Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.
Mostrar mensagens com a etiqueta corrupção. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta corrupção. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

LOUIS FOUCHÉ sobre a «crise do COVID» e a medicina feita pelas multinacionais

LOUIS FOUCHÉ, MÉDICO ANESTESISTA, QUE FOI EXCLUÍDO DO SEU EMPREGO, NO HOSPITAL, POR NÃO ACEITAR A «VACINA», ESTÁ EM SINTONIA COM MUITOS MILHARES QUE FORAM DISCRIMINADOS POR ATITUDES SEMELHANTES. 
NA ENTREVISTA, ABRE PISTAS PARA ULTRAPASSAR OS TRAUMAS E A VITIMIZAÇÃO SOCIAL. TEM CONSTRUIDO REDES DE CUIDADOS DE SAÚDE ÀS COMUNIDADES, BASEADOS NA ENTREJUDA E NÃO NO LUCRO ... E FUNCIONA!



 

sábado, 31 de dezembro de 2022

A CRISE DA ESQUERDA E PORQUE ISSO É GRAVE PARA TODOS

 Neste fim de ano de 2022, gostaria de vos dar, senão uma perspetiva sorridente do ano que vem aí, pelo menos apresentar-vos alguma paisagem com uma nesga de céu azul de esperança. Mas, tal não será fácil de acontecer, pelo menos na transição de 2022 para 2023, apesar de que todos - subjetivamente - nos sentimos atraídos para o otimismo, nestas épocas. 

É difícil e penoso explicar-vos a enorme revolta que sinto, quando penso na evolução que o mundo está a tomar. Mas, após esse pensamento inicial, pergunto-me: «como é que chegámos aqui?». Qual o fio condutor que nos leva - durante estes anos todos - a chegar com a quase fatalidade da tragédia, ao estado presente do mundo e das nossas sociedades?

As raízes do mal presente são tão fundas, que preciso recuar no tempo (pelo menos) até aos alvores das democracias. Contrariamente ao que muitos podem pensar, as democracias na Europa e América do Norte, não se instauraram de uma vez, como resultado de uma «revolução». Foi um processo lento, com períodos muito conturbados, é certo, mas com a persistente vontade dos povos a serem representados ao nível das estruturas de poder. Qualquer que seja a democracia que daí decorreu, quer mais «parlamentar», quer mais «presidencial», todas elas se basearam no princípio da representação.

O princípio da representação, como fundamento de um Estado democrático, eis o que nos soa a natural, a óbvio. 

Porém, ao nível de grandes conjuntos populacionais, não existe nunca uma representação, sem que o processo ocorra através de representantes políticos eleitos. Então essa pedra-angular da representação (como diziam os revolucionários liberais americanos: não pode haver taxação sem representação) foi substituída por outro critério, muito menos transparente, que é o «princípio da eleição». 

Ora, como tenho várias vezes escrito neste blog e noutros locais, a representação é inevitavelmente falseada pelos mecanismos eleitorais, que dão peso - implicitamente - a quem tem mais poder económico. Os magnates «gostam» de entregar milhares ou milhões a partidos e seus candidatos, não porque estes tenham a sua simpatia ideológica. Mas, antes porque assim os têm «na mão». Ou seja, o partido ou candidato que «morder a mão que lhe dá de comer», já sabe que, na próxima eleição, não terá subsídios (meios de corrupção) para conseguir atender às importantes e inevitáveis despesas eleitorais. Não será eleito, porque a campanha de propaganda de seu(s) adversário(s) estava melhor subsidiada, portanto, as campanhas rivais «convenceram» o eleitorado, em detrimento da campanha do «partido ingrato».

Perante este esquema de corrupção estrutural, não existe verdadeira democracia, pois a representação do dinheiro (quem tem mais dólares, mais euros, etc. e que os podem investir nas campanhas) é quem inevitavelmente ganha. Não são mesmo necessárias grandes fraudes, ao nível da votação ou da contagem dos votos. Os partidos que compõem o leque parlamentar e sobretudo, o leque dos elegíveis para cargos de governo, acabam sempre por ser partidos em consonância com o sistema, mesmo que alguns tenham posturas radicais de direita ou de esquerda. 

O que se constata da história das democracias, é que não são poucos os casos históricos de partidos de esquerda que chegaram ao poder, para logo - ou passado pouco tempo - governarem, não em função da vontade dos seus eleitores (em geral, da classe trabalhadora e da burguesia mais modesta), mas dos interesses dos grandes capitalistas. Justificam estas viragens com o «interesse nacional», ou outra frase-feita, suficientemente vaga, para que não seja fácil demonstrar a  falácia.

A partir de certo ponto, que começou no início do século vinte, deu-se a rendição da social-democracia; eram partidos inicialmente revolucionários, que pretendiam derrubar o capitalismo e instaurar o  socialismo. Sucessivas ondas de (ditos) representantes do proletariado, nas democracias ditas liberais, tiveram o mesmo destino; iniciaram a sua atividade parlamentar como forças de «fora» do sistema, mas em pouco tempo integraram-se inteiramente na mecânica parlamentar. Quando vemos isto, podemos ficar desencorajados, pois é um mecanismo que não pode ser mudado facilmente; o mecanismo da cooptação é o que melhor garante a continuidade do status- quo.

Aquilo que se está a passar neste momento trágico na Ucrânia, é devido à rendição das diversas esquerdas, que jogaram o jogo do belicismo. Isto é válido em todos os países da Europa, incluindo claro, a Rússia. Mas, sobretudo, as forças mais poderosas da esquerda, as que se agrupam na chamada 2ª Internacional Socialista, que têm tido governos ou forças parlamentares de oposição fortes em praticamente todos os países da Europa ocidental, todas se alinharam com o belicismo: Marcharam todas integrando o desfile militar, a passo cadenciado, a mando dos que dominam, da oligarquia. Uma guerra, sobretudo destas dimensões (pan-europeia, na verdade), é sempre impulsionada pela ínfima minoria que explora e domina a maior parte da  riqueza criada e que tem manobrado os governos, através do seu controlo das finanças, da média, da corrupção dos partidos, dos peritos e especialistas. 

O dilema de uma força de esquerda parlamentar é, hoje, bastante claro: 

- Ou se retira da fantochada eleitoral e a breve trecho desaparece, como força organizada ao nível nacional, reduzindo-se à dimensão de «seita»; 

- Ou se mantém, mesmo que diga que o faz «criticamente», mas o seu objetivo acaba por ser a manutenção e expansão  da representação parlamentar, com o objetivo de vir a ser convidada e participar num governo de centro-esquerda. 

Não creio que possa existir uma «terceira» via, para partidos de esquerda, que escolheram a via de colaboração com o sistema. É esta a mensagem implícita que nos dão as suas estratégias e táticas, as suas tomadas de posição e declarações. Claro, não vão dizer ao eleitorado, largamente das classes mais pobres, «nós vamos continuar a política de centro-direita/centro esquerda» e «vocês devem votar em nós, porque nós somos os bons, os competentes, etc.» Claro que a sinceridade está fora do jogo do parlamentarismo. São enganadas muitas pessoas, convencidas de que a transição para o socialismo está ao virar  da esquina, bastando para isso votar nos partidos que têm advogado o socialismo. É dentro desta alienação que opera toda a esquerda parlamentar, hoje em dia.

Não quero deixar a impressão de que tenho uma saída - de curto prazo - para este problema. Não a tenho e confesso-o sem hesitar. 

Porém, a única forma de transformar a realidade política e social em profundidade é através da educação, é pela educação que as pessoas se tornam críticas, que são capazes de raciocinar e de estudar por si próprias, aprendendo não só aspetos «técnicos» dos assuntos, mas também as questões mais profundas. Uma educação verdadeira implica conhecimento, o estudo de livros e artigos sobre Filosofia, Política, Sociologia, Psicologia e História. É de constatar que a escola de hoje está muito longe de encorajar a independência de espírito. As pessoas que organizaram os curricula - desde curricula da escola primária até ao ensino superior- são pessoas da inteira confiança da classe dominante. A escola não é um corpo separado do resto da sociedade, mas é atravessado pelas contradições que nela se exprimem. Apesar disso, a educação, mesmo que não tenha sequer uma réstia de crítica ao poder dominante, é sempre perigosa para este, pois alguns filhos da classe oprimida, conseguem atingir um nível de compreensão aprofundada das matérias e destes, uns poucos, serão críticos da realidade social que se lhes depara. 

Concedo que um partido pudesse ser o veículo dessa educação independente,  não enfeudada a interesses de classe, que são os tipos de ensino dominantes nas escolas superiores e universidades, controladas por vários arautos da burguesia. Mas, a verdade é que este tipo de educação, muitas vezes, se limita a formar quadros do próprio partido. Assim, a educação popular, em todas as esferas da atividade não pode ser veiculada por qualquer partido, mesmo que este tenha as melhores intenções do mundo. Porém, organizações populares de base, não enfeudadas a nenhum partido, poderiam desempenhar um papel  muito mais relevante do que o fazem hoje: Cooperativas, associações populares, associações de vizinhança, sindicatos (não controlados por nenhum partido) etc., podem ser um bom terreno para a emergência duma cultura não-elitista, que proporcione as mesmas oportunidades a todos .  

Se o mundo sobreviver entretanto, talvez daqui a muitos anos haja uma transformação qualitativa nas sociedades e seja ultrapassada a etapa capitalista, em que nos encontramos. Parece-me afinal mais construtivo apontar para um objetivo longínquo mas realizável, do que insistir na fórmula vazia (corrompida e corruptora) do parlamentarismo. Os políticos «profissionais» de esquerda, que sabem isso melhor que ninguém, vivem do engano dos seus eleitores. 

Não é verdade que a «esquerda», por o ser, tenha uma qualquer vantagem moral sobre as formações políticas de direita, ou de centro. A mitificação da esquerda, como superior moralmente às outras forças, traduz-se numa autoilusão, numa alucinação mesmo (nalguns casos) de militantes de base sinceros; enquanto os outros, sobretudo dos escalões de topo e intermédios, têm sobretudo uma enorme sede de poder e não são de modo nenhum sinceros. 

Costumo dizer que a melhor maneira de nos corrigirmos, é olharmos para nós próprios e vermos realmente aquilo que nós fizemos de certo ou de errado. É uma autoanálise praticada pelos filósofos desde a antiguidade greco-romana, pelo menos. Também faz parte do ensinamento de muitas escolas filosóficas do Oriente: do Confucianismo, do Budismo Zen. Está igualmente presente no Cristianismo, no Judaísmo e no Alcorão. Em correntes leninistas e maoistas, encontramos apelos à «crítica e autocrítica»; encontramos semelhante apelo para a introspeção em filósofos influenciados pela psicanálise, ou em pós-modernistas. Podemos encontrar em muitas filosofias, não-europeias, este apelo; a própria «sabedoria das nações», repositório da  experiência multissecular dos povos, vai nesse sentido. Seria de esperar que tal fosse praticado pelo povo de esquerda também, ou seja, pelos que não se deixaram corromper e que não têm a soberba de achar que o mundo todo está errado, que eles é que estão certos.

Um bom ano de lutas para 2023!


Uma ilustração de humor satírico de William Banzai

                               https://www.zerohedge.com/news/2022-12-30/stay-woke

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

JIMMY DORE DESMASCARA A CASTA POLÍTICA DOS EUA, CORRUPTA E INCOMPETENTE


                                     https://www.youtube.com/watch?v=aZZ20LJXTeU&t=98s

O «sonho americano» é antes o «pesadelo americano» ou «para  acreditares na propaganda deles é porque estás a sonhar »...

Aumentam o orçamento para o Pentágono para o total 857 biliões de dólares, mais 55 biliões do que a proposta do Presidente.

Jimmy Dore diz ao público americano, depois de mostrar os exemplos concretos de corrupção em Washington: O vosso governo é mais corrupto que o da Rússia, mais que o da China. A casta governante dos EUA é o vosso principal inimigo.

Tanto faz serem votos de democratas ou republicanos no Senado e na Câmara dos Representantes. Deu-se o caso dos republicanos deitarem abaixo a proposta de orçamento para 2023.  Como alternativa, «impõem» um aumento de uns tantos biliões a mais*! 

* J. Dore exemplifica a situação grotesca com uma piada erótica: «Can I give you a kiss?» - «No, she rebukes him, don't do that! But what about a blow-job?»

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

A CHAVE PARA DESENCRIPTAR O PODER

 

Por mais absurdo ou chocante que nos pareça o comportamento de um «grande ator coletivo», este tem sempre uma lógica intrínseca, tem uma estratégia, persegue objetivos, justos ou injustos, realistas ou utópicos. O que, à primeira vista, pode parecer irracional, não o é, mas antes obedece a uma lógica que nunca nos é revelada.

Por exemplo, a lógica dos grandes bancos centrais, em particular da FED, parece estar intencionalmente a conduzir o mundo para uma severa recessão. Os bancos centrais não são - de modo nenhum - independentes dos grandes interesses  financeiros privados, visto que estes estão representados no capital e na administração das referidas instituições. Com a expansão da massa monetária, seguida de sua contração, com a descida e subida da taxa de juros de referência, eles desestabilizam o sistema monetário e financeiro mundial: As suas intervenções estão na base dos grandes ciclos de expansão e contração do crédito, que desencadeiam as bolhas especulativas, seguidas pelas recessões. Isto parece contrário ao bom funcionamento do sistema capitalista, mas a realidade é que sem estas instabilidades, não haveria tantas oportunidades para operações lucrativas (aquisições e fusões) que são - de facto - as que permitem a expansão da banca, das grandes empresas e das grandes fortunas...

Outro exemplo, os setores de serviço ao público, a educação, a saúde, o fornecimento de água, de eletricidade, as infraestruturas básicas: No pós 2ª Guerra mundial, estas funções eram assumidas com naturalidade pelos diversos Estados capitalistas, não apenas pela necessidade premente de reconstruir as sociedades e de somente o Estado estar em condições de o fazer, como também, deste modo ficarem garantidos os serviços básicos (não lucrativos) indispensáveis ao funcionamento da sociedade. O Estado investia-se em setores indispensáveis, mas não rentáveis, permitindo que os capitais privados se investissem na indústria e noutros setores rentáveis. Mas, a lógica do capitalismo fez com que os setores antes rentáveis, ficassem cada vez menos. Então, decidiram os grandes grupos capitalistas atacar os setores que antes eram considerados reservados ao domínio público. Por volta dos anos 1980/90, o panorama mudou radicalmente. Descobriram «o milagre das privatizações»: bastava o Estado ceder a exploração desses setores, para  eles se tornarem rentáveis. O Estado tinha efetuado - ao longo de décadas - investimentos em infraestruturas, em formação dos funcionários etc.: Isso era posto de lado, na avaliação do valor das empresas estatais destinadas a serem alienadas ao setor privado. As avaliações eram feitas por «agências»  vinculadas aos interesses dos grandes capitalistas, pelo que foram eles que ditaram os preços e mesmo as condições das operações de privatização. Os representantes do Estado não defenderam os interesses do Estado, foram corrompidos e fizeram o jogo dos beneficiários  da privatização. Muitos desses políticos e altos funcionários corruptos continuam no poder, quer em cargos do executivo, quer em agências e institutos públicos, quer em administrações de empresas privadas. Outros já estão aposentados, com reformas que são um insulto aos pobres que eles supostamente deveriam ter servido. O público ignora - devido a ocultação intencional pela media - a quantidade de corrupção, de privilégio, de reformas douradas, que aqueles políticos e burocratas obtiveram pela venda ao desbarato de bens e empresas do domínio público. 

O «sucesso» das grandes empresas consiste -afinal de contas - em capturar um setor dos serviços (saúde, educação, fornecimento de água, de telefones, etc...), obtendo garantias de «rentabilidade», ou seja, em condição de monopólio, ficando afastada a hipótese de concorrência. Chegam a cozinhar clausulas nos contratos de privatização, em que o Estado é condenado caso tome decisões que façam diminuir os lucros.  Por exemplo, se houver - da parte do Estado - uma decisão de aumento de impostos, novas regulamentações, para atender a preocupações sociais, ou ambientais, etc. 

Esta fase de privatização generalizada do que tinha sido do domínio público, está a encerrar-se atualmente no Ocidente. Aquilo que se verifica atualmente é  ascensão do poder duma casta de multimilionários que - não apenas controla conglomerados de empresas, que dominam completamente o mercado internacional - como têm captado instâncias nacionais e internacionais, que passam a ser veículos dos seus interesses. 

Por exemplo, veja-se o caso do Fórum de Davos, que não é o único, longe disso: As teses de Schwab, com o apoio de multimilionários com Bill Gates e de outros, vão no sentido de uma sociedade sob controlo total. Ele inspira-se na sociedade chinesa atual. Nesta, já estão em funcionamento muitos dos mecanismos que eles gostariam de ver aplicados, em grande escala, nas «democracias ocidentais»: A vigilância generalizada, o sistema de crédito social, a (quase) universalidade do dinheiro digital, a censura e a vigilância permanentes dos conteúdos on-line. Finalmente, as medidas drásticas supostamente para «parar» o vírus, como os lockdowns e os sistemáticos testes PCR, que na China se traduzem num inferno chamado «Zero-COVID». 

Note-se que tudo isto é feito com a aceitação passiva, mas não lúcida da cidadania. Os que são lúcidos, a cidadania que reage, protesta, denuncia, é um incómodo para os globalistas. Sua imagem tem de ser denegrida têm de ser declarados «neo-nazis», «fascistas», «terroristas internos» e outros «mimos de linguagem», tanto por «fontes governamentais» como por «ex-esquerdistas» que foram cooptados, a maior parte com plena consciência disso. Por outro lado, os manifestantes não possuem meios de se defender, de contrariar a lama e os insultos raivosos que lhes dirigem. A «liberdade de expressão» tornou-se uma piada de mau gosto, pois o que resta de «liberdade» é a de ficar calado perante todas a infâmias cometidas em nosso nome, ou em alternativa, denunciá-las e ser violentamente reprimido, excluído, difamado, perseguido, despedido, preso. Este é o grau a que se chegou, no orgulhoso Ocidente. 

Para mim, os totalitarismos equivalem-se, não existe um que seja melhor que o outro. Todos eles fazem a sua auto- apologia, todos eles mostram realizações muito impressionantes... publicitárias. Mas todos eles perpetuam o poder duma casta, 

- sejam os burocratas «vermelhos», cuja fortuna está nas mãos de parentes (filhos, sobrinhos, noras, etc.), na China «comunista»,

- ou os multimilionários, que fazem e desfazem os governos das «democracias ocidentais», cujos líderes são os seus fantoches, nos encontros de Davos, de Bilderberg ou outros.

Para se saber realmente deslindar a verdade, seja em política nacional, internacional, ou noutro domínio, o ponto fundamental a analisar, não são os discursos, declarações, slogans, ou gestos teatrais, cerimónias, etc. 

São os atos, que realmente são portadores de significado na pugna pelo poder, que é todo o jogo político (e empresarial), ao nível local ou global. 

O que eles/elas fazem - e não aquilo que declaram - é que pode dar-te a chave para compreenderes, por detrás das máscaras, seus motivos, intenções e estratégias.

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

SENADOR DOS EUA AVISA SOBRE PERIGOS DE GUERRA NUCLEAR

                               

Não me importa qual o posicionamento político deste senador; o que me interessa é que ele tem razão. Infelizmente, o mundo está ir direitinho prá catástrofe e as jovens gerações estão completamente alheadas, como se estivessem noutro sistema solar ou simplesmente como se estivessem a ver um filme de ficção que os motiva tão pouco que - rapidamente - mudam de canal para outro show mais «na onda»! 
A cobardia dos adultos e a loucura de alguns sociopatas que estão no poder, juntam-se. Só que, ao fim e ao cabo, o constante «jogo de chicken» (o jogo de provocações destinado a que o mais fraco se dê por vencido) irá desembocar em terríveis catástrofes.
A fome mundial já está a assolar muitas partes do Terceiro Mundo, desde o 2ª trimestre de 2021, pelo menos. Mas, isso não impressiona as pessoas habituadas a terem tudo, por preço módico, sem sequer saberem como é que tais «pechinchas» foram obtidas. Não lhes importa que seja trabalho escravo, que permite obter certos minerais indispensáveis para os seus telemóveis. Não lhes interessa que os produtos alimentares sejam produzidos nos países da África, Ásia e América Latina, por trabalhadores cujos salários não lhes permitem uma vida digna; ou que, nas «sweat shop» da Ásia do Sul sejam produzidos - em condições de sobre-exploração - os sapatos, que calçam e as roupas, que vestem ...
Caso todo este mundo hedónico, «ocidental» (América do Norte, Europa e Japão), sofresse em exclusivo com a guerra nuclear e suas consequências horríveis, sem que os povos do Terceiro Mundo sofressem, eu diria que eles próprios, os do mundo abastado, teriam que lamentar a sua indiferença egoísta, o seu vazio existencial, a sua estupidez!
Mas, nenhum povo ficará a salvo dum «Inverno Nuclear», que atingirá o Planeta inteiro, com duração desconhecida, com certeza vários anos. Junte-se a isso, a difusão de substâncias radiativas, pela atmosfera e pelos mares. Num curto espaço de tempo, todos os solos estarão contaminados. Logo, a agricultura ficará inviabilizada em todo o lado: Quem comer algo com radiatividade, está condenado à morte lenta, causada por cancros.
As pessoas de todos os continentes, nações, etnias e credos, deveriam acordar e mobilizar-se para fazerem obstáculo à presente deriva, conducente ao desastre nuclear. É esta também a opinião de pessoas como Paul Craig Roberts, que foi membro da equipa de governo de Reagan.
Impressiona-me a cobardia dos militares de alta patente da NATO, que colaboraram neste «jogo» (que não é jogo) de guerra, lançando as sementes da discórdia a Leste, provocando, desestabilizando, e expandindo o dispositivo bélico da NATO contra a Rússia, durante o espaço de tempo de uma geração, quando existia a oportunidade única de uma paz verdadeira. A paz era possível, nos primeiros anos do século XXI, uma paz sem vencedores nem vencidos, resultante de acordo multilateral entre as nações.
Infelizmente, no Ocidente, os governos mais poderosos não tinham à sua frente líderes com a estatura de De Gaulle ou de Roosevelt. Estes estadistas, que também cometeram erros, eram profundamente patriotas; eles não iriam vender a felicidade dos respectivos povos  para conseguirem o reforço momentâneo do seu poder.

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Valerie Bugault: «sistema político do parlamentarismo, fundado sobre a corrupção»

«Alvorada de uma crise económica e geopolítica mundial»

 Valérie Bugault já tem sido referida aqui, neste blog. É uma voz fora do consenso fabricado. Brilhante, abarcando vários aspetos da política, economia, sistema jurídico, tem sempre reflexões interessantes, originais, que nos provocam a pensar!


Esta conversa é em francês, algumas pessoas terão dificuldade em segui-la. Podem ativar as legendagens automáticas (em francês), auxilia a compreensão do que é dito.

sábado, 4 de junho de 2022

DEMOCRACIA NÃO É «LOBBYISMO»

 


Estou agora a ler um livro sobre política: chama-se «Red Handed» (de Peter Schweizer) e mostra como as elites do dinheiro e do poder nos EUA, se entrelaçam com os interesses das hierarquias «comunistas» de Pequim. Explica-nos quando e como são montadas sociedades, grupos, joint-ventures, comités, etc. destinados a corromper figuras como Joe Biden, Dianne Feinstein, Nancy Pelosi, Mich McConnell e muitos outros. É evidente que este tipo de captura, para servir interesses de determinados grupos, países ou indústrias é um facto generalizado e aceite como «trivial», faz parte dos costumes políticos nos EUA.
Este método de exercer pressão sobre políticos no poder, através de lobbies, tem muito maior eficácia do que advogar as mesmas ideias, ou soluções, junto dos eleitores. De facto, a maneira tradicional de fazer política, que passa por seduzir os eleitores e mobilizá-los em torno de ideias, slogans, ideologias, para votarem em pessoas, supostamente capazes de as concretizar, é uma falsidade em si mesma. Para fazer esta política eleiçoeira, os candidatos vão tudo prometer, para obter o máximo de votos, sendo certo que a partir do momento em que cheguem ao poder, o «realismo político» impõe-lhes fazerem «compromissos», ou até «viragens de 180º», em relação às promessas eleitorais.
Mas, a política «por lobbies» vai mais além: serve-se de demagogia eleiçoeira, mas desenvolve-se num quadro de compromisso secreto/subordinação com altas esferas dos negócios. Quanto mais poderosos forem os financiadores, maior capacidade terão de corromper.
Os políticos, mesmo que comecem por ser generosos e idealistas, caem depressa nas malhas de redes de interesses entrecruzados. Chegam a cair em armadilhas, que permitem serem chantageados a preceito. Não tenho compaixão por eles/elas, porém: Estão conscientes do jogo e jogam-no. Não o fazem por idealismo mas, porque terão poder e fortuna. Se não se rebelarem, se servirem bem os interesses da oligarquia, poderão tornar-se membros da casta dos multimilionários.
Eu estou certo que este modelo está espalhado por todo o globo, obviamente também em países onde existam ditaduras: O livro acima mencionado, não deixa a mínima dúvida (com múltiplas provas) de que o poder, em Pequim, segue caminhos análogos. A única diferença, é que não é apenas o poderio do dinheiro que conta, mas a combinação deste com a posição hierárquica dentro do Partido Comunista da China.
O que as pessoas mal informadas não percebem, é que não existe qualquer superioridade moral das chamadas democracias do Ocidente. Não são menos corruptas, que os chamados regimes autocráticos ou totalitários: Na verdade, a vontade popular é posta de lado, a única «concessão», são as eleições. Porém, nestas, os candidatos não são os nossos: Eles já foram capturados previamente, por uma série de lobbies. Sem isso - sem esses grupos de interesses - não teriam exposição mediática, apoios financeiros, ou cumplicidades dos que também querem uma fatia do bolo do poder.
Uma questão política de fundo, no contexto das democracias ocidentais é a de saber-se como as pessoas se podem autoeducar, como se podem descolar duma visão ingénua, que é resultante da propaganda que se despeja sobre elas. Isso implica um sentido crítico elementar, um distanciamento. Mas as pessoas continuam a aderir aos discursos, às narrativas, da media mainstream.
Para haver uma democracia genuína, sem aspas, a condição elementar é as pessoas estarem esclarecidas e atentas às ações de governantes e parlamentares. Só assim poderão fazer escolhas, realmente. Só nestas circunstâncias haverá expressão da sua vontade. Só havendo uma educação política real, poderá existir democracia. Como este mecanismo foi sabotado, negado, eliminado, temos apenas «ficções de democracia».
A realidade é que os Estados são governados por uma aristocracia do dinheiro, usando «homens e mulheres de palha», que se prestam a fazer esse jogo de simulação. Este processo fraudulento é que permite explicar por que razão nos países ocidentais, pode haver uma liberdade aparente, mas - na verdade - estamos em ditadura totalitária «soft». Que haja outros países também em ditadura, soft ou hard, não impede que as pessoas no Ocidente sejam enganadas e espoliadas. Em especial, é-lhes negado o direito de participar e decidir sobre o rumo do seu país:
- Se a soberania reside no povo, isso não se nota. Então, é porque foi confiscada pela casta no poder!

segunda-feira, 30 de maio de 2022

A REALIDADE ACABA, SEMPRE, POR SER MAIS FORTE


Mattias Mesmet avança explicações sábias para a hipnose coletiva que assolou o Mundo inteiro durante a «pandemia» de Covid.
Agora, com hipnose ou sem ela, as pessoas parecem-me enraivecidas contra os que são designados «os maus» pela propaganda. Fico chocado com a total rendição de pessoas, outrora defensoras de valores do humanismo e direitos humanos. São capazes de atitudes discriminatórias, aprovando-as ou ficando indiferentes, face à demonização de todo um povo, o povo russo.
Nenhum povo tem a responsabilidade dos atos dos seus dirigentes, na verdade. Nós sabemos isso: No Ocidente, também, governos e maiorias parlamentares costumam decretar ou votar medidas ao contrário dos programas eleitorais na base dos quais foram eleitos.
Dizer que «o povo tem os dirigentes que merece» é uma grande injustiça. É como se o povo, enganado, tivesse -ainda por cima! - a responsabilidade pelo mal que os políticos fazem! O facto de fazerem esse mal, e que seja feito em nome dos eleitores e do povo, é apenas adicionar escárnio à injúria.
Eu não sei qual a popularidade respetiva dos diversos dirigentes mundiais; não tenho confiança nos «institutos de sondagens»; nem sequer, no que significam as eleições num dado país pois, como disse acima, as pessoas costumam ser completamente enganadas. São inundadas por promessas demagógicas, ou submetidas uma intensa propaganda de ódio contra os «inimigos designados» do momento.
De facto, pouco importa. Pois a minha preocupação é que as pessoas comuns estão demasiado dependentes da bolha de narrativas enganadoras, que recebem constantemente, da média corporativa e que realmente consegue influenciar a generalidade do público.
O efeito é de tal ordem, que as pessoas não acreditam naquilo que têm diante dos olhos: É o conto d'«O Rei Vai Nu» que deveria ser reescrito, de acordo com a versão de Bob Moran:


Em face do que se tem passado, verifico que o meu receio duma nova «idade das trevas», dum recuo civilizacional, parece confirmar-se.
Não vejo outra saída, que não seja ao nível de pequenos grupos de indivíduos, que se juntem para se entreajudar e para encontrar formas inteligentes de resistir.
 O convencimento das pessoas não decorre -infelizmente - de ouvirem ou lerem uma qualquer argumentação racional contrária às suas crenças. Mesmo quando se apresentem muitos argumentos racionais e lógicos. Os humanos não são seres racionais, mas «que racionalizam».
De facto, muitas pessoas preferem teimar que têm razão, a terem que conceder que se enganaram, ou que se deixaram aldrabar por um trapaceiro, etc.
Não perdoam a alguém que lhes demonstre que elas estavam enganadas. Mesmo que esse alguém utilize linguagem cordata, não agressiva e quando os argumentos são realmente bons.
O seu «amor-próprio» faz com que recusem aceitar que foram arrastadas na «manada», ou seja, na onda de entusiasmo momentâneo, emocional.
Então, não há nada a fazer?
- Não é bem assim: Há que manter a criteriosa avaliação da realidade, tal como ela é. Não cairmos no pessimismo, nem deixar de ver as realidades em face, mesmo quando elas são «feias». Há que ter muito autocontrolo e não querer convencer, seja quem for: as pessoas convencem-se a si próprias, em consequência das circunstâncias em que são colocadas. Ou vivem uma experiência que faz a diferença, ou nunca mudarão de opinião, seja sobre o que for. É o primado da prática.
Para algumas pessoas, um leve trauma chega para mudarem de atitude. Para outras, é necessário um acontecimento muito mais marcante.
Para a generalidade das pessoas, o «efeito de vizinhança» tem um papel decisivo; quando - em volta do indivíduo - estão todos a apoiar determinada narrativa, quase ninguém se atreve a contrariar essa versão.
Vimos, no caso do COVID, que muitos profissionais de saúde tinham fundadas e sensatas objeções, quanto aos métodos de tratamento, mas tiveram que se sujeitar aos protocolos impostos administrativamente, inadequados e que fizeram aumentar o número de mortes. Porém, não foram frequentes os que se rebelaram. Os que o fizeram, foram arrastados na lama. Em muitos casos, foram punidos por terem mostrado independência. Um grande número terá recuado e fingido concordar com as diretivas, por receio de ter sua carreira e emprego postos em causa.
De facto, as pessoas que controlam as narrativas são, muito diretamente, pessoas do poder. Mesmo, quando se revestem de títulos científicos (como Ferguson ou Fauci e muitos outros) são - de facto - os que falsificam a ciência, pretendendo ser «a ciência». Seu jogo consiste em favorecer os poderosos, multimilionários, cuja fortuna é superior ao PIB de nações e não das mais fracas.
Os governos são manipulados por este grupo de super-ricos: Tudo o que esta aristocracia tem de fazer, é manter os «seus» políticos na dependência, através de generosas doações.
Qual é o político que, para não fazer algo que contradiga as suas convicções, prefere perder as eleições, porque perdeu os apoios financeiros para a campanha dispendiosa ?
De facto, só chegam a disputar o poder, pessoas que realmente não têm escrúpulos nenhuns. Já tenho demonstrado, noutros artigos, como o sistema dos partidos é uma espécie de sistema de seleção darwiniana ao contrário: Só sobrevivem, prosperam e triunfam, os piores, os menos escrupulosos, os destituídos de moral, os que desprezam seus eleitores.
Nestas circunstâncias, a questão nem se põe de querer disputar algo no terreno político, que está completamente corrompido.
Mas, faz sentido nos reunirmos com pessoas que estejam também elas fartas desses psicopatas e sociopatas.
O essencial é construir alternativas de vida, de relacionamento, de educação, capazes de manter um certo número fora da atração da política: Pessoas capazes de construir-se, de forma integral, quer no plano profissional, familiar, ou social.
A «democracia», tal como é praticada no Ocidente, é «um repelente» para pessoas saudáveis, com bons instintos, que não gostam de dominar os outros, nem ser dominadas.
Pois essas pessoas existem e não são poucas. Eu não sei se, eventualmente, são a maioria, ou não. O que eu sei, pela minha experiência vivida, é que muitas pessoas se julgam muito mais impotentes, do que na realidade são: Pensam estar isoladas, marginais, mas isso não é verdade, pois - de facto - existem muitas outras como elas.
O tipo de vida nas nossas sociedades, é que é  causador desse isolamento. As vidas das pessoas são compartimentadas: Não têm verdadeiros convívios, além da família, mas mesmo esta é muito restrita, visto que a família alargada (tios, primos, etc.) «desapareceu». Só resta, na prática, a família nuclear (o casal e os filhos).
No fundo, trata-se de cultivar a convivialidade, com o propósito de que vá além do mero prazer de conviver. Seria interessante desenvolver «clubes», «academias», ou outros agrupamentos onde as pessoas possam realizar o que gostem e interagir com outras, cujos interesses sejam afins.
Note-se que isto não implica, de modo nenhum, uniformidade ou convergência política ou ideológica. Não é o propósito deste tipo de associações. A verdade é que estas associações são de natureza cultural. São polos de civismo, que educam e perpetuam relações de entreajuda, de tolerância e promovem a construção de projetos em comum.
Estamos em plena era digital, da Internet e dos smartphones mas, isto não significa que a procura de contato direto, genuíno, baseado nos interesses das pessoas, deixe de fazer sentido. Considero que é preciso reinvestir este campo da sociabilidade direta, sem ser com uma finalidade «interesseira». A motivação não deveria ser profissional, de negócios, ou partidária.
Não possuo um «livro de instruções», para a construção de tais associações. Pode-se partir de instituições existentes, que precisam de ser revitalizadas, ou de grupos, mais informais, de afinidade. É frequente acontecer - espontaneamente - entre adolescentes que partilham o mesmo gosto por desporto, ou por música. Mas, pode ser cultivado em qualquer outra etapa da vida.
De qualquer maneira, existe um campo enorme para um trabalho transversal, que não passa por relações «mercantis» ou «hierárquicas». É neste campo que julgo valer a pena nos investirmos, não em estruturas de poder, que são as associações de cariz político.
----
PS1: Veja artigo do Dr. Robert Malone, confirmando o que digo acima, a propósito da onda de medo induzida pela media, usando «monkeypox»: 

FAMÍLIA BIDEN E A CHINA, UMA REDE DE COMPANHIAS E CORRUPÇÃO


Sasha Gong, jornalista de origem chinesa, que conhece a fundo a sociedade chinesa, é entrevistada por Syer Iyer (autor indiano)


É uma entrevista realmente importante; a maior parte das pessoas não faz ideia da rede de corrupção ligada à família Biden, os negócios da China. 

Naturalmente,  esta rede de corrupção é tão densa, que são precisos vários capítulos. Note-se que muito do que está no famoso «lap top» de Hunter Biden e que diz respeito aos seus negócios, tanto na Ucrânia como na China, está largamente por divulgar. Não se pode omitir, porém, que Joe Biden está visceralmente interessado - por razões pessoais - na continuação da guerra na Ucrânia. A classe política capitaliza sobre os lucros das indústrias de «defesa», cujas vendas têm atingido recordes, desde o início desta guerra. Isto dá uma medida da profunda corrupção, em que está envolvido o poder em Washington.
 

quinta-feira, 5 de maio de 2022

WHAT ARE YOU FIGHTING FOR? PARA O QUE ESTÁS A LUTAR?


É caso para perguntar a todos os que se dizem de esquerda e que fazem o papel de «idiotas úteis» dos imperialistas, agora, mesmo quando estes estão desmascarados como tendo preparado, equipado e enquadrado nazis ucranianos. Com efeito, tem vindo à tona um conjunto de factos, que  provam a colaboração da NATO e o treino, durante oito anos, das milícias de extrema-direita Azov e Aidar, na Ucrânia. Estas forças, inicialmente milícias, foram depois incorporadas nas fileiras do exército ucraniano. Em muitas unidades, um em dez militares, tem ligações à extrema-direita, quando a sua proporção, na população geral, é muito menor.  Hoje mesmo, soube que um general canadiano, tinha ficado encerrado junto com os restos do «Batalhão Azov», em Mariupol no complexo fabril de Azovstahl. Ele terá tentado escapar, mas foi intercetado e capturado pelos russos.  

As pessoas antifascistas no Ocidente, devem reconhecer que esta campanha militar é dobrada duma campanha de desinformação que ultrapassa tudo o que conhecemos até aqui. Sou capaz de me lembrar das campanhas dos EUA e seus aliados da NATO, para denegrir inimigos, quer movimentos de libertação, quer  forças nacionalistas  que lutavam contra os EUA e/ou aliados dos EUA. 

O nível de desinformação é muito superior, agora, sobre a guerra na Ucrânia. É uma campanha de mentiras quotidianas, dando falsas informações sobre o que se passa na frente de batalha, para dar a impressão que os russos estão em maus lençóis, que estão em dificuldades, que as tropas ucranianas conseguem dar duros golpes ao inimigo, etc.

 Estas campanhas da NATO, com todo o aparato de agências de «informação», são acompanhadas por uma ofensiva de silenciamento, de censura, de intimidação, sobre pessoas e organizações jornalísticas independentes. A campanha terrorista dos governos designa estas pessoas como «inimigas internas», porque querem dar uma informação não enviesada, querem ouvir o que o «outro lado» tem para dizer, querem discutir livremente as questões que se colocam. 

A censura é do nível mais elevado que eu conheci, desde os tempos da ditadura fascista. Aquando da libertação de Portugal dessa ditadura, em Abril de 74, eu tinha 19 anos, portanto, lembro-me bem e estava consciente do ambiente que se vivia nos últimos anos desse regime. 

Nunca vi, também, uma confusão tão grande no espírito de pessoas, que eu julgava serem mais perspicazes. Não venham insinuar que, se eu estou contra a NATO, é «porque sou a favor de Putin», as simplificações e as condenações apressadas são o que pavimenta o caminho para o ódio, a intolerância, o fascismo. 

Não preciso de mudar um iota da minha posição, a favor da paz. Verifico que o povo ucraniano está a ser sacrificado, pois ele é forçado a combater, quando não existe qualquer hipótese de reversão da situação militar. A eternização das operações de guerra tem como efeito muitos mais mortos, feridos e deslocados. O avanço russo vai tornar muito difícil recuperar o território perdido, à mesa de negociações. Quanto mais durar a guerra, pior para a Ucrânia, mais difícil será um pós-guerra, enquanto nação independente.

Infelizmente, o regime de Kiev está capturado por dois lados: Por um lado, os setores de extrema-direita têm um peso desproporcional (em relação aos seus votos), conseguem chantagear toda a classe política ucraniana (este regime é um dos mais corruptos do mundo). Por outro lado, o governo de Kiev, é refém do apoio dos EUA/NATO, que são quem dita diretamente a Zelensky o que deve ou não fazer*. São eles que estão a fornecer as armas, as dezenas de biliões de dólares, e que fazem 24h/24h a propaganda hostil à Rússia. Isto tem um objetivo muito concreto: pensam que assim enfraquecem a Rússia, obrigando-a a combater durante longo tempo, a empenhar mais esforços que os inicialmente previstos, etc. 

Finalmente, com esta guerra total (em todas as frentes) eles pretendem justificar (em termos de propaganda) as sanções que foram ao ponto do roubo das reservas do banco central russo, de expropriar cidadãos russos, só porque são russos, etc.

Estas sanções brutais não foram surpresa para o governo russo. Este tinha já tomado medidas para diminuir o seu impacto, anos antes da invasão de 24 de Fevereiro. Putin discutiu o assunto com Xi Jin Pin, aquando da cerimónia de encerramento dos jogos olímpicos de inverno de Pequim, a 4 de Fevereiro. Sem a «luz verde» do presidente chinês, provavelmente, PUTIN NÃO TERIA AVANÇADO.

 Estão, portanto, a fazer tudo de acordo com o planejado. Eu não tenho dúvida que os serviços secretos e os especialistas dos dois países, que se debruçam sobre as políticas do Ocidente, soubessem de antemão que a resposta a uma invasão russa seria de sanções muito severas.

Com efeito, as sanções são severas. Mas, algumas só na aparência, pois o bloco Sino-Russo está bem dotado de meios - desde energia, matérias-primas, capacidade industrial e agricultura - para as aguentar. Pelo contrário, os povos do «Ocidente» e em especial da Europa, são vítimas das decisões dos seus próprios governos. 

Mas, pior ainda, é a catástrofe que já está a abater-se nos países «do Sul», ainda mal refeitos das enormes perdas causadas pelos vários lockdown e pelo corte de meios de subsistência, nos dois anos de «pandemia de COVID». Estes países tiveram de pedir muitos empréstimos para enfrentar a situação e, agora, têm uma incapacidade ainda maior em enfrentar a generalizada subida de preços.  Mas isto não é manchete nos media ocidentais: Mais uma vez, ignoram os problemas que afetam cerca de metade da população do mundo. 

Aconselho as pessoas que me leem a descolar da propaganda de qualquer dos lados mas, sobretudo daquela onde vivem muitos dos meus leitores, nos países ocidentais. Não deixem de olhar criticamente o panorama, o clima que está criado. Sobretudo, não confiem que - qualquer das partes em conflito - transmita informação objetiva. Vejam, antes de mais, o que se passa no quotidiano, notem a repressão sobre todas as ideias e manifestações que vão contra as posições oficiais dos governos: Em tempo de guerra, o que eles chamam democracia, é roupagem dispensável, que é  dobrada, embalada e guardada num armário! 

-------------------- 

* Nota: Em finais de Março, a delegação ucraniana às conversações para um cessar-fogo, na Turquia, fez um volte-face brusco: recusou concessões feitas pouco tempo antes, o que fez com que um cessar-fogo ficasse indefinidamente adiado. Vários observadores pensam que esta mudança resultou de pressões americanas sobre o governo Zelensky. 

NB1: Um artigo de Pepe Escobar dá a dimensão dos desafios que  a Rússia tem de enfrentar. A não perder!

 https://www.strategic-culture.org/news/2022/05/06/megalopolis-x-russia-total-war/

domingo, 13 de março de 2022

CRÓNICA (nº2) DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL - Hipocrisias... que nos podem matar



                                               
ÓDIO CONTRA A RÚSSIA NOS EUA

Hipocrisia 1
Direitos humanos, só para alguns. Aliás, os russos não são humanos...

- Valery Gergiev, é vítima de xenofobia e perseguição por não estar conforme com a narrativa dominante, mas há muitas outras personalidades do desporto, das artes e da cultura, ameaçadas, coagidas a fazer declarações públicas (com as quais podem, ou não, estar de acordo) sob ameaça de perda do emprego: 

- Acumulam-se incidentes, relatos e imagens de ódio contra os russos, contra o povo, contra as pessoas de cidadania russa. São campanhas orquestradas; fazem com que as pessoas extravasem sua frustração e ódio, despejando no objecto [chamado o "bode expitório"] que lhes é designado. Segundo Andrei, do Blog «The Saker», «... Todo esse ódio é lançado não tanto pelos políticos, embora haja muito disso também, mas por corporações (de media)...»
O mesmo se passou com os judeus, na Alemanha de Hitler, com os imigrantes do médio-oriente, em vários países europeus ocidentais e contra outras comunidades, também. A auto-imagem europeia de tolerância, civilidade, respeito pelos direitos humanos, é um mito. 

Análise aprofundada do Arcebispo Católico Msgr. Carlo Maria Viganò sobre a crise Rússia-Ucrânia: "Pluralism and Freedom of Speech Disavowed by Censorship and Intolerance". 

O humanismo deixou de ser considerado o substrato do pensamento político. Klaus Schwab e Davos, são apenas a cabeça emersa da «hidra globalista» que expele a ideologia «transumanista», na realidade, anti-humanista.

- A média ao serviço dos governos ocidentais tem tido um pesado papel na propaganda de guerra. Como diz o entrevistado, Vlad Orlov, 90% das notícias da comunicação social nos países da NATO sobre a guerra na Ucrânia, são falsas. O jogador profissional de basquetebol em Espanha, de origem ucraniana, diz o que tem sido escondido no Ocidente, durante oito anos. 


Mapa-mundi com dados do DoD (ministério da Defesa), com os laboratórios americanos secretos, de investigação em bioarmas.

                                                                  Hipocrisia 2
Violação continuada da Convenção sobre Bioarmas. Laboratórios secretos fabricando patogénicos, em laboratórios da Ucrânia e Geórgia.
 
- Veja a entrevista com a jornalista búlgara independente, Dilyana Gaytandzhieva
- Leia um artigo de Abril de 2018, da mesma autora, Dilyana Gaytandzhieva, sobre as bioarmas americanas:
- Uma análise crítica por  Keith Hartzler sobre as evidências apresentadas pela jornalista búlgara:

- A notícia abaixo, de 9 de Março, deu apenas um apanhado do que se podia saber, nesse momento. Muito mais será revelado, estou certo, mas é um processo moroso, o decifrar informações que estão nos laboratórios ou que ex-trabalhadores dos mesmos fornecem. Estamos a falar da rede internacional, controlada pelos EUA, fazendo pesquisa e desenvolvimento sobre estirpes patogénicas, atividades proíbidas pela Convenção sobre bioarmas.

[15/03/2022] https://www.zerohedge.com/political/tulsi-gabbard-smeared-treasonous-liar-sen-romney-over-ukraine-biolab-concerns A ex-membro da Câmara dos Representantes dos EUA, Tulsi Gabbard (democrata), foi insultada e difamada por Romney (republicano), por ela ter produzido um vídeo apelando para a administração Biden trabalhar com os russos e com outras partes para um cessar-fogo, em ordem a serem destruídos os agentes patogénicos encontrados em laboratórios ucranianos, financiados pelos EUA.

[16-03-2022] Artigo muito bem documentado de Urbano de Campos, sobre os laboratórios sob controlo dos EUA, na Ucrânia. Ele sublinha, com razão, que o problema não se limita à Ucrânia, visto saber-se doutras instalações deste tipo, financiadas e controladas pelos EUA, em especial nos Estados da ex-URSS que fazem fronteira com a Rússia.



Zelensky, na Conferência de Segurança de Munique, obteve aprovação dos presentes (sobretudo de países da NATO) para re-armar a Ucrânia com armas nucleares

                                                    Hipocrisa 3
Aceitação, pelos governos da NATO, que a Ucrânia volte ao «clube nuclear», rompendo com o Memorando de Budapeste.

- O tratado banindo os armamentos nucleares foi assinado e ratificado em Janeiro de 2021, por um número suficiente de países para constituir «Lei internacional», dentro do dispositivo legal da ONU: 
- Porém, em Fev. de 2022, não só não houve objeções, como houve aceitação generalizada pelos participantes da Conferência de Segurança de Munique, quase todos dos países membros da NATO, à proposta do presidente Zelensky, da Ucrânia se munir de armamento nuclear, que poderia imediatamente por em risco a Rússia, visto que seria apoiado pelo Ocidente. Zelensky ameaçou que o memorando de Budapeste fosse unilateralmente denunciado pela Ucrânia; é o mesmo que dizer que, daqui por diante, a Ucrânia vai estacionar, produzir e armazenar armas nucleares. Leia:  
O facto é que, até 1991, a Ucrânia possuiu armamento nuclear. Guarda capacidade logística e peritagem técnica largamente capaz de accionar, hoje uma reativação do programa de armamento nuclear. Recordemos, também, que a Ucrânia mantém várias centrais nucleares em funcionamento o que lhe permite obter plutónio para bombas atómicas. Quanto ao apoio material, não haverá hesitação dos EUA/NATO: 


O embargo dos combustíveis russos implicaria uma espiral dos preços da energia, causando hiperinflação em todo o mundo

                                                       Hipocrisia 4
Sanções para tudo o que seja russo, menos para aquilo que o Ocidente não possa substituir.

Apesar das sanções e do tom muito duro de condenação dos governos da U.E., estes não vão sancionar o petróleo e o gás russo. Assim, só os EUA o fazem. É verdade que não será muito difícil aguentar, na América, sem os 7% de petróleo russo , no conjunto das importações de petróleo americanas. Lembre-se que a América é quase auto-suficiente, devido ao petróleo de xisto. Porém, precisa de comprar ao estrangeiro petróleos de qualidade diferente para as combinações de combustíveis destinados a vários fins. O oleoduto Keystone (que poderia encaminhar petróleo bruto com as característicass desejadas) está bloqueado pela luta dos Primeiros Povos (indígenas), aliados aos ecologistas. Mas, apesar da impopularidade de tal medida, o governo Biden está a equacionar a sua reabertura. Porém, os europeus têm uma dependência conjunta de 40% em média em relação aos combustíveis fósseis (petróleo e gás natural) importados da Rússia. Eles fizeram pressão para que o SWIFT não fosse cancelado para os bancos russos que normalmente têm recebido os pagamentos pelos combustíveis russos:
Mesmo que a Europa começasse a sancionar agora o petróleo e o gás russos, não haveria problema de maior para estes em reorientar as exportações para a China e outros países asiáticos, sempre carenciados em combustíveis.

- As sanções unilaterais do «Ocidente» contra a Rússia são causadoras de graves efeitos colaterais.  Zoltan Pozsar é um ex-membro da FED de Nova Iorque. Num recente artigo de investigação, ele sugere, não apenas o aparecimento da crise colateral de matérias-primas e mercadorias que se está a transformar rapidamente em crise de liquidez. Também, diz ele, esta crise será uma oportunidade para fortalecimento do Banco Central da China (PBOC) emergir, em breve, como o banco central dominante, quando o Yuan, tendo  matérias-primas e mercadorias como garantia, alcançar uma posição de poder indiscutível. Como resultado desta guerra, o Yuan sairá reforçado e o Dólar enfraquecido.

Na guerra económica, as sanções e contra-sanções multiplicam-se. O infográfico seguinte mostra quais as sanções que recaem sobre a Rússia e os EUA, por operações militares no estrangeiro: 

Nesta guerra global, as contradições entre psicopatas podem conduzir a resultados inesperados.

Estão furiosos os oligarcas americanos, como Hillary Clinton, por terem sido sancionados pelo governo russo: 

Os governos dos EUA, o britânico e outros, roubam como vulgares ladrões o ouro dos paises «inimigos». Deste modo, eles estão a queimar a réstea de confiança nas instituições supostamente neutrais, como bancos centrais, o Banco Mundial, o FMI, a OMC, etc. Estão a viabilizar o aparecimento de um sistema distinto, liderado pela China, baseado no petroyuan:  https://www.strategic-culture.org/news/2022/03/17/all-that-glitters-is-not-necessarily-russian-gold/


                                     Manifestação dos nazis em Kiev

                                                    Hipocrisia 5
Ocidente utilizou nazis ucranianos para o golpe de Maidan. Armou e treinou milícias Azov, depois integradas no exército da Ucrânia, na Guarda Nacional. 

Veja o que escrevi sobre o assunto:
Continuando a usar mercenários para fazer a guerra do Império, agora transferem centenas de Jihadistas (Al-quaida, sob vários nomes) estacionados em Idlib, Síria, através da fronteira com a Turquia, para combater os «infiéis»:  

Scott Ritter lembra como foi que os EUA e NATO estiveram desde o príncípio a enquadrar, treinar e equipar o Batalhão Azov, recheado de neo-nazis (não só ucraninanos, de várias nacionalidades): 

Thierry Meyssan aponta as ramificações dos neo-nazis, em todo o exército e aparelho burocrático do Estado ucraniano. Ao nível político, exercem chantagem sobre outros partidos e deputados. Os partidos neo-nazis não conseguem ter mais que cerca de 8-9 % do voto popular, pelo que usam a velha tática de infiltrar e controlar as instituições que mais lhes servem para consolidar o seu poder.

Facebook e Twitter são agentes do imperialismo, o que explica que tenham levantado todas as restrições para a propaganda veículada por grupos de extrema-direita/neonazis, que têm estado a operar na Ucrânia. Utilizam métodos terroristas, desde a extorsão, à tortura, execução sumária, e bombardeamento de zonas civis. Além disso, é agora autorizado fazer ameaças de morte aos russos, através do twitter ou do facebook, sem problemas:



Na imagem acima: Biden filho, viciado em crack e em porno. Membro da administração da Burisma, companhia do sector de energia da Ucrânia. Os oligarcas obtiveram, através dele, acesso a seu pai Joe Biden

                                                          Hipocrisia 6
Utilização da Ucrânia para fazer lucros fabulosos e criminosos por oligarcas, nacionais ou estrangeiros, incluindo Hunter Biden. Aceitação da corrupção e roubo pelos protegidos dos americanos.

Leia, sobre as motivações económicas dos globalistas, aqui: 
Pode-se considerar que a Ucrânia, desde o golpe de 2014, se tornou o «quintal de Kolomoiski»: Este bilionário que vive na Suíça, tem na mão os cordelinhos da política que se faz na Ucrânia. Inclusive, ele não apenas financiou, como transformou o ator Zelensky em Presidente Zelensky. Kolomoiski é um homem que tem uma raiva doentia aos russos, a tudo o que cheira a Rússia. Além de muito rico, usa de todos os instrumentos (legais ou ilegais, inclusive de máfias ao seu serviço) para chegar aos seus fins. Grande parte da «ajuda» ocidental destinada à Ucrânia acabou por ir parar às contas de Kolomoiski.  
O escândalo do filho do Presidente Joe Biden, Hunter Biden - abafado, graças ao pai e ao aparelho do Partido Democrático - com as suas ramificações, constitui um capítulo inteiro da história da Ucrânia pós-Maidan.  

Para mais factos sobre a Ucrânia, veja o documentário Ukraine: The Everlasting Present https://vimeo.com/622363034 (Simona Mangiante Papadopoulos. Attorney and former EU legal advisor.)
-----------------------------------
Cada um destes tópicos irá sendo coberto, ao longo do tempo, com factos e ligações, por mim conferidas. 

Pedido: Espero que me ajudem, assinalando erros, omissões e quaisquer dados desconhecidos, com utilidade para o assunto. 

Obrigado!
MB