sexta-feira, 17 de novembro de 2023
ONU VOTA CONTRA OCUPAÇÕES ILEGAIS DE ISRAEL NA PALESTINA
quinta-feira, 16 de novembro de 2023
WATERLOO SUNSET & outras três grandes canções dos KINKS
https://www.youtube.com/watch?v=kqLoYQx8BXo
Flowing into the night?
People so busy, make me feel dizzy
Taxi light shines so bright
But I don't need no friends
As long as I gaze on
Waterloo sunset
I am in paradise
But chilly, chilly is the evening time
Waterloo sunset's fine (Waterloo sunset's fine)
Waterloo station
Every Friday night
But I am so lazy, don't want to wander
I stay at home at night
But I don't feel afraid
As long as I gaze on
Waterloo sunset
I am in paradise
But chilly, chilly is the evening time
Waterloo sunset's fine (Waterloo sunset's fine)
Waterloo underground
But Terry and Julie cross over the river
Where they feel safe and sound
And they don't need no friends
As long as they gaze on
Waterloo Sunset
They are in paradise
Waterloo sunset's fine
SUNNY AFTERNOON
And left me in my stately home
Lazin' on a sunny afternoon
And I can't sail my yacht
He's taken everything I got
All I've got's this sunny afternoon
I got a big fat mama tryna break me
And I love to live so pleasantly
Live this life of luxury
Lazin' on a sunny afternoon
In the summertime
In the summertime
And gone back to her ma and pa
Tellin' tales of drunkenness and cruelty
Now I'm sittin' here
Sippin' at my ice cold beer
Lazin' on a sunny afternoon
Well, give me two good reasons why I oughta stay
'Cause I love to live so pleasantly
Live this life of luxury
Lazin' on a sunny afternoon
In the summertime
In the summertime
I got a big fat mama tryna break me
And I love to live so pleasantly
Live this life of luxury
Lazin' on a sunny afternoon
In the summertime
In the summertime
In the summertime
In the summertime
TILL THE END OF THE DAY
From the moment I rise
Feel good from morning
Till the end of the day
Till the end of the day
We live this life
From when we get up
Till we go sleep at night
You and me we're free
We do as we please, yeah
From morning, till the end of the day
Till the end of the day
And I see the sun up
And I feel good, yeah
'Cause my life has begun
You and me we're free
We do as we please, yeah
From morning, till the end of the day
Till the end of the day
Till the end of the day
Till the end of the day
We do as we please, yeah
From morning, till the end of the day
Till the end of the day
Till the end of the day
Till the end of the day
Till the end of the day
Till the end of the day
Open up and shout it out, an' never try to sing
Wonderin' if I've done it wrong
Will this depression last for long?
Won't you tell me?
Where have all the good times gone?
Where have all the good times gone?
Time was on our side and we had everything to gain
This could be like yesterday
Is that me or happy days?
Never had no money and they always told the truth
Daddy didn't need no little toys
Mommy didn't need no little boys
Won't you tell me?
Where have all the good times gone?
Where have all the good times gone?
Ah, but then let's face it, things are easier today
Yes, you need some bringing down
Get your feet back on the ground
Won't you tell me?
Where have all the good times gone?
Where have all the good times gone?
Where have all the good times gone?
Where have all the good times gone?
Where have all the good times gone?
QUASE PÓSTUMO [OBRAS DE MANUEL BANET]
Quase póstumo
Ainda assim querendo ser
Ingénuo outra vez nascer
Em segredo olhando
Crepúsculos de madrugada
E ventos cantando
ao ouvido aquela
Canção antiga
Não sei a letra
Mas fala de sereias
E de sementes
Reminiscências
De quando fui
Noturno corujando
Em diálogo com
Filtradores de orvalho
Mas não era eu
Afinal, tempo sonhado
Ou vida imaginada
Se foi tudo um filme
Não sei, podia sê-lo
Ser outra história
Às vezes cómica
Ou triste
Ou irónica
Ou trágica
Ou banal
E tudo...
O cintilar de prata à superfície do rio que flui para o mar
É efémero; eu sei
Mas o olhar, esse, é eterno
Se te concentrares e fixares
O instante como eternidade
Como universo parando para deixar
O instante ser na sua plenitude
Sem nada que o estorve
Sem outro modo de ser
Senão o ser em si mesmo
Compreenda isto quem puder
Vamos remando num universo sem limites
Mas cíclico e nossa insignificância
É eternidade
O ser é eterno deixa a sua marca
Não desaparece, transforma-se
Entenda isto quem puder
Eu apenas reflito o saber
Como o espelho reflete a luz
Nada misterioso, o espelho
quarta-feira, 15 de novembro de 2023
PROPAGANDA 21 (nº20) «A BANALIDADE DA PROPAGANDA*»
Patrick Lawrence, no seu recente artigo «A Banalidade da Propaganda» analisa os mecanismos pelos quais os poderosos transformam as palavras e as usam como instrumentos de ataque contra a inteligência dos seus súbditos, sem qualquer preocupação pela verdade, pela coerência, pela justiça. Os exageros e as inversões lógicas abundam nos discursos propagandísticos do poder.
O exemplo mais recente, é o do poder de Estado de Israel, que nos quer fazer crer que as vítimas (os pobres civis esmagados e desfeitos pelas bombas israelitas) seriam, afinal, os «maus». O Chefe de Estado de Israel, Isaac Herzog, vai ao ponto de fabricar uma história envolvendo uma tradução árabe de «Mein Kampf» de Hitler** como tendo sido encontrada em Gaza, num esconderijo do Hamas!
https://caitlinjohnstone.com.au/2023/11/15/theyre-just-insulting-our-intelligence-at-this-point/
Mas é preferível ler a história no artigo original, com o talento de Patrick Lawrence e os detalhes!
Pessoalmente, o que mais me impressionou, foi a justeza absoluta da reflexão de Hannah Arendt, judia e grande filósofa política, feita numa conversa em 1975, pouco tempo antes de morrer, com Roger Errera, um ativista da liberdade de expressão. As palavras deste diálogo são aplicáveis às situações que enfrentamos hoje, cinquenta anos depois:
“If everybody always lies to you,” she said to Roger Errera, “the consequence is not that you believe the lies, but rather that nobody believe anything any longer.” ***
As circunstâncias e acontecimentos presentes não podiam ser mais ilustrativos do que disse Hannah Arendt, há cinquenta anos!
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*Nota 1: O título do artigo de Lawrence, na revista Consortium News, evoca o célebre livro de Hannah Arendt sobre o processo do nazi Eichmann, «A Banalidade do Mal».
**Nota 2: Livro escrito por Hitler na prisão «Mein Kampf» (A Minha Luta), tornou-se o principal instrumento de propaganda do nazismo.
***Nota 3: " Se toda a gente te mentir, a consequência não é que acredites nas mentiras, mas antes que ninguém acredite jamais em seja o que for."
UCRÂNIA: REGIME DE ZELENSKY CONTESTADO POR DENTRO
Pirâmide demográfica da Ucrânia: As classes etárias em torno dos 25 anos estão em défice acentuado.
https://www.moonofalabama.org/2023/11/ukraines-demographics-dictate-to-end-the-fight.html
O comandante-chefe das forças armadas ucranianas, Zeluzhnyi, deu uma entrevista ao magazine britânico «The Economist», em que se mostra realista em relação à guerra Ucrânia-Rússia. Este posicionamento desagradou aos setores de extrema-direita, que controlam o governo de Zelensky e à CIA, que controla o regime de Kiev.
Porém, a mortandade causada pela guerra de atrição prolongada acaba por tornar impossível a defesa das próprias linhas de retaguarda ucranianas, por falta de soldados. No desespero de encontrar mais carne para canhão, o governo de Kiev decretou a conscrição forçada dos estudantes do ensino superior e de jovens mulheres.
Zelensky e fanáticos de extrema-direita que o rodeiam, temem somente por eles próprios. Apesar da retórica nacionalista, não têm consideração pelo futuro do seu país e do seu povo. Há cada vez maior dissidência em relação ao governo. Tem havido boatos segundo os quais três generais estariam em vias de ser demitidos.
É certo que o sacrifício das mais jovens gerações é absurdo, nestas circunstâncias. A probabilidade de vencer é nula e o seu sacrifício põe em xeque o crescimento demográfico no pós-guerra. A situação militar é tão má, que a Ucrânia deveria propor um cessar-fogo e negociar um tratado de paz, mesmo que ele seja nos termos ditados pela Rússia: É isso, ou o desaparecimento da Ucrânia, enquanto Estado independente.
Na sua arrogância estúpida, os governantes americanos e europeus não puseram sequer a hipótese duma derrota ucraniana e ainda menos, com esta amplitude.
Alguns observadores pensam que um dos motivos para os EUA terem dado carta branca à campanha genocida de Israel sobre a população de Gaza, é que ela vem desviar as atenções da enorme derrota dos EUA e da OTAN na Ucrânia.
A questão demográfica já existia muitos anos antes do início da guerra com a Rússia, em Fevereiro de 2022. O défice demográfico, agora mais acentuado, limita severamente a viabilidade económica da Ucrânia, no período pós-guerra.
- Explicações pormenorizadas sobre o assunto no blog Moon of Alabama, «Ukraine's Demographics Dictate To End The Fight».
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PS1 - Veja a entrevista dada pelo Prof. Jeffrey Sachs, dada a 21 de Nov. 2023: https://www.youtube.com/watch?si=Atgmv32VbAFjQ0RI&v=CsDPDIx8bPY&feature=youtu.be
terça-feira, 14 de novembro de 2023
GENOCÍDIO DE GAZA E HIPOCRISIA DAS AGÊNCIAS HUMANITÁRIAS
Rania Khalek Dispatches
segunda-feira, 13 de novembro de 2023
TRADIÇÃO ESPIRITUAL E CIENTÍFICA
Complicam tudo.
De facto, a Palavra de Cristo é muito clara; não tem nada de misterioso ou de «escandaloso» como alguns pretendem.
Toda a dificuldade na questão da interpretação das palavras e atos atribuídos a Jesus nos Evangelhos, tem a ver com os preconceitos da nossa época.
Uma época materialista e racionalista não pode compreender - porque não pode aceitar - um discurso que se situa num universo mental diferente: Um Mundo profundamente imbuído do Espírito, onde o Espírito é a realidade última, enquanto a matéria é uma manifestação limitada, momentânea, da energia espiritual.
Os milagres são inversão da ordem natural das coisas, por intervenção do Espírito. Sem dúvida, no tempo de Jesus, havia falsos profetas, que tentavam iludir os incautos com truques de magia. As pessoas comuns que viram e sentiram a energia que se desprendia da presença física de Jesus, sabiam da existência desses falsos profetas, algumas até os teriam visto em ação. Portanto, de certa maneira, temos aqui uma prova de que Jesus era diferente de (falsos ou verdadeiros) profetas que o antecederam.
A arrogância das pessoas atuais consiste em pensarem que toda a sofisticação da sua maquinaria, seus gadgets eletrónicos, seus instrumentos científicos, permitiriam descobrir os truques usados (supostamente) por Jesus, nessas intervenções. Na verdade, sendo a Energia cósmica uma realidade espiritual ou não-material, não sendo formada por partículas ou ondas no Universo, a modificação instantânea de certos parâmetros físicos é tudo o que há de mais fácil para Deus. Cristo pediu o auxílio ao Deus Cósmico, que ele chamava «Pai», e Este, repetidas vezes, satisfez o pedido.
Daqui, não decorre que a filiação de Cristo ao Pai, seja de ordem material. Obviamente, é espiritual e a intervenção do Espírito Santo na gravidez de Maria é uma imagem simples, compreendida pela humanidade da época.
O contexto era espiritualista, não materialista. A gravidez era tida como fenómeno material, sabia-se perfeitamente que havia intervenção do sémen masculino para fecundação da mulher. Porém, a vida era considerada «dom de Deus», ou seja, toda a criança nascia por vontade de Deus.
Se acreditas realmente em Deus, qualquer que seja a forma como se reveste a tua visão do Divino, aceitas que os fenómenos - além das suas causas «mecanísticas» - estão sujeitos à vontade Divina. Ou, por outras palavras: Há uma espiritualidade que emana de todo e qualquer fenómeno, que ocorra, cuja «parte material» é indissociável da correspondente «parte espiritual».
Algures nos Evangelhos, é explicado que somos todos «filhos de Deus». Então, muitos fazem o erro de atribuir a Cristo a designação exclusiva de «filho de Deus» quando, na realidade, ele refere-se a si próprio como «O Filho do Homem».
Para mim, a dualidade não existe, há simplesmente um Universo, em toda a sua maravilhosa complexidade, a sua extensão no tempo e no espaço, de que somos todos «filhos». A mensagem de que somos todos «irmãos», não tem justificação no sentido literal, obviamente. Nem teria, a partir de especiosos argumentos sobre ADN antigo e recorrendo à Paleoantropologia, a Ciência do Aparecimento e da Evolução do Humano.
Mas, tem completo sentido para mim e para todos os «espirituais», que aceitam a comunhão fundamental dos seres vivos com o Universo. Não compreendo que pessoas que se consideram científicas, digam que somos feitos a partir da matéria formada nas estrelas (o que é verdadeiro, aliás) e não se considerem em comunhão com os outros seres vivos, nomeadamente com os outros humanos (de quaisquer «raças», nações, credos, etc.).
Para mim, as coisas são simples, no seu âmago, mas hoje, demasiado difíceis ou laboriosas de explicar. Porque, qualquer civilização humana, até bem perto dos nossos dias, dava a presença do Espírito sob suas várias formas, como uma evidência, como dado adquirido.
Porém, um nefasto extremismo materialista veio acentuar, a partir do século XVII, o «exclusivismo » da matéria, desenvolvendo um paradigma mecânico na física, que depois se estendeu a outras ciências, incluindo a fisiologia e a psicologia.
Triunfou a falácia de que «tudo é matéria»: Isto implicava que só seriam validadas explicações que recorressem exclusivamente aos aspetos materiais. Vê-se claramente que se trata dum raciocínio circular: Dá como provado aquilo que pretende provar. Pior, tudo o que seja espiritual é decretado como uma «emanação», como um «fenómeno secundário» do cérebro humano, de relações eletroquímicas e moleculares neste.
As consequências éticas desta postura são evidentes. Embora existam pessoas materialistas com elevada ética individual, uma civilização baseada nos princípios acima, é suscetível de cometer os piores crimes contra a Humanidade ou a Natureza. Claro que não será por isso que uma posição filosófica será mais ou menos verdadeira. Mas, a sacralidade da Vida, a religião verdadeira do Respeito pelo Cosmos, está a ser arredada, de várias maneiras, da esfera pública pelo «transumanismo», pelo «materialismo consumista», pelo «egoísmo hedónico», que tão obviamente penetram na psicologia das massas, quer através de «intelectuais», quer da media corporativa, quer da publicidade destinada a criar a dependência pelo novo e pela acumulação de objetos.