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sábado, 21 de setembro de 2024

CRÓNICA (Nº32) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: "TUDO O QUE POSSA CORRER MAL, CORRE MAL"


Sim, a «Lei de Murphy» aplica-se num mundo enlouquecido pela húbris, pela constante saturação de ideologias, pelo condicionamento das mentes (lavagem ao cérebro), resultando numa cidadania adormecida, constantemente procurando reforçar os seus confortos egoístas, não questionando, nem contestando os poderes instituídos.

Nos últimos dias, como nos assinala o Prof. Chossudovsky , na sua página de Substack, «Uma invasão pela OTAN do território Russo está em curso e o Mundo continua sem perceber que isto é a Guerra Mundial Nº3».

A provocação da invasão do território russo de Kursk, não é uma simples «bravata» das forças militares enfraquecidas de Kiev: Foi uma invasão longamente planeada e que tinha um objetivo estratégico claro: A tomada da central nuclear de Kursk e do paiol de armas na mesma província, para fazer chantagem com o governo russo.

Esta manobra falhou de forma previsível, com a consequência das elites do exército ucraniano, mais os mercenários de vários países (França, Reino Unido, EUA, e muitos outros) serem sacrificados. Mas, os poderes que manobram a OTAN não se deram por vencidos, pois lançaram um míssil, «disfarçado» no meio de uma invasão de mais de 50 drones, fazendo explodir armamento nuclear em Tver, a uma certa distância da fronteira com a Ucrânia, mas próximo da fronteira com a Estónia.

A OTAN decidira fazer deste minúsculo país de cerca de 1.800.000 habitantes, a ponta de lança de ataque à Rússia: O golpe é claro; tratava-se de fazer uma provocação grave a partir da Estónia, para que os russos se sentissem obrigados a contra-atacar (e mesmo invadir) a Estónia e neutralizarem o foco de desestabilização.
Nestas circunstâncias, os americanos poderiam clamar que um país da OTAN foi «agredido selvaticamente», «sem causa prévia», sendo portanto obrigatório pôr em marcha o célebre artigo nº5 do tratado da OTAN.

Os EUA detêm o controlo sobre a maioria dos governos europeus, corrompidos ou comprometidos com o Império, não com os seus eleitores: O Parlamento europeu, por maioria, votou uma resolução/declaração de guerra, mas estatutariamente não pode fazer isso. É um bluff, pois a União Europeia não tem mandato para se imiscuir nos assuntos de defesa; não tem qualquer poder estatutário de declarar guerra, seja em que circunstâncias for. O que aconteceu foi uma manobra para forçar a mão dos renitentes dentro da OTAN, para eles votarem favoravelmente medidas agressivas, que o Estado-Maior Imperial e certos vassalos já decidiram: Levar diretamente a OTAN, sem disfarce, a fazer a guerra dentro da Rússia. Estamos a ver agora as consequências disso.

O avivar das ações bélicas e terroristas de Israel, sobretudo no Líbanocontra o Hezbollah, mas também nos Territórios da Cisjordânia, foi precedido pelo voto da Assembleia Geral da ONU, por larga maioria, considerando ilegal a ocupação dos Territórios palestinianos (Margem Ocidental do Jordão, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental) e decretando que Israel deveria, no prazo de seis meses, retirar-se dos territórios ilegalmente ocupados desde a guerra de 1967.

Não há hipótese do imperialismo ganhar estas duas guerras «proxi», usando o regime de Kiev e o governo sionista de Israel. Por isso, estão a manobrar para impelir as nações europeias, num embate frontal e direto com as forças russas.

A perversidade desta manobra está à vista: Se isto se vier concretizar do modo como os imperialistas desejam, a Europa será destruída juntamente com a Rússia. Os EUA ficarão essencialmente intactos, como sucedeu na IIª Guerra mundial. Só que isto é falso e uma loucura completa dos «neocons», que governam realmente os EUA. Os russos já prometeram que, em caso de guerra nuclear, o território dos EUA será alvo prioritário dos mísseis supersónicos russos que não são intercetáveis; e estes podem perfeitamente realizar a tarefa.

Mas os belicistas nunca param: Já estão a planificar ativamente a próxima etapa: A guerra contra a China. Eles argumentam falsamente que o próprio governo chinês apontou o ano de 2027 como ano da resolução do problema de Taiwan. Esta data é falsa, mas é parte da estratégia de propaganda, para «justificar» a intensificação do cerco e das provocações contra a China. Leia a este propósito, o artigo de Caitlin Johnstone, na sua newsletter.

A intensificação da belicosidade dos EUA e da OTAN, contra os membros mais fortes dos BRICS, não tem só a ver com a proximidade da cimeira de Kasan. Eles gostariam que ela fosse um fiasco, mas não vai ser, porque seus atuais membros estão atentos a todos os pormenores e os candidatos a membros, querem realmente participar ativamente do bloco económico em expansão.


 
                   Foto da última cimeira dos BRICS, 2023


Entretanto, no Ocidente, perfila-se uma enorme crise económica e financeira, cujo paralelo com a do final dos anos 20 (1929) foi posto em destaque por Christine Lagarde, presidindo o Banco Central Europeu. No plano monetário, vai ser acelerada a introdução dos famosos CBDC (cripto-moedas emitidas pelos bancos centrais). Todas as medidas dos bancos centrais ocidentais que estão a ser agora implementadas, foram longamente preparadas e testadas, para estarem a postos quando ocorrer o desabar do dólar, uma inevitabilidade, a julgar pelos dizeres dos que sempre foram pró-capitalistas e pró-ocidentais, como Alasdair Mcleod.

As «elites» ocidentais, não querem largar o controlo do que se passa no mundo. Estiveram realmente ao comando, na época imediatamente a seguir à implosão da URSS, tendo sido intensificado o controlo direto e militar, com as guerras do Império desde os alvores do século XXI, até hoje. Mas, note-se, todas estas guerras foram perdidas, de uma forma ou de outra. A potência maior do Mundo, em termos militares, continua sendo os EUA, porém já não consegue impor sua vontade e não tem vocação para entrar em compromissos, em negociações, em diplomacia. Por isso, temos hoje o mundo que temos.

Como eu dizia, bem antes do início da guerra russo-ucraniana, o que está a acontecer é uma mudança tectónica, com duas placas, a Euro-Atlântica e a Euro-Asiática, a separarem-se. No processo, são trituradas as margens, ou seja, há guerras e golpes violentos nos territórios da antiga URSS, como é o caso da Ucrânia por um lado e - por outro - no Médio Oriente e Ásia Central, no flanco sul da Rússia, com Israel/EUA contra o Irão e aliados regionais deste.




terça-feira, 5 de março de 2024

UMA POTÊNCIA MUNDIAL EM BANCARROTA

 



A dívida pública dos EUA é absolutamente estarrecedora. Nenhum outro país sobreviveria com os níveis de dívida dos EUA. No entanto, a maioria das pessoas ignora ou menoriza os factos. 
Talvez as palavras do Senador dos EUA T. Tuberville acordem algumas pessoas. De qualquer maneira, os membros dos BRICS não se enganaram.
- Porque motivo a Arábia Saudita, que era considerada o maior aliado dos EUA no Médio Oriente (depois de Israel), se afastou do seu protetor e foi acolher-se nos BRICS?
- Por que razão os índices de qualidade de vida nos EUA têm diminuído? Desde a viragem neoliberal e globalista dos anos oitenta até agora, grande parte dos trabalhadores nos EUA estão pior que as gerações dos anos 50 e 60. Os testemunhos deste vídeo e de muitos outros documentos, mostram a imagem dum país em rápido declínio.
Os biliões e triliões gastos nas guerras (Israel; Ucrânia, etc.) para onde irão? Estes vão regressar, de uma maneira ou de outra, aos próprios EUA, desencadeando uma enorme inflação.
Porquê? Porque os BRICS estão a desenvolver um sistema de pagamentos internacionais, que não deixa os intervenientes reféns do capricho de um país. Os países, mesmo considerados «amigos» dos EUA, têm sido chantageados com a utilização do dólar como divisa, nas trocas internacionais. 
O novo sistema, montado pelos BRICS, vai ser preferido por muitos países não ocidentais, mesmo que não estejam incluídos nos BRICS, mesmo que sejam neutrais.
Isto significa que o excesso de dólares que circula atualmente na economia mundial, terá de regressar aos EUA. O corolário disto é a enorme inflação nos EUA e, em paralelo, a perda acelerada do valor do dólar e dos ativos denominados em dólares.


quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

[Greg Mannarino] COMO NOS PROTEGERMOS DA PRÓXIMA CRISE?


Greg Mannarino é um famoso e experiente «trader» nos mercados de acções, obrigações e derivados. As suas convicções sobre a evolução das finanças dos EUA e mundial, são portanto alicerçadas na prática, não em teorias ou modelos matemáticos. 

Mannarino crê que os Bancos centrais têm puxado para um extremar da dívida, para conseguirem o seu objectivo de controlo: serem eles os emprestadores e compradores de último recurso. 

Sem a persistente e coordenada acção dos Bancos Centrais nos mercados, seria impossível as bolhas financeiras e outras, se desenvolverem como têm feito. 

Se as unidades de conta - que são os dólares ou outras divisas - correspondem apenas à emissão de mais dívida, o ciclo torna-se muito rapidamente vicioso, ao postular-se, como os bancos fazem, que dívida é «riqueza», em substituição da riqueza real, tangível.

Nesta forma extremada da financiarização da economia mundial, tudo se transforma em ficção. É impossível determinar o preço de qualquer coisa: ninguém pode determinar o montante total da dívida pendente, ao nível mundial, muito menos se pode avaliar correctamente, tanto um activo financeiro (acções, obrigações, etc...), como um activo tangível, por exemplo, o imobiliário. 

Esta distorção grave dos mecanismos de preços, tem uma consequência importante, para além da ilusão de riqueza de alguns: ela é causa de muitas decisões erradas na economia, em todos os domínios, em todas as escalas, pois o valor futuro do dinheiro não é estimável (por ninguém!) com um mínimo de objectividade. 

A distorção causada pela emissão constante de dívida, para cobrir dívidas mais antigas e juros respectivos («QE» «quantitative easing»), conjugada com a supressão dos juros (juros próximos de zero ou negativos), para possibilitar a continuação do endividamento, tem consequências: inevitavelmente, chegará o momento em que todos esses dólares (ou outras divisas) a mais, a flutuar no espaço digital, acabarão por procurar adquirir «coisas», afectando a economia real. 

Até agora, esses dólares têm sobretudo adquirido activos financeiros... daí as bolhas. Mas, num ou noutro momento, irá dar-se uma explosão dos preços em geral, uma hiperinflação, tal como já se verificou n vezes, no passado. As pessoas que não se preocuparam, ou não acompanharam a situação, e mantiveram o essencial dos seus activos em produtos financeiros, ficarão severamente afectadas.

Num instante, como na crise de Weimar de 1923, ruirão fortunas e os membros das classes média e alta ficarão na miséria. 

Mas, não se pense que neste processo ocorre uma destruição de riqueza; ela apenas transita das mãos de uns, para as de outros. Nesta transição, os bancos comerciais maiores vão adquirir ainda mais poder

Aqueles que viram com antecedência chegar esta crise e se posicionaram de forma adequada, estarão depois em condições de comprar «por tuta e meia» bens tangíveis, úteis ou valiosos. Os outros serão varridos, os que se mantiveram na ilusão de que a riqueza é equivalente a ter as carteiras de títulos recheadas de acções e obrigações. 

Porém, todo o excesso de dívida [isso inclui, nomeadamente, o dinheiro «cash» e obrigações de empresas, ou Estados], terá que ser «queimado». 
Assim como o restolho, que se acumula na floresta e tem de ser removido e queimado, para as suas cinzas fornecerem nutrientes para novas plantas. 
Quanto às acções: elas terão quebras da ordem de 95%, em muitos casos, pois estão agora - em média - 30 vezes acima do valor real das respectivas empresas cotadas em bolsa. 

É preciso não esquecer que, quando um grande número de entidades entra em falência, as pessoas que não participaram nos mercados financeiros, que apenas trabalham ou são pensionistas, também serão cruelmente afectadas. 

Uma crise desta dimensão não se limitará ao sector financeiro: irá empurrar inúmeras empresas para a falência, mesmo as que tinham viabilidade, no longo prazo.

«O mundo não é governado por primeiro-ministros, presidentes, monarcas, etc. É governado por BANCOS»

Mannarino diz tudo... só que não é ouvido!