sexta-feira, 11 de abril de 2025
PHYLLIS BENNIS: TRUMP, NETANYAHU E A LÓGICA GENOCIDA DE ISRAEL
quinta-feira, 10 de abril de 2025
PREPARAM RESGATE DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO... E A PRÓXIMA GUERRA CONTRA O IRÃO
....PREPARAM A PRÓXIMA GUERRA, DESTA VEZ CONTRA O IRÃO.
(Esclarecimentos nos 2 vídeos abaixo)
quarta-feira, 9 de abril de 2025
CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL, Nº 42: A TEMPESTADE TARIFÁRIA, OS MERCADOS E AS ALIANÇAS
segunda-feira, 7 de abril de 2025
A sonata "Tempestade" de Beethoven, por András Schiff
domingo, 6 de abril de 2025
REFLETINDO SOBRE CULTURA, SABEDORIA E SABER TÉCNICO-CIENTÍFICO
Se fosse tão fácil medir a concentração de sabedoria, como a concentração de riqueza num país, veríamos que certos países, desprezados como «atrasados», estão muito melhor equipados nesta qualidade - a sabedoria - que outros.
Infelizmente, a dissociação entre sabedoria e saber, entre sabedoria e poder, tem vindo a aumentar.
As zonas europeias, cujo desenvolvimento científico e técnico se adiantou ao resto do Mundo, a partir do Século XVI, formando o núcleo da modernidade, com suas descobertas, invenções e aplicações técnicas, produziram a 1ª Revolução Industrial (desde cerca de 1700, até ao presente).
Igualmente, produziram armamento mortífero em quantidade e qualidade superiores às doutros povos, incluíndo civilizações florescentes e requintadas, como a China ou a Índia.
A partir daqui e até agora, a dominação económica, política e militar foi mantida pelo chamado «Ocidente». Este, passou a incluir países que - embora na órbita geopolítica anglo-americana (como a Austrália, a Coreia do Sul, o Japão) - não são ocidentais do ponto de vista da Geografia.
Porém, em termos de civilização, os países ocidentais possuem uma enorme fragilidade. Apesar de traços muito negativos, como a colonização, o tráfico de escravos e sua exploração, manifestavam-se outros traços, como a abertura, modernidade, tolerância relativa, os avanços científicos e tecnológicos, que foram e são ainda o motivo principal para outros povos - mesmo não aceitando o seu domínio - reconhecerem e admirarem vários dos seus frutos. Igualmente, verificou-se que elites governantes em nações não-ocidentais, foram educadas com valores semelhantes ou idênticos aos das elites do Ocidente.
A incapacidade de muitas pessoas comuns - e mesmo dos intelectuais - nos países ocidentais, se elevarem acima de uma visão do mundo centrada nas suas próprias raízes, tradições e valores, deve-se a uma arreigada visão racista do que seja a cultura, o valor do intelecto, da espiritualidade, etc. É frequente pensarem em termos semelhantes aos de seus antepassados, quando estes colonizavam povos e nações noutros continentes (África, Ásia, América Latina), sendo a extensão desses impérios coloniais múltiplas vezes a da área geográfica da própria metrópole colonial. Depois destes países terem perdido as suas colónias, alguns ficaram com uma espécie de «orgulho ferido», por terem «sido roubados» esses territórios coloniais à sua nação. No caso de Portugal, a incapacidade em compreender a inevitabilidade da independência das colónias africanas (Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angol, Moçambique) e asiáticas (Macau, Timor-Leste), constatei-a em contactos tidos com várias pessoas.
É surpreendente que Portugal, um país tão atrasado, tão cheio de analfabetos, tivesse tanto orgulho em «possuir» estes territórios, que supostamente lhe pertenciam porque os «conquistou»... Na verdade, o espírito do colonialismo mais atrasado, mais retrógado, que sacrificou o próprio desenvolvimento da metrópole para manter essas colónias durante a longa guerra colonial, sem qualquer esperança de ser ganha pelo exército colonial, não desapareceu inteiramente de certos indivíduos, incluindo de membros de gerações que não conheceram o tempo da guerra colonial.
A perpetuação desta visão, completamente distorcida da realidade, tem permitido que uma extrema-direita autóctone, com óbvios laivos racistas, se pavoneie nas ruas (e agora também no parlamento), na indiferença dos «democratas» arrumados, endinheirados, que hoje e amanhã são capazes de fazer coligações com esta extrema-direita. Isto, porque existe muita incultura, mesmo nas pessoas com diplomas universitários: Existe um vazio enorme - um quase silêncio - sobre o que foram, verdadeiramente, para os povos colonizados, os séculos em que Portugal foi a potência colonial. Há mesmo (falsos) intelectuais que se dedicam a branquear a imagem do colonialismo português, supostamente «mais brando» que o dos outros potentados europeus.
Este complexo colonial tem efeitos graves na mentalidade de muitas pessoas. Estas, não são cultas mesmo que o aparentem: Exibem um complexo de superioridade racial, óbvio ou semi-disfarçado; uma ignorância total das contribuições dos outros povos e das personalidades notáveis destes outros povos para o desenvolvimento espiritual, científico e artístico, da humanidade no seu todo; incapacidade prática em dialogar com pessoas oriundas doutras culturas; o desprezo pela humanidade dos 4/5 da população mundial; uma total contradição com a matriz espiritual do cristianismo, a religião e berço cultural da qual esses indivíduos, quase todos, se reivindicam.
A persistência deste complexo tem relação com a forma deturpada como lhes é ensinada a História do seu país, assim como das regiões colonizadas pelos portugueses. Tem também relação com o dogmatismo característico dos ignorantes; aqueles que menos sabem sobre um assunto, são os que falam mais sobre ele, que dão a ilusão (aos ingénuos) de possuírem uma vasta cultura e de terem estudado aprofundadamente o assunto!
É minha convicção de que será necessário as gerações mais jovens descolarem das narrativas efabuladas e enganadoras sobre o passado do seu país, que aprendam os factos, buscando em boas e diversas fontes. Só assim estes jóvens podem ter um papel construtivo no Mundo de hoje/amanhã.
Os que estiverem bem equipados cientificamente, mas não do ponto de vista da sabedoria, terão menos hipóteses de ser aceites e apreciados, em trabalhos de equipa. Pelo contrário, os que tiverem abertura maior às outras culturas, a outras espiritualidades, todas elas dignas e representativas da riqueza da humanidade, não serão marginalizados, serão bem acolhidos e terão experiências gratificantes, como muitos de nós tivemos.
TRUMP, 2 DE ABRIL, EUA: DIA DA LIBERTAÇÃO... PARA QUEM???
Segundo Peter Schiff, o dia "da libertação " de Donald Trump vai ser o começo de um período extremamente penoso para os consumidores dos EUA, de aprofundamento da crise de solvência das contas públicas, de aceleração da inflação americana e de escassez de bens e matérias-primas no mercado americano.
Mas não será necessariamente assim para o resto do mundo. Será fácil para as economias que exportavam para os EUA bens de consumo, reorientarem-se para outros mercados, incluindo os dos países emergentes. Haverá também mais capitais disponíveis para investir nestas economias. Se os países emergentes não imitarem os americanos, taxando tudo e todos indiscriminadamente, vão melhorar a sua posição na competição mundial. Seria irónico mas muito justo, que - afinal - este dia (2 de Abril de 2025) da imposição de tarifas alfandegárias pelos EUA, fosse O DIA DA LIBERTAÇÃO DO MUNDO* DA PARASITAGEM DOS ESTADOS UNIDOS SOBRE AS ECONOMIAS DOS PAÍSES EXPORTADORES.
(*Dentro de um ano, a 02 de Abril de 2026, penso que já estaremos em condições de fazer um primeiro balanço do efeito dessas medidas na economia dos EUA e no Mundo)
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PS1: Prof. Warwick Powell considera aas tarifas uma prenda para a China e os BRICS. Veja AQUI
PS2: Um americano com muita experiência vivida na China explica-nos porque as subidas tarifárias não poderão atingir os objetivos pretendidos por Trump:
https://herecomeschina.substack.com/p/america-underestimates-the-difficulty
sexta-feira, 4 de abril de 2025
QUANTO MAIS GRAVES AS ATROCIDADES EM GAZA, MAIS SILENCIOSA É A BBC [JONATHAN COOK]

