A visão keynesiana da economia tem sido vantajosa para muitos governos, entidades financeiras e investidores particulares. Os postulados em que assenta sempre foram deficientes, mas - agora - sua total inadequação para dar conta da realidade económica começa a transparecer (1) espetacularmente.
O «quantitive easing» (impressão monetária) até ao infinito, já está a causar sérias perturbações no funcionamento da economia capitalista global. A insistência nos modelos keynesianos tem servido como «justificação» para as decisões da FED e de todos os outros bancos centrais do «Ocidente».
Porém, a destruição de valor (e não apenas do valor de ativos financeiros) progride, tendo-se acelerado ultimamente. Como eu previra (2), eles vão continuar a cantar a «cantiga» do COVID como justificação para tudo o que corre mal. Além de que as evidências se acumulam no sentido de que esta crise foi manipulada (3), para não dizer manufaturada, pelos muito poderosos, a começar pelos donos da Big Tech (as empresas gigantes tecnológicas, Amazon, Google, Facebook, Apple, Microsoft...), os quais são os grandes vencedores, face a este colapso geral das pequenas e médias empresas e negócios.
O panorama é claro, para quem não esteja enredado na narrativa especiosa dos poderes e dos vendedores de sonhos aconselhando os investidores a enterrarem-se mais e mais profundamente na economia especulativa, de casino.
Como contrapeso a essa onda de falsa peritagem económica e financeira, quero apresentar os pontos que - honestamente - eu considero em relação a mim próprio e à minha família:
1- Esta crise é diferente de todas as outras que jamais vivemos: não é uma crise cíclica, mas antes uma crise fabricada, desenhada ao mais alto nível, para desembocar no «Great Reset»(4).
Este, não é mais do que a transformação da economia mundial e da sociedade, no sentido duma total privatização incluindo os domínios até hoje reservados aos Estados; e o controlo sobre as populações, através de passes digitais, ditos «sanitários» mas, na verdade, passes para o controlo de tudo o que fazemos. Os telemóveis são a mesma coisa (5) que pulseiras eletrónicas, colocadas nos presos, para que estes sejam sempre localizáveis e controláveis.
2- Como eles pretendem um controlo em grande escala, avançam com o dinheiro digital, sob controlo dos bancos centrais. (6) Assim, as pessoas serão obrigadas a produzir para obter esse dinheiro (note-se que continua sendo «dinheiro fiat», como o atual), a consumir, gastando a partir dos porta-moedas digitais; a caducidade dos mesmos (ou a redução rápida e programada do seu valor) irá empurrar as pessoas a consumir, a não aforrar. O próprio consumo será canalizado para certos bens ou serviços, de acordo com as conveniências da economia.
3- Vai haver escassez de bens essenciais e muita agitação social, no chamado «Primeiro Mundo». Mas, outras partes do Mundo ficarão sem recursos essenciais, nomeadamente, os países do Terceiro Mundo que dependem de tecnologia ocidental para suas indústrias e serviços. Esta escassez vai ser gerida no sentido de provocar a diminuição da população global, um dos principais objetivos da oligarquia globalista. Com efeito, está demonstrado que seu modelo de «desenvolvimento sustentável» está baseado nas teses do «Clube de Roma» (1970). É a expressão contemporânea do eugenismo e do malthusianismo (7).
4- A situação tem de ter graves repercussões ao nível político. Se os Estados são, em larga medida, a expressão das classes dominantes(8), estas classes dominantes da sociedade «pós-Reset» são aquela ínfima minoria que controla tudo, incluindo os aparelhos políticos. Com efeito, já mostram capacidade, não só de influir na política, como de ditar diretamente quem serão os dirigentes políticos. Só são promovidos na média corporativa (pertença da oligarquia), os políticos que mereçam a sua confiança para levar a cabo as tarefas que eles (oligarcas) lhes atribuíram. Necessariamente, como já se verifica, vai haver resistência. Muitas pessoas, com um grau de consciência maior, irão entrar em rebelião. Face a isto, a repressão vai tornar-se sistemática, vai ser mais abrangente: Os dispositivos de rastreio e de controlo social irão operar em pleno. A «democracia liberal» será coisa do passado, embora possam deixar a «casca» das instituições, incluindo as constituições. Mas, o conteúdo concreto vai ser o tecno-fascismo. Note-se que os dispositivos já existiam previamente e, por isso, foram rapidamente utilizados - em numerosos casos, nestes 2 últimos anos - nos momentos críticos.
5- Face a estas realidades, temos de estar bem armados psicologicamente: A melhor maneira de estarmos preparados, é combater com os nossos neurónios, não cairmos na resposta emotiva, não nos deixarmos abater, não desencadear a histeria dos histéricos. Mas pode-se e deve-se aproveitar todas as ocasiões para - pedagogicamente - subtrair os nossos próximos (e os outros) ao estado de hipnose em que os globalistas os mergulharam. A capacidade de fazer ver a realidade, em total contradição com a narrativa deles, vai permitir que muitas pessoas acordem. Elas tomam os seus algozes como se fossem seus «benfeitores». Por outras palavras, as pessoas comuns têm estado sujeitas à «síndrome de Estocolmo». Elas caíram facilmente neste estado, tanto mais que os seus captores, que as fizeram reféns, conseguiram convencê-las de que «só pretendem salvá-las da terrível epidemia».
6-Devemos pensar como numa guerra: É cada vez mais importante e urgente constituir reservas de bens alimentares, mas também, de medicamentos ou de utilidades como baterias, filtros para purificação da água, etc. As ruturas de abastecimento nos mercados já começaram e vão acentuar-se. A oligarquia vai continuar a fazer guerra económica à China (9). Não lhes importa que muitos dos bens industriais produzidos atualmente na China, só passados vários anos poderão voltar a ser produzidos localmente, no Ocidente. Para a oligarquia, o que conta é o «controlo da populaça» (10), não é o «bem-estar dos cidadãos».
Quem quiser consultar as fontes que eu disponibilizo (e outras) poderá constatar que não se trata duma visão exagerada da minha parte. Mas, as chamadas «elites» estão - há uma data de tempo - a cozinhar algo de bem amargo e sombrio, para a generalidade das pessoas.
Quem pensar que isto não vai afeta-lo pessoalmente, que se desengane, pois num quadro de empobrecimento generalizado, só os muito ricos terão acesso aos recursos. Os outros irão sofrer diretamente ou indiretamente (por ex., podem ser assaltados), em consequência das sociedades mergulharem no caos.
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(1) https://www.goldmoney.com/research/goldmoney-insights/money-supply-and-rising-interest-rates
(2) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2020/02/nao-culpem-o-coronavirus-pela-crise.html
(4) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/07/lockdown-e-projeto-de-biopoder-da.html
(5) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/06/servidao-voluntaria-e-great-reset.html
(6) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/05/powell-fed-eua-anuncia-cbdc-central.html
(7) https://www.unz.com/mwhitney/pure-unalloyed-evil/
(8) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/12/falsificacao-do-real-enquanto-estrategia.html
(9) https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2020/07/a-era-das-guerras-hibridas-e-o-seu.html
(10) [conferência do Prof. Ernst Wolff (legendas em inglês] https://brandnewtube.com/
(11) Conversa com Chris Irons autor de «Quoth The Raven»
8 comentários:
https://nftrh.com/2022/01/04/the-zombie-ship-of-theseus/
Keith Weiner, oferece uma demonstração detalhada daquilo que eu apenas delineei no artigo acima. Vale a pena:
https://www.youtube.com/watch?v=mwa0U1CJL2Y
“The Ship of Theseus is an old philosophical thought experiment. It asks a question about identity. Suppose you replace all of the boards of a ship with new ones—is it still the same ship?
We are not going to try to resolve this millennia-old paradox. Instead, we are going to add one more element, and then tie it to the monetary system. The additional element is what if the replacement boards are adulterated in some way. That is, each new board is warped, or weakened, or otherwise not fit for purpose.
«It should be clear that replacing boards with unsound wood does not alter reality, only the ship. It does not remove any constraints such as the need to be watertight. It does not make anything better, only adds new flaws.
Let’s call this new ship, with each original board replaced with these adulterated boards, the Zombie Ship of Theseus. It looks like the Ship of Theseus. However, it does not work like it. It has been corrupted to work in a different way, i.e. to lull sailors into going out to sea, where a storm will drown them.”»
Nestes tempos, a oligarquia está fazendo «simulações» de como gerir o colapso da economia. Veja:
«High-level international banking officials and organizations gathered last month for a global “war game” exercise simulating the collapse of the global financial system. The tabletop exercise was reminiscent of “Event 201,” the pandemic simulation exercise that took place just before COVID-19 entered the global scene.»
https://childrenshealthdefense.org/defender/leaders-war-game-exercise-global-financial-collapse/
https://www.zerohedge.com/geopolitical/rickards-exposes-globalisms-achilles-heel
Segundo Rickards, as cadeias de abastecimento não só parte da economia global, são a própria economia global. Se estas entram em rutura, toda a economia está frágil, é o calcanhar de Aquiles da economia globalizada.
« Welcome to the Matrix (i.e. the metaverse), where reality is virtual, freedom is only as free as one’s technological overlords allow...»
John Whitehead faz o retrato de uns EUA transformados numa distopia fascista:
https://www.rutherford.org/publications_resources/john_whiteheads_commentary/despotism_is_the_new_normal_looming_threats_to_freedom_in_2022
https://www.globalresearch.ca/tide-turning/5766369
Tenho a quase certeza que não sabia isto (pelo menos nunca o leu ou ouviu pelo «mainstream media»):
Revealing News
Now comes the whammy, revealing news. You might be surprised to hear – or not – that many, if not all, of the most tyrannical leaders (sic), took Klaus Schab’s (WEF) intensive course for “Young Global Leaders”. Among them are New Zealand’s Ms. Ardern; The Australian Prime Minister and several of Australian’s Provincial Governors; Canada’s Mr. Justin Trudeau; France’s Mr. Emmanuel Macron, Costa Rica’s President Carlos Alvarado Quesada; Madame Angela Merkel – and many more – just to give you a taste, so you may judge for yourself, who is at least part of the Big Orchestraters of this deadly game of never heard-of tyranny in recent history. See this.
Ms. Ursual von der Leyen, President of the unelected European Commission is a Member of the Board of Trustees of the World Economic Forum.
In Germany, protests against “Covid measures”, especially coerced vaccination, over the past 2 weeks have covered most major cities, starting peacefully, then turning violent, mostly reacting to violent police interference. Hundreds of thousands – if not millions – took to the streets throughout Germany over the past few weeks. There is no end in sight as long as the German Government insists on forced vaccination, and the QR-coded Covid Pass.
O caos nos EUA já está instalado, devido à ausência de milhões de trabalhadores (que se demitiram, foram demitidos ou que estão doentes ou morreram...)
https://www.silverdoctors.com/headlines/world-news/this-is-what-happens-when-millions-of-workers-disappear-from-the-system/
Para os «defense contractors» (os fornecedores de material para os militares) há sempre tudo: mas para o povo há escassez, algo que os americanos não conheciam!
https://worldbeyondwar.org/the-pentagon-and-cia-have-shaped-thousands-of-hollywood-movies-into-super-effective-propaganda/?link_id=25&can_id=25d353053f5af66cd5932ee4a127eaf0&source=email-wbw-news-action-desmond-tutu&email_referrer=email_1404218&email_subject=wbw-news-action-war-and-environment
https://www.goldmoney.com/research/goldmoney-insights/why-dollar-cbdcs-may-never-happen
Alasdair Macleod põe a hipótese de que as divisas digitais dos bancos centrais (CBDC) nunca vejam o dia. Não acredito muito nisso, porque aos aspetos «técnicos», sobrepõe-se um objetivo político de fundo. O controlo em relação à sociedade civil foi sempre o grande objetivo dos globalistas. Não tenhamos dúvidas de que as «elite» dos bancos centrais faz parte das «tropas» globalistas
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