Tenho estado a acompanhar as diversas peripécias deste movimento, que se auto-organizou e levou a cabo uma série de bloqueios desde sábado passado (dia 17) e que irá continuar num novo momento alto no próximo sábado 24.
O que reclama este movimento? Ele está a exigir maior justiça fiscal visto que os franceses das classes laboriosas, sofrem um punção fiscal excessiva. A faísca que fez desencadear o movimento foi a criação da taxa carbono, que irá penalizar os que se deslocam em carros movidos a diesel. Mas na realidade, este movimento exprime o desespero da classe média, que não vê qualquer melhoramento substancial do seu dia-a-dia e compreende que o governo de Macron, com lindas palavras e algumas medidas insignificantes, quer reforçar a exploração das classes laboriosas, sobretudo através de taxas, que se tornam mais facilmente dissimuláveis no meio dos aumentos causados pela inflação.
Note-se o impacto que esta contestação está a ter durante toda a semana, em França, e o pouco que é noticiado e comentado nos media portugueses.
Uma onda deste género, aqui, era bem possível, pois as tácticas dos governos da UE são realmente semelhantes, taxas e mais taxas sobre o gasóleo, sobre a electricidade, a água, os produtos alimentares, etc.
Estas taxas têm uma incidência muito maior proporcionalmente nos agregados familiares modestos. Uma taxa sobre o gasóleo é igual para ricos e pobres, mas como para os pobres o gasóleo é uma percentagem importante do total dos seus gastos, ela é fundamentalmente injusta.
Uma onda deste género, aqui, era bem possível, pois as tácticas dos governos da UE são realmente semelhantes, taxas e mais taxas sobre o gasóleo, sobre a electricidade, a água, os produtos alimentares, etc.
Estas taxas têm uma incidência muito maior proporcionalmente nos agregados familiares modestos. Uma taxa sobre o gasóleo é igual para ricos e pobres, mas como para os pobres o gasóleo é uma percentagem importante do total dos seus gastos, ela é fundamentalmente injusta.
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