TAMBÉM NO DOMÍNIO DAS DIVISAS DIGITAIS DE BANCOS CENTRAIS SE DESENHA UM FRACASSO
Se no plano militar a Rússia está a conseguir a total derrota do exército ucraniano e a destruição de grande parte do equipamento doado pelos países da OTAN, também no plano financeiro as sanções «devastadoras» do Ocidente em relação à economia russa, ao rublo e às reservas do banco central, têm um efeito boomerang inegável. A economia da Rússia, não só aguentou o embate, como vem melhorando em vários índices, conforme os dados publicados pelo FMI; as economias dos países Ocidentais , em especial as da UE, entraram em profunda recessão, somando crise de desemprego à crise inflacionária e sem fim à vista.
Um outro aspeto de que se fala pouco é a forma como a expulsão da Rússia do sistema SWIFT afetou a própria credibilidade do mesmo sistema; ela propulsionou o desenvolvimento e generalização de sistemas alternativos, como o sistema chinês CIPS. Com efeito, antes da atual situação da guerra OTAN-Rússia, na Ucrânia, os que controlam o sistema SWIFT podiam ameaçar os países ditos «paraísos fiscais» de que - se estes não fornecessem as identidades dos proprietários e os dados das contas albergadas em bancos desses mesmos países - eles corriam o risco de serem desligados do SWIFT. Isso equivaleria então a uma morte financeira desses países. Porém, no presente, as plataformas alternativas ao SWIFT, permitem que esses mesmos países adiram a um sistema interbancário alternativo, limitando muito o potencial prejuízo de se verem desligados do SWIFT.
Assim, a suposta eficácia das moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDC) para o combate da criminalidade económica vai por água abaixo. O bitcoin e outras moedas digitais não estatais, não centralizadas têm ganho com a situação, visto que os seus possuidores percebem que se lhes abre nova oportunidade, em face de tentativas autoritárias e globalistas dos governos e bancos centrais ocidentais. As contas desses paraísos fiscais poderão calmamente ser os locais de transações envolvendo cripto-divisas não-estatais, pois aqueles governos e bancos centrais decididos a vigiar e reprimir as trocas que escapem ao sistema SWIFT, ficarão com a sua eficácia estritamente limitada à «zona SWIFT», enquanto no vasto mundo, outros sistemas monetários, como o dos BRICS+ e o desenvolvimento dos pagamentos usando cripto-divisas não estatais, irão expandir-se.
Será o Ocidente orgulhoso a ficar encurralado no seu sistema monetário e financeiro, enquanto os que ele pretende combater se desenvolverão, livres das coações e sanções económicas devastadoras.
1 comentário:
Here is what Emile Phaneuf of the American Institute for Economic Research writes on the risks of CBDCs:
Risks CBDCs present include the loss of settlement finality that comes with physical cash (as abandoning cash accompanies the push for CBDCs), loss of financial privacy, easy seizure of assets, loss of the ability to resolve problems at a local level with a commercial bank (as it would be doubtful that a central bank would come to be known for its customer service) …
…outright prohibition on spending or purchase limits with certain merchants or on certain products, and (perhaps most importantly) the paradigm shift from money as an exercise of economic freedom to one of social engineering by central banks and their respective governments.
The latter could manifest itself in various ways, including (to name just a few) negative interest rates (essentially a confiscation of one’s savings), the expiry of one’s money (with a date determined by the issuing central bank or its government) — or even discouraging the consumption of products like gasoline, plane tickets or red meat in order to enforce a climate agenda.
(retirado de https://www.zerohedge.com/economics/will-feds-new-digital-payment-system-pave-way-social-engineering)
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