
NB1: Ler artigo seguinte de John Whitehead
«Suspending the Constitution: Police State Uses Crises to Expand Its Lockdown Powers»
NB1: Ler artigo seguinte de John Whitehead
«Suspending the Constitution: Police State Uses Crises to Expand Its Lockdown Powers»
NB2: Ler artigo seguinte de Caitlin Johnstone
The US Is Using Germ Warfare On Sanctioned Nations
NB3: Absolutamente indispensável ver a entrevista de Lynette Zang a Gerald Celente
NB4: UMA CURTA ENTREVISTA DE NICOLAS TALEB
3 comentários:
caitlinjohnstone.com dá uma ideia correcta do estado de decadência do império
Alguns artigos notáveis, que marcam esta época de excepção:
https://srsroccoreport.com/the-energy-disaster-kicking-into-full-gear-world-is-totally-unprepared-for-whats-ahead/
https://www.goldmoney.com/research/goldmoney-insights/dear-prime-minister
https://www.unz.com/pescobar/why-france-is-hiding-a-cheap-and-tested-virus-cure/
O FED está a desvalorizar o dólar a velocidade máxima!
https://www.youtube.com/watch?v=upElsmUfC0A
Enviar um comentário