Porque razão os bancos centrais asiáticos estão a comprar toneladas de ouro? - Não é ouro em si mesmo que lhes importa neste momento, mas é a forma mais expedita de se livrarem de US dollars!!
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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

UM PAÍS DE OPERETA ...mas eu não PESCO!

Após o escândalo da IPSS (Instituição Pública de Solidariedade Social) «Raríssima» rebentar, veio-se a saber que o ministro Vieira da Silva ...
             

... foi vice-presidente da assembleia geral da associação, que tinha como missão apoiar a investigação e tratamento de doenças raras, cujo financiamento -público e privado - tem sido descurado. Muito boa intenção, só que esta intenção serviu como capa para uma vida de luxo e de privilégio da presidente da IPSS, Paula Brito Costa.     

Tudo o que um ministro nestas circunstâncias deveria ter feito, mesmo tendo ordenado um inquérito a todos os aspectos suspeitos da gestão desta associação, era - no mínimo e logo de seguida -demitir-se:
- Pois se ele estivera, porventura com a maior das boas intenções, associado aos corpos gerentes desta IPSS, o inquérito que ordenou está - à partida - sob suspeita caso ele continue a ser o ministro da tutela que ordenou este mesmo inquérito.
- A segunda questão é a de que qualquer pessoa de bem, se está envolvida num escândalo deste género, ao demitir-se de uma posição de poder poderá ser sujeita a inquérito, a ser questionada como arguido, inclusive, pois quem não deve não teme. Mas neste país de opereta, não se pode sequer imaginar que isto aconteça. São os poderosos a escudarem-se nas suas imunidades para fugirem a que as suas ações passadas sejam inquiridas. Ora, quem não deve, não teme! Por isso, qualquer pessoa de consciência tranquila, que tenha um cargo de responsabilidade e que esse cargo confira imunidade a inquérito em caso de investigação criminal, como é o caso, deve - em boa ética - demitir-se desse cargo.
É nestas «pequenas» coisas que se vê que a política em Portugal é simplesmente a de um país neo-colonial, onde os verdadeiros donos «disto tudo» se estão nas tintas para a «honra» dos que eles comandam na sombra. São como os bonecreiros que comandam marionetas articuladas com fios; não têm que se ralar com a integridade moral das marionetas que manipulam por detrás do pano.

Para cúmulo, no mesmo dia, venho a saber que o país foi metido à má fila numa estrutura militar criada no âmbito da UE, sem discussão de qualquer espécie, nem sequer a nível parlamentar, tendo o governo «desprezado» anunciar ao país que Portugal era agora membro do PESCO. 
Ou seja: a vocação deles - governo, primeiro-ministro, presidente da república - é de baixar a cerviz aos poderes que comandam a UE, de facto, ou seja ao dueto franco-alemão (Macron/Merkel)... Isso é suficiente, na mentalidade deles. 
Para quê esclarecer os «parolos», eles até votam segundo a cor dos emblemas ou da aparência física ou da simpatia e calor humano que eles simulam em «banhos de povo»... 

Nunca se viu tanta sobranceria face ao povo, tanta servilidade face aos poderes estrangeiros, tanta gula, tanta corrupção, tanta cobardia... 
Mas isto que importa??? Não importa nada! «Portugal»  (na verdade a sua «elite política e económica» ou seja, a casta oligárquica e mafiosa que nos desgoverna) é o  eterno «bom aluno», o eterno colonizado pelos mais «desenvolvidos», agradece humilde e ainda pede por mais...por outro lado, o «bom povo português» continua alheado de tudo, incapaz de compreender devido à lavagem ao cérebro permanente da media corporativa, espalhando incultura total em termos cívicos. 

A situação é mantida em proveito exclusivo da casta parasitária de cavalheiros e damas ... raríssimas!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

DEFESA: UM DEBATE PELA SOCIEDADE CIVIL QUE TARDA

                      Infographic: The EU's Biggest Standing Armies | Statista

Clemenceau dizia (ou é-lhe atribuído) que «os assuntos da defesa são demasiado sérios para serem deixados nas mãos dos militares». 
A constante choramingueira sobre os mauzões que são os eurocratas, quando se está a beneficiar directamente do sistema instituído, por exemplo, ao nível do Parlamento Europeu, torna a «esquerda» portuguesa particularmente pouco credível. 
Querem uma participação na UE, «ma non troppo»... enfim!

Com seu anti-militarismo e pacifismo de fachada, apenas, mas não querendo que os seus próprios adeptos e simpatizantes percebam o papel que os eleitos dos partidos de «esquerda» desempenham no sistema institucional bruxelense, só lhes resta fazerem - eles próprios - o black-out de notícias. 
Nada mais fácil! Não se fala disso, não se coloca ninguém a falar no parlamento ou fora dele, não se enche nenhuma tribuna de opinião, nenhuma coluna de jornal partidário, com tal assunto!

                         EU Creates New Defense Pact to Reduce Dependence on US

Foi assinado o protocolo de criação da PESCO em Bruxelas, no passado dia 13 de Novembro. 
A PESCO é um importante passo, dado por 23 países, para forças armadas integradas europeias, em complementaridade, mas fora do controlo da NATO. 
Não aderiram a este pacto a Grã-Bretanha, Dinamarca, Malta e Portugal.
Os países mais furiosamente pró-americanos e pró NATO, na UE são, além da Grã-Bretanha que está em vias de sair, Portugal e a Dinamarca. 
A Dinamarca tem detido o lugar de secretário-geral da NATO, posto que não é meramente honorífico e que implica que os senhores do Império confiam plenamente nestes vassalos. 
Quanto a Portugal, é um caso de mera venalidade da sua «classe» política, a qual se tem contentado com as «migalhas» que lhe são atiradas (não ao povo português), pelos que comandam ao nível supremo (acordo da Base das Lages, nos Açores), ou pelos seus mandatários em Bruxelas (a «Comissão Europeia» é um conjunto de burocratas não eleitos, inteiramente fiéis aos grandes grupos económicos europeus e transatlânticos).

A PESCO tem como objectivo reduzir os diferentes sistemas e equipamentos militares presentes ao nível regional. Também está vocacionada para fornecer treinos conjuntos aos quadros militares. 
A criação de capacidades de coordenação próprias irá permitir que os exércitos europeus levem a cabo operações de forma autónoma, ou em coordenação com a NATO. Esta, formalmente, apoia o projeto, pois vê aí um meio de reforçar as capacidades dos exércitos europeus, parte integrante da Aliança Atlântica.