Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.
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sábado, 13 de abril de 2024

EMBAIXADOR CRAIG MURRAY: O OCIDENTE ESTÁ A DESTRUIR A LEI INTERNACIONAL


A cumplicidade do «Ocidente» com crimes de guerra e crimes contra a humanidade, perpetrados pelo exército de Israel, não apenas agrava a situação humanitária no terreno, como confere um sentimento de «impunidade» ao governo de Netanyahu. Mas também mostra que o Direito Humanitário é apenas usado como argumento, quando isso convém ao Ocidente. Ou seja, não têm - os governos - qualquer intenção de cumprir e fazer cumprir leis, que eles próprios dizem defender. São dias muito sombrios, os presentes. 

PS1: a retaliação iraniana ao ataque de Israel, assassinando funcionários  militares de alta patente que estavam no interior do edifício consular do Irão em Damasco, foi sóbria e manteve -se dentro dos limites das leis da guerra. Com efeito, atacaram alvos militares. O ataque de Israel destinava -se causar um reação impulsiva do governo iraniano, além de desrespeitar a Convenção de Viena e as leis da guerra. O objetivo, da parte do governo de Netanyahu, era também o de arrastar os EUA e OTAN, para a armadilha de uma guerra alargada na região. Netanyahu sabe que só se mantém fora da prisão, porque preside a um gabinete de guerra. Logo que deixar de o ser, nada evitará a sua prisão por corrupção.

 

quinta-feira, 21 de março de 2024

OPUS. VOL. III 8. O VEREDICTO



Cada dia que passa, 
Cada hora, cada segundo   
Cada olhar de criança esfomeada 
Cada virar da cara 
Cada cobardia   
Cada fala perjura 
Cada encolher de ombros 
Cada esgar cruel 
Cada justificação do massacre 
Cada utilização da Bíblia 
Cada palavra de ódio 
Cada punição coletiva 
Cada genocida dum povo  

Cada uma das coisas
Que vemos acontecer 
Com o povo palestino
Recai em cima da 
"Civilização ocidental" 
Dos seus lideres políticos 
Governantes, magistrados, 
De toda a pessoa que consente 
Que aprova, que é indiferente  

Recai a condenação 
Do mundo inteiro, 
Agora e no futuro

quinta-feira, 14 de março de 2024

DISCURSO CORAJOSO E CAMPANHA DE DIFAMAÇÃO CONTRA VENCEDOR DOS ÓSCARES

 O tempo que vivemos é realmente de «velhacos». De pessoas sem espinha dorsal. Muito valor têm os corajosos intelectuais (neste caso o realizador Jonathan Glazer) que dizem o que tem de ser dito. Custe o que custar, sem concessões à máquina trituradora das consciências, à censura e à raiva contra os espíritos livres. 



Leia a história escrita por Jonathan Cook. Ele retraça a origem da campanha contra Glazer e mostra como a censura sionista é igual à censura fascista. 

https://consortiumnews.com/2024/03/13/the-oscars-speech-smear-campaign/

quarta-feira, 13 de março de 2024

ONZE DE SETEMBRO: REVISITADO, EXPOSTO E DESMASCARADO


 Não deixe de ver este vídeo e de ler ESTE texto de um próximo do ministro Louis Farrakhan (Nation of Islam). 

Igualmente, leia o artigo de Thierry Meyssan, que revela as ligações entre o movimento do judeu fascista Jabotinsky e Natenyahu e o seu governo (cf. Les derniers balbutiements du fascisme juif )

segunda-feira, 4 de março de 2024

CRÓNICA (Nº24) DA IIIª GUERRA MUNDIAL - Alargamento dos perigos

 Nos últimos tempos, no cenário da Ucrânia, a rutura da frente do lado ucraniano, após a queda de Avdiivka veio expor a total incompetência da liderança política e militar da ditadura que governa a Ucrânia. Com efeito, foi devido ao facto de muitas das defesas fortificadas que deviam estar presentes na linha da frente não existirem, que a perda da vila estratégica de Avdiivka se transformou numa retirada desordenada, em pânico. Muitas dessas defesas só existiam no papel; a isso se resumia a aplicação das ajudas ocidentais. As somas colossais que a OTAN tem vertido no caldeirão ucraniano, têm servido sobretudo para  enriquecer ainda mais os muito ricos oligarcas que controlam o poder político, sendo este também possuidor de uma insaciável ganância como se pode verificar pelas mansões luxuosas, da Riviera até Miami, compradas por Zelensky. A imprensa ocidental parece estar a «descobrir» isso e muito mais, como as bases secretas da CIA, em território ucraniano, que desde 2014 espiam o território russo. Nada destas coisas é ao acaso. Estão a preparar a opinião pública para a derrota inevitável, que eles - no entanto - quiseram ocultar, depois de terem feito uma guerra de propaganda demente, enaltecendo as capacidades das forças militares ucranianas e diminuindo de forma grotesca as capacidades do lado russo. 

Mas, infelizmente, perante uma opinião pública, em  larga percentagem," lobotomizada" (castração mental), os sucessos e insucessos da guerra russo-ucraniana irão logo sumir-se no buraco negro de sua não-memória. 



Entretanto, na faixa de Gaza e nos restantes  Territórios Ocupados, o morticínio dos inocentes, das mulheres e crianças, assim como de não combatentes,  prossegue perante a hipócrita atitude dos países ocidentais, em primeiro lugar dos EUA. Seu presidente, embora fale em mitigar os sofrimentos das populações civis, vai fornecendo as bombas e outro material a Israel. No Conselho  de Segurança  da ONU, os EUA vão chumbando as resoluções (penso que já vai na 4ª, que chumbam) de cessar-fogo, nesta guerra cruel de Israel contra a população de Gaza.

Nos países da Europa, os tais que eram «civilizados», os  dirigentes multiplicam os sinais inquietantes de deriva militarista e autoritária: Macron, organiza uma cimeira, no fim da qual e sem dizer cavaco aos participantes, aventa a hipótese de serem colocadas tropas dos países da OTAN no teatro de guerra da Ucrânia, para evitar a derrota total do regime corrupto e fascista de Zelensky. Todos os participantes - numa reviravolta de ópera-bufa - apressaram-se a negar que tenham jamais concordado com tal hipótese.

Porém, dias depois, os serviços secretos russos gravaram e transcreveram uma conversa entre dois generais alemães, em que estes debatem a hipótese de bombardear (eles, alemães, diretamente) a ponte da Crimeia, ou - em alternativa - localidades em território russo, que nem sequer são internacionalmente disputadas. O chanceler Scholz veio confirmar a autenticidade do diálogo interceptado. Porém, a grande preocupação dele não era o seu conteúdo, mas o facto duma tal falha de segurança ter sido possível. Entretanto, é quase certo que os ucranianos já possuam os mísseis alemães Taurus, de longo alcance. 

Tudo está a postos, do lado ocidental, para que a guerra russo-ucraniana se estenda às potências europeias da OTAN, já não apenas em fornecimento de material de guerra, o que já se tem feito desde o princípio do conflito, como também agora com tropas especiais no terreno, com competência para manipular armamento sofisticado, que exigiria muito tempo de treino aos militares ucranianos. Esperemos que esses engenhos de morte de longo alcance não estejam disponíveis a tempo de adiar o final desta cruenta guerra. 

Os ucranianos, a partir de certo ponto, vão ficar incapazes de colocar no terreno, tropas - em quantidade e qualidade - mínimas para defender as suas posições. Nessa ocasião, não poderão continuar e terão de pedir negociações de paz. Alguns analistas calculam que este desfecho ocorra, o mais tardar, em Agosto deste ano.  

Quanto à campanha genocida de Israel, apoiada pelos EUA e países vassalos, será um massacre e uma crueldade sádica completamente inúteis, no que toca aos interesses dos sionistas e vai (indiretamente) colocar em risco Israel, enquanto Estado-nação.

Para avaliar a monstruosidade desta campanha genocida, leia ESTE artigo , de Mike Whitney.



No que toca ao campo imperialista, globalmente, será uma viragem que vai isolar os EUA e países alinhados com eles. 

Os BRICS estão cada vez mais sólidos: em termos de prestígio e de simpatia dos muitos países do Sul Global - coisa de que o público ocidental não se apercebe, devido a ocultação e deturpação nos media. Mas, também estão os BRICS em vésperas de lançar o seu novo sistema de moeda internacional, destinado a enterrar definitivamente o dólar. 

Entretanto, as entidades financeiras internacionais (FMI, Banco Mundial e o BIS), estão moribundas: Não só estão incapazes de lançar a tão propalada divisa digital emitida pelo banco central (CBCD), como já não conseguem capturar os países fracos. Estes sabem que podem obter empréstimos, em condições muito  mais favoráveis, junto do banco dos BRICS e/ou diretamente, em países poderosos (sobretudo, a China).

Alguns têm esperança de que a OTAN se afunde, se desfaça, uma vez que se perceba a sua inútil e antiquada maquinaria militar e a sua ainda mais antiquada doutrina estratégica (na continuidade da 1ª Guerra Fria). Parece-me que o sucesso do campo «multipolar» ultrapassa em muito o domínio militar, pois se verifica ao nível da tecnologia (civil ou militar), da produtividade e inovação, do comércio mundial, da economia (crescimento real do PIB dos seus diversos países) e da diplomacia (cimeiras dos BRICS e da OSX, cada vez mais participadas). 

Os estados-maiores do campo imperialista estão - de certeza - bem informados sobre isso. Não podem fazer nada de significativo em relação a muitos dos aspetos acima indicados. Apenas podem desencadear e acirrar guerras regionais. Não o fazem como etapa para uma guerra nuclear, mas estão a tornar cada vez maior a probabilidade desse «armagedão». 

Com efeito, os melhores especialistas consideram que uma guerra nuclear tem muitas probabilidades de se desencadear por engano, por deteção errada de um ataque nuclear pelo outro campo, sendo demasiado pouco o tempo para deliberar se tal é um ataque efetivo ou apenas um artefacto. 

Estamos assim, neste século tão sofisticado, à mercê de uma falha nos sistemas automáticos de deteção de mísseis balísticos.  

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

SCOTT RITTER SOBRE EUA-ISRAEL E A GUERRA NO MÉDIO ORIENTE


 Danny Haiphong recebe Scott Ritter: Desenrola-se uma troca absolutamente esclarecedora sobre os termos em que a guerra no Médio Oriente é levada a cabo, quer por israelitas, americanos , países da OTAN, quer pelos Houthis do Iémen, pelo Hezbollah do Líbano, as milícias do Hamas, que põem em cheque as tropas de Israel em Gaza e todo o eixo de Resistência, que está coordenadamente a levar a cabo uma guerra em múltiplas frentes, face ao poder enfraquecido dos EUA. Não é tomar os desejos pela realidade, é antes a realidade que se impõe, desfazendo as sucessivas narrativas enviesadas da media mainstream ocidental. Os americanos e os sionistas seus aliados estão a receber um castigo que se designa por «morte por mil feridas»: cada ferida não é mortal por si, mas o sangramento no total é tão grande que acabam por morrer. É isto que se está a passar, mas os loucos neocons e sionistas não têm a mínima ideia de como combater numa guerra destas. Como diz Scott Ritter, eles só são capazes de fazer coisas estúpidas e causarem a morte (inútil) dos seus soldados.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

MERGULHÁMOS NA BARBÁRIE, DE NOVO


Foto: Criança ferida é transportada para urgência do hospital Al-Shifa






Eu uso a expressão no título acima, não em termos metafóricos, mas literalmente. 

Com efeito, não há nada mais cruel e bárbaro do que a punição coletiva. É isso que governo e exército israelitas estão a fazer em Gaza e nos Territórios Ocupados, incluindo Jerusalém Este.  

Qualquer que seja a avaliação que se faça da ação do Hamas a 7 de Outubro, esta nunca pode ser justificação para o assassínio de mais de 10 mil civis, na sua maioria crianças, mulheres e idosos. O governo de Israel e quem o apoia, é que se colocam à margem da legalidade. Todos nós vemos, horrorizados, que estão a cometer crimes de guerra, «justificando-se» com um tecido de mentiras e de frases bíblicas (usadas fora de contexto, claro).

Se existe culpa coletiva, então o Ocidente é culpado:

A Grã-Bretanha, em primeiro lugar e os vencedores da  IIª Guerra Mundial, a França, a União Europeia, os Estados Unidos e Canadá. 

A Grã-Bretanha, produziu a declaração Balfour, em 1917: Foi negociada com o movimento sionista. Em troca, este devia exercer pressão para a entrada em guerra dos EUA, na 1ª Guerra Mundial. Durante o período entre as duas Guerras Mundiais, muitos judeus foram encorajados a emigrar para a Palestina, mas os autóctones, os palestinianos, não lhes era reconhecido o direito a terem a sua nação. Grupos terroristas judaicos, como a Irgun, fizeram ataques terroristas contra povoações palestinianas, com o objetivo de as expulsar de suas terras. A limpeza étnica e os atos terroristas continuaram depois da IIª Guerra Mundial e da proclamação do Estado de Israel, em 1948. As grandes potências vencedoras decretaram a «solução» dos Dois Estados, que não tinham real intenção de implementar. Os sucessivos governos israelitas, sabendo isso, continuaram a sua política de apartheid e de roubo de terras palestinianas, sem que houvesse real impedimento da parte da ONU. Israel deve ser o país com maior número de resoluções condenatórias na ONU, talvez com a exceção da África do Sul do tempo do apartheid. As guerras Israelo-Árabes de 67 e 73 foram pretexto para causar ainda mais miséria, com a ocupação dos territórios palestinianos. A população nos territórios ocupados tem sido sujeita a brutalidades, prisões arbitrárias, assassinatos pelo exército israelita ou por colonos, expulsão e arrasamento das suas casas, como «punição» por serem da família de membros da resistência. 

A França entregou a Israel a tecnologia necessária para construir bombas nucleares. Israel é uma potência nuclear que - hipocritamente - não o reconhece, só para não ter que se sujeitar a inspeções. 

Todos os anos, em quaisquer circunstâncias, Israel recebe ajuda dos EUA no valor de  3,5 biliões de dólares. É uma ajuda incondicional, portanto pode ser usada como eles entenderem.  Além disso, na situação presente, Biden fez aprovar pelo congresso dos EUA, uma ajuda extra de 40 biliões de dólares e enviou a frota americana para as costas de Israel. 

Se há culpa coletiva para os palestinianos, então também existe para os israelitas e também para todos o países ocidentais que apoiam, ativa ou passivamente, a criminalidade monstruosa do Estado de Israel.

Tenho um profundo desgosto por ver isto tudo. Ajoelho-me diante do povo mártir da Palestina. 

Não existe humanidade «A», humanidade «B», ou «C». É trágico e traz consequências de longo prazo, que a legalidade internacional, as leis humanitárias, as convenções de Genebra, etc., estejam a ser espezinhadas, com a conivência das autodesignadas «democracias». Cada vez mais, são vistas pela maioria da humanidade como um clube de ricos, com mentalidade colonialista e racista

Eu sei que muitas pessoas, nestes países ocidentais, não são egoístas. Estão a lutar para que acabe este horror e se abram vias para uma solução negociada.  Porém, se houvesse consciência suficiente e geral das populações no chamado «Ocidente», do grau de criminalidade do governo de Israel e dos governos que apoiam as políticas de Israel, as coisas não teriam chegado ao ponto desta tragédia. 

O Estado de Israel não é omnipotente: O que faz, sabe muito bem que pode fazê-lo, porque no Ocidente não existe coragem moral dos dirigentes para os obrigar a parar, muito menos de serem julgados como criminosos que são!

Há uma consequência global, para além do que está a acontecer em Israel/Palestina, neste momento:

Criou-se o precedente de que não existem condenação e medidas eficazes para parar um genocídio. Os Estados mais poderosos não estão preocupados com as resoluções da ONU, sequer. 

Amanhã, em qualquer ponto do globo, pode haver outro holocausto, semelhante ao que sofre - agora - o povo palestino. Pode ser no teu país, na tua cidade. Ninguém pode contar com as instâncias internacionais, que tinham o encargo de prevenir, minorar e acabar com  as guerras e os desastres humanitários: Nem a ONU e suas agências, nem o TPI  ou os governos hipócritas que têm a boca cheia da expressão «direitos humanos», mas o cérebro deles está corrompido.

Identifico-me com os ativistas, que em Nova Iorque, em Seul e noutros pontos, fizeram manifestações pela Palestina Livre e contra o Genocídio e Limpeza Étnica que o governo israelita está a levar a cabo. O vídeo mostra algumas dessas ações:


PS1: Abaixo, um sumário da cimeira virtual de emergência dos BRICS, incluindo os novos membros, sobre o genocídio em Gaza e as medidas a tomar (o texto francês tem tradução em inglês e espanhol)

https://www.voltairenet.org/article220045.html

PS2: Jonathan Cook denuncia a deliberada (e transparente) limpeza étnica do governo israelita em relação à população de Gaza, reproduzindo as táticas criminosas da 1ª Nakba, em 1948. Denuncia igualmente a falsa miopia dos órgãos de  informação ocidentais que recusam ver e reconhecer que se está perante um crime hediondo: https://www.jonathan-cook.net/2023-11-21/israel-goals-lies-1948-gaza/

PS3: O Dr. Gabor Maté é sobrevivente do Holocausto judaico, durante a IIª Guerra Mundial. Ele, como verdadeiro humanista, tem palavras justas e severas sobre os dirigentes ocidentais, que apoiam o genocídio e limpeza étnica dos palestinianos, que está realizando o governo e os militares de Israel. Mais uma prova de que ser-se antissionista não tem nada que ver com ser-se antissemita:

https://informationclearinghouse.blog/2023/11/22/the-darkest-thing-ive-seen-dr-gabor-mate-on-western-countries-supporting-israels-gaza-slaughter/

PS4: O ataque ao hospital Al-Shifa, pelas forças do exército de Israel, fez-se sabendo eles que o quartel-general do Hamas NÃO estava localizado por baixo do hospital: Leiam a importante descoberta feita por Consortium News, que invalida o motivo do exército ocupante israelita para atacar o hospital. Além disso, esta tática revela a criminalidade perversa dos responsáveis:
 «But something quite unexpected had happened during this new round of press stories on al-Shifa that completely demolished the entire IDF story line: the IDF had gained control of the real Hamas command and control center in an area where the Hamas leadership had previously had their above-ground offices in the Al Atatra neighborhood, in the extreme northwest of Beit Lahiya city, 8.5km away from al-Shifa.»

PS5: Caitlin Johnstone a propósito de dois pesos duas medidas, no seu esclarecedor artigo, afirma:

«Really “international law” does not exist in any meaningful way, which is why powerful governments always just ignore it while the people who are actually detained by the ICC are always from weaker nations (overwhelmingly African). Perhaps nothing better exemplifies this dynamic than the the US government’s American Service-Members’ Protection Act, better known as the Hague Invasion Act. This 2002 law authorizes the use of military force to liberate any US or US-allied military personnel from any ICC attempt to prosecute them for war crimes. “US-allied” would ostensibly include Israeli forces.»

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

PROPAGANDA 21 (nº20) «A BANALIDADE DA PROPAGANDA*»

 Patrick Lawrence, no seu recente artigo «A Banalidade da Propaganda» analisa os mecanismos pelos quais os poderosos transformam as palavras e as usam como instrumentos de ataque contra a inteligência dos seus súbditos, sem qualquer preocupação pela verdade, pela coerência, pela justiça. Os exageros e as inversões lógicas abundam nos discursos propagandísticos do poder. 

O exemplo mais recente, é o do poder de Estado de Israel, que nos quer fazer crer que as vítimas (os pobres civis esmagados e desfeitos pelas bombas israelitas) seriam, afinal, os «maus». O Chefe de Estado de Israel, Isaac Herzog, vai ao ponto de fabricar uma história envolvendo uma tradução árabe de «Mein Kampf» de Hitler** como tendo sido encontrada em Gaza, num esconderijo do Hamas! 

https://caitlinjohnstone.com.au/2023/11/15/theyre-just-insulting-our-intelligence-at-this-point/

Mas é preferível ler a história no artigo original, com o talento de Patrick Lawrence e os detalhes!

Pessoalmente, o que mais me impressionou, foi a justeza absoluta da reflexão de Hannah Arendt, judia e grande filósofa política, feita numa conversa em 1975, pouco tempo antes de morrer, com Roger Errera, um ativista da liberdade de expressão. As palavras deste diálogo são aplicáveis às situações que  enfrentamos hoje, cinquenta anos depois:

 “If everybody always lies to you,” she said to Roger Errera, “the consequence is not that you believe the lies, but rather that nobody believe anything any longer.” ***

As circunstâncias e acontecimentos presentes não podiam ser mais ilustrativos do que disse Hannah Arendt, há cinquenta anos!  

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*Nota 1: O título do artigo de Lawrence, na revista Consortium News, evoca o célebre livro de Hannah Arendt sobre o processo do nazi Eichmann, «A Banalidade do Mal».

**Nota 2: Livro escrito por Hitler na prisão «Mein Kampf» (A Minha Luta), tornou-se o principal instrumento de propaganda do nazismo.

***Nota 3: " Se toda a gente te mentir, a consequência não é que acredites nas mentiras, mas antes que ninguém acredite jamais em seja o que for."

domingo, 5 de novembro de 2023

OPINIÃO PÚBLICA MUNDIAL CONDENA GENOCÍDIO EM GAZA [CRÓNICA (Nº22) DA IIIª GUERRA MUNDIAL]

 A opinião pública, em países muçulmanos e árabes, está tradicionalmente ao lado da resistência palestina. A dos países não submetidos à hegemonia dos EUA, tem recebido informação não filtrada sobre as atrocidades cometidas por Israel. Apenas a ocidental tem sido regada com narrativas horripilantes e falsas, sobre as ações do Hamas, pela media ocidental, no mais puro estilo «propaganda de guerra».

https://www.aljazeera.com/news/2023/10/28/protesters-shut-new-yorks-grand-central-station-demanding-gaza-ceasefire

Na ONU, muito embora esteja, em muitos planos, sujeita  ao Ocidente e aos EUA, vozes se levantam que não podem deixar de condenar os crimes patentes do exército de Israel contra populações civis, crimes continuados durante o cerco de mais de 16 anos a Gaza, agravados agora, com uma ofensiva de bombardeamento aéreo, que alveja estruturas civis, hospitais, igrejas, mesquitas, centros de acolhimento de refugiados das Nações Unidas. 

Os que erigiram o sionismo em doutrina de Estado estão a ter uma «vitória de Pirro». Como dizia Alexander Mercouris, o tempo joga contra os israelitas. Quanto mais tempo a resistência dos grupos armados dentro de Gaza (não apenas do Hamas, Jihad Islâmica e outros) durar, mais baixas haverá nos soldados israelitas, mais vozes se levantarão em Israel para parar esta guerra, mais o governo sionista de Netanyahu ficará isolado diplomaticamente. 

Com efeito, os sionistas, ao escolherem agir de modo genocida, fizeram uma jogada muito arriscada. Ela só se explica pelo seu sentimento de «superioridade racial», sua húbris, e pelo convencimento de que teriam apoio dos ocidentais, fizessem o que fizessem.  

A guerra em Gaza e nos territórios ocupados não irá acalmar-se tão cedo, porque os EUA têm sistematicamente vetado na ONU qualquer resolução exigindo um cessar-fogo. Mas, com ano eleitoral próximo, o genocídio apoiado plenamente pelo Presidente e governo dos EUA, não pode agradar ao eleitorado. Há pouco tempo, um numeroso grupo de judeus religiosos manifestou-se em Nova Iorque, ocupando transitoriamente a Estação Central (ver foto acima). Os judeus religiosos são contra a existência do Estado de Israel e têm manifestado solidariedade não fingida com as populações palestinianas.

O governo conservador britânico faz leis decretando a equivalência entre anti-sionismo e anti-semitismo. Porém, a falácia - já patente para quem está bem informado - salta agora à vista de todos.

Os governos ocidentais estão com Israel, numa campanha genocida sem precedentes no século XXI. De qualquer maneira, cidadãos com um mínimo de «decência humana», qualquer que seja a sua posição política, repudiam o castigo coletivo bárbaro e cruel, que se abate sobre mulheres, crianças e velhos. Já morreram mais de 9 mil civis em Gaza, dos quais, pelo menos 3 mil crianças. 

Eu temo que judeus e ocidentais inocentes sofram agressões e humilhações em países que não são o «Ocidente», nem alinhados com o Ocidente. Não me surpreenderia. Tudo desemboca no alargamento da intolerância e do fanatismo. Globalmente, aumenta a possibilidade  de uma guerra mundial total, em todas as frentes. Até agora, a IIIª Guerra Mundial tem sido «jogada»* em palcos regionais (Ucrânia-Rússia; Israel- Árabes ). 

Note-se que o único fator que impede maior inflamar das hostilidades é a existência de arsenais nucleares nas mãos de potências adversas umas das outras. É um paradoxo. 

Embora haja grande violência em Gaza, nos Territórios da Cisjordânia e na Ucrânia, não se assiste (por enquanto) a novos grandes fogos. Assiste-se, sobretudo, ao inflamar da retórica, às declarações incendiárias, à propaganda de guerra, protagonizada pela media corporativa, etc.  Não apenas «numa guerra, a primeira baixa é a verdade», como «na preparação duma guerra em grande escala, a  propaganda dos media faz uma barragem de tiro de artilharia pesada para enfraquecer o moral do campo inimigo e - principalmente- forçar a adesão ao seu próprio campo».

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(*) Considero que a IIIª Guerra Mundial já começou há bastante tempo, pois as ações observadas são de natureza mista: militares, subversão de governos, embargos, sanções económicas, diplomáticas, etc.

PS1: A Turquia de Erdogan é provável «baixa» na nova guerra «de proxi» que os países da OTAN estão a levar a cabo, ao lado de Israel. Veja as declarações do presidente turco: https://www.zerohedge.com/geopolitical/turkey-recalls-ambassador-israel-holds-netanyahu-personally-responsible-gaza

PS2: Veja foto de uma das manifestações que têm ocorrido em Washington:



Cimeira dos Países Muçulmanos aqui:




(13/11/2023) As vítimas civis israelitas em 07 de Outubro, devem ter sido causadas em grande maioria pelo próprio exército israelita. Acumulam-se evidências de corpos calcinados junto de parque de estacionamento do local o festival que não podiam ser causados pelo Hamas que só transportava armas ligeiras. Os próprios pilotos de helicópteros disseram que dispararam contra tudo o que mexesse, porque era impossível distinguir os fugitivos, dos militantes do Hamas. Portanto, mesmo a media mais conservadora, agora reconhece que muitos israelitas morreram por fogo do IDF (exército de Israel) :




sábado, 14 de outubro de 2023

GENOCÍDIO EM DIRETO

10/02/2024: um genocídio que vai manchar a «civilização humanista e democrática do ocidente». Só espero que que este monstruoso ato seja anunciador do fim desta «civilização» em que as pessoas «comuns» são demasiado cobardes e olham para o lado, para não verem as crueldades feitas em seu nome: 

03/12/2023: Um documento de grande importância, a entrevista a Thierry Meyssan. Ele revela o que a mídia mainstream passa sob silêncio, sobre o genocídio em Gaza mas - igualmente - as conivências entre o HAMAS e o governo sionista de Israel. Veja: https://crowdbunker.com/v/qVLJ4sDj

24/11/23: A média corporativa ocidental reproduziu acriticamente a narrativa (falsa) do governo sionista e das forças armadas de Israel, sobre os acontecimentos em 7 de Outubro passado. Leia o artigo do jornal israelita Haaretz
Citação: «According to a police source, the investigation also indicates that an IDF combat helicopter that arrived to the scene and fired at terrorists there apparently also hit some festival participants.»

14/11/23: O próprio governo israelita admite que o objetivo da operação em Gaza é a «limpeza étnica» (uma «nova Nakba»), o que é aliás um crime, segundo a legalidade internacional. Veja o vídeo seguinte:
 
08/11/23: Ron Unz apresenta no seu último artigo ,uma extensa lista de factos que demonstram o total desrespeito do governo e exército israelitas pelos direitos mais elementares dos civis palestinianos, no que são cinicamente apoiados pela classe política ocidental. Esta, fica «horrorizada» por alguns apoiantes da causa palestiniana escreverem graffiti ou rasgarem cartazes pró-Israel. Além do ridículo, eles aproveitam o pretexto, para passar leis liberticidas proibindo quaisquer protestos contra Israel e o sionismo, assimilando-os a antissemitismo.

07/11/23: Não deixe de ver a entrevista de George Galloway a Craig Murray: «Porque estamos escravos de Israel»


06/11/23: Protestos ocorrem nos EUA:


Veja também este vídeo: 

06/11/23 : Veja e oiça o testemunho de uma israelita, objetora de consciência e que os sionistas prenderam por causa da sua posição: https://www.youtube.com/watch?v=rJZse8sPOn8



06/11/23: Philip Giraldi aponta quem são os monstros que se escondem no seio do establishment dos EUA e que conseguem manipular o poder político para os seus criminosos objetivos: 

04/11/23: É necessário conhecer os dados objetivos sobre os mais de 75 anos do conflito Israel/Palestina. Há, infelizmente, poucos jornalistas/analistas, como Barry Kissin, que nos dão a conhecer esses dados: « Understanding the Background of Israel-Palestine: What Is Israel’s “Final Solution”? Final Solution: "All Palestinians either Expelled or Murdered"»

03/11/23: Jonathan Cook escreve um artigo onde revela aquilo que a BBC não nos diz sobre o 7 de Outubro:
 
02/11/23: Leia o artigo de Jonathan Cook: https://www.jonathan-cook.net/2023-11-01/israel-cleanse-gaza/

Os poderes ocidentais viram a cara para o lado, perante a efetivação da limpeza étnica, que tem sido planificada e anunciada, há mais de uma década, por governos de Israel, desde que o Hamas venceu as eleições, em 2007.
A conivência dos EUA, Reino Unido e outros países da OTAN é clara. O resto do mundo olha horrorizado para o genocídio e para o renegar de todos os valores de Direitos humanos, das Convenções da Guerra e outras convenções assinadas pelos mesmos países. 

01/11/23: "Não há pior cego, do que aquele que não quer ver!"
 O provérbio aplica-se a muita gente que segue acriticamente a narrativa da media corporativa. Para se compreender a extensão da «cegueira induzida», é preciso ler o artigo de Mark Crispin Miller «Os DOIS  genocídios de Netanyahu».

31/10/23: Os deserdados da Terra nunca terão acesso a quaisquer considerações humanitárias, já para não falar de liberdade e democracia. Eis a verdadeira face dos genocidas ocidentais. Causam um novo holocausto e chamam «nazis» às vítimas. Leia o artigo de Chris Hedges,  «The Exterminators». 


30/10/23: Fala do obsceno espetáculo do que se passa debaixo dos nossos olhos em Gaza. https://www.youtube.com/watch?v=yxensYM2R40

29/10/23: O artigo de Gareth Porter «The Genocide Moment» coloca a questão pertinente de se abrir um processo contra o governo e Estado de Israel. O que o governo israelita está a fazer em Gaza, preenche os requisitos para ser considerado genocídio segundo a convenção internacional sobre genocídio (da qual Israel é signatário, aliás).

26/10/2023: Dois pesos duas medidas, na Alemanha do chanceler Scholz é proibido mostrar solidariedade pela população palestina de Gaza. Consideram que é «subversivo». Organizações são banidas. Militantes pacifistas são perseguidos. Vejam uma amostra do que se vive, na Alemanha e na Europa dos direitos humanos... (direitos humanos sim, só para alguns).

24/10/2023: Se os meus maiores receios se concretizarem, haverá um massacre/genocídio total em Gaza, enquanto os «ocidentais», muito democraticamente, aplaudem a «única democracia no Médio-Oriente». Também os maiores inimigos de Israel na região, em termos militares (o Hezbollah e o Irão), não vão concretizar suas ameaças, porque Netanayahu os ameaçou com a bomba nuclear: Eles sabem que ele é capaz de concretizar a ameaça.
Temo, portanto, que vá concretizar-se o genocídio - a sangue frio - dumas centenas de milhares de inocentes em Gaza, sob o olhar indiferente, assustado, ou divertido, dos que teriam possibilidade de obrigar o governo de Israel a recuar. Segundo informação credível, já 2000 crianças morreram, em Gaza, sob as bombas israelitas.

25/10/2023: Os sionistas estão realmente a fazer planos para uma operação de limpeza étnica de Gaza e estão a fazer estimativas dos lucros duma operação imobiliária com os terrenos de Gaza.
https://consortiumnews.com/2023/10/25/zionist-think-tanks-blueprint-for-gaza-ethnic-cleansing/

Consultem: 




                             Foto de ataque do exército de Israel em Gaza em 2009

O ponto atual a que chegou o sionismo é o de uma ideologia totalitária, sem qualquer contemplação pela humanidade dos outros. Os palestinianos são constantemente rebaixados ao estatuto de não-humanos. Os sionistas consideram legítimo matar, espoliar, expulsar das suas terras todo um povo. O genocídio é «justificado» pela «animalização» grotesca, tanto do inimigo (movimentos palestinianos armados), como  do povo, dos civis. 



A propaganda penetra tanto mais em camadas do povo de Israel, que este tem sido doutrinado toda a vida como possuindo o estatuto de «povo eleito» e da «superioridade» intelectual e moral dos judeus, sobre todos os outros povos. É um verdadeiro culto «da raça suprema» (supremacismo). Uma visão racializada do mundo e das sociedades é o equivalente da guerra permanente, conflito atrás de conflito. É a antítese dos valores humanistas enformados nos textos da Carta das Nações Unidas, da Declaração Universal dos Direitos Humanos e de toda a arquitetura legal construída desde o fim da IIª Guerra Mundial.

O anti-humanismo de Yuval Harari, professor universitário em Israel e estrela do Fórum Económico Mundial de Davos, está em linha com os interesses de uma elite supranacional, uma elite globalista, que não conhece qualquer obrigação senão à sua busca de cada vez mais poder. Ela despreza os «humanos vulgares», pensa que a população mundial deveria ser reduzida para um oitavo do que é atualmente. Este malthusianismo coincide com a defesa por Harari da «fatalidade» dum mundo dominado por robots, por «híbridos» homens/máquinas, necessários  para servir a «raça» dos senhores. Quanto ao resto do rebanho humano, «há que entretê-lo com drogas e videojogos».

No campo político e humanitário imediato, aquilo a que assistimos em direto, em Gaza, é um genocídio feito com toda a violência, sem consideração alguma pelos seres humanos que lá se encontram. Estou totalmente em sintonia com Jonathan Cook, que vê isso como uma monstruosa operação, tornada possível e apoiada pelas potências Ocidentais. Estas, num instante, esqueceram toda a retórica usada em relação a outros pontos do globo, desmascarando-se naquilo que são, coniventes dos crimes mais horrendos (crime contra a humanidade, genocídio), desde que sejam efetuados pelos seus aliados: Os governantes do Estado que tem mantido o Médio-Oriente a ferro e fogo, desde a sua criação. 

A loucura homicida apoderou-se (ou revelou-se) também de intelectuais de meia-tigela, generais de poltrona e cobardes de toda a espécie, que espezinham quem não se pode defender. Já tínhamos visto este triste espetáculo de degradação do ser humano, mas a escala em que ele agora está a ocorrer no chamado Ocidente, mostra que as pessoas justas e humanistas são silenciadas (espero que não venham a ser «suprimidas» ou «anuladas») pelas cliques mafiosas governantes. 

Quanto ao modo de noticiar, em relação ao suposto «equilíbrio de notícias» sobre crimes de guerra, de um lado e do outro: Enquanto grande parte das notícias sobre os supostos crimes do Hamas está por demonstrar, sendo que algumas dessas notícias já foram demonstradas como falsidades, os crimes dos sionistas são assumidos pelos próprios: Desde a invasão brutal da mesquita de Al-Aqsa, à matança em massa de civis e ao genocídio em direto, diante das câmaras  de TV, da população de Gaza.  Estes crimes , do exército e governo de Israel, são mostrados com orgulho, o que prova que quem os cometeu ou ordenou, considera-se com «legitimidade» para tal. 

Não consigo encontrar - senão recuando ao tempo do IIIº Reich - um exemplo tão flagrante* de  barbárie organizada.

Leia: https://www.globalresearch.ca/israel-palestine-war-blood-gaza-west-hands-much-israel/5836038


Leia o editorial de jornal on-line português https://setentaequatro.pt/noticia/punicao-coletiva-do-povo-palestiniano-e-um-crime-israelita

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*Depois da IIª Guerra Mundial, os países fazendo parte da ONU estabeleceram que uma ação militar punitiva sobre a população civil era um crime de guerra

PS1: Aquilo que a média mainstream nos oculta, vale a pena ler num excerto de artigo de John Helmer (Australiano, correspondente em Moscovo):´

«The Arab-Israeli conflict is the one in which Israel is destroying the remnants of the Palestine state territories of Gaza, the West Bank, and East Jerusalem, and replaces that two-state solution with a single state; that is the Israeli one in which about 7 million Jews restrict about 2 million Arabs in bantustans administered according to an apartheid regime.   

The rules of this Jewish-based order have been fixed in Israel’s constitutional amendment enacted in 2018 as the “Basic Law: Israel – the Nation State of the Jewish People”,    and ratified by the Israeli Supreme Court in 2021.   This adopts the single- state solution expanding territorially by resettlement of the Palestinian territories “as a national value”; and in parallel, combating international opposition to the process by Israeli state operations to “preserve the cultural, historical and religious heritage of the Jewish People among Jews in the Diaspora.”  

By equating Jewish ethnicity and religious faith with nationality of the Israeli state, this constitution eliminates Palestinian, Arab, and Muslim rights with the formula, “the exercise of the right to national self-determination  in the State of Israel is unique to the Jewish People.” The corollary is that any Palestinian exercise of the right to self-determination on the expanding Jewish national territory is illegal, anti-Semitic, and terrorist. Internationally, it is the policy of Israel and its allies to make support for or discussion of Palestinian right to self-determination a thought and speech crime.»


PS2: Os crimes de Estado e de governo de Israel são defendidos por uma retórica racista, impiedosa relativamente à população palestiniana.  Não escondem que pretendem alcançar a «solução final» do problema palestino. Leia

https://www.aaronmate.net/p/the-roots-of-israels-ethnic-cleansing?

«Justifying what he called the “complete siege” of Gaza, Israeli defense minister Yoav Gallant declared that his government is “fighting against human animals.” According to former Israeli Deputy Foreign minister Danny Ayalon, the Israeli plan is to force Palestinians into the “almost endless space in the Sinai desert, just on the other side of Gaza,” where they can live in “tent cities.” Israeli president Isaac Herzog effectively declared that there are no innocent civilians in Gaza, home to “an entire nation… that is responsible.” Invoking the ethnic cleansing of hundreds of thousands of Palestinians before and after Israel’s founding in May 1948, known as the Nakba (“catastrophe”), Ariel Kallner, an Israeli parliamentarian, said that Israel has “one goal”: a “Nakba that will overshadow the Nakba of ‘48.”»


PS3: O crime massivo da força aérea israelita, a um hospital em Gaza, causando mais de 500 vítimas, tem desencadeado uma onda de protestos mundial ainda mais intensa. 

Vários chefes de Estado do Médio Oriente recusaram encontrar-se com Biden aquando da sua ronda na região, por causa do genocídio em curso em Gaza.


                           Biden subindo a escada para o Air Force One

PS4: O contexto do ataque do Hamas de 7 de Outubro passado, é o que a media mainstream nunca esclarece. Lê o artigo «America Returns to the Tar-Baby Middle East» por JAMES DURSO.

PS5: Estamos em plena era de «falsas bandeiras» e de acontecimentos gerados e geridos para obter a adesão emotiva dum público falsamente informado pela media mainstream. 
É o que vai sobressaindo dos factos, que vêm à tona, sobre o ataque das milícias do Hamas e das respostas do governo israelita. 
Este, estava à procura de pretexto para levar a cabo a operação - longamente planeada - de limpeza étnica definitiva. Há muito que queriam «limpar», o que consideram pertencer a Israel, da presença das populações palestinas. 
É possível que o Hamas tenha caído na armadilha estendida pelas  forças de segurança de Israel (MOSSAD), ou que se tenha auto iludido sobre as suas possibilidades de sucesso da operação. 
Há quem levante a hipótese do ataque ter sido instigado por Israel. É verosímil, sabendo-se a história sobre a origem do movimento Hamas, criado e apoiado para diminuir a força da OLP. Recentemente (2019), Netanyahu confessava a seus partidários, que era preciso apoiar e canalizar dinheiro para o Hamas, para quebrar a unidade da resistência palestina.

PS6: Apesar da constante barragem da media corporativa e dos políticos do sistema, a mentira é desmascarada. O ataque do Hamas não se destinava a matar civis. Os civis mortos foram-no pelo IDF (exército israelense), que costuma atirar a matar indiferentemente «terroristas» e os reféns destes. Existe prova testemunhal de uma sobrevivente.
 Leia: «Al-Aqsa Storm was never about killing civilians. It was originally intended to target IDF border outposts, grab a few (preferably military) hostages, and return to Gaza. When IDF resistance collapsed unexpectedly Hamas opportunistically just kept going, looking for military targets and hostages. There were no massacres of unarmed civilians by Hamas. They were under strict orders not to harm civilians. The only large-scale massacres of civilians were by the IDF, whose doctrine is to use overwhelming firepower to annihilate both hostages and hostage-takers (hostages being a political liability). The majority of Israeli civilian dead were killed by the IDF. See: Israeli forces shot their own civilians, kibbutz survivor says. »

PS7: Chris Hedges tem uma longa experiência como repórter de guerra no Médio-Oriente. O que ele diz sobre a cultura de engano, de falsidade, dos responsáveis políticos de Israel não pode ser descartado:

PS8: Não deixe de ler, se ainda não o fez, a excelente peça por CJ Hopkins, «The War on Horror». Há cerca de 3 anos, considerei que o autor era o maior satírico político da atualidade. Mesmo que não aprecie o seu estilo literário, vale a pena ler, porque esta peça é rica em informação à qual normalmente não teria acesso. 

PS9: A violência criminosa do exército de Israel contra Gaza suscitou muito mais do que indignação nos países árabes e muçulmanos. Desencadeou um movimento de unidade e uma série de apoios concretos à frente de resistência palestina. Uma frota de vários países muçulmanos encontra-se ao largo de Gaza. 
Já imaginaram o que isto significa?
- A estupidez e loucura criminosa dos governantes de Israel é a causa do impensável ainda há um mês atrás: Uma frente de unidade árabe e muçulmana (que inclui um país com arma nuclear, o Paquistão).