A realidade «judaica do Antigo Testamento» do povo judeu de Israel atual é tão fictícia como a dos germânicos serem «arianos» e terem sido declarados como «a raça superior» pelo regime de hitleriano. Na verdade, são os palestinianos muito mais próximos geneticamente do povo judeu de há dois mil anos,. Isso não lhes confere um estatuto especial, mas apenas mostra o grotesco e a monstruosidade de basear uma política em dados étnicos ou «rácicos». Toda a política baseada em elementos raciais é uma clara negação dos Direitos Humanos, inscritos na Carta da ONU e em inúmeros documentos oficiais de todos os países (incluindo Israel).

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

ROUBO DE JÓIAS DO MUSEU DO LOUVRE COLOCA MÚLTIPLAS QUESTÕES

 MUSEU DO LOUVRE, 19 -10- 2025


O roubo, efetuado com grande profissionalismo e à luz do dia, mostra até que ponto as peças mais valiosas dos museus estão sujeitas a roubos.

Não há dúvida que o Museu do Louvre é um dos mais bem dotados, não apenas em financiamento estatal, como também por doadores privados. Logo, coloca-se a questão de saber porque motivo os museus com as peças mais representativas e valiosas do património nacional têm uma segurança bastante deficiente. Parece ser mais precária - a sua segurança - que a dos grandes bancos.

Basta ler o artigo «How The Louvre 'Heist Of The Century' Unfolded» para se compreender que os assaltos a museus e, em particular, a grandes museus como o Louvre, são frequentes. Por outro lado, a probabilidade de recuperar as peças roubadas é baixa, quer se trate de  quadros, de objetos de arte ou de jóias. 

As peças agora roubadas provavelmente nunca serão de novo vistas (*). Os profissionais, não apenas desmontam, como retalham as pedras preciosas, de modo que estas não possam ser detetadas. 

Outro fator muito desfavorável para a eventual recuperação do produto dos roubos, é a facilidade em transaccionar com criptodivisas. Estes podem atingir enormes cifras, movimentadas de modo que é muito difícil identificar os intervenientes na transação.

 No passado, na lavagem do dinheiro destas operações, usava-se «cash»; esta lavagem era mais difícil e arriscada para os ladrões de obras de arte e seus clientes. Com efeito, o mercado de obras de arte estava sempre estreitamente vigiado, havendo probabilidade de detecção das quantias avultadas. 

Hoje, devido aos movimentos de dinheiro não passarem por sistemas bancários e devido à total confidencialidade das transações com criptodivisas, os pagamentos tornaram-se mais seguros para  os ladrões,  os receptadores e os clientes finais.


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(*) Excerto do artigo acima:

Tobias Kormind, managing director of 77 Diamonds, told The Associated Press: “It’s unlikely these jewels will ever be seen again. Professional crews often break down and re-cut large, recognizable stones to evade detection, effectively erasing their provenance.”

There has been speculation that cryptocurrency could play a part in the crime. British private detective John Eastham said that art-crime investigators are seeing a sharp pivot from cash-based laundering to crypto-based liquidity when stolen goods are difficult to sell openly.

“When a theft involves extraordinary value—particularly heritage items—the real question isn’t just what was taken, it’s how will it be monetized? You can’t simply walk into a bank with millions in notes or diamonds. Crypto offers speed, anonymity, and international reach in a way cash no longer can,” Eastham said in an emailed statement.

“It’s highly likely that whoever is behind the Louvre theft already had a digital exit plan—either melting down components and selling through private networks or using high-value NFTs (Non-Fungible Tokens) or stablecoins to launder the funds.”

4 comentários:

Manuel Baptista disse...

Ouvi uma notícia segundo a qual apenas um dia depois do roubo no Louvre foi roubado outro museu francês, na província Levaram uma colecção de moedas do ouro; as mais antigas sendo do século XV

Manuel Baptista disse...

O roubo referido no comentário acima, foi na Casa-Museu Denis Diderot em Langres:
https://www.rt.com/news/626809-denis-diderot-museum-robbed-france/

Manuel Baptista disse...

Parece que o gang que efectuou o roubo das joias foi capturado:
https://www.youtube.com/watch?v=Ppj5akacg9s

Manuel Baptista disse...

Segundo o jornal «The Telegraph» o assalto foi realizado com cumplicidades do interior do museu. Um dos assaltantes foi preso quando se preparava para tomar um voo para a Algéria, no aeroporto Charles de Gaulle. Leia:
https://www.rt.com/news/626993-louvre-heist-was-inside-job/