terça-feira, 5 de novembro de 2024
ESTRATÉGIA DE GUERRA DOS EUA CONTRA A EUROPA [Jean-Loup Izambert]
terça-feira, 3 de setembro de 2024
O IMPÉRIO BRITÂNICO, COMO SE TORNOU IRRELEVANTE?
domingo, 14 de julho de 2024
CONEXÃO ENTRE ALTAS PATENTES HITLERIANAS E A OTAN
quarta-feira, 9 de agosto de 2023
Ben Norton: RAZÃO PORQUE OS EUA DEITARAM BOMBAS NUCLEARES SOBRE O JAPÃO
quarta-feira, 12 de julho de 2023
A DEGENERAÇÃO DOS VALORES LIBERAIS
A subversão do status quo é feita do interior dos think tanks e das corporações, que governam o mundo capitalista ocidental. Este fenómeno faz curto-circuito a todos os valores, às construções teóricas e às crenças ou ideologias, que as pessoas das gerações mais antigas transportavam.
Imagem: George Washington na travessia do rio Delaware
Esta subversão não é uma evolução decorrente das transformações inevitáveis das sociedades humanas, sejam elas bruscas (golpes, revoluções) ou suaves (mudanças de maiorias eleitorais, etc.). Trata-se antes duma engenharia social, fabricada para substituir o «consenso» social-democrático, o qual serviu como forma da aplacar os ventos de revolta, sobretudo na segunda metade do século XX, com uma aspiração confusa mas inegável para o socialismo por parte das classes que não beneficiam da sociedade capitalista, mas também da juventude universitária, oriunda de meios não proletários na sua maioria, que se opunha aos princípios da sociedade «burguesa», ao regime capitalista e às guerras imperialistas e neocoloniais. Mas substituir esse «consenso social-democrata» por quê?
Penso que os ideólogos e psicólogos ao serviço das corporações (alguns ocupando lugares em instituições académicas) conhecem profundamente a matéria-prima. Eles têm como função moldá-la (influenciar). Seu conhecimento profundo, em vez de ser posto ao serviço da libertação dos humanos em relação às cadeias físicas e psicológicas que os amarram, tem sido usado perversamente para conduzir as pessoas para onde eles (manipuladores) querem. Esta mão-de-obra especializada e geralmente bem paga, está no centro do complexo que inclui as indústrias do entretenimento, da informação «de massas» e das universidades (hoje, centros de fabricação de conformismo).
É sabido que o mundo capitalista sofreu uma grande mutação na sequência do fim da «Guerra Fria nº1», os anos do globalismo «feliz», ou triunfante. Os anos 90 do século passado e a primeira década do século XXI, foram ocasião de intensificação do capital financeiro, em detrimento dos Estados e do capitalismo industrial. Este último, foi subordinado ao capitalismo financeiro e, além disso, as infraestruturas (fábricas) foram desmontadas dos países capitalistas do centro, para serem implantadas nos países mais pobres da periferia da Ásia, América Latina e África. Este salto permitiu que as taxas de rendimento do capital fossem maximizadas, mas à custa da destruição do tecido industrial nos países tradicionais do capitalismo e da precarização e pauperização das classes trabalhadoras respetivas. Estas classes trabalhadoras tinham sido mantidas num estado de relativa satisfação, durante as chamadas «trinta gloriosas» - ou seja - nos trinta anos que sucederam ao fim da IIª Guerra Mundial. Neste período histórico, a progressão da URSS e dos países socialistas, incluindo países considerados do IIIº Mundo, como a Jugoslávia, Cuba e China Popular, exerceram uma grande atração nas classes laboriosas do mundo capitalista, que a propaganda anticomunista não conseguiu neutralizar. Pelo contrário, quanto mais difamassem o «socialismo real», mais ele ganhava prestígio junto de muitos, incluindo a jovem geração, nascida no pós- IIª Guerra Mundial. Esta, habituou-se a ter como dado adquirido, o usufruto de condições de relativo bem-estar, decorrentes da elevada rentabilidade do capitalismo e da sua compreensão de que era do seu interesse dar condições de vida decentes à classe trabalhadora e, sobretudo, aos seus filhos. Chegou-se ao ponto que as pessoas tomavam como adquirido, que a geração dos filhos iria ter um bem-estar superior à dos pais; que iriam ter acesso ao ensino universitário, coisa quase exclusiva dos filhos da média e alta burguesia, apenas há uma geração atrás. O sonho de evolução gradual para o socialismo, sem revolução, com progressiva igualização das classes sociais, revelou-se como uma utopia, quando a classe empresarial decidiu contra-atacar através da ideologia «neoliberal». Para derrotar a ideologia social-democrata e os respetivos partidos de governo na Europa Ocidental, fizeram uma campanha bem planificada de desconstrução das instituições que funcionavam razoavelmente nestes países capitalistas, mas que seguiam uma lógica de servir o público e não de criar lucro. Houve instituições parcial ou totalmente privatizadas (infraestruturas: eletricidade, água, estradas, serviços de saúde); outras, postas em concorrência com instituições privadas (ex.: escolas públicas descapitalizadas, em concorrência com escolas privadas, recebendo subsídios do Estado); outras ainda foram extintas, ou tornadas residuais (ex.: programas de construção e gestão de habitação social).
Nas esquerdas, não houve clarividência e sentido estratégico. Cedo se deu o retraimento da esquerda «clássica» (associada a lutas nas empresas, através de um sindicalismo classista); contestada por uma esquerda dita «festiva», dita também de «causas», como as lutas LGBT, o feminismo, alheado das suas raízes operárias históricas, a ecologia política (que não se pode confundir com Ecologia enquanto domínio científico) e outras «causas fraturantes». De facto, foram fraturantes, mas no sentido de porem setores contra setores, dentro da mesma classe, e assim tornarem impossível ou inócua qualquer tentativa de levar a cabo um combate integrado contra a exploração capitalista. Não só os trabalhadores não compreenderam logo, na sua grande maioria, como estavam a ser manipulados, também as direções dos partidos e dos sindicatos operários, só tomaram consciência demasiado tarde. Tragicamente, durante decénios, para satisfazer uns e outros, em resultado de uma política cem por cento virada para conquistar votos e lugares nos parlamentos, essas direções foram incapazes de qualquer contra-ataque credível.
Recentemente, os grupos marginalizados, como as segunda e terceira geração de emigrantes em França e noutros países europeus principalmente, protagonizaram revoltas, em geral na sequência de um assassinato, por um polícia, de um deles.
Estes emigrantes - vindos de África principalmente - foram mantidos em ghettos, sujeitos a maior exploração e a trabalhos considerados «inferiores» e mal pagos, perante a classe trabalhadora dos países recetores, largamente indiferente, quando não hostil à sua vinda e estadia, de supostamente «invasores», não percebendo que estes emigrantes eram importados para fazer pressão sobre a classe trabalhadora nacional. O resultado foi o crescimento avassalador de partidos de extrema-direita, que capitalizaram o descontentamento das classes cujo modo de vida estava a ser negativamente impactado pela emigração. Este estado de coisas foi mantido e diretamente encorajado pelos partidos de centro-direita e centro-esquerda, como representantes do grande capital, pois eles assim tinham a classe operária desunida, ao contrário do que aconteceu em Maio-Junho de 68, em que a palavra de ordem era de solidariedade total com os emigrantes e participação destes, «ombro-a-ombro» com o operariado francês, nas greves.
A retórica do liberalismo mantém-se, fica bem nos discursos, mas o espírito é exatamente o mesmo que o dos «negreiros», os que - em vários países «brancos» - organizavam a escravatura e comércio dos escravos africanos, até bem dentro da segunda metade do século XIX.
A mentalidade imperialista nunca foi tão virulenta como agora, pois a deseducação das camadas populares fez com que caíssem na propaganda estatal, nos vários países da OTAN. A «liberdade de imprensa» de agora, é a censura generalizada em redes sociais e sites da Internet. Esta censura parece-se mais com a da inquisição, contra os recalcitrantes e os livre pensadores e com a censura de Estado, nos séculos XIX e XX, contra correntes realmente revolucionárias.
Podia dizer-se que «a ditadura do capital não precisa de realizar a defesa genuína de qualquer liberdade, exceto da liberdade de comércio». Porém, mesmo esta, é logo renegada, abandonada, pelo uso e abuso das sanções (totalmente ilegais) que pretendem vergar regimes que não se submetem aos imperialistas, sanções cruéis porque resultam exclusivamente em sofrimento do povo.
O que resta de liberalismo na Europa ou América do Norte, nos países que se auto classificam como «democracias»? Quase nada, ou mesmo nada.
Note-se que os dirigentes desses regimes ditos democráticos, não têm feito senão imitar «ditaduras do proletariado», sob pretexto de segurança, de combater o terrorismo, de combater «as forças do mal». A vigilância generalizada existe em grande escala em Londres, por exemplo, onde é impossível atravessar o centro, sem se ser filmado uma centena de vezes, por câmaras de vigilância discretamente distribuídas por todo o espaço público. Mas, isso é verdade também em múltiplos outros domínios. Edward Snowden e outros, revelaram como a NSA (uma agência dos EUA) intercepta sistematicamente todas as comunicações da Internet e de telefonia móbil, para as armazenar e as selecionar quando conveniente, através de pesquisa por algoritmos, até chegar aos olhos de agentes. Isto não é exclusivo dos EUA; eles têm uma rede de espionagem dos cidadãos do mundo inteiro, onde participam Grã-Bretanha, Austrália, Canadá, Nova-Zelândia, além dos EUA.
Claro que muitas pessoas se deixam enredar pela propaganda, pelo medo, pela angústia de ser designado «inimigo», etc. Hoje em dia, tanto dentro dos EUA como fora, em muitos países vassalos, as pessoas são perseguidas por suas opiniões, sejam elas «conservadoras» ou «revolucionárias». A ilusão de liberdade é resultante da técnica seletiva usada para suprimir toda a dissidência. Não são já precisos «gulag» ou campos de concentração; não são precisas prisões políticas e câmaras de tortura. O Estado consegue controlar as massas através do medo e da ignorância.
Os poucos que denunciam este novo totalitarismo, ou são calados pelas pressões económicas, como a exclusão do emprego, ou por difamações a cargo de uma autêntica classe inquisitorial (fact-checkers). Estes fazem-se passar por «jornalistas», mas apenas são mercenários.
Embora a hora seja sombria, o facto de se desenvolver um aparato tão complexo, poderoso e caro, para ocultar a verdade aos cidadãos, mostra que estes ainda detêm considerável poder, embora potencialmente apenas. Se eles começarem a usá-lo sistematicamente, auto-organizando-se fora dos padrões instituídos, o derrube das ditaduras com máscara de democracia não andará longe.
quarta-feira, 8 de março de 2023
ANÁLISE HISTÓRICA: «A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL NUNCA TERMINOU»
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
A ILHA FORMOSA (TAIWAN) E PORTUGAL
Eu prefiro a designação «Formosa» dada a essa ilha dos mares do Sul da China pelos portugueses, no século XVI, quando tinham alcançado com suas frotas mercantes esses mares e tinham ajudado o Império do Meio a ver-se livre de piratas que enxameavam a costa. Os portugueses eram força ínfima, face à força considerável do Império da China. Este Império, no seu auge de poderio era generoso para com estrangeiros, desde que estes fossem não hostis. Ofereceu à coroa portuguesa o estabelecimento de um entreposto de comércio, num ponto da costa. Assim, Macau (Cidade do Nome de Deus), nunca foi uma colónia portuguesa, mas um porto franco. No contexto político regional de então, a aliança estabelecida entre o Reino de Portugal e o Império da China foi - antes de mais - construída sobre a base pragmática do interesse mútuo. Era a primeira versão marítima das Rotas da Seda. As Rotas da Seda terrestres passavam, como é sabido, pela Ásia Central e Médio Oriente, transportando preciosos bens nos dorsos de dromedários.
Era a Rota das Especiarias dos portugueses, que se estendia até às ilhas ricas em especiarias que hoje são parte da Indonésia. Este comércio era muito perigoso, devido aos piratas que infestavam os mares. Sabem-no os que leram a «Peregrinação» de Fernão Mendes Pinto - um relato autobiográfico de viagens pelo Oriente tão vívido e rigoroso, que continua a ser um precioso repositório de dados sobre os reinos do extremo-oriente da época e sobre o relacionamento dos portugueses com eles.
Mas, a Ilha Formosa - para darmos um salto até ao século XX - parte integrante da China histórica, foi refúgio do Kuomintang, ou seja, do partido nacionalista que combateu contra o Partido Comunista da China na guerra civil, que se traduziu pela derrota dos nacionalistas e pela proclamação de República Popular da China, em 1949. No decurso dessa longa guerra civil e de libertação contra os invasores japoneses, os do Kuomintang não foram sempre adversários dos exércitos imperialistas japoneses, havendo casos em que o exército comunista teve de combater ao mesmo tempo dois inimigos, os nacionalistas e os japoneses.
Chiang Kai-shek, quando jovem
O refúgio da ilha Formosa, para Chiang Kai-shek e o seu derrotado exército do Kuomintang, foi tornado possível pela assistência - o salvamento - dos americanos, que eram seus aliados.
Os americanos - em 1945 - tinham já vencido militarmente o exército imperial japonês e, apesar de tudo, cometeram o maior crime contra a humanidade, em Hiroxima e Nagasaki. Note-se que os japoneses tinham previamente dado múltiplos sinais diplomáticos de que desejavam render-se aos americanos, por medo de serem invadidos e ocupados pelo exército soviético. O apoio americano ao Kuomintang deu-se no contexto da nascente Guerra Fria, perante uma União soviética vitoriosa, que eles temiam se alastrasse pelos territórios do extremo-oriente.
Aliás, já em finais da IIª Guerra Mundial, a luta entre Partido Comunista e Kuomintang assumiu rapidamente o significado de luta entre a URSS e os EUA, uma das guerras por procuração (proxi wars) que marcaram o pós-II Guerra Mundial. O período de 1945-1991, não foi um período de paz, nem de «Guerra Fria» sequer, mas uma sucessão ininterrupta de guerras regionais, bem «quentes» e mortíferas, com exércitos ou grupos de guerrilha, pertencentes a fações opostas, apoiadas pelas forças da NATO e dos EUA, por um lado; pela URSS + outros membros do Pacto de Varsóvia e pela China Popular, por outro.
A sabedoria da civilização multimilenar chinesa, explica -em grande parte - que a China continental não tenha nunca invadido Taiwan/Formosa, como não invadiu Hong-Kong, nem Macau. A sabedoria filosófica do Confucionismo, conjugada com o Taoismo de Lao Tseu, deu o saber teórico e prático de como conduzir os assuntos do Estado, sendo a Arte da Guerra do general Sun Tzu a obra literária de estratégia -política e militar - mais conhecida, no Ocidente.
Eu acredito que as pessoas com responsabilidades políticas, de um e outro lado do estreito, que separa a Ilha Formosa da China Continental, tenham em conta os interesses respetivos dos povos, que governam. Acredito que resistirão às provocações e manipulações dos imperialistas anglo-americanos, que nunca param de se imiscuir em assuntos internos dos chineses. Se o povo da Ilha Formosa se considera parte da «China eterna», independentemente do que pense sobre o regime que vigora em Pequim, se o regime do Partido Comunista da China Continental respeita a sua própria palavra solene dada perante todo o povo (e internacionalmente), então os respetivos líderes encontrarão uma solução que será pacífica e que pode até ser um modelo de conciliação nacional.
- Será sonhar demais?
- Não me parece, pois a civilização chinesa, a mais antiga e sábia civilização que superou tantos momentos críticos da sua história, tem muito caminho para percorrer no futuro.
Eu sei que Portugal é mantido, politica e militarmente, na contemporânea «prisão dos povos», a Aliança Atlântica, mas a vocação dos portugueses sempre foi universal. Penso que o coração deste pequeno povo está com a China e com seu povo.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2022
A DERROTA DO NAZISMO, NA IIª GUERRA MUNDIAL, NÃO FOI TOTAL
Explicando:
As potências ocidentais tinham como objetivo derrotar Hitler, mas uma vez esse objetivo alcançado continuaram a sua cruzada contra a União Soviética. Isso significou que pós-II Guerra mundial, criminosos de guerra nazis puderam escapar à captura e aos tribunais, quer se fazendo passar por cidadãos inocentes, sem qualquer colaboração com o nazismo, quer - com falsos passaportes e falsas identidades - emigrando para a América do Sul (principalmente Argentina e Brasil), também para Espanha e Portugal.
Quanto aos criminosos de guerra ucranianos, muitos deles foram membros das legiões sob as ordens das SS, estes fugiram -sobretudo- para os EUA e o Canadá, onde encontraram bom acolhimento das autoridades destes países, que os recrutavam como peritos em língua russa, dedicados à propaganda antissoviética.
Foram erigidos em «heróis» da luta anticomunista, alguns sendo utilizados como espiões e como peritos tradutores pela CIA: Foram instrumentalizados de todas as maneiras possíveis.
Noutros países da NATO existe uma grande cobardia, uma aceitação da liderança anglo-americana, como se isto fosse algo «natural». As altas esferas militares não estão ao serviço das suas pátrias e povos. Estão ao serviço dos lóbis do armamento, tal como ambiciosos políticos que fazem carreira mostrando-se «duros», dando aos eleitores desinformados a ilusão de «serem homens e mulheres de carácter».
A desnazificação completa teria que ser obra dos povos dos países da NATO: Era necessário que vissem a realidade por detrás da propaganda, o risco imenso a que estão a ser expostos, pelos traidores ao mais alto nível. Era preciso que os isolassem, os prendessem e os julgassem. Isto é improvável, hoje em dia, pois só uma verdadeira revolução poderia criar condições para tal acontecer. Não estamos numa situação revolucionária. Estamos numa era de profunda regressão.
Os nazis encapotados, os militaristas vão perder. Pois são levados pela sua «húbris» a hostilizar até os amigos e aliados. A sua loucura faz com que subestimem o adversário. Portanto, é fatal que vão falhar. Mas, a questão é que eles podem - apesar disso - causar imenso sofrimento, um conflito em grande escala.
Tenho a convicção de que, quanto mais cedo os expusermos como cobardes que fazem o mal, mas não sofrem as suas consequências, melhor. Eles falham, mas - entretanto - deixam um rasto de sangue, de destruição e as sementes de novos conflitos.
Falharam miseravelmente seus golpes recentes, tanto no Cazaquistão, como na Bielorrússia. Mesmo na Ucrânia, eles não conseguiram aquilo que prometiam. Pois um «Estado falido», completamente arruinado, embora antes tivesse um nível de vida médio pelos padrões europeus, não se pode considerar um sucesso. Mas, talvez quisessem isso mesmo: uma fonte de desestabilização permanente às fronteiras da Rússia, com prolongamentos para o seu interior, visto que existem tantas ligações pessoais, familiares e culturais entre russos e ucranianos.
O «nazismo dos livros de História», não existe no presente, nem poderia existir. Porém, pessoas imbuídas de mentalidade nazi (ou fascista) existem muitas. São assustadores os indícios de que as pessoas comuns (e mesmo académicos, cientistas e intelectuais) não perceberam absolutamente nada do que foi/é o nazismo/fascismo. Por isso, não reconhecem o perigo. Existem - porém - numerosos estudos e livros, que demonstram o que eu apresento acima, de forma muito abreviada.
Podem começar vossas pesquisas usando certas palavras: «Operação Gládio», «Stepan Bandera», «Operação Paper Clip», «Vaticano e Criminosos de Guerra», «Rede Simon Wiesenthal» e muitos outras...
domingo, 9 de agosto de 2020
[Daniel Estulin] OPERAÇÃO SECRETA «LILÁS DOURADO»
Daniel Estulin dá-nos preciosas informações sobre o destino de milhares de toneladas de ouro, produto de saques japoneses e alemães, antes e durante a IIª Guerra Mundial.
Que importância tem isso hoje, para além de seu interesse histórico?
- Para sabe-lo, ouve os 2 podcast abaixo:
https://www.buzzsprout.com/332756/4612118-podcast-daniel-estulin-lila-dorada-primera-parte?play=true
https://www.buzzsprout.com/332756/4705085-podcast-daniel-estulin-lila-dorada-segunda-parte
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
AS PSEUDO-POLÉMICAS SOBRE O SALAZARISMO
[imagem: a «sopa do Sidónio» ou sopa dos pobres, nos anos 40 em Portugal]
A discussão sobre o fascismo (48 anos da nossa história!) não deve cingir-se a como foi mau, cruel, etc... foi! Isso é um facto, mas o problema de se voltar sempre À QUESTÃO DA BRUTALIDADE DO REGIME, é que a discussão mais importante para o presente e para o futuro não é feita. É iludida!