Após o escândalo da IPSS (Instituição Pública de Solidariedade Social) «Raríssima» rebentar, veio-se a saber que o ministro Vieira da Silva ...
... foi vice-presidente da assembleia geral da associação, que tinha como missão apoiar a investigação e tratamento de doenças raras, cujo financiamento -público e privado - tem sido descurado. Muito boa intenção, só que esta intenção serviu como capa para uma vida de luxo e de privilégio da presidente da IPSS, Paula Brito Costa.
Tudo o que um ministro nestas circunstâncias deveria ter feito, mesmo tendo ordenado um inquérito a todos os aspectos suspeitos da gestão desta associação, era - no mínimo e logo de seguida -demitir-se:
- Pois se ele estivera, porventura com a maior das boas intenções, associado aos corpos gerentes desta IPSS, o inquérito que ordenou está - à partida - sob suspeita caso ele continue a ser o ministro da tutela que ordenou este mesmo inquérito.
- A segunda questão é a de que qualquer pessoa de bem, se está envolvida num escândalo deste género, ao demitir-se de uma posição de poder poderá ser sujeita a inquérito, a ser questionada como arguido, inclusive, pois quem não deve não teme. Mas neste país de opereta, não se pode sequer imaginar que isto aconteça. São os poderosos a escudarem-se nas suas imunidades para fugirem a que as suas ações passadas sejam inquiridas. Ora, quem não deve, não teme! Por isso, qualquer pessoa de consciência tranquila, que tenha um cargo de responsabilidade e que esse cargo confira imunidade a inquérito em caso de investigação criminal, como é o caso, deve - em boa ética - demitir-se desse cargo.
É nestas «pequenas» coisas que se vê que a política em Portugal é simplesmente a de um país neo-colonial, onde os verdadeiros donos «disto tudo» se estão nas tintas para a «honra» dos que eles comandam na sombra. São como os bonecreiros que comandam marionetas articuladas com fios; não têm que se ralar com a integridade moral das marionetas que manipulam por detrás do pano.
Para cúmulo, no mesmo dia, venho a saber que o país foi metido à má fila numa estrutura militar criada no âmbito da UE, sem discussão de qualquer espécie, nem sequer a nível parlamentar, tendo o governo «desprezado» anunciar ao país que Portugal era agora membro do PESCO.
Ou seja: a vocação deles - governo, primeiro-ministro, presidente da república - é de baixar a cerviz aos poderes que comandam a UE, de facto, ou seja ao dueto franco-alemão (Macron/Merkel)... Isso é suficiente, na mentalidade deles.
Para quê esclarecer os «parolos», eles até votam segundo a cor dos emblemas ou da aparência física ou da simpatia e calor humano que eles simulam em «banhos de povo»...
Nunca se viu tanta sobranceria face ao povo, tanta servilidade face aos poderes estrangeiros, tanta gula, tanta corrupção, tanta cobardia...
Mas isto que importa??? Não importa nada! «Portugal» (na verdade a sua «elite política e económica» ou seja, a casta oligárquica e mafiosa que nos desgoverna) é o eterno «bom aluno», o eterno colonizado pelos mais «desenvolvidos», agradece humilde e ainda pede por mais...por outro lado, o «bom povo português» continua alheado de tudo, incapaz de compreender devido à lavagem ao cérebro permanente da media corporativa, espalhando incultura total em termos cívicos.
A situação é mantida em proveito exclusivo da casta parasitária de cavalheiros e damas ... raríssimas!!!!!!!!!!!