quarta-feira, 8 de março de 2023
ANÁLISE HISTÓRICA: «A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL NUNCA TERMINOU»
quinta-feira, 1 de dezembro de 2022
Causas da inflação: Pelo lado da procura ou pelo lado da oferta?
Quando observamos a situação atual da economia e mercados nos países ocidentais, depara-se-nos uma situação estranha.
As causas da inflação podem ser esquematicamente atribuídas a um excesso da procura (quando há mais dinheiro disponível do que bens consumíveis); ou a uma escassez da oferta, quando a produção não consegue satisfazer a procura dos consumidores (há menos produtos do que compradores dos mesmos).
Todos nós sabemos que a «crise do COVID» desencadeou uma resposta coordenada mundial de lockdown (confinamento) durante o mês de Março de 2020, tendo havido uma redução muito grande de toda a espécie de atividades económicas e de trocas comerciais, no mundo inteiro. As restrições draconianas supostamente necessárias para combater o vírus, foram muito pouco eficazes* no combate à epidemia. Porém, foram «eficazes» em perturbar gravemente a logística, o aprovisionamento das cadeias de produção, montagem e distribuição, de toda a espécie de bens manufaturados.
Quem conhece o funcionamento de quaisquer empresas industriais sabe que elas - mesmo as maiores - tiveram imensas dificuldades. Algumas tiveram de interromper a produção - por exemplo, nalguns modelos de eletrodomésticos ou de carros - porque tinham esgotado os stocks de «chips» e de outras componentes essenciais e não facilmente substituíveis. Isto passou-se nos anos de 2020-2021.
O sistema de produção industrial montado nos últimos decénios, adoptou a estratégia industrial do «Just In Time», ou seja, as componentes são produzidas à medida das necessidades de incorporação destas no produto final. Assim, os fabricantes evitam a existência de grandes stocks de componentes, a sua gestão complexa, os espaços de armazém a que obrigam, etc. Mas, por outro lado, é um sistema muito frágil, suscetível de ficar paralisado por causa de uma secção da empresa, ou de um fornecedor externo, que estejam a funcionar mal, ou estejam paralisados, por qualquer razão.
As ruturas nas cadeias de produção foram um dos fatores que levaram a uma situação inédita, nos tempos recentes: Haver nítida escassez da oferta dos bens, em relação à procura.
Depois, a situação não voltou inteiramente ao normal, pois as estruturas mais frágeis tiveram imensas dificuldades, que não foram colmatadas pelas ajudas dos Estados. Estas ajudas foram canalizadas para dois setores: a banca e as grandes empresas e o «dinheiro de helicóptero», as ajudas diretas para as pessoas, numa espécie de antevisão de um «rendimento universal» em certos países. As repercussões desta rutura ainda hoje se notam na estrutura produtiva, principalmente nos países do Ocidente, pois houve demasiados elos da cadeia de produção que foram interrompidos. Como sabemos, há muita externalização de serviços no funcionamento concreto das economias dos países afluentes. São estas, em geral empresas pequenas ou médias, as mais afetadas pela crise desencadeada pela resposta ao COVID. Quantas ficaram debilitadas? Quantas acabaram por fechar? Todos estes casos vão traduzir-se numa «escassez da oferta», que - muitas vezes - tem efeitos de desorganização noutros setores. Ao nível dos preços, houve uma subida não motivada pelo aumento da massa monetária em circulação (ou independente disso).
Por outro lado, criou-se um ambiente de «Guerra Fria nº2», com as sanções drásticas contra a Rússia e a criação de dificuldades nas relações com a China. As consequentes dificuldades dos países ocidentais, no abastecimento de gás natural e de petróleo, fizeram com que houvesse - a partir de Março de 2022 - uma subida muito grande dos preços da energia. Esta inflação também é causada pela «falta de oferta», por escassez dos combustíveis: Aqui, trata-se de escassez autoinfligida, pois a Rússia não utilizou a «arma do petróleo» como contraposição às sanções muito duras dos países da NATO, em consequência da invasão da Ucrânia, em Fevereiro de 2022. Temos aqui uma segunda causa, muito importante, de inflação. O preço da energia não descerá facilmente para níveis semelhantes aos que vigoravam há apenas três anos atrás. O efeito direto é no consumo das famílias, afetadas pelas faturas bruscamente crescentes do gás, da eletricidade e de gasolina. Porém, muitas atividades económicas são severamente castigadas pelo aumento da componente energética nos seus custos de produção: A maior parte das empresas fica no dilema de aumentar os preços dos seus produtos devido ao aumento da fatura energética, ou de manter os preços para não perder clientes e ficar afetada no seu rendimento, podendo mesmo ter de decretar falência.
Uma subida das taxas de juro vai encarecer o crédito e logo, em muitos casos, vai «arrefecer» a procura. Por exemplo, juros mais altos = menos crédito à habitação = menos compradores de casas. Mas, tais subidas de taxas de juros funcionam para situações em que haja maior disponibilidade das empresas e dos particulares para consumirem mais. Ou seja, a subida da taxa de juros, só tem efeito se e somente se houver um excesso de capital disponível no sistema. Não se trata disso, no caso atual, mas da escassez ao nível da produção, da oferta de produtos. Logo, os «remédios» que os bancos centrais - a pedido dos governos - aplicam, são totalmente ineficazes para minorar a crise. Pior: são prejudiciais, pois limitam o crédito à produção das empresas, quando justamente, era preciso aumentar tal produção. As medidas levadas a cabo pelos governos e bancos centrais ocidentais não servem, porque é a capacidade produção em variados setores que está a ser afetada. As economias ocidentais sofreram uma retração - brutal nalguns casos - da oferta: A única política económica eficaz passará por criar condições materiais, concretas, para acabarem os estrangulamentos artificiais da produção.
Um levantamento das sanções absurdas contra a Rússia impõe-se. Aliás, estas sanções são causadoras do maior dano aos próprios países que as decretaram. A Rússia tem-se mostrado capaz de lhes fazer frente. Tem mostrado possuir uma economia muito mais resiliente do que os políticos do ocidente julgavam. Sobretudo, não sofreu de isolamento ao nível internacional, como aqueles esperavam. Tem alargado as relações a todos os níveis com a China, a Índia e os países da Ásia do Sul e do Médio Oriente.
Há quem pense que a política monetária e financeira seguida no Ocidente está a precipitar os países para o colapso. Porém, será um colapso desejado, procurado, pois vem tornar possível, aquilo que em circunstâncias «normais» não o era. Refiro-me à digitalização a 100%, ou seja, os únicos instrumentos monetários legais seriam as divisas digitais emitidas pelos bancos centrais. A economia seria mais controlável pelos governantes, mas isso não implica melhorias para as pessoas comuns, antes pelo contrário. Mas, tal como na saga da pandemia de COVID, uma psicose de medo pânico pode levar as pessoas a fugirem para «soluções» que vão ao contrário da sua autonomia. As pessoas trocam, com demasiada facilidade, as parcas liberdades de que AINDA gozam, pela segurança (FALSA) que lhes promete um Estado todo poderoso, em união com as grandes corporações**.
A definição do fascismo - segundo o próprio Mussolini - está a ser realizada, agora, em frente dos nossos olhos, pela plutocracia e governos «ocidentais»: A união do Estado com as corporações.
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(*) sabemos que as poucas nações (como a Suécia, mas não é caso único) que não entraram numa política mais estrita de confinamentos, tiveram taxas de morbilidade e de mortandade causadas pelo vírus Sars-Cov-2, da mesma ordem de grandeza e não superiores, às que fizeram confinamentos estritos.
(**) pense-se nos setores de AI, robótica, comunicação massificada, redes sociais cujos proprietários são magnates, redes de distribuição mundiais, etc.
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Para saber mais sobre o assunto, consultar:
https://www.goldmoney.com/research/winter-in-central-europe-and-for-the-dollar
https://goldswitzerland.com/in-the-end-the-goes-to-zero-and-the-us-defaults/
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/11/crise-sistemica.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/09/colapso-progrmado.html
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
OS CONFINAMENTOS (LOCKDOWN) ESCONDEM UMA POLÍTICA DE TOMADA DE PODER DOS ULTRA-RICOS
O impedimento do debate científico, mormente em assuntos de grande relevância social, deveria ser um sinal de aviso de que uma nova vaga de intolerância e de censura se está a levantar nos países que têm sido os arautos da «democracia liberal», EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, Europa e alguns outros. Sunetra Gupta é epidemiologista, Professora de Oxford: denuncia a campanha de intimidação e difamação contra cientistas que questionam a racionalidade dos confinamentos.
Para qualquer espírito lúcido, a pergunta que se impõe é:
«A quem isto beneficia?»
A resposta não é linear, mas tem de ir buscar elementos sobre a economia e o modo de agir dos muito ricos (os multimilionários) como Bill Gates e a sua fundação. A oligarquia globalista, reunida no Fórum Económico Mundial de Davos, está naturalmente a favor destas medidas de confinamento, pois vão entroncar com as suas visões do futuro.
E quais são elas?
- uma «economia verde» que de verde, propriamente só tem o nome, pois se trata de uma desindustrialização (ainda maior) dos países que foram os protagonistas da revolução industrial, há dois séculos atrás, com consequente regressão dos padrões de bem-estar e de qualidade de vida das multidões. Ainda por cima, eles não dizem, mas compreende-se, que hipocritamente aceitam como tácito que o Terceiro Mundo irá fazer as tarefas insalubres e poluentes, que o mundo dito rico já não quer fazer.
- uma política sanitária com laivos de totalitarismo, pois as pessoas são forçadas a vacinar-se com uma vacina largamente experimental, cujos perigos e contra-indicações são pura e simplesmente ignorados, assim como a instituição de um «certificado imunológico», sem o qual não se poderá viajar, obter determinados serviços, candidatar-se a emprego, inscrever-se na universidade, etc, etc.
- uma concentração total nos principais ramos de actividade económica; o mercado ficará dominado por pouquíssimas empresas, acentuando a desertificação do pequeno comércio e indústria, nos países ditos afluentes. Na realidade, deixarão de sê-lo, visto que se irão transformar em servos cativos de gigantes (Amazon, Google, Walmart, etc...)
- um globalismo exacerbado, que se traduz em ditar as políticas aos Estados, desde instâncias como a ONU e suas agências (OMS, FAO, etc...), cooptadas pelos grandes interesses. No caso da OMS, é conhecida a dependência desta instituição, em relação às «ajudas» dos grandes empórios farmacêuticos e fundações como a de Bill Gates. Mas, algo muito semelhante se passa com as outras instâncias internacionais, reflectindo os interesses dos muito poderosos, a OMC, o FMI, o Banco Mundial, o BIS de Basileia, etc.
- esta situação global explica a razão por que a media, ela própria controlada pelos mesmos interesses, faz campanha ininterrupta de medo, de pânico, de desenvolvimento duma psicose colectiva nas populações. Este estado de paradoxal uniformidade numa media supostamente «plural», incita as pessoas a retraírem qualquer expressão de curiosidade, de simpatia para pontos de vista diferentes. É um mecanismo bem conhecido em psicologia, quando uma mole de gente aparenta adoptar um certo ponto de vista, as pessoas que não o possuem sentem-se coagidas a ficar silenciosas, a não expressar sequer dúvidas em público, com medo de serem ostracizadas e, nalguns casos, perseguidas e reprimidas.
Estamos perante um quadro de fusão dos governos de uma parte do mundo com as grandes corporações (com maior capitalização do que o PIB da Suíça!), para produzir uma espécie de «governança mundial», que tem sido proposta, sob vários nomes, em documentos oficiais da ONU (Agenda 2021) do FMI e de outros.
Curiosamente, Mussolini definia o fascismo (1) como «a fusão do Estado e das Corporações». O que se está a presenciar, ao nível internacional, é a deriva das chamadas «democracias ocidentais» para um modelo semelhante.
Além do aspecto económico e estrutural, um Estado totalitário tem que exercer uma repressão sobre qualquer sector não conforme da população. Aquilo a que se assiste hoje, na Austrália, no Reino Unido, na Alemanha, na Espanha, etc. é a negação do direito de manifestação, de expressão do pensamento, quando este assume formas ordeiras e não violentas, mas contra os objectivos do totalitarismo sanitário instaurado.
Os «confinamentos» não são mais do que «estados de sítio» mitigados, disfarçados. Eles são ensaiados com o pretexto do Covid. Mas, na realidade, são instaurados porque o «Great Reset» começa a ser implementado. Ele pode definir-se como a maior tomada de poder sobre as nossas vidas, a nossa capacidade de sobrevivência económica, sobre as nossas liberdades e direitos.
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(1)... «The fascist conception of the State is all-embracing; outside of it no human or spiritual values can exist, much less have value. Thus understood, fascism… interprets, develops, and potentiates the whole life of a people.» Pode-se consultar o artigo inteiro em: https://www.cs.mcgill.ca/~rwest/wikispeedia/wpcd/wp/f/Fascism.htm