segunda-feira, 11 de abril de 2022
A INFLAÇÃO VAI DEVORAR A CLASSE MÉDIA
domingo, 10 de abril de 2022
A IRRELEVÂNCIA DA ESQUERDA É FRUTO DA SUA DERIVA NEOLIBERAL
Quando se souberem os resultados da primeira volta das eleições presidenciais francesas, haverá uma catadupa de análises, umas mais inteligentes que outras.
Mas, hoje, Domingo 10 Abril 2022 (antes de qualquer resultado ter saído das urnas), já posso afirmar com 100 % de certeza, quem perde, neste confronto eleitoral. É a esquerda política; arrastando consigo na sua queda a esquerda sociológica, ou seja, todas as pessoas espoliadas dos seus direitos, da sua cidadania e do fruto do seu trabalho. Ficarão a perder os trabalhadores, que não possuem um estatuto de privilégio, os que nem podem beneficiar das migalhas que os muito ricos distribuem para eles ficarem tranquilos, quando não para apoiar ativamente os candidatos escolhidos pelo sistema.
É este o resultado final da incúria de hierarcas de esquerda, sem dúvida alucinados com a possibilidade de partilhar o poder com a classe oligárquica. Quanto a esta, chamá-la burguesia já não seria correto, visto que a casta oligárquica se conta - num país como a França - pelas centenas de indivíduos, enquanto a burguesia inclui muitas dezenas de milhares, muitos deles empreendedores, muitos dos quais também esmagados pelo poder opressor dos monopólios e oligopólios que detêm o verdadeiro poder.
Mas, o pior deste período de ocaso da democracia ocidental, é a inexistência de verdadeiros contrapoderes. Não existe verdadeira força sindical autónoma nas mãos dos trabalhadores, ou se ela existe, tem uma expressão demasiado minoritária no seio das classes que é suposto defender. Não existe partido de esquerda no sentido de confronto contra o poder do capital, com expressão suficiente para poder desencadear a contestação eficaz contra medidas gravosas, por parte do governo e seus agentes. O que fica então, é uma representação teatral de esquerda. Resta uma esquerda esquálida, saudosa das glórias do passado, sem qualquer hipótese de ser protagonista em batalhas significativas do presente.
De qualquer maneira, não há verdadeira oposição de esquerda ao superestado da União Europeia, com o seu parlamento fantoche, suas instituições burocratizadas, sua rígida arquitetura e seu «tratado» de Lisboa. Este último, é - na verdade - uma constituição, contra a qual não existe um repúdio, uma vigorosa e organizada contestação, como seria de esperar duma esquerda anticapitalista. Com efeito, este «tratado» obriga a que os países se rejam e se coadunem plenamente pelas regras do capitalismo.
É conveniente para a ínfima oligarquia, ter as forças antagónicas domesticadas, ao ponto da hipótese duma agitação séria, nos países que hoje constituem a UE, seja mais provável vinda de partes espoliadas e esmagadas da população, mas sem qualquer perigo. A castração da esquerda política e social significa, no pior dos casos, que haverá insurreições espontâneas, mas sem um rumo definido: apenas explosões de raiva e frustração. Quanto muito, estas manifestações, apesar dos guardiães de esquerda e direita da ordem neoliberal, serão recuperadas por grupos de ultradireita, de nacionalistas extremos, de demagogos arvorados em soberanistas. Mas, ao fim e ao cabo, isto é algo com que o poder está habituado a lidar.
sábado, 9 de abril de 2022
CRÓNICA (nº6) DA IIIª GUERRA MUNDIAL - Os laboratorios de bioarmas dos EUA
Então, para desviar a atenção do público, criaram os nazis ucranianos, sob orientação direta do Pentágono duas falsas bandeiras: Bucha e Krematorsk. Para mim e para quaisquer pessoas que se deem ao trabalho de analisar os dados e evidências mostradas por um e outro lado, não pode haver uma convicção de que esses dois atos atrozes tivessem sido perpetrados pelos russos. A abundante informação que pode aceder AQUI, ou AQUI, ou ainda noutras fontes, pode dar uma ideia das questões. Por contraste com as fontes acima mencionadas, sobressai a histeria mediática fabricada para condicionar e intimidar as pessoas, no Ocidente. Esta guerra, como tenho mencionado, está a desenrolar-se a vários níveis: militar, económico, biossegurança, ciberguerra e guerra de informação. Esta última, é dirigida aos nossos próprios povos do Ocidente, visto que a violência e o primarismo russófobo (não anti- regime russo, mas claramente anti povo russo) que se desprende desta campanha, é de molde a causar revulsão em qualquer pessoa russa, seja qual for o seu posicionamento em relação a Putin e seu governo. A quota de popularidade de Putin e do governo russo tem subido, em especial desde as campanhas mediáticas russófobas no Ocidente.
Esta guerra tem dois lados: um, é o russo e o outro é a NATO. A NATO serve-se do regime fantoche de Zelensky e das milícias nazis (que a NATO treinou, armou, equipou e enquadrou) inseridas ou autónomas das forças armadas ucranianas. É uma guerra por procuração, por enquanto. Existem numerosos fanáticos anti-russos, sobretudo neocons, que querem que a guerra se alastre, que haja um envolvimento direto da NATO. A oligarquia que controla o poder político de Washington, está ferozmente disposta a sacrificar até ao último ucraniano, e também, até ao último europeu ocidental, no seu afã de destruir - nada menos que isso - a Rússia.
Continua a ser um mistério, saber qual ou quais as razões que levaram Putin e o governo Russo a mudar a sua perspetiva sobre a situação na Ucrânia e decidirem-se pela ofensiva. Mas, tenho impressão que dois factos foram decisivos:
- A declaração de Zelensky (um fantoche da NATO) na «conferência de Munique sobre segurança», de que o seu país estaria pronto a sair do Acordo de Budapeste, o qual garantia o não estacionamento de armamento nuclear em solo da Ucrânia. Em compensação, a Rússia não colocava obstáculos à saída da Ucrânia da CEI, sucessora imediata da URSS.
- A provável informação dos serviços russos de que estaria para breve uma ofensiva, não apenas convencional, mas duplicada com armas biológicas contra a Rússia, coberta pelo reacender da guerra entre o exército ucraniano e as milícias das repúblicas do Don.
O primeiro facto é insofismável e conferível por qualquer pessoa.
O segundo é uma inferência, pois eles (serviços secretos russos) sabiam de antemão quais os locais dos laboratórios com as tais atividades de guerra biológica. Pode-se considerar um indício disso, o facto de que, na invasão russa, houve um cuidado especial em capturar os referidos laboratórios, com operações-relâmpago de comandos....
O facto de considerar que há muitos motivos para a Rússia ter invadido a Ucrânia, não invalida o facto de eu considerar que foi um erro:
- Foi um erro prático, porque as possibilidades de resolução duma situação, por mais complicada que seja, ficam diminuídas quando se entra numa guerra aberta.
- Foi um erro também do ponto de vista humano, pois nestas guerras, são os inocentes que mais sofrem (de ambos os lados) tanto soldados, como civis.
- Do ponto de vista moral, também foi um erro, porque a Rússia não estava a ser atacada objetivamente. No caso presente, embora na iminência de o ser, será sempre difícil provar que foi uma operação preventiva absolutamente necessária para a preservação da própria Rússia.
Dito isto, penso que as culpas principais são do «Ocidente», da NATO, que se tornou o instrumento passivo da política imperial dos EUA. Estes, desde o golpe de Maidan, têm transformado a Ucrânia em ponta-avançada numa guerra de baixa intensidade, ou híbrida, contra a Rússia.
Só com a destruição do sistema imperialista, seja ele multipolar, bipolar ou unipolar, os povos de todos os países do Mundo poderão ter a tranquilidade e segurança necessárias. No curto prazo, vamos assistir a fome, miséria, golpes, instabilidade política, em todo o Mundo, com maior gravidade no Terceiro Mundo. Isto poderá durar decénios e a sua resolução (infelizmente) não me parece favorável ao socialismo, pelo menos, ao socialismo como eu o entendo, não as formas estatais, meros capitalismos de Estado.
PS1: Sobre o longo historial dos EUA, relativo às armas biológicas:
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/06/sars-cov-2-bio-arma-produzida-em-fort.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2019/09/os-programas-de-guerra-quimica-e.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/varios-laboratorios-na-ucrania.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2020/03/max-parry-sera-que-pandemia-global-e-um.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2020/02/coronavirus-de-wuhan-bio-arma.html
PS2: Importante resumo dos motivos russos para invadir a Ucrânia, assim como de vozes dos EUA preocupadas com o papel que os EUA têm desempenhado na Ucrânia e região. A não perder:
PS3: O silêncio é «estrondoso», o blackout informativo é total, o que só mostra uma coisa: a elite global, dona dos media de massas ocidentais, não se importa com a nossa saúde; importa-se em eliminar, por quaisquer meios, a Rússia (eles querem o seu extermínio!)
A acumulação de dados e indícios mostra que os EUA estavam a desenvolver armas de destruição massiva na Ucrânia, em laboratórios secretos espalhados pelo país. Estes eram financiados, mantidos e dirigidos por americanos. Era proibido um trabalhador dar informação sobre o que se passava lá dentro. Logo após a invasão, foi dada ordem, por Victoria Nulan, para destruir as estirpes. Podiam ser consideradas peças incriminatórias e também toda a documentação. Porém, alguns trabalhadores destes laboratórios deram entrevistas aos russos e mostraram documentos de trabalho, fornecendo a descrição precisa dos agentes biológicos e do tipo de manipulações que eram efetuadas.
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Artigos anteriores da Série 3ª Guerra Mundial:
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial_13.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial_24.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/04/cronica-da-terceira-guerra-mundial-um.html
sexta-feira, 8 de abril de 2022
NOSSOS GRILHÕES MENTAIS: GESTÃO DA PERCEÇÃO (PERCEPTION MANAGEMENT)
Quando penso nas grandes linhas do que tem sido o século XXI, verifico como a forma mais acabada de conduzir as massas tem sido a gestão da sua perceção.
Com efeito, quem tem o controlo sobre os grandes meios de comunicação social, quer seja o Estado, quer sejam os grandes grupos privados, pode moldar a perceção da realidade, ocultando, dizendo apenas as partes convenientes de uma realidade, ou mesmo, fabricando de todas as peças uma falsa narrativa.
O pretexto para os americanos invadirem o Afeganistão em 2001, para depois invadirem o Iraque em 2003, para continuarem com a Líbia, o Sudão, a Síria, o Iémen...Foi - na verdade - um monstruoso «Pearl Harbour», querido pelos redatores do manifesto PNAC, os neocons. Eles têm-se sucedido em postos importantes de Washington, sob todas as presidências, enquanto elementos-chave do Estado profundo nos USA, com a participação e conivência ativa de uma grande parte do grande capital: nomeadamente, a banca (JP Morgan, Goldman Sachs e a grande banca de negócios), Blackrock e Vanguard (empresas tentaculares, desde o imobiliário, até fundos especulativos, e tomando controlo de empresas lucrativas nos USA e noutras partes do Império), as Grandes da Tecnologia (Amazon, Google, Microsoft, Apple...). Estas últimas, com seus superlucros, não só beneficiam de um monopólio de facto; são parte ativa da gestão da imagem, da censura e blackout de pessoas, ideias e informações contra a ortodoxia...
Evidentemente, não são eles os nossos únicos inimigos, mas estão de facto a usar, de forma constante, armas de destruição massiva da inteligência das pessoas. Armas que não se apresentam como tal, que as pessoas vão «voluntariamente» procurar. De facto, seria mais apropriado fazer-se uma analogia com drogas duras... Pois, o cérebro humano alimenta-se, não apenas de informação vinda do interior (ele próprio e o organismo no qual existe), como do constante fluxo de informação vinda do exterior. Assim, conforme estamos a ser «nutridos» com informação (ou lixo informativo) estamos a ser subtilmente moldados.
A nossa perceção consciente e nosso ego podem recusar a evidência. Muitas pessoas pensam que são «elas próprias» que estão no controlo, que são elas que adotam ou rejeitam tal ou tal informação ou ponto de vista e, pensam elas, isso resulta do funcionamento lógico e racional do cérebro.
Em tempo de guerra, a propaganda, ou seja, a forma mais maciça de influenciar a mente coletiva, torna-se mais pesada, torna-se opressiva. O regime dos países ocidentais, agora, é muito parecido com regimes do Leste, na era soviética*. Eu conheci vários países da Europa do Leste, incluindo a URSS, numa época em que as pessoas tinham a propaganda oficial por um lado e por outro, havia circulação de informação de forma semiclandestina.
Tanto nesse contexto, como no que se verifica hoje nos países ocidentais, não havia uma impossibilidade de acesso, pelo cidadão comum, a essas fontes alternativas de informação. Nos regimes do tipo que existiram na Europa do Leste, até ao final dos anos 80, era possível encontrar pessoas abertamente críticas em relação ao sistema. Hoje, nos países ditos de «democracia liberal» é também possível encontrar pessoas, que são francamente contrárias ao Status Quo.
Mas, não são essas pessoas que fazem a opinião. A opinião é feita por escribas, jornalistas, «pivots», pseudointelectuais, pseudo analistas, «peritos», que constantemente se sucedem, sobretudo nos meios informativos de maior audiência, despejando a «verdade» (dos regimes), as meias-verdades, as mentiras, as puras fabricações. Mas o ponto fulcral é a ausência de contraditório: Tudo isso é despejado sem que qualquer outra opinião, realmente contraditória, se faça ouvir de modo que as grosseiras deformações da realidade possam ser questionadas seriamente.
A sofisticação do sistema de gestão da informação vai muito longe, pois os partidos ditos de oposição, mesmo com etiqueta de socialistas, comunistas, ou anticapitalistas, foram cooptados para fazer parte do coro. Quando cantam, é em harmonia, podem até fazer contraponto, mas globalmente, não deixa de ser a narrativa do poder. Apenas a ênfase, o vocabulário e os chavões são ligeiramente diferentes. Os incautos creem que estão a ouvir, ver, ou ler, alguém de «esquerda autêntica», porque lança uma série de chavões e de frases-feitas, que funcionam como luzinhas - chamariz.
Na política-espetáculo, o discurso é tudo, a narrativa impera sobre os factos, a forma sobre o conteúdo, a personalidade e a aparência física de quem emite a «opinião», primam sobre tudo o resto. Estamos perante uma ilusão coletiva de democracia, um teatro de aparências, pois não existem reais contrapoderes.
Os tribunais não são independentes, como sabe qualquer pessoa que esteja dentro do sistema judicial. Nem é preciso invocar casos de corrupção (reais, mas quase nunca desvendados, pois afetariam a credibilidade da instituição); basta pensarmos nos mecanismos legais e bem oleados das promoções e nomeações dentro dos corpos da magistratura.
O mesmo se passa noutros corpos portadores de prestígio. Pensemos nos médicos e na cobardia do seu comportamento, a sua cedência face ao lóbi das grandes farmacêuticas, a sua traição do juramento de Hipócrates, o seu alheamento em fazer respeitar os direitos (já não são sagrados?) dos pacientes disporem do seu corpo e decidirem que tratamento desejam realmente ter.
Enfim, a realidade é completamente diferente das imagens oficiais. Também noutras profissões reina uma profunda corrupção. Referi os casos acima, para exemplificar com profissões tidas como prestigiosas. Pode-se imaginar, por analogia, o que se passa quotidianamente nas outras profissões. Na verdade, basta abrirmos os olhos e os ouvidos, e observarmos o que se passa à nossa roda.
Está-se, portanto, dentro dum processo de hipnose coletiva, de denegação da realidade, pois as pessoas foram condicionadas mentalmente** a só darem crédito aos que detêm «prestígio social»; a aparência torna-se o critério de credibilidade de algo. Por isso, é tão fácil manipular as pessoas. É um exercício feito em doses maciças e um crime contra a humanidade. Contra a humanidade em geral e contra aquilo que há de humano em cada um de nós; um abuso, uma violação das consciências.
Mas, tal não é percebido pelos «zombies», que vão buscar informação 24/24h. no seu «smartphone», que vivem numa completa dependência, como os drogados por substâncias químicas, cocaína, heroína, anfetaminas, etc. Há pessoas que entram em estado de choque sem o seu «smartphone», se o perderam, se alguém o roubou. Ficam desorientadas, zangadas ou desalentadas, em pânico, sem saber o que fazer, como se comportarem. Estão escravizadas pelas maquinetas, num grau que apenas tem paralelo com a dependência nos neurónios cerebrais dum adito por drogas químicas.
As possibilidades de pessoas que escaparam ao processo de lobotomia ou de zombificação, se fazerem entender pelas lobotomizadas ou zombificadas, são nulas na prática. Pois, as pessoas só podem perceber o que outra está a comunicar, se forem capazes de percorrer o discurso e tentar retraçar a linha de raciocínio dessa pessoa. Mas, isso não foi aprendido na escola, nem foi cultivado ao longo da vida. Portanto, é como dar uma partitura de música complexa a alguém que nunca estudou música, e nem sequer se interessou por música... Evidentemente, tal não resultaria!
Assim, só resta às pessoas que se entendem, de se darem a conhecer umas às outras, com muito mais proveito e prazer, do que tentarem «macaquear» os processos da media de massas. Também aqui, é evidente que não é possível erguer um contrapoder significativo à ditadura dos media e seus meios de condicionamento. É porém sempre possível preservar a nossa capacidade de diálogo, de argumentação, de partilha de pontos de vista e de confronto (não violento) de opinião, com outras pessoas que não foram lobotomizadas. Não interessa que tenham preferências culturais, políticas, etc., assim ou assado; interessa que sejam pessoas capazes de abertura real, que percebam o princípio elementar da vida em sociedade, o respeito pelos outros, pelas suas opiniões, seus direitos, de mesma forma como nós gostamos de ser respeitados.
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* Ver AQUI o artigo de Jonathan Cook, que descreve como os opositores são classificados como «doentes mentais», tal como eram descritos e internados em hospitais psiquiátricos, os dissidentes da era soviética.
**A forma como a media mainstream se transformou em (voluntária) arma de propaganda anti-russa, ilustra o grau de condicionamento a que o público está sujeito: https://www.strategic-culture.org/news/2022/04/14/war-ukraine-really-about-us-pursuing-regime-change-in-russia-bruce-gagnon/
quinta-feira, 7 de abril de 2022
A VERDADE SOBRE O NAZISMO PÓS-II GUERRA MUNDIAL E A UCRÂNIA
Entrevista com Gabriel Rockhill
quarta-feira, 6 de abril de 2022
AZUL É O CÉU, NADA MAIS [OBRAS DE MANUEL BANET]
Azul é o céu, nada mais
Nada mais que o céu azul
E para além do céu?
Nada mais, só o azul do céu.
Este azul me oprime, de tão leve que se pousa
Este azul «pan-color», de cartaz publicitário
Tão real como uma pincelada num muro
Este azul é mais agressivo do que um céu de chumbo
Que as nuvens ameaçadoras que nos trazem granizo
Este azul é inderrotável é impossível compor com ele
Pode ser que alguns o achem belo, eu não vejo nele
Senão monotonia de azul.
Mas aceito o seu veredicto, não vou argumentar
Saberei fazer como se ele não existisse
Como se por cima da minha cabeça
Não houvesse nada, absolutamente
Apenas existir sem pensar
Apenas estar sem impor
Apenas olhar sem ajuizar
Somente o céu azul me
Incomoda, bem sei porquê
Estou condicionado pela sua presença
Mas assumo ser diferente ou indiferente
Enfim, gostava de olhar a terra do céu
É isso que eu não farei tão cedo
Exilado no solo, como ave
Vendo suas irmãs voarem
Muito alto pra horizontes
De calor e abundância
Bandos de aves sem dono
As que riscam o azul do céu
Em volta do globo terrestre
Como eu gostaria de ser
Assim, o azul do céu
Não seria para mim
senão um meio de viajar
Uma autoestrada sem fim
Jogo também, complexo jogo
De orientação, de saber
Ancestral das rotas
E uma aventura inscrita
Na memória da espécie.
Ah, então eu poderia contar
As formigas humanas que
Olhavam para o nosso bando
Quando ele sobrevoava arrozais,
Ou prados, vilas ou lugares.
Já nem me lembraria muito bem
O que é ser um humano
Seria como uma memória vaga
Sonho ou pesadelo que passa
Com um batimento da asa
E talvez, nesse corpo novo
O céu se engalanasse
Num esplendor de tons vermelhos
-doirados, enquanto atravessava
O oceano, rumo ao paraíso das aves.
Keiko Omura interpreta Suite N.7 de Haendel para cravo