segunda-feira, 23 de setembro de 2024
STOLTENBERG REVELA PLANO PARA DERROTAR A RÚSSIA
O DISCURSO DO ÓDIO E A MONTANHA MÁGICA
domingo, 22 de setembro de 2024
DANÇAS IBÉRICAS (Segundas-f. musicais nº18)
FANDANGO- FLAMENCO - FOLIA - PASACALLES - CHACONA
O Fandango é uma dança popular, de origem espanhola do séc. XVII, mas que pode ter sido adaptada de danças extraeuropeias, tal como outras danças, originadas na América Central ou do Sul, ou ainda nas Canárias.
Em Portugal, o fandango surge no séc. XVIII, provavelmente trazido por trupes teatrais castelhanas. Tornou-se rapidamente elemento do património folclórico português.
Hoje em dia, o fandango está muito associado aos forcados do Ribatejo (uma espécie de «cowboy português») mas os grupos instrumentais e de danças, do Minho aos Açores, utilizam o fandango.
Dois grandes músicos de origem italiana, que exerceram a maior parte da carreira de músicos nas cortes da Ibéria, Domenico Scarlatti e Luigi Boccherini, compuseram fandangos, ou melhor, arranjos do fandango para cravo (Scarlatti) e para pequeno conjunto instrumental (Boccherini).
A origem do fandango será talvez sempre obscura, como muitas expressões da criatividade popular, depois retomadas como moda pelas classes mais elevadas, como a aristocracia, no séc. XVIII.
Sua difusão e perpetuação dá-se pela apropriação pelo povo e com modificação da dança cortesã. Isto é observável com as Pasacalles e a Chacona (ambas oriundas da América hispânica e trazidas pelos marinheiros), a Folia (de provável origem portuguesa). Todas estas danças, de origem plebeia, foram codificadas por músicos «eruditos» e integradas em Suites de danças ou em peças autónomas, do tipo «Tema com variações».
Quanto ao flamenco, a sua origem remonta ao início do Renascimento. Foram compostas versões instrumentais, por António de Cabezón (músico da corte de Carlos V), usando a sequência do baixo e a estrutura harmónica do Villancico «Guarda me Las Vacas», dos Séc. XV e XVI.
Diferencias «Las Vacas», A. de CabezónDevido à relativa similitude do ritmo e das formas de dançar, muitas pessoas confundem o fandango e o flamenco. Porém, são duas formas de dança distintas, culturalmente pertencentes ao mundo ibérico, ambas de origem popular e posterior apropriação erudita.
Em Portugal, é muito conhecida a toada do fandango; consiste num baixo obsessivo*, sobre o qual se vêm desenvolver variações do tema melódico.
https://www.youtube.com/watch?v=E3NSldeHE_0
O esquema é semelhante ao das danças supracitadas, a Pasacalle, a Chacona, a Folia e o Flamenco.
Para finalizar, vejamos/oiçamos uma versão para conjunto de câmara, sobre original para cravo de D. Scarlatti, interpretada no Palácio Nacional de Ajuda (Lisboa), pela Orquestra Sem Fonteiras.
https://www.youtube.com/watch?v=7EMgb4BimxE
É curioso que as cortes europeias do passado tenham -repetidas vezes- assimilado danças populares, transformando-as em modas cortesãs. É difícil de imaginar isso hoje em dia, pois a aristocracia do dinheiro ou oligarquia, não tem qualquer afinidade com o sentir do povo; suas músicas e modas preferidas são totalmente diferentes das populares. Conservam assim a separação estrita da sua casta, originada pela fortuna.
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*) O «basso ostinato» é muito usado noutras composições, em escolas não-ibéricas: É o caso do célebre ground em Dó menor, por William Croft (durante muito tempo atribuído a Henry Purcell)
sábado, 21 de setembro de 2024
CRÓNICA (Nº32) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: "TUDO O QUE POSSA CORRER MAL, CORRE MAL"
quinta-feira, 19 de setembro de 2024
CONSEQUÊNCIAS DO ATAQUE TERRORISTA DE ISRAEL/ MOSSAD NO LÍBANO
Dmitri Orlov dá-nos uma ideia realista da falência dos EUA e de Israel. É um pensador político que costuma estar avançado em relação ao imediato da geopolítica. Ele, no desenho geral, tem acertado desde que leio os seus artigos e vejo suas entrevistas no Youtube.
Igualmente significativa - porque realista - é a sua avaliação da tremenda derrota da OTAN no solo da Ucrânia e as medidas desesperadas, que se traduzem em atos terroristas (tanto pelos israelitas, como pelos ucranianos).
- E a onda de refugiados ucranianos que se aproxima quando o regime de Zelensky colapsar? Ninguém fala disso, na média corporativa...
Oiça Dmitri Orlov, se quer ter uma noção clara do que está para vir.
quarta-feira, 18 de setembro de 2024
ONU DECRETA ILEGAL A OCUPAÇÃO DOS TERRITÓRIOS PALESTINOS
124 NAÇÕES VOTARAM A RESOLUÇÃO NA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU
DIRIGENTES JOGAM À ROLETA RUSSA COM AS NOSSAS VIDAS
https://consortiumnews.com/pt/2024/09/16/a-guerra-da-ucr%C3%A2nia-se-transforma-em-roleta-russa/
Hoje, 17 de Setembro, como se as coisas não fossem já péssimas, o primeiro ministro britânico Keir Starmer encorajou a utilização de mísseis de cruzeiro, por parte da Ucrânia. Isto significa, segundo os analistas mais competentes, que esses mísseis já se encontram na posse dos ucranianos. Qualquer míssil de cruzeiro tem capacidade para transportar uma ogiva nuclear. Os sistemas de deteção não permitem distinguir se um míssil tem, ou não, uma carga nuclear. A interceção dum míssil de cruzeiro não é simples e automática, mesmo havendo sistemas de interceção muito eficazes.
O perigo é evidente. Perante a provocação do lançamento, pela Ucrânia, de um míssil de cruzeiro sobre Moscovo, Putin poderá ordenar o bombardeamento em larga escala de Kiev.
O mundo está refém de um braço de ferro. Isto significa que a população mundial poderá sofrer as consequências - guerra nuclear generalizada - da trágica incapacidade dos dirigentes em resolver pacificamente os conflitos.