terça-feira, 5 de abril de 2022

LUTA ENTRE BLOCOS MAS UM MODELO COMUM DE TECNOCRACIA



 Veja no link abaixo a conversa entre James Corbett e Iain Davies sobre «A Nova Ordem Mundial e como a ela nos podemos opor»

https://off-guardian.org/2022/04/04/watch-iain-davis-on-the-new-world-order-and-how-to-oppose-it/


Comentário : 

Se os protagonistas desta conversa têm razão, muito pouco se poderá fazer para proteção  contra tal tecnocracia totalitária pois a sua forma de domínio vai tomar controlo  sobre nossos corpos. 

Creio que, se eles estiverem corretos, só  haverá lugar para outro modo de vida nas margens: 

- Ou dentro da sociedade tecnologizada como «cyber-punks», 

- Ou fora das zonas onde reina o novo modelo de sociedade, junto de povos que sempre viveram próximo do limiar da sobrevivência, ignorados, com seu modo de vida ancestral, relíquias antropológicas anteriores às sociedades globalizadas pela ciberbiotecnocracia.


segunda-feira, 4 de abril de 2022

COMO NÃO CAIR NAS ARMADILHAS DAS NARRATIVAS DOS OUTROS?


Dizem que nós somos muito mais bem informados do que as gerações anteriores. Na realidade, apenas temos facilidade de acesso a certas informações, na ponta dos dedos, sobre um teclado de computador ou «smartphone».

A informação está condicionada nos diferentes níveis, a começar pela possibilidade de pesquisa, até à nossa capacidade discriminativa, ou de sabermos avaliar a sua relevância para o assunto que nos interessa. Poucas pessoas têm consciência da sua própria autoilusão. Ela leva-nos a reforçar informações vindas do campo que é o nosso, ou com o qual temos maior afinidade.

Seria fastidioso enumerar aqui, por que razões considero que a liberdade de informação é tão central para a liberdade individual e coletiva. Sem ela, a capacidade de interpretar o real e, portanto, de agir sobre ele de uma forma ou de outra, está vedada na prática.

Agitação não é ação. Esta última, pode estar confinada, pode não se dar a conhecer abertamente. Pode ser uma influência. Quanto à agitação, é apenas «folklore» político, o qual é um instrumento de uns e outros na contenda pelo poder. Por isso, a «liberdade» de fazer manifestações e outras formas consentidas de protestar, é apenas uma ilusão que os poderosos «concedem» às massas.

O problema é sempre - essencialmente - o mesmo: quem controla quem. As pessoas que se julgam capazes de decisões esclarecidas, estão quase sempre iludidas. Não existe real decisão esclarecida, autonomia, posicionamento adulto sobre quaisquer assuntos, sem um acesso à informação não filtrada, que possa ser veiculada pelos mais diversos emissores. Sobretudo, é fundamental ter-se acesso a várias grelhas de leitura, produzidas por vários pensadores, diversos protagonistas, por pessoas que têm algo a dizer, porque tiveram experiência e refletiram sobre a mesma.

Não há nada disso. Há «sound bytes» que são produzidos pelos que estão «mais próximos dos microfones mediáticos» e que, muitas vezes, são quem os controla, de uma forma ou doutra. Chegámos a um ponto, no chamado «Ocidente» EM QUE É MELHOR PARA A SANIDADE MENTAL, não ser exposto à informação mediática e a boa parte da «alternativa», porque se trata somente de condicionamento.

Algumas vezes, tento imaginar como será a visão do mundo dum animal doméstico, um cão ou um gato. São capazes de interpretar corretamente uma série de posturas, vozes, atitudes, mensagens corporais, especialmente dos seus donos. A sua capacidade de conhecimento verdadeiro prova que é possível conhecer sem ser ATRAVÉS DE DISCURSO, DE NARRATIVA, DA LINGUAGEM «RACIONAL».

Sinto como um «handycap», não poder realmente descolar do aspeto discursivo, que me fornece informação sobre o mundo e sobre mim-próprio (até sobre os meus sentimentos íntimos) mas, ao mesmo tempo, espalha uma espécie de nevoeiro, de miragem causada pela ambiguidade intrínseca dos discursos. Demasiadas vezes nos esquecemos de que existe uma impossibilidade de fazer corresponder, de forma linear, a descrição de algo com a coisa descrita.

O nosso cérebro deve estar treinado, desde muito cedo, a operar a transição do «mundo verbal» para o «mundo dos objetos» e vice-versa. 
Talvez, no futuro, a grande chave para a educação resida nisto: Compreender os mecanismos da linguagem humana. Isto tem de incluir o saber-se como os vários veículos de mensagem (os media) distorcem, subtilmente, de várias maneiras, os conteúdos e as suas conotações.

PS1: Veja como a media ocidental tem estado a fazer mera propaganda, na guerra da Ucrânia, denunciado por jornalista holandesa independente, que se encontra no Donbass.

sábado, 2 de abril de 2022

CRÓNICA (nº5) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: UM RESET PODE ESCONDER UM OUTRO.



China, maior produtor de bens industriais; Rússia, maior exportador de matérias-primas

A exigência russa de pagamento em rublos, das exportações de combustíveis (gás e petróleo) para países «não-amigos», anunciada esta semana pelo Presidente Putin, tem de ser equacionada em relação com a tomada dos ativos do Banco Central da Rússia. Lembro que esta medida dos EUA/NATO, no início de Março deste ano, foi talvez a mais extrema das sanções dos ocidentais, visto que o banco central detém reservas, que são parte integrante do património da nação russa. Acresce que, no caso vertente, os países que decretaram a operação de «congelamento» (na prática, é roubo), nem sequer estavam em guerra formalmente com a Rússia.
De qualquer maneira, a continuação das exportações de energia russa para países claramente hostis, capazes dum ato que se pode classificar de pirataria financeira, é surpreendente. Estavam reunidas as condições de «Force Majeure»: Por ter deixado de haver a mínima garantia de pagamento dos compradores, a parte vendedora tem legitimidade para interromper ou cancelar o contrato. Com efeito, a Rússia pode legitimamente recear, a partir deste momento, que os pagamentos efetuados em euros ou dólares, sejam bloqueados em contas bancárias russas nos países ocidentais, ficando sujeitos a confisco. Lembremos como os EUA arbitrariamente, há bem pouco tempo, em relação aos ativos do Banco Central do Afeganistão à guarda de bancos nova iorquinos, confiscaram metade destes, enquanto a outra metade foi destinada a «assistência humanitária» (mas não administrada pelo estado afegão).
O facto da Rússia continuar as entregas de gás à Europa, nestas circunstâncias, apenas com a condição de serem pagas em rublos, poderá ser vista como uma medida para que, no futuro, os europeus da NATO e a Rússia, possam reatar um relacionamento normal.
Quanto ao facto dos europeus serem confrontados com a obrigação de comprar rublos para adquirir o gás russo, não deveria ser visto como mais escandaloso que a obrigação (desde há meio-século!) de comprarem dólares para adquirir petróleo, vendido exclusivamente em dólares pelos sauditas e por outros no Médio-Oriente.
Note-se que esta medida - pagamentos em rublos - não foi tomada de maneira irrefletida. Aliás, ela tem consequências de longo prazo. Os dirigentes da Rússia inspiraram-se, com certeza, no acordo celebrado em 1973, entre Kissinger e o rei da Arábia Saudita, pelo qual o pagamento do petróleo saudita seria em dólares US, exclusivamente. Em compensação, era dada total proteção militar pelos americanos aos sauditas. O resultado prático nessa altura, foi a consolidação do papel internacional do dólar e o nascimento do petrodólar.
Agora a Rússia é o principal exportador de combustíveis fósseis no Mundo. A Rússia tem condições para exigir que eles sejam pagos na sua divisa, em rublos. Os russos têm apenas o controlo sobre sua moeda nacional, não podem ter a garantia de que os dólares, euros, yens, etc., depositados nas suas contas em bancos estrangeiros, não sejam confiscados. Os europeus e os americanos, mostraram-se muito pouco respeitosos da soberania doutros Estados e das normas internacionais por que se devem reger, incluindo a intangibilidade das reservas de países terceiros colocadas à sua guarda. Lembro os casos da Venezuela, Líbia, Iraque, Irão, Afeganistão: Tratou-se de confisco de bens financeiros e de ouro; medidas unilaterais e, portanto, assimiláveis a pirataria financeira.
No futuro, teremos um conjunto de trocas comerciais em divisas dos respetivos países. Já estão em vigor acordos entre a Índia e a Rússia, usando rupias e rublos, ou entre a China e a Rússia, usando yuan e rublos. Muitos outros países serão favorecidos e protegidos da ingerência dos ocidentais, se fizerem suas trocas comerciais nas respetivas divisas. A diferença de saldos nas exportações de dois países, caso exista, pode ser resolvida de várias maneiras. Uma delas, que não implica divisas de terceiros, é proceder ao ajuste com correspondentes quantias em ouro.
Se este sistema vier a consolidar-se, mais de metade da humanidade não ficará sujeita à ditadura do dólar. Este vai ficar cada vez mais confinado a circular dentro dos EUA. A sua circulação, ao nível internacional, será sobretudo com países mais próximos - politicamente - dos EUA.
O facto do rublo ser emitido por um país tão rico em matérias primas, exportador de combustíveis, de metais e de cereais, é um facto insofismável. Goste-se, ou não dos russos e do seu governo, o facto é que este país tem imensas riquezas que tem exportado para todo o Mundo.
Se uma parte do Mundo, a Europa ocidental, se nega a comprar aos russos o gás natural, será esta a sofrer. Será uma espécie de autopunição. A parceria total entre a Rússia e China faz com que aquela tenha garantido o mercado chinês de combustíveis, que, aliás, tem estado em plena expansão. Não será difícil para a Rússia, reorientar para a China as exportações de gás destinadas à Europa ocidental.
As sanções unilaterais, com o pretexto da invasão da Ucrânia, são uma grande hipocrisia e um tiro que saiu pela culatra aos EUA/NATO. Vários têm dito que a Ucrânia foi empurrada a fazer graves provocações à Rússia, sendo falsamente apoiada por «garantias» ocidentais. A invasão do Leste e Sul da Ucrânia pela Rússia, foi uma operação limitada, por decisão prévia de Putin e do governo russo. Os comentadores que não querem ver isso, que estão sempre a clamar que a Rússia falhou militarmente, estão somente a fazer propaganda, não dizem a verdade.
Esta situação vai-se desenvolver em sentido contrário ao que desejavam os EUA. Estes, desejavam criar uma armadilha, como um novo «Afeganistão», desta vez na fronteira europeia da Rússia. Mas o palco deste confronto, não está sequer limitado à Ucrânia. O palco, é o Globo inteiro.
Estão envolvidos todos os países, porque se está a dar uma mudança tectónica geoestratégica, desde as economias nacionais e regionais, às rotas comerciais, e aos abastecimentos em energia e matérias-primas. Em suma, o que está em causa é o redesenhar da configuração do Mundo.

Um comboio (de Reset) pode esconder um outro!


Estamos a assistir a um "Great Reset" e ao instalar duma "Nova Ordem Mundial". Simplesmente, este não é o Great Reset para o qual as elites de Davos trabalhavam, mas um outro Reset, que tem como protagonistas o Eixo Euro-Asiático e muitos outros países, mais virados para a cooperação com eles, do que com as potências «Ocidentais», associadas a um passado colonial e neocolonial.

PS1: Importantes decisões do Kremlin foram tomadas, em relação à conversão das divisas estrangeiras, possuídas pelos cidadãos russos. Estabeleceu o governo russo, que estas podiam ser convertidas em ouro ou outros metais preciosos ao preço corrente dos mercados. Agora estabeleceu um preço fixo de ouro a 5000 rublos por grama de ouro, valor um pouco abaixo do mercado internacional. Isto significa que um banco russo pode vender o ouro ao banco central por esse preço, é um preço de garantia. Porém, o significado disto é muito mais importante, pois está a dar uma garantia, em ouro, ao valor do rublo. O rublo poderá agora ser equivalente ao ouro, dentro da Rússia. A internacionalização virá numa fase posterior. Uma divisa garantida pelas abundantes matérias-primas e que pode ser trocada por ouro a um câmbio fixo, eis a definição da nova moeda de reserva mundial.

                                                 Putin visita depósito de ouro


PS2 : Vale a pena ler na íntegra o artigo muito rigoroso e lúcido de Ellen Brown, autora célebre nos EUA. Ir para: The Coming Global Financial Revolution

PS3: Mais que um «Bretton Woods III» estamos a assistir a um total renovo das bases sobre as quais se vão processar, daqui por diante, as trocas comerciais e fluxos de capitais entre países: 
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 VER:

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial_13.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial_0396436697.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial_24.html

sexta-feira, 1 de abril de 2022

DAYDREAM: THE LOVIN SPOONFULL




 O maravilhoso grupo - com o seu criativo compositor e vocalista John Sebastian - fez voar e  sonhar toda uma geração de adolescentes, da qual eu fiz parte. Foi uma profusão de criatividade, da qual Woodstock foi apenas o vértice.

Esta minha publicação deve ser entendida como algo diferente de um suspiro nostálgico  de alguém que olha em retrospetiva para esses anos, porque quero no presente afirmar que a nossa utopia - de real emancipação da sociedade do dinheiro e da ganância - realmente fez a diferença. Foi assim, porque todos nós acreditávamos no Amor.

Letra

What a day for a daydream
What a day for a daydreamin' boy
And I'm lost in a daydream
Dreamin' 'bout my bundle of joy

And even if time ain't really on my side
It's one of those days for takin' a walk outside
I'm blowin' the day to take a walk in the sun
And fall on my face on somebody's new-mowed lawn

I've been havin' a sweet dream
I been dreamin' since I woke up today
It's starrin' me and my sweet thing
'Cause she's the one makes me feel this way

And even if time is passin' me by a lot
I couldn't care less about the dues you say I got
Tomorrow I'll pay the dues for droppin' my load
A pie in the face for bein' a sleepy bull toad

And you can be sure that if you're feelin' right
A daydream will last long into the night
Tomorrow at breakfast you may prick up your ears
Or you may be daydreamin' for a thousand years

What a day for a daydream
Custom-made for a daydreamin' boy
And I'm lost in a daydream
Dreamin' 'bout my bundle of joy

terça-feira, 29 de março de 2022

QUANDO A CENSURA SE TORNA PARTE DA «GOVERNANÇA GLOBAL»

 Já se sabe que há uma censura cada vez maior nas chamadas redes sociais, nas plataformas controladas pelos gigantes tecnológicos. Existe também uma íntima relação destas empresas globais com o governo, em particular, o dos EUA. Estão criadas as condições para um controlo totalitário. 

Esse controlo exerce-se até em relação ao que foi produzido no passado. Nos regimes totalitários Estalinismo, Nazismo... ou na ficção de George Orwell «1984», o passado era reescrito ao sabor das conveniências da clique no poder. 

Chris Hedges viu todas as suas produções em vídeo serem eliminadas. Tinha acumulado vídeos com entrevistas de toda a espécie, não apenas a políticos, como a figuras da cultura, etc. Todo esse trabalho e documentação foi apagado pela Google (proprietária do Youtube). 

Isto parece uma punição por aquilo que Chris Hedges pensa, uma perseguição indiscriminada, mas é precisamente aquilo que os regimes totalitários costumam fazer.



“The moment we no longer have a free press, anything can happen,” Hannah Arendt warned.

“What makes it possible for a totalitarian or any other dictatorship to rule is that people are not informed; how can you have an opinion if you are not informed? If everybody always lies to you, the consequence is not that you believe the lies, but rather that nobody believes anything any longer. This is because lies, by their very nature, have to be changed, and a lying government has constantly to rewrite its own history. On the receiving end you get not only one lie — a lie which you could go on for the rest of your days — but you get a great number of lies, depending on how the political wind blows. And a people that no longer can believe anything cannot make up its mind. It is deprived not only of its capacity to act but also of its capacity to think and to judge. And with such a people you can then do what you please.” 

segunda-feira, 28 de março de 2022

AS COMPANHIAS RUSSAS SÓ ENTREGAM O GÁS SE RECEBEREM O PAGAMENTO EM RUBLOS



                           

O Ocidente bem pode «espernear», mas o facto é que quem detém as fontes de energia primárias, para o funcionamento destes países da Europa ocidental são os russos. Se estes quiserem ser pagos em rublos, não vejo outra alternativa SENÃO SATISFAZER ESSA EXIGÊNCIA. A não ser que os dirigentes ocidentais - intoxicados pela propaganda dos neocons - desencadeiem uma pavorosa crise energética, somada a uma recessão e uma hiperinflação. Esperemos que os dirigentes da Europa ocidental não caiam no enorme disparate de recusar pagar em rublos, quando - na verdade - não existe outra alternativa credível, pelo menos de momento.

O KREMLIN AMEAÇA CORTAR OS FORNECIMENTOS DE GÁS, NO MOMENTO EM QUE OS DIRIGENTES DO G7 CONSIDERAM INACEITÁVEL A EXIGÊNCIA DE PAGAMENTO DO GÁS EM RUBLOS.


                             
             Crianças instrumentalizadas pelas milícias nazis ucranianas

Estamos agora entrados na segunda fase da IIIª Guerra Mundial, com a guerra económica a atingir o rubro, enquanto o cenário da guerra da Ucrânia é menos central. O esmagamento do exército ucraniano, na região do Donbass, onde cerca de 60 mil das melhores tropas estão cercadas e sujeitas a enorme flagelação, tem sido ocultado pela media ocidental. Tragicamente, os membros do governo de Kiev (e os que os superintendem, como Victoria Nuland), não dão ordem para estas tropas se renderem. Porém, elas não têm outra alternativa, senão de fazerem isso ou serem massacradas. Muitas mortes inúteis de soldados ucranianos poderiam ser evitadas mas, pelos vistos, para o governo fantoche de Kiev e seus mentores neocons, o que interessa é fazer uma encenação de «resistência heroica» para fins de política interna dos países da NATO.
É grotesco e estúpido, mas é aquilo ao que levam as manipulações constantes das pessoas, pela media e pelos governos, sem escrúpulos.

PS1: Enquanto Biden se exibia em Bruxelas, na ocasião dos vários encontros e cimeiras (NATO, UE, G7), discretamente assinava, com a presidente da Comissão da UE em exercício, Ursula von der Leyen, um acordo facilitando a entrega de dados de Internet de cidadãos europeus às agências dos EUA. 
Até agora, os dados de Facebook, Twitter, Google etc. dos cidadãos europeus estavam relativamente protegidos, não era automática a sua transferência para as agências americanas (NSA, etc). Mas, a partir de agora, todos os dados estarão transparentes para o aparelho de informação, vigilância e controlo do Big Brother . 
Pode ver os dados concretos no vídeo abaixo, de Alex Christoforu, em Atenas:
A partir dos minutos 7:40

PS2: Interessante conversa, que explica muito sobre a guerra económica e a realidade de um «Great Reset», que não é o desejado por Davos e as oligarquias no Ocidente.








domingo, 27 de março de 2022

La ci darem la mano - Mozart



Na minha memória, esta melodia acorda demasiadas reminiscências. Consigo analisá-la friamente hoje; talvez 60 anos depois de a ter ouvido pela primeira  vez. Mas, quando muito jovem, passava ao lado do significado da letra em italiano, que não compreendia. Julgava, erroneamente, que se tratava de um dueto glorificando o amor entre um homem e uma mulher. Mas, a realidade é mais complexa do que isso, porque D. Juan quer seduzir Zerlina. Esta, deixa-se seduzir e acaba por trair Masetto, o seu noivo, que pode ser um pouco simplório, mas que tem um amor sincero por ela, ao contrário do aristocrata depravado.
Creio que é, com plena justiça, um dos duetos mais famosos das óperas de Mozart. Aqui, com Renee Fleming e Dmitri Hvorostovsky.

As variações sobre a melodia de Mozart por Chopin, uma das raras peças para piano e orquestra deste compositor, são para mim outro motivo de maravilhamento. Aqui, com Claudio Arrau e a London Philharmonic Orchestra dirigida por Eliahu Inbal.