Só soube agora e fiquei deveras chocado com a notícia sobre a saúde da pianista Alice Sara Ott. Creio que será difícil, no longo prazo, ela continuar com uma intensa atividade de concertista. A esclerose múltipla é uma doença debilitante, que pode deixar as pessoas exaustas, mesmo quando seguem o tratamento adequado.
segunda-feira, 26 de maio de 2025
ALICE SARA OTT - sensibilidade e espiritualidade [Segundas-f. Musicais, nº35]
sábado, 24 de maio de 2025
CONCERTO PARA PIANO DE EDVARD GRIEG - ALICE SARA OTT e Orquestra Sinfónica da Rádio da Baviera
- ALICE SARA OTT e Orquestra Sinfónica da Rádio da Baviera
Edvard Grieg (1843-1907) foi um compositor prolífico, com um reportório de mais de 150 obras, além de ter sido maestro e virtuoso do piano, tendo percorrido a Europa para promover a sua arte. Porém, somente a música de cena da peça teatral de Ibsen, «Peer Gynt», assim como o concerto para piano e orquestra aqui apresentado, são obras muito conhecidas do público.
No Verão de 1868, Grieg escreveu seu concerto para piano, cuja récita de estreia ocorreu em 3 de Abril de 1869 no Teatro Casino de Copenhaga. É uma das grandes obras do reportório romântico. Neste, soam temas de música popular norueguesa. Tem uma refrescante variedade temática protagonizada pelo instrumento solista. Ele trabalhou longamente no concerto, até a um ano antes de sua morte.
Não apenas a maior parte das obras, como também a biografia deste compositor norueguês estão pouco divulgadas. Sofre da «maldição» de certos compositores, que têm uma obra muito popular sendo as restantes relegadas para um apagamento injusto, dada a sua qualidade musical.
segunda-feira, 19 de maio de 2025
MAURICE RAVEL- «ALVORADA DO GRACIOSO» (Segundas-f. musicais nº34)
ALBORADA DEL GRACIOSO pelo Ballet Nacional de España
segunda-feira, 5 de maio de 2025
ANYA ALEXEYEV, PIANISTA FORA DO COMUM (Segundas-f. Musicais Nº 33)
Comecei por adorar o álbum que dedicou às Sonatas de Carlos Seixas.
Depois, explorei os «4 Contos de Fadas», do álbum «The Russian Music Box» que me parecem estar na continuidade da melhor música russa para o piano...
segunda-feira, 7 de abril de 2025
A sonata "Tempestade" de Beethoven, por András Schiff
segunda-feira, 24 de junho de 2024
Fantasia Cromática (Bach): duas abordagens na interpretação (Segundas-f. musicais nº6)
quinta-feira, 9 de maio de 2024
INTEGRAL DOS «IMPROMPTUS» DE FRANZ SCHUBERT ( Chloe Jiyeong Mun)
Chloe Jiyeong Mun atinge - de chofre - o «top» das interpretes, pela sensibilidade e perfeição técnica conjugadas.
Ela oferece as condições para usufruímos da plena sensualidade auditiva e da beleza suprema: O que não é de pouca monta, pois estas peças, ditas «de improviso», são de uma elaboração subtil e de muita exigência técnica. A sua interpretação é, pelo menos, tão excelente como a de outros grandes interpretes que tenho ouvido.
Um prodígio de maestria, para o prodígio da composição de Schubert!
F. Schubert
terça-feira, 2 de abril de 2024
Concerto para Piano No.3, Op.37 de Beethoven (POLLINI/BÖHM)
sexta-feira, 22 de março de 2024
CONCERTO PARA PIANO Nº1 DE FRANZ LISZT
domingo, 10 de março de 2024
HAENDEL, BACH, SCARLATTI compositores que nasceram no mesmo ano, 1685
quinta-feira, 18 de janeiro de 2024
HABANERA por Emmanuel Chabrier (piano: Jorge Federico Osorio)
segunda-feira, 16 de outubro de 2023
ELEGIA DE RACHMANINOFF (piano - YUJA WANG )
quinta-feira, 29 de junho de 2023
CONCERTO PARA PIANO Nº1 DE MENDELSSOHN - YEOL EUM SON
https://www.youtube.com/watch?v=RLHIbskboxo
Yeol Eum Son realiza uma proeza de virtuosismo ao vivo, na execução deste concerto, com a leveza incrível, que faz da audição um fluxo constante de prazer.
Mendelssohn compôs este concerto, assim como a 1º Sinfonia (Italiana), com apenas 22 anos. O otimismo, a energia e o humor desta peça têm sempre, em mim, um efeito tonificante. Não sendo destituído de subtileza, nem de momentos de nostalgia é -no seu todo- uma espécie de «hino triunfal» à vida!
PS: Há um vídeo com a interpretação de Yuja Wang . Os leitores poderão ouvir e comparar, para escolherem a interpretação que mais lhes agrada
terça-feira, 6 de junho de 2023
Yevgeni Sudbin Barcarolle Piotr Tchaikovsky & POESIA [OBRAS DE MANUEL BANET]
sábado, 8 de abril de 2023
MOZART: Concerto nº17 para piano e orquestra (Peter Lang)
Além dos aspetos circunstanciais, este concerto tem muito interesse musical, em si mesmo. Talvez pareça simples, a ouvidos pouco familiarizados com a música de Mozart. Mas, na verdade, este concerto é muito rico em melodias, em variações sobre temas e possui uma orquestração realmente excelente, pois em permanente diálogo com o piano, não se limita a acompanhá-lo.
Penso que é uma obra que exalta o que há de melhor no humano. Alegria e plenitude sobressaem e parece-me não ser indiferente que Mozart tenha escolhido a tonalidade de Sol maior. Como sabemos, as tonalidades eram escolhidas em função de características dos instrumentos (o âmbito, a afinação) mas também tinham valor simbólico: o Sol é o astro diurno e a nota «sol». Por outro lado, o modo maior infunde otimismo. Quando, em certas passagens, há modulação para modo menor, estas apenas põem em relevo o otimismo geral.
Note-se a abundância das cadenzas conhecidas, escritas por Mozart para os vários andamentos deste concerto: Eram opcionais, mas sem dúvida foram usadas, num ou noutro momento, quando o compositor interpretava o concerto, ele próprio. Sabemos que também improvisava novas cadenzas, que seriam magníficas; porém, isso não era assim tão raro: A improvisação das cadenzas era algo que se esperava da parte do solista. Mas a codificação destas, por escrito, só começou a ser usual nos finais do Século XVIII. A cadenza não tinha caráter obrigatório e, por exemplo, Beethoven escreveu uma cadenza de outro concerto para piano, de Mozart.
No romantismo, os concertos para piano tinham a cadenza escrita pelo músico-compositor, mas não era raro o próprio solista utilizar estes momentos para executar uma outra cadenza, da sua lavra.
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(*) Os estorninhos são aves muito comuns, mas muito especiais também. Não só formam bandos enormes, que executam danças espetaculares nos céus, como são capazes de memorizar muitos sons e conseguem distinguir as pessoas pela sua voz.
domingo, 26 de março de 2023
UM BANHO DE BELEZA
domingo, 18 de dezembro de 2022
SCHUMANN: CONCERTO PARA PIANO OP.54 [Martha Argerich & Zubin Mehta ]
Wiener Philharmoniker conducted by Zubin Mehta September 18, 2022 Musikverein, Goldener Saal 00:35 I. Allegro affettuoso 16:00 II. Intermezzo; Andante grazioso 21:50 III. Finale; Allegro vivace Encore: Schumann Kinderszenen Op. 15 34:52 1. Von fremden Ländern und Menschen
sexta-feira, 11 de novembro de 2022
Fantasia Cromática e Fuga BWV 903 de J. S. BACH
Pode acompanhar a audição da peça lendo a partitura no vídeo seguinte:
terça-feira, 6 de setembro de 2022
Prelúdio e fuga Nº. 6, BWV 875 do 2º LIVRO do «CRAVO BEM TEMPERADO»
As peças dos 2 livros do «Cravo Bem Temperado» de J.S. Bach, são bem conhecidas: Não faltam integrais de ambas as recolhas, de entre as quais se podem escolher interpretes e instrumentos ao gosto de cada um.
Porém, uma das caraterísticas fundamentais destas COLETÂNEAS PEDAGÓGICAS é serem exercícios de estilo, de «bom gosto», mais do que meros exercícios de aperfeiçoamento da execução.
Praticamente todas as peças exigem muita destreza e controlo do executante, num ou noutro aspeto. Porém, não são certamente concebidas para exercitar a velocidade. Ora, alguns interpretes caem no erro de executar certas peças, no máximo da velocidade de que são capazes. Com isso, lamentavelmente, desnaturam a musicalidade dos prelúdios e fugas!
É portanto crítico encontrar o andamento adequado para as referidas peças, de modo que possa sobressair sua beleza própria. É importante também o temperamento , quer enquanto sinónimo de afinação do instrumento, quer no sentido metafórico, ou seja do caráter.
A escolha que fiz de interpretações abaixo podem não ser das mais célebres, mas são as que me pareceram mais apropriadas para exprimir o espírito da peça, quer interpretada ao cravo, quer ao piano.
A partitura da fuga, pode ser visualizada AQUI.
sábado, 3 de setembro de 2022
J.S. BACH: PRELÚDIO & FUGA E EM LÁ MENOR BWV 543
Bach regressou a Muelhausen sem noiva e sem o lugar de organista da Marienkirche. Ele demorou-se, porém, muito mais do que o tempo que lhe tinha sido autorizado. Apesar disso, Bach não foi despedido e manteve-se em Muelhausen como organista, até conseguir o mais prestigioso lugar de Mestre-de-Capela do Duque de Weimar.
Mas, afinal, a visita a Buxtehude permitiu que Bach assimilasse, deste e doutros mestres do Norte, o exuberante e luminoso estilo, que transparece nas Toccatas, Fantasias e Prelúdios.
O Grande Prelúdio e Fuga BWV 543 é uma magnífica peça no referido estilo!
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PRELÚDIO & FUGA E EM LÁ MENOR BWV 543
HELÈNE GRIMAUD (piano)