Desde os primeiros dias desta guerra de extermínio dos sionistas contra a população de Gaza, que tive a intuição do que se estava realmente a passar ajudado, é certo, por leituras muito esclarecedoras, algumas vindas do interior do Estado de Israel e outras de analistas com decénios de contactos com o Médio-Oriente.
Thierry Meyssan tem sido um dos poucos que nos ajuda a compreender as verdadeiras intenções, sabendo que interesses estão em jogo. Outro jornalista, que tem informado com verdade sobre da luta palestiniana, é Jonathan Cook. Ele tem também denunciado os planos de «limpeza étnica» dos palestinianos, pelo poder israelita.
O povo palestiniano tem sido sacrificado por interesses sórdidos. A operação de «limpeza étnica» foi planificada de longa data. Neste ano de 2023, uma camarilha de bandidos tomou o governo. Fizeram um golpe de Estado, desde o interior do próprio Estado. Mudaram a constituição e subverteram a legalidade, para dominar totalmente o panorama político em Israel, suprimindo as vozes de oposição.
No Ocidente, a média corporativa dedicou-se a apresentar a situação de 7 de Outubro passado, como se fosse «um trovão em céu azul». Como se Israel fosse a vítima dum ato terrorista horrendo do Hamas: "Israel, Estado «democrático», selvaticamente agredido e que precisava defender-se". Porém, mesmo em círculos europeus ou norte-americanos próximos dos governos, a continuação do massacre sistemático do povo de Gaza causa inquietação, não por sentimentos humanitários genuínos, mas porque querem dissociar-se da imagem hedionda deste genocídio.
Prisioneiros palestinos, mantidos quase nus antes de enviados para tortura
Para quem tiver um mínimo de retidão e sentido de justiça, os poderes ocidentais - a começar pelos EUA e a continuar pela UE - são mais do que coniventes pelo crime perpetrado pelo governo de Israel: São mesmo coautores, pois sabendo exatamente para que servem as bombas e as armas fornecidas ao exército israelita, continuam os envios, enquanto choramingam apelos para «moderação» dos genocidas!
São já vinte mil mortes de civis, nesta Nakba nº2.
O Ocidente, no seu conjunto, está moralmente morto. No futuro, podem tentar obliterar a memória desta cruel mortandade mas, o facto em si, é indelével e nunca será esquecido pelas presentes e futuras gerações, em todo o mundo árabe e não apenas da Palestina.