terça-feira, 17 de outubro de 2023

FIM AO GENOCÍDIO EM GAZA

Ataque da força aérea israelita a hospital em Gaza fez cerca de 500 vítimas



Foto retirada de https://consortiumnews.com/2023/10/17/israels-official-ethnic-cleansing-program/

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COMUNICADO de Movimento Anti-Racista 

<movimento.antiracista@gmail.com>


Estamos a assistir a um genocídio. Durante esta semana, o regime sionista deu mais um passo em frente no seu plano de completa destruição de Gaza. O povo palestiniano vem-no dizendo há muitas décadas, e revisitando a definição de genocídio que o artigo 6º do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional oferece, é impossível negá-lo. Raz Segal, historiador israelita e professor de estudos do holocausto e genocídio na Universidade de Estocolmo, afirma que “o ataque a Gaza pode ser entendido [...] como um caso clássico de genocídio a desenrolar-se à frente dos nossos olhos.”

Desde o passado sábado, o governo israelita tem prometido dizimar toda uma região com mais de 2 milhões de pessoas, onde metade são crianças, como punição coletiva em resposta às ações do Hamas (o que, também diz o direito internacional, é um crime de guerra). Na segunda-feira, 9 de outubro, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, anunciou que o seu governo iria impor um cerco total em Gaza – “sem eletricidade, sem comida, sem água, sem gás. Tudo fechado.” Já as bombas continuam a cair. Na passada quinta-feira, o governo sionista afirmou que, em seis dias, largou cerca de 6.000 bombas em Gaza. Para comparação, o número de bombas máximo lançadas num ano na guerra do Afeganistão foi um pouco acima de 7.423; durante toda a guerra na Líbia, a NATO confirmou ter mandado cerca de 7.600.

É difícil estimar com certeza números de mortes durante uma carnificina como a que se assiste mas, até à tarde de 15 de outubro, o Ministério da Saúde Palestiniano confirma o assassinato de mais de 2600 pessoas na Faixa de Gaza. Segundo a organização de direitos de crianças palestiniana Defence for Children International, mais de 700 são crianças. Cerca de um milhão de pessoas palestinianas perderam ou tiveram de abandonar as suas casas. Mais de 12 jornalistas foram assassinados em Gaza durante esta semana. A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou também que 14 dos seus trabalhadores foram mortos, e cinco da Cruz Vermelha.

O exército sionista bombardeou a Universidade Islâmica de Gaza, mesquitas, hospitais, escolas – incluindo das Nações Unidas – campos de refugiados, a passagem de Rafah, onde centenas de pessoas palestinianas tentavam atravessar a fronteira com o Egipto — e impedindo a entrada de ajuda humanitária –, redações de órgãos de comunicação social, e inteiros quarteirões de prédios residenciais e pequenos negócios. A Human Rights Watch confirma o uso de fósforo branco por parte do exército, proibido em áreas de grande densidade populacional.

Na quarta-feira, dia 11, a única central elétrica de toda a Faixa de Gaza ficou sem energia. Desde então, profissionais de saúde dependem de geradores para prestar cuidados, incluindo cuidados intensivos e salas de operações.

Ontem, o Estado israelita avisou a ONU que teriam 24 horas para evacuar mais de um milhão de pessoas que vivem no Norte de Gaza. A ONU considerou o ultimato “impossível” de executar, a Organização Mundial de Saúde alerta que é uma “sentença de morte” para todos os pacientes vulneráveis em hospitais. Várias famílias abrem caminho entre destroços e estradas cortadas para se refugiarem no sul, sem fazerem ideia se será seguro ou não (há, neste momento, vários relatos de ataques israelitas contra quem procura fazer esse percurso). Outras organizações, como a Crescente Vermelha, decidem ficar: "Apesar das ameaças da ocupação de bombardear, a decisão foi tomada. Não partimos e não partiremos. Os nossos profissionais de saúde continuarão a desempenhar suas tarefas humanitárias. Não deixaremos as pessoas enfrentarem a morte sozinhas." Também a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) recusa-se a evacuar as escolas onde milhares de pessoas se encontram refugiadas. Algumas pessoas procuraram refúgio fora das suas casas, numa repetição da Nakba, mas estima-se que a maioria das habitantes do Norte de Gaza também tenha decidido ficar.

E, enquanto tudo isto acontece, Estados e instituições europeias e portuguesas solidarizaram-se exclusivamente com um Estado colonial que pratica uma limpeza étnica a todo um povo, enquanto avança um regime de Apartheid na Palestina denunciado pelo povo palestiniano há décadas e reconhecido por organizações internacionais como a Human Rights Watch e a Amnistia Internacional . O primeiro-ministro, António Costa, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foram rápidas a oferecer a sua solidariedade e apoio às vítimas Israelitas, afirmando que “a Europa está ao lado de Israel e do seu povo.” A Câmara Municipal de Lisboa hasteou uma bandeira israelita; a Câmara Municipal do Porto iluminou-se com as cores da sua bandeira; o Parlamento português, assim como o Parlamento europeu, também. Estas ações equivalem a uma carta branca para Israel executar a carnificina anunciada.

Apelamos a uma urgente pressão política que impeça o Estado israelita de continuar a cometer genocídio contra a população de Gaza: exigimos imediatamente um cessar dos ataques do Estado israelita, a entrada de ajuda humanitária em Gaza, proteção da ONU para os palestinianos em Gaza e um embargo de armas ao regime sionista. A nossa posição é clara: este genocídio, a decorrer com a conivência e apoio financeiro da Europa, não é feito em nosso nome.

Assinam este texto:

A Coletiva

Alvorada | Nova Medical School

Associação de Combate à Precariedade - Precários Inflexíveis

Alkantara Associação Cultural

Associação Habita

As Feministas.pt

Bloque Nacionalista Galego - Assembleia de Portugal

Casa é Um Direito

CIDAC

Chão das Lutas

Coletivo Andorinha - Frente Democrática Brasileira em Lisboa

Colectivo de Solidariedade Mumia Abu-Jamal

Colectivo Humans Before Borders

Coletivo pela Libertação da Palestina

Colombina Clandestina

Comité de Solidariedade com a Palestina

Consciência Negra

Cooperativa Mula

Disgraça

Espaço Alkantara

Fado Bicha

Jornal MAPA

KILOMBO – Plataforma de Intervenção Anti-Racista

Manas

MAR - Movimento Anti-Racista

Mbongi67

Mulheres Negras Escurecidas (MNE)

Nossa Fonte - Associação de Intervenção e Difusão Cultural

Palestina em Portugal

Plataforma de Solidariedade com os Povos do Curdistão

Plataforma Gueto

PENHASCO

Por Todas Nós

Revista ECOSSOCIALISMO

Sindicato dos Trabalhadores de Call Center

Sirigaita

Stop Despejos

Zona Franca nos Anjos







segunda-feira, 16 de outubro de 2023

ELEGIA DE RACHMANINOFF (piano - YUJA WANG )




 A Elegia de Rachmaninoff é a música que se apresenta à minha memória, agora, que tenho diante dos olhos a destruição, causada pela estupidez humana. 

 
O seu tranquilo pathos penetra nos poros do espírito e pode aliviar - um pouco - o sofrimento da pessoa sensível. Quem ama verdadeiramente a música, deve sentir compaixão pelo sofrimento alheio. Quem vê a tragédia e se revolta, é alguém que conservou a sua humanidade.
Mas a humanidade estará em extinção? Eu não creio estarmos perante isso, embora estejamos a viver momentos negros da História humana, tal como muitos outros, infelizmente.
Acredito na beleza e no seu efeito no coração dos que tiveram a coragem de afirmar a fidelidade aos valores éticos, por cima dos interesses e das ambições mesquinhas. 

A ARTE DE BURLAR (NEGÓCIO RENTÁVEL E QUASE IMPUNIDADE!)

 

A venda de talismãs, com a suposta propriedade de curas miraculosas, deveria ser interdita. É uma burla evidente que atinge sobretudo pessoas desesperadas.

As associações criminosas especializadas nestes esquemas de abuso são das mais rentáveis e a sua repressão é - na maior parte das vezes -  lenta e ineficaz. 

Abaixo, o link para um inquérito jornalístico português. Este revela muito sobre a corrupção em Portugal, associada com os EUA e outros países*, assim como a ineficácia dos mecanismos judiciais para detetar, incriminar e condenar este tipo de burlas. LEIA, VALE A PENA!


Autor: Diogo Augusto

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*Nota: Estes países incluem  Austrália, Reino Unido, Dinamarca, Países Baixos e Espanha.
No passado, as Ilhas Virgens eram um dos portos seguros das Caraíbas para piratas, traficantes e contrabandistas. Hoje, são os proprietários de contas bancárias com negócios criminosos ou ilegais, que continuam a tradição!


 

sábado, 14 de outubro de 2023

GENOCÍDIO EM DIRETO

10/02/2024: um genocídio que vai manchar a «civilização humanista e democrática do ocidente». Só espero que que este monstruoso ato seja anunciador do fim desta «civilização» em que as pessoas «comuns» são demasiado cobardes e olham para o lado, para não verem as crueldades feitas em seu nome: 

03/12/2023: Um documento de grande importância, a entrevista a Thierry Meyssan. Ele revela o que a mídia mainstream passa sob silêncio, sobre o genocídio em Gaza mas - igualmente - as conivências entre o HAMAS e o governo sionista de Israel. Veja: https://crowdbunker.com/v/qVLJ4sDj

24/11/23: A média corporativa ocidental reproduziu acriticamente a narrativa (falsa) do governo sionista e das forças armadas de Israel, sobre os acontecimentos em 7 de Outubro passado. Leia o artigo do jornal israelita Haaretz
Citação: «According to a police source, the investigation also indicates that an IDF combat helicopter that arrived to the scene and fired at terrorists there apparently also hit some festival participants.»

14/11/23: O próprio governo israelita admite que o objetivo da operação em Gaza é a «limpeza étnica» (uma «nova Nakba»), o que é aliás um crime, segundo a legalidade internacional. Veja o vídeo seguinte:
 
08/11/23: Ron Unz apresenta no seu último artigo ,uma extensa lista de factos que demonstram o total desrespeito do governo e exército israelitas pelos direitos mais elementares dos civis palestinianos, no que são cinicamente apoiados pela classe política ocidental. Esta, fica «horrorizada» por alguns apoiantes da causa palestiniana escreverem graffiti ou rasgarem cartazes pró-Israel. Além do ridículo, eles aproveitam o pretexto, para passar leis liberticidas proibindo quaisquer protestos contra Israel e o sionismo, assimilando-os a antissemitismo.

07/11/23: Não deixe de ver a entrevista de George Galloway a Craig Murray: «Porque estamos escravos de Israel»


06/11/23: Protestos ocorrem nos EUA:


Veja também este vídeo: 

06/11/23 : Veja e oiça o testemunho de uma israelita, objetora de consciência e que os sionistas prenderam por causa da sua posição: https://www.youtube.com/watch?v=rJZse8sPOn8



06/11/23: Philip Giraldi aponta quem são os monstros que se escondem no seio do establishment dos EUA e que conseguem manipular o poder político para os seus criminosos objetivos: 

04/11/23: É necessário conhecer os dados objetivos sobre os mais de 75 anos do conflito Israel/Palestina. Há, infelizmente, poucos jornalistas/analistas, como Barry Kissin, que nos dão a conhecer esses dados: « Understanding the Background of Israel-Palestine: What Is Israel’s “Final Solution”? Final Solution: "All Palestinians either Expelled or Murdered"»

03/11/23: Jonathan Cook escreve um artigo onde revela aquilo que a BBC não nos diz sobre o 7 de Outubro:
 
02/11/23: Leia o artigo de Jonathan Cook: https://www.jonathan-cook.net/2023-11-01/israel-cleanse-gaza/

Os poderes ocidentais viram a cara para o lado, perante a efetivação da limpeza étnica, que tem sido planificada e anunciada, há mais de uma década, por governos de Israel, desde que o Hamas venceu as eleições, em 2007.
A conivência dos EUA, Reino Unido e outros países da OTAN é clara. O resto do mundo olha horrorizado para o genocídio e para o renegar de todos os valores de Direitos humanos, das Convenções da Guerra e outras convenções assinadas pelos mesmos países. 

01/11/23: "Não há pior cego, do que aquele que não quer ver!"
 O provérbio aplica-se a muita gente que segue acriticamente a narrativa da media corporativa. Para se compreender a extensão da «cegueira induzida», é preciso ler o artigo de Mark Crispin Miller «Os DOIS  genocídios de Netanyahu».

31/10/23: Os deserdados da Terra nunca terão acesso a quaisquer considerações humanitárias, já para não falar de liberdade e democracia. Eis a verdadeira face dos genocidas ocidentais. Causam um novo holocausto e chamam «nazis» às vítimas. Leia o artigo de Chris Hedges,  «The Exterminators». 


30/10/23: Fala do obsceno espetáculo do que se passa debaixo dos nossos olhos em Gaza. https://www.youtube.com/watch?v=yxensYM2R40

29/10/23: O artigo de Gareth Porter «The Genocide Moment» coloca a questão pertinente de se abrir um processo contra o governo e Estado de Israel. O que o governo israelita está a fazer em Gaza, preenche os requisitos para ser considerado genocídio segundo a convenção internacional sobre genocídio (da qual Israel é signatário, aliás).

26/10/2023: Dois pesos duas medidas, na Alemanha do chanceler Scholz é proibido mostrar solidariedade pela população palestina de Gaza. Consideram que é «subversivo». Organizações são banidas. Militantes pacifistas são perseguidos. Vejam uma amostra do que se vive, na Alemanha e na Europa dos direitos humanos... (direitos humanos sim, só para alguns).

24/10/2023: Se os meus maiores receios se concretizarem, haverá um massacre/genocídio total em Gaza, enquanto os «ocidentais», muito democraticamente, aplaudem a «única democracia no Médio-Oriente». Também os maiores inimigos de Israel na região, em termos militares (o Hezbollah e o Irão), não vão concretizar suas ameaças, porque Netanayahu os ameaçou com a bomba nuclear: Eles sabem que ele é capaz de concretizar a ameaça.
Temo, portanto, que vá concretizar-se o genocídio - a sangue frio - dumas centenas de milhares de inocentes em Gaza, sob o olhar indiferente, assustado, ou divertido, dos que teriam possibilidade de obrigar o governo de Israel a recuar. Segundo informação credível, já 2000 crianças morreram, em Gaza, sob as bombas israelitas.

25/10/2023: Os sionistas estão realmente a fazer planos para uma operação de limpeza étnica de Gaza e estão a fazer estimativas dos lucros duma operação imobiliária com os terrenos de Gaza.
https://consortiumnews.com/2023/10/25/zionist-think-tanks-blueprint-for-gaza-ethnic-cleansing/

Consultem: 




                             Foto de ataque do exército de Israel em Gaza em 2009

O ponto atual a que chegou o sionismo é o de uma ideologia totalitária, sem qualquer contemplação pela humanidade dos outros. Os palestinianos são constantemente rebaixados ao estatuto de não-humanos. Os sionistas consideram legítimo matar, espoliar, expulsar das suas terras todo um povo. O genocídio é «justificado» pela «animalização» grotesca, tanto do inimigo (movimentos palestinianos armados), como  do povo, dos civis. 



A propaganda penetra tanto mais em camadas do povo de Israel, que este tem sido doutrinado toda a vida como possuindo o estatuto de «povo eleito» e da «superioridade» intelectual e moral dos judeus, sobre todos os outros povos. É um verdadeiro culto «da raça suprema» (supremacismo). Uma visão racializada do mundo e das sociedades é o equivalente da guerra permanente, conflito atrás de conflito. É a antítese dos valores humanistas enformados nos textos da Carta das Nações Unidas, da Declaração Universal dos Direitos Humanos e de toda a arquitetura legal construída desde o fim da IIª Guerra Mundial.

O anti-humanismo de Yuval Harari, professor universitário em Israel e estrela do Fórum Económico Mundial de Davos, está em linha com os interesses de uma elite supranacional, uma elite globalista, que não conhece qualquer obrigação senão à sua busca de cada vez mais poder. Ela despreza os «humanos vulgares», pensa que a população mundial deveria ser reduzida para um oitavo do que é atualmente. Este malthusianismo coincide com a defesa por Harari da «fatalidade» dum mundo dominado por robots, por «híbridos» homens/máquinas, necessários  para servir a «raça» dos senhores. Quanto ao resto do rebanho humano, «há que entretê-lo com drogas e videojogos».

No campo político e humanitário imediato, aquilo a que assistimos em direto, em Gaza, é um genocídio feito com toda a violência, sem consideração alguma pelos seres humanos que lá se encontram. Estou totalmente em sintonia com Jonathan Cook, que vê isso como uma monstruosa operação, tornada possível e apoiada pelas potências Ocidentais. Estas, num instante, esqueceram toda a retórica usada em relação a outros pontos do globo, desmascarando-se naquilo que são, coniventes dos crimes mais horrendos (crime contra a humanidade, genocídio), desde que sejam efetuados pelos seus aliados: Os governantes do Estado que tem mantido o Médio-Oriente a ferro e fogo, desde a sua criação. 

A loucura homicida apoderou-se (ou revelou-se) também de intelectuais de meia-tigela, generais de poltrona e cobardes de toda a espécie, que espezinham quem não se pode defender. Já tínhamos visto este triste espetáculo de degradação do ser humano, mas a escala em que ele agora está a ocorrer no chamado Ocidente, mostra que as pessoas justas e humanistas são silenciadas (espero que não venham a ser «suprimidas» ou «anuladas») pelas cliques mafiosas governantes. 

Quanto ao modo de noticiar, em relação ao suposto «equilíbrio de notícias» sobre crimes de guerra, de um lado e do outro: Enquanto grande parte das notícias sobre os supostos crimes do Hamas está por demonstrar, sendo que algumas dessas notícias já foram demonstradas como falsidades, os crimes dos sionistas são assumidos pelos próprios: Desde a invasão brutal da mesquita de Al-Aqsa, à matança em massa de civis e ao genocídio em direto, diante das câmaras  de TV, da população de Gaza.  Estes crimes , do exército e governo de Israel, são mostrados com orgulho, o que prova que quem os cometeu ou ordenou, considera-se com «legitimidade» para tal. 

Não consigo encontrar - senão recuando ao tempo do IIIº Reich - um exemplo tão flagrante* de  barbárie organizada.

Leia: https://www.globalresearch.ca/israel-palestine-war-blood-gaza-west-hands-much-israel/5836038


Leia o editorial de jornal on-line português https://setentaequatro.pt/noticia/punicao-coletiva-do-povo-palestiniano-e-um-crime-israelita

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*Depois da IIª Guerra Mundial, os países fazendo parte da ONU estabeleceram que uma ação militar punitiva sobre a população civil era um crime de guerra

PS1: Aquilo que a média mainstream nos oculta, vale a pena ler num excerto de artigo de John Helmer (Australiano, correspondente em Moscovo):´

«The Arab-Israeli conflict is the one in which Israel is destroying the remnants of the Palestine state territories of Gaza, the West Bank, and East Jerusalem, and replaces that two-state solution with a single state; that is the Israeli one in which about 7 million Jews restrict about 2 million Arabs in bantustans administered according to an apartheid regime.   

The rules of this Jewish-based order have been fixed in Israel’s constitutional amendment enacted in 2018 as the “Basic Law: Israel – the Nation State of the Jewish People”,    and ratified by the Israeli Supreme Court in 2021.   This adopts the single- state solution expanding territorially by resettlement of the Palestinian territories “as a national value”; and in parallel, combating international opposition to the process by Israeli state operations to “preserve the cultural, historical and religious heritage of the Jewish People among Jews in the Diaspora.”  

By equating Jewish ethnicity and religious faith with nationality of the Israeli state, this constitution eliminates Palestinian, Arab, and Muslim rights with the formula, “the exercise of the right to national self-determination  in the State of Israel is unique to the Jewish People.” The corollary is that any Palestinian exercise of the right to self-determination on the expanding Jewish national territory is illegal, anti-Semitic, and terrorist. Internationally, it is the policy of Israel and its allies to make support for or discussion of Palestinian right to self-determination a thought and speech crime.»


PS2: Os crimes de Estado e de governo de Israel são defendidos por uma retórica racista, impiedosa relativamente à população palestiniana.  Não escondem que pretendem alcançar a «solução final» do problema palestino. Leia

https://www.aaronmate.net/p/the-roots-of-israels-ethnic-cleansing?

«Justifying what he called the “complete siege” of Gaza, Israeli defense minister Yoav Gallant declared that his government is “fighting against human animals.” According to former Israeli Deputy Foreign minister Danny Ayalon, the Israeli plan is to force Palestinians into the “almost endless space in the Sinai desert, just on the other side of Gaza,” where they can live in “tent cities.” Israeli president Isaac Herzog effectively declared that there are no innocent civilians in Gaza, home to “an entire nation… that is responsible.” Invoking the ethnic cleansing of hundreds of thousands of Palestinians before and after Israel’s founding in May 1948, known as the Nakba (“catastrophe”), Ariel Kallner, an Israeli parliamentarian, said that Israel has “one goal”: a “Nakba that will overshadow the Nakba of ‘48.”»


PS3: O crime massivo da força aérea israelita, a um hospital em Gaza, causando mais de 500 vítimas, tem desencadeado uma onda de protestos mundial ainda mais intensa. 

Vários chefes de Estado do Médio Oriente recusaram encontrar-se com Biden aquando da sua ronda na região, por causa do genocídio em curso em Gaza.


                           Biden subindo a escada para o Air Force One

PS4: O contexto do ataque do Hamas de 7 de Outubro passado, é o que a media mainstream nunca esclarece. Lê o artigo «America Returns to the Tar-Baby Middle East» por JAMES DURSO.

PS5: Estamos em plena era de «falsas bandeiras» e de acontecimentos gerados e geridos para obter a adesão emotiva dum público falsamente informado pela media mainstream. 
É o que vai sobressaindo dos factos, que vêm à tona, sobre o ataque das milícias do Hamas e das respostas do governo israelita. 
Este, estava à procura de pretexto para levar a cabo a operação - longamente planeada - de limpeza étnica definitiva. Há muito que queriam «limpar», o que consideram pertencer a Israel, da presença das populações palestinas. 
É possível que o Hamas tenha caído na armadilha estendida pelas  forças de segurança de Israel (MOSSAD), ou que se tenha auto iludido sobre as suas possibilidades de sucesso da operação. 
Há quem levante a hipótese do ataque ter sido instigado por Israel. É verosímil, sabendo-se a história sobre a origem do movimento Hamas, criado e apoiado para diminuir a força da OLP. Recentemente (2019), Netanyahu confessava a seus partidários, que era preciso apoiar e canalizar dinheiro para o Hamas, para quebrar a unidade da resistência palestina.

PS6: Apesar da constante barragem da media corporativa e dos políticos do sistema, a mentira é desmascarada. O ataque do Hamas não se destinava a matar civis. Os civis mortos foram-no pelo IDF (exército israelense), que costuma atirar a matar indiferentemente «terroristas» e os reféns destes. Existe prova testemunhal de uma sobrevivente.
 Leia: «Al-Aqsa Storm was never about killing civilians. It was originally intended to target IDF border outposts, grab a few (preferably military) hostages, and return to Gaza. When IDF resistance collapsed unexpectedly Hamas opportunistically just kept going, looking for military targets and hostages. There were no massacres of unarmed civilians by Hamas. They were under strict orders not to harm civilians. The only large-scale massacres of civilians were by the IDF, whose doctrine is to use overwhelming firepower to annihilate both hostages and hostage-takers (hostages being a political liability). The majority of Israeli civilian dead were killed by the IDF. See: Israeli forces shot their own civilians, kibbutz survivor says. »

PS7: Chris Hedges tem uma longa experiência como repórter de guerra no Médio-Oriente. O que ele diz sobre a cultura de engano, de falsidade, dos responsáveis políticos de Israel não pode ser descartado:

PS8: Não deixe de ler, se ainda não o fez, a excelente peça por CJ Hopkins, «The War on Horror». Há cerca de 3 anos, considerei que o autor era o maior satírico político da atualidade. Mesmo que não aprecie o seu estilo literário, vale a pena ler, porque esta peça é rica em informação à qual normalmente não teria acesso. 

PS9: A violência criminosa do exército de Israel contra Gaza suscitou muito mais do que indignação nos países árabes e muçulmanos. Desencadeou um movimento de unidade e uma série de apoios concretos à frente de resistência palestina. Uma frota de vários países muçulmanos encontra-se ao largo de Gaza. 
Já imaginaram o que isto significa?
- A estupidez e loucura criminosa dos governantes de Israel é a causa do impensável ainda há um mês atrás: Uma frente de unidade árabe e muçulmana (que inclui um país com arma nuclear, o Paquistão). 

REFÚGIO PRECISA-SE [OBRAS DE MANUEL BANET]

  

Perante a desrazão, a fúria destruidora

Tem de haver algo que contrarie a insanidade

Um antídoto contra a estupidez e crueldade

Um refúgio que acolha sem preconceito


Todas as almas doridas, seja qual for sua origem

Seja qual for seu pensamento, religioso ou não

Um abrigo que não questione a nação, a etnia

De cada pessoa que aí chegue e nele se recolha


Eu veria este lugar como um santuário de paz

Talvez situado em vários locais no Mundo

Não seriam somente físicos, tais refúgios

Mas locais de espiritualidade aberta


Apelo a quem tenha vocação verdadeira

Para ajudar na cura dos seus semelhantes

Não sei se já existem locais assim, mas sei

Que há urgência em construir estes refúgios



sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Nota Obituária: jovem cantora de ópera morre com a idade de 25 anos

 A Soprano Patricia Burda Janečková morre aos 25 anos:

https://operawire.com/obituary-soprano-patricia-burda-janeckova-dues-at-the-age-of-25/



Nota de Manuel Banet:

Para além da minha imensa tristeza perante o desaparecimento de alguém com o talento de Patrícia, quero deixar-vos o aviso de que estes cancros são completamente anormais. Somente uma explicação lógica e científica, mas ocultada pelo establishment médico-científico, pode explicar o cancro de Patrícia e de imensas outras pessoas, que morreram ou ficaram muito afetadas, dois anos após tomarem a «vacina» contra o COVID. 

As vacinas baseadas em ARNm são um grande perigo, porque:
1º Fazem baixar as defesas imunitárias,  mesmo que seja de forma transitória. O suficiente, nalguns casos, para deixar que um cancro no seu início, escape à vigilância do sistema imunitário.
2º Os fragmentos de ARNm migram para o interior do núcleo, onde se vão colocar em várias zonas dos cromossomas, alterando a expressão genética, nomeadamente em genes que deveriam estar silenciosos e são ativados, ou em genes que deviam estar ativos, mas são silenciados. 
3º A proteína spike cujo gene (de  origem viral) está codificado na «vacina» ARNm e desencadeia a resposta imunitária (o antigénio que provoca a produção de anticorpos) é, na realidade, muito tóxica: Pode alojar-se numa variedade de tecidos e causar inflamação e uma resposta autoimune. Esta é a causa - que nos é ocultada - da epidemia de inflamação do miocárdio (miocardites), causando morte súbita em atletas e jovens. Note-se que, tanto a PROTEÍNA SPIKE NATURAL /VIRAL, resultante da infeção de COVID, como a proteína resultante da cópia do ARNm da vacina, têm o mesmo efeito.
A continuação da campanha de vacinação em crianças e jovens que, ou são resistentes ao COVID, ou têm uma forma muito leve de infeção (devido ao seu sistema imunitário), é um crime perverso e continua com total impunidade (até agora).
A insistência da Pfizer, da Moderna e de outras farmacêuticas, em usarem a mesma tecnologia de ARNm, para vacinas contra outros agentes patogénicos, é um grande perigo. 

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

CRÓNICA (Nº17) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: QUALQUER QUE SEJA O SEU RESULTADO ...

 ... NO IMEDIATO, O SISTEMA ECONÓMICO E FINANCEIRO MUNDIAL irá sofrer um grande abalo; o «Cisne Negro» tão falado. 

Embora a situação estivesse a ser incubada desde há alguns anos, com a deriva direitista e fundamentalista do governo de Israel, «punindo» os árabes, fazendo incursões constantes na esplanada das mesquitas, em Jerusalém, incluindo no interior da mais importante, a mesquita de Al-Aqsa

O propósito dos sionistas é (desde o princípio da proclamação do Estado de Israel e mesmo antes) expulsar o máximo de árabes, de forma a que o território da Palestina seja exclusivamente povoado por judeus. Este é o seu objetivo declarado. Porém, o mundo árabe está cada vez mais saturado da arrogância do Estado de Israel e compreende que as nações árabes estão em vantagem, se houver unidade entre elas. Mas, quanto às consequências desta guerra, qualquer que seja o seu desfecho, sempre trágico para as vítimas civis palestinianas e israelitas, estas são totalmente previsíveis:

- Uma subida do preço internacional do petróleo

- O acentuar da fratura do mundo em dois blocos assimétricos: o chamado Ocidente, ainda com a maioria do capital financeiro, mas com uma minoria populacional; e os países do Sul, cada vez mais próximos dos BRICS e do eixo Moscovo-Pequim- Teerão    

          

- Um acentuar da inflação alimentar, sobretudo no Terceiro Mundo, e sua maior dependência das exportações de cereais da Rússia. Um aprofundar das relações recíprocas dos países dos BRICS+ e dos países candidatos, ou com boas relações com aqueles.

- A venda, em maior quantidade, de bonds do Tesouro dos EUA, que funcionam como a forma habitual de armazenamento dos dólares, pelos diversos países (a chamada de-dolarização). Estes bonds acabam por ser adquiridos pelo próprio Tesouro dos EUA e/ou pelo Banco central, a Fed, chegando-se rapidamente a uma situação como no Japão; o banco central japonês é o único comprador de bonds do governo. 

A inflação também vai ser maior nos EUA (e restantes países da OTAN). A capacidade dos EUA exportarem a inflação, como o fizeram até agora, vai estar diminuída.

- Vai haver aceleração das trocas comerciais entre países, não usando o dólar. Até agora estavam estes intercâmbios limitados aos países dos BRICS e a outros, sujeitos a sanções brutais pelos EUA. Agora, vai haver muito mais trocas comerciais usando as divisas dos países respetivos e os défices na balança de transações serão compensados por transferências de ouro.

- A crise será mundial e múltipla (económica, financeira, monetária, política e social): Nenhum país ou conjunto de países, sairá vencedor. No entanto, os países que têm algo de sólido a oferecer, como matérias-primas ou produtos industriais, vão sofrer relativamente menos do que os que se financeirizaram, ao longo dos últimos 30 a 40 anos. Estes (EUA, Europa ocidental) já não são viáveis sem a drenagem constante de energia, matérias-primas e força de trabalho dos países do Terceiro Mundo. 

-Se não houver escalada nesta guerra,  que desembocaria fatalmente no uso de armamento nuclear numa fase ou noutra da mesma, o Mundo irá transitar para nova configuração geopolítica, a multipolaridade, o que não significa igualdade entre as nações, mas abre a possibilidade dos mais fracos jogarem com várias hipóteses de alianças.