Rania Khalek Dispatches
Craig Mokhiber trabalhou na ONU durante três décadas e demitiu-se do «Alto Comissariado para os Direitos Humanos», perante a incapacidade deste, de enfrentar o que designou como «um caso de genocídio muito claro e típico»
.Este empreendimento de genocídio não começou agora, mas em 1948 ou antes (Al-Nakba), com assaltos terroristas e massacres pelo exército de Israel e pela organização sionista Irgun, a cidades e aldeias onde viviam palestinianos, forçando-os a fugir, para não serem massacrados.
O documento oficial, desmascarado* recentemente por jornalistas israelitas corajosos, mostra que essencialmente o mesmo plano estava a ser implementado, agora.
Na verdade, o racismo, a arrogância de Netanyahu e dos seus ministros de extrema-direita, estavam seguros antes, durante e depois do ataque do Hamas de 7 de Outubro passado. A sua segurança baseia-se na cumplicidade do governo dos EUA e dos governos da Europa ocidental e na cobardia de alguns governos árabes. Mas também, ajuízam que têm impunidade em relação à ONU e ao ICC, porque exercem chantagem e pressões sobre estas instituições e os indivíduos trabalhando nelas em postos de elevado nível. Mokhiber lembra, é obrigação da ONU prevenir um genocídio. Portanto, não se pode esperar que o genocídio tenha começado ou se efetive, para agir.
Oiça Craig Mokhiber.
(Para acompanhar melhor a entrevista, pode clicar nas legendas automáticas.)
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* https://www.jornalmudardevida.net/2023/11/13/preto-no-branco-o-plano-sionista-de-expulsao-dos-palestinos/
PS1: Veja também o vídeo seguinte sobre o reconhecimento por membro do próprio governo de Israel que o objetivo é «limpeza étnica»:
Alastair Crooke, no seu recente artigo, sublinha a incoerência entre os objetivos oficiais do governo de Israel (derrotar o Hamas), e as ações levadas a cabo pelo exército: O ataque indiscriminado contra civis e destruição de infraestruturas essenciais para a sobrevivência da população.