E EXIGE QUE ISRAEL SE RETIRE
124 NAÇÕES VOTARAM A RESOLUÇÃO NA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU
NOTA DE MANUEL BANET:
Desde a guerra israelo-árabe, em 1967, que estes territórios, pertencendo legalmente à Autoridade Palestiniana estão sob regime de ocupação de Israel. Há mais de 50 anos que instâncias jurídicas internacionais decretam a ilegitimidade por parte de Israel de ocupar os referidos territórios (Margem Ocidental do Jordão, Faixa de Gaza e Jerusalém oriental).
Nestes territórios, reina um regime de terror, causado pelas forças armadas de Israel e também por colonos israelitas armados, que matam e maltratam impunemente os palestinianos, roubam as suas terras, expulsam-nos de forma violenta das suas próprias casas.
O Holocausto dos Judeus às mãos do regime hitleriano, tem servido como falsa «desculpa» para não se aplicar nos países ocidentais as sanções e condenações concretas a Israel. O que é facto é que esta situação de excecionalidade e transigência em relação ao que as autoridades israelitas façam, tem servido como cobertura para um regime de «apartheid», em muitos aspetos semelhante ao que a comunidade sul-africana branca (Boers) impôs às etnias «de cor», os negros, os mestiços e também aos indianos. Mas, neste caso, a comunidade internacional conseguiu unir-se o suficiente, para impor embargo de vendas de armas, embora fossem traficadas por vários canais, incluindo pelo regime fascista de Salazar e Caetano nas ex-colónias portuguesas.
Em relação ao povo da Palestina, nota-se uma arrepiante indiferença, uma denegação e conivência objetiva com os autores de um genocídio de 2,3 milhões de civis, encurralados numa estreita faixa de território, Gaza, o maior campo de concentração a céu aberto do mundo.
Perante tal cobardia dos governos ocidentais, os dirigentes de Israel não terão contemplações, irão prosseguir os seus planos de limpeza étnica; agora, também estão a fazer violências (=pogroms de palestinianos) na Margem Ocidental do Rio Jordão. O seu intuito é perfeitamente claro; são eles próprios que o proclamam. Querem expulsar a população palestiniana daquilo que eles - governo e sionistas de Israel - consideram serem os seus territórios, que lhes «pertencem por decreto bíblico».
A inoperacionalidade dos países ricos em fazer cumprir a lei internacional, até mesmo os direitos humanos mais elementares, torna-os coniventes - de facto - com os crimes do regime sionista. Recordemos que tiveram uma atuação em relação ao genocídio no Ruanda, como em relação a outros casos. Portanto, as potências ocidentais podem fazer algo (se quiserem) para impedir a contínua violação dos direitos humanos em relação aos palestinianos nos Territórios ocupados por Israel.
A barbárie está do lado dos sionistas, no governo e nas forças armadas de Israel. Conta com a conivência, a cumplicidade ativa e mesmo corresponsabilidade no genocídio em curso, dos governos que autorizam a exportação de bombas, de munições e de outro material de guerra, porque sabem que este material irá ser usado contra a população civil palestiniana.