A realidade «judaica do Antigo Testamento» do povo judeu de Israel atual é tão fictícia como a dos germânicos serem «arianos» e terem sido declarados como «a raça superior» pelo regime de hitleriano. Na verdade, são os palestinianos muito mais próximos geneticamente do povo judeu de há dois mil anos,. Isso não lhes confere um estatuto especial, mas apenas mostra o grotesco e a monstruosidade de basear uma política em dados étnicos ou «rácicos». Toda a política baseada em elementos raciais é uma clara negação dos Direitos Humanos, inscritos na Carta da ONU e em inúmeros documentos oficiais de todos os países (incluindo Israel).
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terça-feira, 14 de novembro de 2023

GENOCÍDIO DE GAZA E HIPOCRISIA DAS AGÊNCIAS HUMANITÁRIAS


 Rania Khalek Dispatches

Craig Mokhiber trabalhou na ONU durante três décadas e demitiu-se do «Alto Comissariado para os Direitos Humanos», perante a incapacidade deste, de enfrentar o que designou como «um caso de genocídio muito claro e típico» 
.Este empreendimento de genocídio não começou agora, mas em 1948 ou antes (Al-Nakba), com assaltos terroristas e massacres pelo exército de Israel e pela organização sionista Irgun, a cidades e aldeias onde viviam palestinianos, forçando-os a fugir, para não serem massacrados. 

O documento oficial, desmascarado* recentemente por jornalistas israelitas corajosos, mostra que essencialmente o mesmo plano estava a ser implementado, agora. 
Na verdade, o racismo, a arrogância de Netanyahu e dos seus ministros de extrema-direita, estavam seguros antes, durante e depois do ataque do Hamas de 7 de Outubro passado.  A sua segurança baseia-se na cumplicidade do governo dos EUA e dos governos da Europa ocidental e na cobardia de alguns governos árabes.  Mas também, ajuízam que têm impunidade em relação à ONU e ao ICC, porque exercem chantagem e pressões sobre estas instituições e os indivíduos trabalhando nelas em postos de elevado nível. Mokhiber lembra, é obrigação da ONU prevenir um genocídio. Portanto, não se pode esperar que o genocídio tenha começado ou se efetive, para agir. 
Oiça Craig Mokhiber. 
(Para acompanhar melhor  a entrevista, pode clicar nas legendas automáticas.)

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PS1: Veja também o vídeo seguinte sobre o reconhecimento por membro do próprio governo de Israel que o objetivo é «limpeza étnica»:



Alastair Crooke, no seu recente artigo, sublinha a incoerência entre os objetivos oficiais do governo de Israel (derrotar o Hamas), e as ações levadas a cabo pelo exército: O ataque indiscriminado contra civis e destruição de infraestruturas essenciais para a sobrevivência da população.