Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.
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quarta-feira, 29 de março de 2023

EM FRANÇA, OS OPERÁRIOS PÕEM EM CHEQUE A POLÍTICA DE MACRON

 https://www.zerohedge.com/markets/strikes-cripple-frances-fuel-supply



As estações de serviço estão a ficar sem gasolina, após 4 semanas de greves e de paralisação das refinarias. Além das operações das refinadoras, as greves também impediram as importações de LNG (liquid natural gas) pois os terminais de importação foram encerrados.

Comentário:

A força e tenacidade dos protestos operários, mostra que a «França de baixo» tem um «raz-le-bol», uma saturação, de aturar a elite corrupta que governa o país, em exclusivo no interesse dos grandes grupos, desprezando não apenas os sentimentos, como as próprias leis, que são a base da República. 

As paralisações têm como resultado prático a impossibilidade de vários milhões de franceses irem para férias de Páscoa. Como estão fartos do governo, isto não significa que ficarão maioritariamente contra os grevistas, mas que se vão zangar ainda mais contra Macron e o seu governo. 

Este tem reprimido as manifestações e tem inserido elementos provocadores (polícias disfarçados) para «justificar» a repressão. Mas, esta tática não resulta, porque os franceses já têm muita experiência, não se deixam enganar. 

A media tem o seu papel de servente do poder, ao apresentar sob o pior aspeto e deformando a realidade, o que se está a passar. 

Esta  explosão de raiva não foi preparada nem por partidos, nem por sindicatos e deve ter também surpreendido o governo. Mas, os «de baixo» têm vivido nos últimos anos uma constante descida do seu nível de vida. A subida da idade da reforma é, na realidade, a «gota que fez transbordar o vaso».