A realidade «judaica do Antigo Testamento» do povo judeu de Israel atual é tão fictícia como a dos germânicos serem «arianos» e terem sido declarados como «a raça superior» pelo regime de hitleriano. Na verdade, são os palestinianos muito mais próximos geneticamente do povo judeu de há dois mil anos,. Isso não lhes confere um estatuto especial, mas apenas mostra o grotesco e a monstruosidade de basear uma política em dados étnicos ou «rácicos». Toda a política baseada em elementos raciais é uma clara negação dos Direitos Humanos, inscritos na Carta da ONU e em inúmeros documentos oficiais de todos os países (incluindo Israel).
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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

REFLEXÃO: O DESPERTAR DUM SONHO

As cambalhotas dos poderosos talvez divirtam os mais poderosos que eles; os que lhes subsidiam as campanhas eleitorais e que os têm presos pelos ... pelos cordões da bolsa...

Mas, não me divertem, enjoam-me; são obscenos, são uma desgraça para a humanidade. São semeadores de discórdia, de peste, de miséria e de guerras sem fim...

Assim sendo, como posso eu rir de palhaços tristes, que mandam prender e cortar a língua dos poucos corajosos que se atrevem a dizer as verdades ao poder?

Como é isto possível? Serão os povos assim tão ingénuos, que pensam terem ditado a política que se faz em seu nome, por terem votado nos políticos «que os representam»???

Não compreendo como existe uma parte da humanidade que se satisfaz com a infelicidade dos outros, pensando que esta não lhes virá, nunca, bater à porta.

É um estranho caso de desumanização coletiva, esta indiferença face às tragédias doutros povos, essencialmente iguais a nós, só que tiveram o azar de nascer no local errado. Desumanização... ou não?

- Afinal o que é o «Homem», o ser humano? Existe algo como uma solidariedade em relação à espécie humana, em geral? Ou será que a nossa psique só se emociona com aquilo que toca à nossa família, à nossa tribo, ao nosso círculo?

Sim, existe uma carapaça de indiferença à minha volta, como constato pelas conversas das pessoas e nas notícias da média, em relação ao presente desvario mortífero. Não lhes importa a violência extrema, genocida, se ela é dirigida contra estranhos, contra os outros, os que não são como nós, que não falam a nossa língua, não têm as mesmas crenças, que têm outros costumes, etc.

Não resta nada das belas construções dos «Direitos Humanos», das Declarações solenes da ONU, das Leis e Constituições que proclamavam a igualdade de direitos... Já para não falar de moral (cristã, ou doutra religião), ou da (pseudo)racionalidade dos intelectuais.



Gostaria de poder olhar as sociedades humanas como um cientista, como o entomologista que estuda as térmitas ou outros insetos sociais. Mas como fazê-lo, com animais de aparência humanoíde, que se substituíram às pessoas humanas, que eu amava e que desapareceram?

Eu não imaginava até que ponto estava protegido. Agora, olho o passado, não apenas com a nostalgia natural e banal dos velhos, mas com profunda tristeza e frustração, pois este passado é o «paraíso perdido» em que estive mergulhado, sem o saber.

Se as pessoas que me lêem pensam que estou a verter lágrimas sobre mim próprio, enganam-se. As únicas lágrimas que poderão sair dos meus olhos, são as provocadas pelo ar demasiado poluído ... As outras lágrimas já secaram, definitivamente!

- Não choro sobre mim, nem sobre a humanidade: O que escrevi acima, é para ficar registo sobre o que sinto e penso, para minha própria orientação.

É o despertar dum sonho*: A tomada de consciência de um equívoco. O que realmente existe, não é aquilo que eu imaginara existisse.

Como dizia um velho amigo, já falecido .... «O paraíso, não sei se existe; mas estou certo que existe o inferno: Ele existe aqui mesmo, no nosso planeta!»

(* Nós, quando acordamos de um sonho, ele não se dissipa logo; temos alguns momentos em que tudo parece confuso. Depois, vem ao de cima o conteúdo e o seu significado; dá-se uma tomada de consciência.)