The History of the Pianoforte - A Documentary by Eva and Paul Badura Skoda
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
Segundas-f. musicais (nº30): HISTÓRIA ILUSTRADA DO FORTEPIANO
quarta-feira, 15 de maio de 2024
Como a sonata mais famosa de Beethoven é MAL interpretada
Sonata No.14 "Quasi una fantasia" Op.27 No.2
A peça mais icónica de Beethoven no imaginário popular, não é aquilo que se pensa.
As interpretações estão - em geral - mais influenciadas pelo título «romântico» (inventado por um poeta em 1840, depois da morte do compositor em 1827), do que pela realidade musical e pelas indicações do próprio compositor, sobre o caráter, o ritmo e a utilização do pedal.
Não percam esta lição em duas partes: Vão ter tanto prazer como eu tive, ao descobrir que esta peça - que de tão executada, se tornara enfadonha - afinal, tem imensas riquezas por descobrir!
[Aconselho acionar as legendas automáticas, sobretudo para quem não tem um perfeito domínio do inglês]
terça-feira, 2 de abril de 2024
Concerto para Piano No.3, Op.37 de Beethoven (POLLINI/BÖHM)
quarta-feira, 6 de setembro de 2023
O QUE É O ROMANTISMO?
1821 - 1867
Épigraphe pour un livre condamné
Lecteur paisible et bucolique,
Sobre et naïf homme de bien,
Jette ce livre saturnien,
Orgiaque et mélancolique.
Si tu n'as fait ta rhétorique
Chez Satan, le rusé doyen,
Jette ! tu n'y comprendrais rien,
Ou tu me croirais hystérique.
Mais si, sans se laisser charmer,
Ton oeil sait plonger dans les gouffres,
Lis-moi, pour apprendre à m'aimer ;
Ame curieuse qui souffres
Et vas cherchant ton paradis,
Plains-moi !... sinon, je te maudis !
sábado, 28 de maio de 2022
[Yeol Eum Son] FANTASIA EM DÓ MAIOR DE SCHUMANN
Fig.1 : Estátua em memória de Beethoven, em Bonn
Que relação existe entre a célebre Fantasia para piano em dó maior, de Robert Schumann e a estátua em memória de Beethoven, em Bona?
Cito o artigo correspondente de Wikipedia:
«The piece has its origin in early 1836, when Schumann composed a piece entitled Ruines expressing his distress at being parted from his beloved Clara Wieck (later to become his wife). This later became the first movement of the Fantasy.[1] Later that year, he wrote two more movements to create a work intended as a contribution to the appeal for funds to erect a monument to Beethoven in his birthplace, Bonn. Schumann offered the work to the publisher Kirstner, suggesting that 100 presentation copies could be sold to raise money for the monument. Other contributions to the Beethoven monument fund included Mendelssohn's Variations sérieuses.
The original title of Schumann's work was "Obolen auf Beethovens Monument: Ruinen, Trophaen, Palmen, Grosse Sonate f.d. Piano f. Für Beethovens Denkmal". Kirstner refused, and Schumann tried offering the piece to Haslinger in January 1837. When Haslinger also refused, he offered it to Breitkopf & Härtel in May 1837. The movements' subtitles (Ruins, Trophies, Palms) became Ruins, Triumphal Arch, and Constellation, and were then removed altogether before Breitkopf & Härtel eventually issued the Fantasie in May 1839.
The work was dedicated to Franz Liszt, who replied in a letter dated June 5, 1839: "The Fantaisie dedicated to me is a work of the highest kind – and I am really proud of the honour you have done me in dedicating to me so grand a composition. I mean, therefore, to work at it and penetrate it through and through, so as to make the utmost possible effect with it."
The Beethoven monument was eventually completed, due mainly to the efforts of Liszt, who paid 2,666 thaler, the largest single contribution. It was unveiled in grand style in 1845, the attendees including Queen Victoria and Prince Albert, and many other dignitaries and composers, but not Schumann, who was ill.»
Yeol Eum Son é uma pianista Sul Coreana de grande fama e brilhante carreira, que tenho vindo a acompanhar ao longo dos anos. Esta sua interpretação da célebre Fantasia de Schumann é de longe a minha preferida, das interpretações a que tenho acesso através do Youtube. A sua leveza, a subtileza da expressão tem, para mim, uma técnica que exalta as belezas escondidas desta peça. É o mais próximo da perfeição que consigo imaginar.
domingo, 20 de dezembro de 2020
A NONA SINFONIA NOS 250 ANOS DO NASCIMENTO DE BEETHOVEN
https://www.youtube.com/watch?v=GWe2-0SGmRU
Prom 18: Beethoven Cycle -- Symphony No. 9, 'Choral' Symphony No. 9 in D minor, Op. 125 1 - Allegro ma non troppo, un poco maestoso 2 - Scherzo: Molto vivace -- Presto 3 - Adagio molto e cantabile -- Andante moderato -- Tempo primo -- Andante moderato -- Adagio -- Lo stesso tempo 4 - Recitative: (Presto -- Allegro ma non troppo -- Vivace -- Adagio cantabile -- Allegro assai -- Presto: O Freunde) -- Allegro molto assai: Freude, schöner Götterfunken -- Alla marcia -- Allegro assai vivace: Froh, wie seine Sonnen -- Andante maestoso: Seid umschlungen, Millionen! -- Adagio ma non troppo, ma divoto: Ihr, stürzt nieder -- Allegro energico, sempre ben marcato: (Freude, schöner Götterfunken -- Seid umschlungen, Millionen!) -- Allegro ma non tanto: Freude, Tochter aus Elysium! -- Prestissimo, Maestoso, Molto Prestissimo: Seid umschlungen, Millionen! Anna Samuil soprano Waltraud Meier mezzo-soprano Michael König tenor René Pape bass National Youth Choir of Great Britain West-Eastern Divan Orchestra Daniel Barenboim, conductor Royal Albert Hall, 27 July 2012
Não deixe de ler sobre a hipocrisia da sociedade que se diz «democracia liberal» NO ARTIGO DE IAN FANTOM «Beethoven in the Age of Endarkenment»
Escreve o autor:
« Sob o "lockdown", as pessoas podem ser presas e sujeitas a pesadas multas, apenas por levarem a cabo seus negócios habituais, as opiniões de peritos médicos sobre a «pandemia» não podem ser expressadas na media social, sem o risco de serem banidas. No Reino Unido, estamos a deslocar-nos cada vez mais para um governo por decreto e para a censura estalinista, que lhe está associada.»
terça-feira, 20 de outubro de 2020
A 250 ANOS DO NASCIMENTO DE BEETHOVEN
Valentina Lisitsa - Sonata nº17 Op. 31 No.2 «A Tempestade» [*]
A 250 anos do nascimento de Beethoven, estou um bocado triste. Porque me parece que a cultura europeia, da qual ele é um expoente, está em franca involução, para não dizer que se tornou um pálido e fantasmagórico reflexo da civilização centrada no continente europeu.
Se isto significasse que a mesma civilização está a definhar, mas que outras civilizações se ergueram entretanto e tomaram a dianteira, óptimo! Não sou eurocêntrico, nem na cultura, nem no resto.
Mas, para grande pena minha, verifico que existe uma preocupação maior em cultivar a música europeia, dita clássica ou erudita, nos países do extremo-oriente asiático, do que -propriamente - em países ditos «ocidentais». Estes incluem EUA, Canadá, Austrália, Brasil... ex-colónias britânicas, espanholas, francesas e portuguesas.
O movimento de destruição dos vestígios do passado, a que se tem assistido nos EUA, impulsionado por forças obscuras, em franca contradição com supostas filiações ideológicas (**), não nos deixa agoirar nada de bom para o futuro deste país e doutros. Muitos têm estado sob influência e tentam imitar tudo o que vem dos EUA.
Durante mais de meio século, nos EUA e na Europa Ocidental, foi-se propagando, porque convinha aos poderes, uma cultura de irresponsabilidade, de promoção/sedução da juventude, com intensa propaganda comercial de toda a ordem, da música mais abastardada, aos adereços de moda, erigidos em padrão identitário geracional. Com isso, os senhores do poder, não apenas reservavam lucros fáceis, como alimentavam a ilusão dos jovens estarem a manifestar irreverência, revolta, e não a consumir determinados produtos.
A promoção dessa «cultura jovem» pelos mesmos que eles odiavam e desprezavam, enquanto burgueses exploradores... deveria tê-los feito sobressaltar. Mas, estas formas inócuas de manifestar suas diferenças, estavam radicadas somente num sentimento de frustração, sem uma análise das causas profundas das disfunções sociais, na sua base.
O triunfo, além Atlântico, da visão anti-classista, anti-progressista, que consiste em arrumar as pessoas em categorias estanques, faz o jogo dos poderosos. Além de dividir o povo em inúmeras categorias identitárias (falsas), impede-os de ver a realidade em frente: muito poucos se interrogam «em que consiste realmente a opressão e que origem tem essa mesma opressão?»
Os que dominam o discurso da media, querem que as pessoas, incluindo as mais esclarecidas, fiquem confusas. Impõem o discurso deles, a narrativa deles, excluindo ou distorcendo - até à caricatura - qualquer outra visão e análise que entre em contradição com a sua propaganda.
Estamos já num universo totalitário. O totalitarismo dito «soft» da nossa época, consiste em deixar os dissidentes discursar no quase vazio, na ausência de meios para difundir sua mensagem: bem podem falar no «Speakers Corner» de Hyde Park, ou algo equivalente, no universo da Internet, mas... o grande público nunca os ouvirá, pois está colado/condicionado ao que consideram «bonito» (cool), ou na moda (trendy). Estão condicionados pelos que controlam as «redes sociais» (social networks) e grandes empresas de comunicação (media mainstream). Ambas são propriedade de um número muito pequeno de multi bilionários.
Estar «fora de moda», gostar realmente de Beethoven e de outros, é - hoje - uma forma real de dissidência. Porque, para se apreciar música clássica, deve-se ter aperfeiçoado a sua instrução musical e continuar a fazê-lo. Além disso, é preciso cultivar o conhecimento, não apenas dos sons, como do contexto civilizacional que os produziu. Ter este comportamento durante a vida inteira, não é um capricho de seguir uma moda.
As pessoas ignorantes do passado, em todos os sentidos, são as mais manipuláveis, pois os poderes podem facilmente iludi-las. O aligeirar da história, da filosofia e mesmo da língua, enquanto expressão rigorosa e subtil dos pensamentos e sentimentos, tem-se verificado nos programas do ensino básico e secundário. Isto é demonstrativo de que a cultura, a verdadeira, a viva ... é correctamente percebida como um perigo pelos poderosos.
Se eu fosse compositor, escreveria uma sinfonia: Uma sinfonia que começasse com um instrumento solo, por exemplo uma flauta, para se irem juntando outros instrumentos, variando e transformando, até ao infinito, o tema do início.
Faria empréstimos a grandes compositores do passado: não disfarçaria a utilização dos seus temas, evocando-os enquanto homenagem aos mestres do passado e às épocas em que viveram.
Num tempo destes, é revolucionário preservar o passado, sob todas as formas, em todas as artes!
Manuel Baptista
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[*] Para mim, é impossível escolher uma peça de Beethoven, sem sentir que estou a fazer injustiça a várias outras, que são, no meu gosto subjectivo, tão notáveis e tão preciosas como a que escolhi.
(**) Nem Martin Luther King, nem Malcom X, nem Franz Fanon, nem Marx, nem Bakunin, nem Malatesta, nem Gramsci...etc. nada têm a ver com isso!
sábado, 26 de setembro de 2020
[HUMOR] Bernard Haller «O PIANISTA»
Monólogo sobreposto à «Sonata ao Luar», a célebre composição de Beethoven (que sua alma me perdoe!)
Aliás, não é realmente Beethoven e a sua composição, que Bernard Haller critica e ridiculariza ...
Bernard Haller acompanha, no vídeo seguinte, Florence Foster-Jenkins na célebre ária mozartiana da Rainha da Noite, da Ópera «A Flauta Mágica».
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
[MITSUKO UCHIDA] 5º CONCERTO PARA PIANO DE BEETHOVEN («IMPERADOR»)
É por demais conhecida a história (ou lenda?) de que Beethoven terá inicialmente dedicado a obra ao imperador dos franceses, Napoleão Bonaparte. Quando Beethoven se apercebeu de quem era na verdade Napoleão, liquidador da liberdade dos povos, o compositor riscou o nome do imperador na página de dedicatória e inscreveu a frase: «em comemoração de um grande homem» deixando no vago quem era esse «grande homem» ...
É esta a história que contam, não sei se foi assim ou não.
O próprio nome «Imperador» foi dado por Cramer - o editor inglês das obras de Beethoven - não pelo próprio compositor. É, não obstante tudo o que se conta, uma das grandes obras do romantismo nascente, tal como a Eroica (3ª Sinfonia de Beethoven).
Eu consigo abstrair os elementos circunstanciais - tanto do Concerto o «Imperador», como da Sinfonia «Eroica» - porque não são simples obras de circunstância.
Ambas as obras são atravessadas pelo sopro de uma inspiração generosa e liberal do homem que, além de génio musical, era coerente: Ele nunca renunciou às suas convicções liberais, como o demonstra a 9ª Sinfonia, escrita perto do fim da sua vida, sobre poema de Schiller.
Curiosamente, Beethoven compôs uma obra de circunstância, essa bastante medíocre. Uma sinfonia foi encomendada a Beethoven para comemorar Wellington, o vencedor na batalha de Vitória (1813, Espanha) e, mais tarde, retomada para comemorar a batalha definitiva de Waterloo (em 1815). Provavelmente, ele não se empenhou muito na sua feitura. A obra está quase esquecida: nunca se ouve em salas de concerto. Quanto a gravações em disco, apenas se pode encontrar a «sinfonia esquecida» em colecções integrais da obra de Beethoven.
Beethoven está muito acima dos imperadores e ditadores de sua época e de todas as épocas... a sua música sublime resiste ao tempo e pode ser apreciada pelas sucessivas gerações.
Mitsuko Ushida e a orquestra de Saito Kinen sob a direcção de Seiji Ozawa, são perfeitas na interpretação do 5º Concerto.
quarta-feira, 5 de agosto de 2020
Beethoven Triple Concerto
sábado, 18 de julho de 2020
VALENTINA LISITSA: Sonata «Patética» de Beethoven
Sonata nº8 em Dó menor, Op. 13. «Patética»
Por isso, escolho sempre os melhores interpretes, como Valentina Lisitsa, para usufruir plenamente da poesia heróica (a poesia do romantismo ascendente) que se desprende das sonatas de Beethoven.
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
segunda-feira, 17 de setembro de 2018
VALENTINA LISITSA INTERPRETA BEETHOVEN e TCHAIKOVSKY
De Tchaikovsky, interpretado por Lisitsa, deixo-vos a «Barcarolle», peça que corresponde a Junho, no ciclo das «Estações».
sexta-feira, 12 de janeiro de 2018
CONCERTO PARA VIOLINO DE BEETHOVEN INTERPRETADO POR MAXIM VENGEROV
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Maxim Vengerov plays Beethoven Violin Concerto in D major op. 61
14th International Henryk Wieniawski Violin Competition: Special Concert of Maxim Vengerov: 'And yet he will play!' Poznań, 23 October 2011 Venue: A. Mickiewicz University Auditorium TV Production / Realizacja telewizyjna: Robert Ćwikliński Maxim Vengerov -- violin Poznań Philharmonic Orchestra conducted by Marek Pijarowski J. Massenet - Meditation from opera "Thais" (encore)