O OURO DOS BANCOS CENTRAIS

O ouro que está à guarda dos bancos centrais, na Europa, pertence ao respectivo povo. Não pertence ao governo, não pertence ao Banco Central Europeu (BCE), nem à Comissão de Bruxelas. É preciso reafirmá-lo neste momento, pois os governos querem usá-lo na guerra contra a Rússia. Uma guerra que não conta com o apoio da maioria do povo europeu. Os governos procuram a guerra para não ter de prestar contas da sua gestão catastrófica das economias. A guerra serve para disfarçar a bancarrota; esta pode facilmente (e falsamente) ser atribuída à guerra.
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

GREVE GERAL A 11 DE DEZ. EM PORTUGAL CONTRA POLÍTICA LABORAL

 

Manifestações e concentrações estão previstas em vários pontos do país


[DO JORNAL MUDAR DE VIDA:]

Perante uma plateia de empresários da banca e do sector exportador (Millennium Portugal Exportador), o primeiro-ministro proferiu, no início de dezembro, uma discursata, tão cínica como patética, com o propósito de enaltecer as virtudes do novo pacote laboral, demonstrar a visão política do Governo e desmerecer as razões da greve geral convocada justamente contra esse mesmo pacote. Para ilustrar a bondade da sua política, lançou para o ar promessas de subida vertiginosa dos salários e de progresso económico que ninguém de bom senso (a começar pelos representantes patronais) leva a sério – como ninguém levou a sério as proverbiais promessas de bacalhau a pataco dos políticos da Primeira República.

A greve geral tem motivações políticas, como acusou Montenegro?

É claro que sim. A natureza das alterações à legislação laboral está bem identificada: um ataque às já escassas defesas dos trabalhadores e das organizações sindicais contra a arbitrariedade patronal. Se Montenegro tem toda a razão em ver na greve geral uma resposta política contra a conduta do Governo, mais razão têm os trabalhadores em ver nas propostas do Governo uma motivação política, da parte do poder e do patronato, para os reduzir a uma massa de gente sem capacidade de reacção. O sentido da greve geral é político por ser uma resposta de classe da parte dos trabalhadores a uma ofensiva igualmente de classe da parte do patronato e do governo que o serve.


CONTINUAÇÃO DO ARTIGO DO JORNAL MUDAR DE VIDA: 

https://www.jornalmudardevida.net/2025/12/09/nao-o-governo-nao-vive-numa-bolha/

sexta-feira, 24 de março de 2023

CLIMA DE INSURREIÇÃO E ANÚNCIO DE GREVE GERAL EM FRANÇA

 



A greve geral anunciada e as manifestações são resultado direto da teimosia de Macron em aumentar a idade da reforma. Os franceses não se deixam intimidar, têm direitos e defendem-nos. É absurdo o presidente fazer isto, senão para provocar os cidadãos. Ele sabe que não há outra contra-reforma que mais congregue os franceses contra o governo. 

A ideia de fazer isto com as consequências previsíveis de violência por parte dos manifestantes, constantemente provocados pelas forças de polícia de choque, está em continuidade com as lutas dos «coletes amarelos». 

Não se compreende a iniciativa de Macron, a não ser que o seu propósito seja de que a situação se torne muito difícil de gerir, para ele ter pretexto de decretar um estado de exceção, em que poderá legislar por decreto do governo, sem passar pela assembleia dos deputados e pelo senado.

Se o poder em França está apostado em provocar a ira dos franceses, a melhor resposta é mostrar indignação, mas não o que a media chama de «violência dos manifestantes». 

Isto é o que o poder quer, para «legitimar» um governo ditatorial, sob pretexto de «repor a ordem».