quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024
JACQUES SAPIR: «OS BRICS: EM DIREÇÃO A UMA VIRAGEM MUNDIAL?»
quarta-feira, 29 de março de 2023
EM FRANÇA, OS OPERÁRIOS PÕEM EM CHEQUE A POLÍTICA DE MACRON
https://www.zerohedge.com/markets/strikes-cripple-frances-fuel-supply
As estações de serviço estão a ficar sem gasolina, após 4 semanas de greves e de paralisação das refinarias. Além das operações das refinadoras, as greves também impediram as importações de LNG (liquid natural gas) pois os terminais de importação foram encerrados.
Comentário:
A força e tenacidade dos protestos operários, mostra que a «França de baixo» tem um «raz-le-bol», uma saturação, de aturar a elite corrupta que governa o país, em exclusivo no interesse dos grandes grupos, desprezando não apenas os sentimentos, como as próprias leis, que são a base da República.
As paralisações têm como resultado prático a impossibilidade de vários milhões de franceses irem para férias de Páscoa. Como estão fartos do governo, isto não significa que ficarão maioritariamente contra os grevistas, mas que se vão zangar ainda mais contra Macron e o seu governo.
Este tem reprimido as manifestações e tem inserido elementos provocadores (polícias disfarçados) para «justificar» a repressão. Mas, esta tática não resulta, porque os franceses já têm muita experiência, não se deixam enganar.
A media tem o seu papel de servente do poder, ao apresentar sob o pior aspeto e deformando a realidade, o que se está a passar.
Esta explosão de raiva não foi preparada nem por partidos, nem por sindicatos e deve ter também surpreendido o governo. Mas, os «de baixo» têm vivido nos últimos anos uma constante descida do seu nível de vida. A subida da idade da reforma é, na realidade, a «gota que fez transbordar o vaso».
sexta-feira, 24 de março de 2023
CLIMA DE INSURREIÇÃO E ANÚNCIO DE GREVE GERAL EM FRANÇA
A greve geral anunciada e as manifestações são resultado direto da teimosia de Macron em aumentar a idade da reforma. Os franceses não se deixam intimidar, têm direitos e defendem-nos. É absurdo o presidente fazer isto, senão para provocar os cidadãos. Ele sabe que não há outra contra-reforma que mais congregue os franceses contra o governo.
A ideia de fazer isto com as consequências previsíveis de violência por parte dos manifestantes, constantemente provocados pelas forças de polícia de choque, está em continuidade com as lutas dos «coletes amarelos».
Não se compreende a iniciativa de Macron, a não ser que o seu propósito seja de que a situação se torne muito difícil de gerir, para ele ter pretexto de decretar um estado de exceção, em que poderá legislar por decreto do governo, sem passar pela assembleia dos deputados e pelo senado.
Se o poder em França está apostado em provocar a ira dos franceses, a melhor resposta é mostrar indignação, mas não o que a media chama de «violência dos manifestantes».
Isto é o que o poder quer, para «legitimar» um governo ditatorial, sob pretexto de «repor a ordem».
domingo, 6 de fevereiro de 2022
[Valérie Bugault] A IMPOSTURA TEM DE ACABAR
sábado, 31 de julho de 2021
APP-ESPIÃO «PEGASUS»: ESCÂNDALO ISRAELO-MARROQUINO, COM EFEITOS NA POLÍTICA EUROPEIA
Enquanto veem à tona as implicações sérias de uma espionagem efetuada pelo consórcio Israelo-Marroquino, temos - em paralelo - a criminalização de jornalistas independentes, dadores de alerta, como Julian Assange e agora, também, Craig Murray.*
O Estado (neste caso, UK e USA) está a tornar-se cada vez mais autoritário. Está a assimilar os dadores de alerta a «espiões», criminalizando a revelação de segredos de estado, que porém são falsamente mantidos sob o «segredo defesa», somente para proteger agentes do Estado, da condenação por práticas criminosas.
Entretanto, nada é feito verdadeiramente, para lutar contra ciber espionagem, se ela vem de Israel ou dos EUA, supostamente nações «aliadas»!
*Veja o artigo de Jonathan Cook AQUI.
PS (18-09-2021): O intrusivo app Pegasus foi extensivamente analisado pelo «Citizens' Lab» e veja os resultados, aqui: http://www.informationclearinghouse.info/56795.htm
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
ROUBO DAS PENSÕES DE REFORMA, ESTÁDIO DERRADEIRO DO CAPITALISMO?
Contrariamente ao senso comum, Christine Lagarde, ex-chefe do FMI e nova patroa da BCE, parece ignorar que «não há capitalismo sem capital». Ela deu logo o tom, pouco depois de entrar nas novas funções, ao afirmar: «quanto à perda dos juros dos depósitos (e logo a impossibilidade de poupanças), as pessoas deviam considerar isto muito menos importante do que conservar o emprego». O que está implícito no seu raciocínio, é que os juros convidam as pessoas a manter suas poupanças «improdutivas», nas contas bancárias, por contraste com o investimento em «veículos financeiros» que vão alimentar e dinamizar a economia... Mas isso, é apenas uma falácia, pois os juros mantêm a poupança, esta constitui o mais importante meio de formação de capital, o qual será aplicado em investimento... Sem poupança... não há capital, sem capital... não há investimento, sem investimento... não há capitalismo. Fazem de conta que estão a favorecer a economia produtiva, enquanto estão a limitá-la severamente.
A apropriação dos fundos de pensões, públicos e privados, é a próxima etapa do chamado «reset», pela oligarquia.
terça-feira, 30 de abril de 2019
A OPORTUNIDADE ESCONDIDA NO RESTAURO DE NORTE-DAME
quarta-feira, 23 de janeiro de 2019
GLOBALISTAS REUNIDOS EM DAVOS...
quinta-feira, 22 de novembro de 2018
O MOVIMENTO DOS COLETES AMARELOS EM FRANÇA
Uma onda deste género, aqui, era bem possível, pois as tácticas dos governos da UE são realmente semelhantes, taxas e mais taxas sobre o gasóleo, sobre a electricidade, a água, os produtos alimentares, etc.
Estas taxas têm uma incidência muito maior proporcionalmente nos agregados familiares modestos. Uma taxa sobre o gasóleo é igual para ricos e pobres, mas como para os pobres o gasóleo é uma percentagem importante do total dos seus gastos, ela é fundamentalmente injusta.
segunda-feira, 11 de junho de 2018
QUANDO UMA CIMEIRA FALHADA É SINAL DE RENOVO
segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
UM PAÍS DE OPERETA ...mas eu não PESCO!
terça-feira, 14 de novembro de 2017
GENOCÍDIO NO IÉMENE, AMEAÇAS DE GUERRA, INDIFERENÇA DO OCIDENTE
http://www.presstv.com/Detail/2017/03/24/515487/Yemen-civilians-Saudi-war-UN
Nem sequer ligam à ONU, presidida por António Guterres, que tem feito vários avisos sobre a fome que alastra no Iémene e sobre a impossibilidade de auxílios alimentares e médicos chegarem ao seu destino. Fosse esta situação invertida, ou seja, os agressores serem do campo «inimigo» (Irão, Xiitas, etc.) haveria uma enorme berraria e uma onda de indignação, aliás muito justa, mas que não ocorre neste caso.
http://www.bbc.com/mundo/noticias-internacional-40352779
http://charleshughsmith.blogspot.pt/2017/11/mideast-turmoil-follow-oil-follow-money.html
Acusar alguém de corrupção num país onde qualquer negócio é fechado, apenas e somente, na condição do beneficiário «pagar» os bons serviços dos que o viabilizaram... é apenas um pretexto de baixa política, para impedir qualquer conspiração contra o poder absoluto do príncipe, por parte dos numerosos potenciais herdeiros do trono e, por outro lado, ajudar a minorar o enorme rombo nas finanças, que a guerra do Iémene e a simultânea descida do preço do petróleo causaram.
segunda-feira, 8 de maio de 2017
UM NÃO-MANIFESTO PELO PRESENTE
No presente, existe uma profusão de ruído que impede muita gente de ver o que importa mais. São impedidos, pela gritaria propagandística, de se concentrarem na realidade. Estamos sempre a ser atordoados por ribombantes declarações, brilhantes manifestos, doctíssimas teses...
domingo, 23 de abril de 2017
LE JOUR D'APRÈS - ELEIÇÕES FRANCESAS
Como tenho chamado repetidas vezes a atenção, estas eleições são apenas a encenação conveniente para a continuação da ditadura disfarçada de democracia, a qual - aliás - não é exclusiva da França....
Os oprimidos só se poderão libertar, se estiverem capazes de se auto-organizar em redes horizontais, reivindicando os seus direitos, fazendo pressão permanente para os arrancarem aos que comandam o Estado e o capital.