sábado, 17 de setembro de 2022
A GRANDE ARMADILHA DA FINANÇA
quinta-feira, 16 de junho de 2022
RECESSÃO, FALÊNCIAS, DESEMPREGO, DESTRUIÇÃO DE CAPITAL & INFLAÇÃO
terça-feira, 17 de maio de 2022
DINHEIRO DIGITAL, INFLAÇÃO E OS MITOS ECONÓMICOS DO PRESENTE
segunda-feira, 9 de maio de 2022
MEDITAÇÕES ECONOMICO-POLÍTICAS
No longo prazo, como dizia Keynes, a nossa taxa de sobrevivência tende para zero.
Todos sabemos que somos mortais, mas alguns de nós temos pretensão de ser eternos como os deuses, ou, pelo menos, deixar - para um futuro longínquo - a nossa marca, que se perpetuará através das nossas «obras».
Legenda do gráfico: Uma evolução em 220 anos do preço do ouro e do índice Dow Jones da bolsa de Nova Iorque; E. von Greyerz assinala a possibilidade de queda de 97%, na proporção do observado em períodos anteriores (Retirado de GoldSwitzerland)
Enfim, a tal «aposta» no futuro é completamente vã, pois ninguém sabe a-priori porque determinado investimento ou combinação de investimentos tem a virtude de se manter ou multiplicar, enquanto outra, que parecia ser mais sólida, se desfaz ou estagna. Não existe previsão de longo prazo que não falhe, perante o caudal de acontecimentos que estão periodicamente a brotar, em todos os diversos aspetos da vida. Eu diria que estamos perante um modelo global de caos, perante um conjunto face ao qual não existe possibilidade de se aplicar uma lei, uma regra, uma previsão ou projeção racional.
A mente humana está feita de tal maneira que deseja ver em tudo regularidade, significado, projetando o nosso desejo e querendo que os outros se conformem com as nossas fantasias, como se fossem resultantes de «observações objetivas». Isto faz-me lembrar de como, em criança, me divertia, a encontrar nos veios e irregularidades dos tampos de mesas, desenhos como perfis de cabeças de animais ou de pessoas. Um pouco como o outro jogo em que nos deitamos a olhar o céu e procuramos ver nas formas das nuvens animais, objetos, corpos ou caras de pessoas, etc.
As previsões, que fazem os chamados «especialistas» da informação económica e financeira, é do mesmo tipo que o jogo de crianças acima descrito, não tem qualquer cientificidade, mas reveste-se de todo um aparato estatístico, de gráficos, de palavras caras, para levar o seu leitor a se «autoconvencer» de que a melhor solução é investir em tal ou tal solução, que o «conselheiro financeiro» apresenta como a salvação, a maravilha.
Eu confesso que tenho dado atenção a alguns e não a todos, isso seria impossível e idiota, daqueles que, periodicamente, na media mainstream ou alternativa, produzem discursos, não que me deixe convencer pelos seus diagnósticos, mas porque a massa de dados estatísticos que acompanham suas teses podem ser lidas por mim, objetivamente. Por outras palavras, não preciso de conformar-me à leitura destes analistas dos mercados, pois possuo meu próprio juízo crítico e autocrítico, a minha massa de dados prévios. Tento aplicar isso ao domínio económico-financeiro, excluindo os aspetos subjetivos.
Há pessoas, no entanto, que são arrastadas neste contexto catastrófico para a economia real e num início de mercado descendente (bear market) - para a armadilha de «comprar, agora que está em baixa». Inevitavelmente equacionam o movimento de baixa como algo periódico, como a ondulação do mar, o que está agora «em baixa» depois estará «em alta», e vice-versa. Pois, esta visão ingénua sofre de dois falsos silogismos, o de que «o hoje é como o ontem e o amanhã irá reproduzir o ontem» e «de que o dólar, euro, etc. - o dinheiro fiat - são medida apropriada de todas as coisas».
Quanto à primeira falácia, basta recordar que - em termos nominais - o índice Dow Jones (o índice mais importante da Bolsa de Nova Iorque) voltou a atingir o seu valor de 1929, anterior à Grande Depressão, somente em 1954! E isto, em termos nominais! Se estivermos na primeira fase duma grande depressão análoga de 1929-1935, significa que aquilo que se investir hoje nas bolsas, ou em derivados, tem uma hipótese de voltar a ter um valor nominal igual ao investido hoje, em 2047!
Quanto à segunda falácia, as pessoas deviam refletir maduramente sobre crises de inflação e de hiperinflação que assolaram vários países e zonas do globo em várias épocas. Por exemplo, durante um certo tempo, as bolsas mundiais com ganhos maiores eram as do Zimbabué e da Venezuela. Porquê? Muito simples; se o valor do dinheiro estava em colapso, as pessoas refugiavam-se em ações cotadas, na esperança de que algumas empresas sobrevivessem ao tornado da hiperinflação e assim, havia sempre subida espetacular nos mercados bolsistas de ambos os países!
Agora, os bancos centrais ocidentais, (FED, ECB, BOJ, etc) têm vindo a inundar os mercados com dinheiro (fictício), supostamente para «salvar» as economias desde a crise de 2008. Esta impressão monetária constante acentuou-se com a crise do COVID e a guerra na Ucrânia. Na verdade, estão a destruir o valor de suas próprias divisas. Vemos com o exemplo seguinte, que existe diferença muito significativa no valor das divisas-papel:
Uma onça de ouro vale, hoje, 1880 USD. Uma onça de ouro compra, hoje, cerca de 17 barris de petróleo. Em 1960, a mesma onça de ouro, comprava cerca de 9 barris de petróleo. Enquanto, hoje, com 4 dólares US (o preço do barril em 1960) se compra, no máximo, 1/27 de barril de petróleo!
Essa é a perspetiva de longo prazo. No domínio do investimento e talvez nos outros, a mentalidade de ganância leva as pessoas ao abismo.
Como me dizia um trader meu conhecido, trata-se de um «jogo de soma zero», ou seja, quando alguém ganha, outro perde e vice-versa. Não existe criação de riqueza, no casino das bolsas, apenas transferências.
Ciclo Viscoso da Autodestruição; Ouro Superando a Performance de Todos os Ativos Financeiros, por Egon von Greyerz
Um trader de Goldman: «O Estado do Mercado é de Sangrar para Alcançar Mínimos Mais Baixos, Interrompido, Ocasionalmente, Por Fortes Altas Curtas.»
domingo, 14 de novembro de 2021
BRINCANDO COM O FOGO, ou como se liberta o génio mau da inflação
É da natureza dos bancos centrais, em especial da FED, estarem sempre numa posição inadequada, contra-cíclica, em relação à economia. Por exemplo, agora estão com um atraso de muitos meses a tentar a viragem na política de «dinheiro fácil» através de «tapering», que é a desaceleração da impressão monetária, mas não a supressão da mesma. Esta impressão monetária não resolve nenhum problema real, verdadeiro da economia. Com efeito, o aumento da massa monetária total, ou em circulação, vai estimular a perceção dos intervenientes nos mercados, de que há maior riqueza, maior disponibilidade para gastar. Mas não se produziram mais bens nem serviços, não houve acréscimo de autêntica riqueza. É um mecanismo essencialmente psicológico, como, aliás, são de base psicológica muitas das movimentações que ocorrem nas economias.
A razão pela qual os bancos centrais, em especial os «ocidentais», fazem sistemáticos erros de avaliação da situação económica mundial, é que funcionam com modelos lineares. Baseiam-se nestes modelos e numa visão teórica neokeynesiana. Assim projetam eles as tendências e baseiam o fundamental das suas decisões. O problema com isto, é que tais projeções não colam com a realidade. Se a economia fosse uma verdadeira ciência (não é!), estaria sempre a reavaliar a validade de seus modelos, de suas projeções, incluindo os fundamentos e pressupostos sobre os quais se construíram tais modelos e projeções.
A realidade é outra: A FED e todos os bancos centrais ocidentais, que lhes seguem as passadas, vão dar sempre prioridade aos conceitos teóricos, sobre a realidade dos factos no terreno. Em todas as crises, especialmente as mais graves, pode-se notar esse desfasamento. Isso significa que os bancos centrais, em vez de criarem condições para o retorno à normalidade, suas intervenções têm o efeito oposto, o de aumentar a amplitude dos ciclos económicos.
A recente afirmação de Jerome Powell, de que o surto de inflação era transitório e que, portanto, não haveria nada de fundamental a mudar no rumo decidido pela FED, ilustra claramente a inadequação da política da FED, a qual só pode ter por base uma inadequada visão da realidade, ela própria devida a modelos não apropriados, baseados em teorias parciais, ou defeituosas no fundamental.
Veja como Mohamed El Erian, numa curta entrevista AQUI, destrói a narrativa emanada da FED e do seu presidente, ao dizer que esta crise foi logo caracterizada por inflação devida a escassez da oferta. Referia as disrupções dos mercados de matérias-primas, bens acabados e, mesmo, de mão-de-obra, resultantes da crise estrutural e de conjuntura - os lockdown a pretexto do COVID - que a exacerbou. Os elementos que El Erian refere estavam patentes, não eram elementos ocultos que somente podiam ser detetados após muitos meses.
Porém, o que a FED e outros bancos centrais fizeram, com a sua impressão monetária levada ao extremo, foi exacerbar o problema, criando um efeito inflacionário do lado da procura, além e por cima do existente, devido à escassez na oferta.
A inundação de liquidez nos mercados não veio salvar coisa nenhuma na economia produtiva. Veio apenas insuflar ainda mais as já muito grandes bolhas nas bolsas e em todos os ativos.
Além disso, houve um súbito aumento de dinheiro disponível, na economia do dia-a-dia, com o dinheiro distribuído às pessoas para compensar as paragens de trabalho forçadas («helicopter-money»). Foi uma medida tornada necessária pelos lockdown, mas os lockdown não eram necessários!
A conclusão a que chego é que os bancos centrais são estruturas de poder que se têm pautado por uma política claramente favorável aos muito ricos, os multibilionários, embora tenham o discurso de cuidar da economia para o bem do maior número.
Isto não pode surpreender alguém convicto da natureza depredadora, parasitária do capitalismo de hoje, com as enormes disparidades de riqueza, logo de poder.
O diálogo AQUI entre Slavoj Zizek e Yanis Varoufakis demonstra-o: Não há capitalismo, no sentido clássico. Há um domínio dos muito poderosos donos de plataformas (Facebook, Amazon, Google, etc.) que possuem literalmente o campo todo, o chamado «mercado». Este deixou de ser propriamente um mercado, no sentido clássico do termo. Por isso, Varoufakis utiliza a expressão «tecno-feudalismo», outros usam outras expressões, mas vem a dar no mesmo: A realidade é que estamos numa nova era, onde nada é favorável aos pequenos capitalistas e aos trabalhadores, onde tudo está nas mãos de corporações gigantes, monopólios ou oligopólios, que tudo controlam.
segunda-feira, 8 de março de 2021
MERCADOS FINANCEIROS: O QUE NOS DIZEM, VERDADEIRAMENTE
segunda-feira, 4 de janeiro de 2021
NA ECONOMIA, «BOM ANO» DE 2021?
Abaixo, tentarei fazer uma síntese do que Charles Sannat apresentou neste vídeo, juntando a minha avaliação própria.
Primeiro, a questão da «crise do COVID»: Quando temos um Bill Gates a vaticinar que a crise do coronavírus não vai desaparecer antes de 2022, dá um arrepio na espinha, pois ele e seus congéneres «previram» em 2019 o essencial do que se passou ao longo do ano 2020.
Segundo, as empresas ficam totalmente dependentes de ajudas dos governos, não apenas nos EUA, como na UE e noutras economias desenvolvidas. Estas empresas não irão ter subsídios eternamente e, nalgum momento, os subsídios irão parar. Nessa altura, haverá uma aceleração do desemprego. Se os bancos centrais continuarem a imprimir divisas como no ano passado, vão desencadear uma crise de hiperinflação. Neste caso também, haverá destruição acelerada de empresas e de postos de trabalho.
Nos gráficos abaixo, da Reserva Federal de St. Louis, pode-se ver o que se passa nos EUA.
Nos países europeus*, tanto do Euro, como os outros, a situação é substancialmente a mesma: um crescimento vertiginoso da massa monetária, do endividamento estatal e, tudo isto, com um pano de fundo de séria depressão da economia.
* Nota: No caso do ECB e outros bancos centrais, os gráficos revelam situações bastante semelhantes ao que se passa com a Reserva Federal Americana.
https://fred.stlouisfed.org/series/MABMM301USM189S
Terceiro, a descolagem completa da finança em relação às realidades de economia produtiva vai acelerar. Os valores bolsistas já estão, em geral, completamente dissociados do valor real das empresas cotadas e das suas performances, em termos de produção e de lucro.
O que se observa agora com a economia financeirizada dos países ocidentais, é aquilo que se observou nas crises económicas e financeiras, que levaram à bancarrota o Zimbabué e a Venezuela: uma fuga para a frente, com multiplicação da impressão monetária, conjugada com o desejo do público salvar as suas poupanças, consciente de que o valor das moedas estava a ser destruído. As pessoas aplicavam tudo o que tinham em acções das bolsas. Nesta fase, as bolsas da Venezuela e do Zimbabué obtiveram subidas espectaculares, mas o valor em termos reais dessas acções, descia mais depressa do que as subidas nominais.
No geral, mantenho o que afirmei na minha avaliação periódica OLHANDO O MUNDO DA MINHA JANELA - PARTE IX. Convido-vos a ler e discutir esta e outras análises, pois o colapso (termo usado também por Sannat) não está longe; está em cima das nossas cabeças e , por isso, temos de saber muito bem o que fazer nestas circunstâncias.
Estão todos/todas convidados/as a escrever comentários sobre estes temas. A discussão é livre no meu blog; podem exprimir vossas opiniões sem censura, aqui!
segunda-feira, 24 de agosto de 2020
A EXUBERÂNCIA & MISÉRIA NAS NOSSAS SOCIEDADES
Para grande satisfação de certos papagaios da media «mainstream», que apenas estão positivamente interessados nos lucros que uma ínfima minoria possa fazer apostando e especulando nas bolsas, hoje de manhã (24/08/2020) as cotações bolsistas de Apple ou Tesla, atingiram novos cumes. Outros títulos tiveram semelhantes subidas espectaculares.
Tudo isso enjoa-me. Ver que há pessoas tão estúpidas que acreditam estarem mais «ricas», por alguns números nuns painéis electrónicos terem crescido. Os valores bolsistas são manipulados pelos bancos centrais, pelos grandes grupos financeiros e pelos governos, de tal maneira que é inteiramente previsível o que se está a passar... É feito tudo o que é necessário para dar a ilusão de enriquecimento aos ingénuos, que se entusiasmam com uma ilusão. O mais extraordinário é que - mesmo eles - sabem, no fundo, que essa riqueza é fictícia, que não corresponde a aumento de produtividade ou a inovação significativa. Eles pensam: «... sim - é fictícia - mas, eu irei ser esperto o suficiente para me retirar do jogo, capitalizando os lucros...»
Esta exuberância é sinal dos tempos: sinal de uma inequívoca incapacidade do sistema em gerar algo positivo, algo que produza riqueza verdadeira, material, algo que possa alimentar (literal e metaforicamente) as pessoas, que dê esperança aos que estão em baixo na escala social, de verem a sua condição subir.
Isso aconteceu durante três ou quatro décadas, nos países do Ocidente, após a IIª Guerra Mundial. Foi um período de reconstrução e de desenvolvimento da indústria e das infraestruturas. Esse crescimento impulsionou a criação da almofada de segurança para os trabalhadores e para os mais frágeis, o chamado «Estado Social».
Assim, as contradições entre classes e grupos sociais, embora tivessem momentos agudos, ficaram a níveis toleráveis e permitiram a chamada coesão social, ou seja, as pessoas aceitarem que eram cidadãs e que isso lhes conferia um estatuto, direitos e deveres, obrigações e regalias, sendo portanto, pouco apelativa - para a maioria - arriscar seu pequeno bem-estar, em teorias e práticas revolucionárias/radicais.
Este fim da era do capitalismo, com o capital dominando todas as dimensões da vida, a hegemonia da mercadoria sobre a sociedade e os indivíduos está - manifestamente - a chegar ao fim. Não é preciso ser-se profeta, ou grande sábio iluminado, para se perceber isso. A realidade encarrega-se de mostrar, a todos os que quiserem abrir os olhos, que assim é.
O que me preocupa, enquanto cidadão e indivíduo, é a confusão mental de muitos, a sua incapacidade em compreender como têm sido manipulados, vítimas de preconceitos, inoculados pela sociedade e pela constante propaganda, disfarçada de «informação».
Porque se me depara a possibilidade um novo feudalismo. Um feudalismo sob o nome pomposo e enganador de «Nova Ordem Mundial». É que o caos, que todos nós podemos observar, foi - sem sombra de dúvida - desejado e orquestrado pela elite no poder, para melhor deitar abaixo estruturas que a incomodavam, as quais travavam os seus ímpetos de domínio totalitário sobre a sociedade e a natureza.
É absolutamente indispensável que as pessoas tenham em atenção o que são e o que fazem, realmente, George Soros, Bill Gates, etc... Assim como os que gravitam à volta do Clube de Bilderberg, do Fórum Económico Mundial de Davos... só para citar algumas referências.
Os dados nos quais me apoio têm correspondência com o real, são confirmados pela prática, não por meros discursos.
Estamos perante uma ofensiva dos muito ricos e poderosos, dos que possuem os governos. Eles «têm na mão» os políticos, cuja eleição para cargos de poder e carreira está inteiramente dependente da sua aceitação do papel que essa elite lhes destinou. Não poderia ser em vão, ou por capricho, que os muito ricos se esmeram em controlar órgãos de comunicação social; porém, os capitais investidos nos media resultam - quase sempre - em prejuízo. Mas o prejuízo é só aparente, pois são exímios em aproveitar todas as oportunidades de lucro nas diversas indústrias em que estão envolvidos. Então, ao seu aparente desperdício de capital, tem de corresponder uma vantagem muito grande.
E assim é; quando se chega à situação de monopólio ou oligopólio nos media, não existe mais verdadeira liberdade de informação. Todas as notícias que causem dano à imagem dos referidos magnates, ou sejam negativas para os seus negócios, são impiedosamente cortadas, censuradas. Mas, ainda por cima, o público tem a sua opinião permanentemente fabricada por vassalos fiéis. Isto permite aos magnates influenciar todos os aspectos de uma sociedade, desde a economia à política. Quanto às pessoas que lançam um alerta (whistleblowers), elas são perseguidas, expulsas dos seus empregos, enxovalhadas e, frequentemente, são presas.
A media é, portanto, o instrumento dos muito ricos, para levar «o rebanho» (nós) para onde eles desejam. Não admira, portanto, que tudo façam no sentido de levar a cabo o famoso «great reset» da forma e conteúdo que mais convenham a esta mesma oligarquia.
No plano geral, a oligarquia mundial está apenas preocupada em garantir um maior controlo dos recursos, que são finitos. Ela pensa - seguindo o neo-malthusianismo - que, se os pobres continuarem a multiplicar-se, são capazes de esgotar os recursos (matérias-primas, alimentos, terras agrícolas e ambiente).
Assim, segundo esta doutrina, os ricos só poderão escapar, se houver uma redução substancial dos quase 8 mil milhões que povoam a Terra, hoje em dia.
O neo-malthusianismo está errado e não tem sustentação científica, embora alguns cientistas e economistas (como os do «Clube de Roma»), contribuam para o difundir e dar-lhe um verniz de ciência. É apenas uma teoria auto-justificativa dos muito ricos, da sua situação de acumuladores de imensas riquezas e foi por mim analisada num artigo deste blog. Peço aos leitores que desejem saber os detalhes, para se referirem a ele.
Se compreendermos o contexto, conseguimos compreender a lógica de tudo o que se tem estado a passar.
- Compreende-se o porquê dos esforços para impor uma vacina contra o Covid, para instaurar uma espécie de passaporte sanitário (com registo digital), graças ao qual as autoridades poderão decidir se alguém pode ou não viajar, ter ou não determinado emprego, etc.
- Compreende-se que estejam a deixar o caos instalar-se em várias cidades dos EUA, para afastar um candidato - Trump - que não lhes é fiel, pois o actual Presidente dos EUA desejava acabar com a globalização financeira neoliberal, que tem sido a agenda da oligarquia ao nível mundial.
- Compreende-se que estejam a implementar um desaparecimento das divisas em papel, para apenas haver transacções digitais, controláveis e traçáveis ao pormenor.
- O mesmo em relação aos «app», que são desenvolvidos para detectar e rastrear ,supostamente, as pessoas portadoras do «vírus». Os media corporativos, tão preocupados com os direitos humanos, não se lhes ocorre que o mesmo «app» é aplicável tal-qual, para dissidentes políticos ou sociais... basta que eles, os que controlam o sistema, o queiram.
- Não existe já - na prática e apesar do que está estabelecido nas constituições - protecção, resguardo da privacidade e das liberdades individuais mais elementares.
- Não existe mais o direito ao próprio corpo, visto que a «vacina» será compulsória, mesmo que digam o contrário.
Se isto não é um deslize para o totalitarismo, não sei o que seja.
Os totalitarismos do século XX estavam baseados na supressão brutal e absoluta (eliminação física das pessoas) da dissidência.
Os totalitarismos deste século serão caracterizados pela supressão dos dissidentes enquanto entidades sociais, enquanto pessoas portadoras de um modo de ver a realidade, de interpretá-la, diferente das narrativas oficiais. A nulificação do discurso de alguém, seja sob que pretexto for, é uma forma totalitária de lidar com a dissidência. Se, aquilo que o dissidente produz (texto, som ou imagem), é impedido de chegar aos outros, por vários processos de censura, é como negar-lhe o direito a existir. O efeito será muito pior que matar ou prender, num certo sentido, pois as vítimas não terão a solidariedade dos seus concidadãos.
Aliás, o medo tem sido um instrumento fundamental das manipulações. O condicionamento das massas (lavagem ao cérebro) usa técnicas derivadas de estudos rigorosos que, embora científicos, não são nada éticos. Há imensos dados sobre tais experiências nos Estados Unidos, que vêm do programa «MK-ULTRA» nos anos 50 do século passado e tiveram muitas ramificações. Mas, infelizmente, países aliados dos EUA, como o Reino Unido (Instituto TAVISTOCK), têm também feito as suas próprias pesquisas.
A narrativa que nos andam constantemente a impor, é uma forma de condicionamento mental.
O facto do condicionamento ser constante e maciço, torna extremamente difícil alguém se subtrair ao mesmo. Este condicionamento permite que a multidão seja encaminhada (como ovelhas), se não para os «fornos crematórios», pelo menos, a adoptar uma atitude de submissão, pela interiorização de pensamentos, estados interiores, ou atitudes, compatíveis com a dominação absoluta dos «Senhores».
Os servos da gleba na Idade Média, revoltavam-se - de vez em quando - contra o Senhor feudal, incendiavam o castelo, etc. Mas, os actuais e futuros «servos da gleba» sabem que de nada serve essa revolta. Eles próprios auto-censuram-se por terem sequer pensamentos de revolta, sabem que sua subsistência está inteiramente nas mãos de quem os domina... O «rendimento básico universal» é uma forma de colocar as pessoas sem emprego numa situação de dependência. Calcula-se em 80%, num futuro próximo, os postos de trabalho suprimidos e substituídos os humanos por robots. A pessoas vão perder completamente a sua autonomia. No caso de alguém se tornar incómodo, basta que o poder decida que lhe seja cortado o «rendimento básico»... Não receber o mísero rendimento básico, equivale a sentença de morte por inanição.
PS1: Os pobres e membros de comunidade negra, ou doutras minorias étnicas, nos EUA, podem ser mortos impunemente pela polícia. Outro crime a sangue frio por um polícia, baleando pelas costas um jovem negro (Jacob Blake), que ficou paralítico, está a desencadear um ambiente explosivo nos EUA. É um clima pré-insurreição, ou pré-guerra civil. Estas perturbações são secretamente incentivadas pela oligarquia: ela quer usar isso para impor a lei marcial e o controlo total da população.
PS2: está bem claro quem são, na verdade, as pessoas de BLM e de Antifa... é esclarecedor o que escreve Daniele Pozzati.