quinta-feira, 11 de abril de 2024

OPUS. VOL. III 11. PALAVRAS OBSCURAS



 Serão palavras obscuras,

As que eu tenho para te mostrar:


Amei a luz e o calor

Não vi o cortejo

De invejosos atrás de mim

Ofereci meu coração

E afeto, mas a quem

Não sabia dar de volta


Agora estou às voltas

Com o meu passado

Arrependimento?

Só de ter sido ingénuo

Pois amor não é pecado!


Neste mundo onde vivemos

Hipocrisia, cobiça e outros

Sentimentos venenosos

Involucraram-se

Nas massas cerebrais

Dos contemporâneos


Ao ponto de não saberem

Distinguir a realidade

Das suas narrativas 

Auto justificadoras.


Tenho pouca esperança

D'amanhãs que desencantam

Dedico-me a estudar e mergulhar

Na Natureza, ela me ensina


Meu otimismo está na fonte

D'onde a glória cósmica

Emana; nas sociedades

Contemporâneas

Em vão procurei

A fonte de Vida

Procurei longamente

No meio das trevas


Não tenhais ilusões

Procurai o bem e o justo

No interior de vós próprios

Não em discursos elogiosos

Mas no saber de si próprio


Só assim podereis 

Velejar na travessia

Do oceano turbulento.







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