Veja o que o mais conceituado oncologista japonês diz sobre vacina anti- COVID e os "turbo cancros": https://www.globalresearch.ca/video-oncologist-condemns-mrna-vaccines-evil-practices-science/5856356
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quinta-feira, 12 de outubro de 2023

CRÓNICA (Nº17) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: QUALQUER QUE SEJA O SEU RESULTADO ...

 ... NO IMEDIATO, O SISTEMA ECONÓMICO E FINANCEIRO MUNDIAL irá sofrer um grande abalo; o «Cisne Negro» tão falado. 

Embora a situação estivesse a ser incubada desde há alguns anos, com a deriva direitista e fundamentalista do governo de Israel, «punindo» os árabes, fazendo incursões constantes na esplanada das mesquitas, em Jerusalém, incluindo no interior da mais importante, a mesquita de Al-Aqsa

O propósito dos sionistas é (desde o princípio da proclamação do Estado de Israel e mesmo antes) expulsar o máximo de árabes, de forma a que o território da Palestina seja exclusivamente povoado por judeus. Este é o seu objetivo declarado. Porém, o mundo árabe está cada vez mais saturado da arrogância do Estado de Israel e compreende que as nações árabes estão em vantagem, se houver unidade entre elas. Mas, quanto às consequências desta guerra, qualquer que seja o seu desfecho, sempre trágico para as vítimas civis palestinianas e israelitas, estas são totalmente previsíveis:

- Uma subida do preço internacional do petróleo

- O acentuar da fratura do mundo em dois blocos assimétricos: o chamado Ocidente, ainda com a maioria do capital financeiro, mas com uma minoria populacional; e os países do Sul, cada vez mais próximos dos BRICS e do eixo Moscovo-Pequim- Teerão    

          

- Um acentuar da inflação alimentar, sobretudo no Terceiro Mundo, e sua maior dependência das exportações de cereais da Rússia. Um aprofundar das relações recíprocas dos países dos BRICS+ e dos países candidatos, ou com boas relações com aqueles.

- A venda, em maior quantidade, de bonds do Tesouro dos EUA, que funcionam como a forma habitual de armazenamento dos dólares, pelos diversos países (a chamada de-dolarização). Estes bonds acabam por ser adquiridos pelo próprio Tesouro dos EUA e/ou pelo Banco central, a Fed, chegando-se rapidamente a uma situação como no Japão; o banco central japonês é o único comprador de bonds do governo. 

A inflação também vai ser maior nos EUA (e restantes países da OTAN). A capacidade dos EUA exportarem a inflação, como o fizeram até agora, vai estar diminuída.

- Vai haver aceleração das trocas comerciais entre países, não usando o dólar. Até agora estavam estes intercâmbios limitados aos países dos BRICS e a outros, sujeitos a sanções brutais pelos EUA. Agora, vai haver muito mais trocas comerciais usando as divisas dos países respetivos e os défices na balança de transações serão compensados por transferências de ouro.

- A crise será mundial e múltipla (económica, financeira, monetária, política e social): Nenhum país ou conjunto de países, sairá vencedor. No entanto, os países que têm algo de sólido a oferecer, como matérias-primas ou produtos industriais, vão sofrer relativamente menos do que os que se financeirizaram, ao longo dos últimos 30 a 40 anos. Estes (EUA, Europa ocidental) já não são viáveis sem a drenagem constante de energia, matérias-primas e força de trabalho dos países do Terceiro Mundo. 

-Se não houver escalada nesta guerra,  que desembocaria fatalmente no uso de armamento nuclear numa fase ou noutra da mesma, o Mundo irá transitar para nova configuração geopolítica, a multipolaridade, o que não significa igualdade entre as nações, mas abre a possibilidade dos mais fracos jogarem com várias hipóteses de alianças.


sexta-feira, 21 de outubro de 2022

É tempo de perderem os preconceitos e observarem a realidade

 

http://espritdecorps.ca/history-feature/whitewashing-the-ss-the-attempt-to-re-write-the-history-of-hitlers-collaborators


Há quem martele constantemente que o regime em vigor na Ucrânia, saído do golpe de Maidan de 2014, não pode ser nazi ou simpatizante do nazismo: Para «prova», apresentam o facto de Zelensky e Koloimoyski (seu multimilionário mentor) serem judeus. 

Segundo estes defensores do regime ucraniano, Judeus nunca poderiam ter sido levados ao poder pelos herdeiros das divisões SS (ver artigo de onde foi retirada a foto acima) que, na Ucrânia soviética durante a II Guerra Mundial, cometeram genocídio de judeus, de polacos e de comunistas, no seguimento da invasão alemã.

Neste tempo de lavagem ao cérebro das massas e do medo, de muitas pessoas, em entrarem em choque com o status quo, espero que tu não tenhas medo de examinar com cuidado esta história da colaboração dum certo judaísmo (institucional) com o nazismo.
Pessoalmente, já estava consciente dela, há muitos anos, graças a um amigo meu, comunista libertário, judeu e psicólogo, que vive em Israel.

Consulta este extenso artigo, no link abaixo:

Excerto:
«Even as late as the 1930s and afterward, international Zionist groups closely cooperated with the Third Reich on their economic projects, and during the world war itself one of the smaller rightwing factions, led by future Israeli Prime Minister Yizhak Shamir, actually offered a military alliance to the Axis Powers, denouncing the decadent Western democracies and hoping to collaborate against their mutual British enemies. The Transfer Agreement by Edwin Black, 51 Documents by Lenni Brenner, and other writings have documented all these facts in detail, though for obvious reasons they have generally been ignored or mischaracterized by most of our media outlets.»


segunda-feira, 24 de maio de 2021

«ORDEM INTERNACIONAL BASEADA EM VALORES», SIM MAS... O GENOCÍDO EM GAZA E PALESTINA?

 

HIPÓCRITAS! O QUE ME APETECE GRITAR; TENHO VERGONHA, DE SER MEMBRO DESTA CIVILIZAÇÃO QUE IGNORA E DISTORCE A VERDADE, PARA NÃO SER CONFRONTADA  COM A SUA ENORME FALTA DA COERÊNCIA. 

Com efeito, vive-se um fim de civilização («ocidental»), largamente ignorante das suas raízes espirituais, onde as pessoas estão totalmente desorientadas, porque as «elites» assim o têm provocado, durante decénios. 

Toda a retórica dos governos e figuras públicas do chamado «ocidente» se cala, ou apenas proferem umas tímidas condenações que não o são, pois equiparam a violência do opressor com a reação de defesa desesperada do oprimido. O opressor é o poder de Estado sionista, que defende os colonizadores da Palestina e através dele, o super imperialismo dos EUA, sem o apoio do qual, a clique política que controla o Estado de Israel não aguentaria nem um dia no poder. 

                                           https://www.unz.com/pgiraldi/the-zionists-on-the-defensive/

Trata-se realmente dum regime opressor, sobre várias minorias que, no todo, perfazem uma maioria:

- Os árabes palestinianos, que não são todos muçulmanos, aliás. A media esconde isso, esconde o facto de que existem muitos cristãos na Palestina, desde tempos imemoriais.

- A minoria berbere, não árabe, da qual quase não se fala, mas que tem tanto direito a existir e a preservar a sua cultura como as outras.

- Os cidadãos de Israel não-judeus, que são uma espécie de cidadãos de segunda, pois não usufruem das vantagens étnicas, ou rácicas, de ser-se judeu em Israel.

- Os cidadãos de Israel que, sendo judeus, não pertencem aos grupos dominantes: caso dos judeus oriundos do rebordo do Mediterrâneo, os judeus sefarditas, caso também dos judeus etíopes. Há uma segregação dentro da segregação, que é bem visível no terreno.

- Os estrangeiros emigrantes, com vínculos precários, muitos deles da Ásia do Sul (Filipinas, Tailândia, Índia, Bangladesh, Sri Lanka...), que fazem os trabalhos insalubres e mal pagos. Umas décadas antes, estes trabalhos eram efetuados por palestinianos dos Territórios.

Há os restantes cidadãos judeus de Israel, que gozam de «proteções sociais» generosas. Esta minoria é, de facto, comprada pelos biliões que caem regularmente nos cofres de Israel. As doações feitas pelos EUA, automaticamente todos os anos, como rubrica sempre presente nos orçamentos federais, permitem que o Estado de Israel compre as armas mais sofisticadas (segundo analistas, Israel seria a 5ª potência militar do Mundo).

Os vassalos dos EUA, os governos dos países da UE e vários outros (Reino Unido, Canadá, Nova Zelândia, Austrália, Japão....),  costumam fazer coro com os seus senhores imperiais, sem vergonha.

Uma parte da opinião pública europeia está ativamente contra a opressão violenta do povo palestiniano, mas nos países ditos de «democracia liberal», as opiniões públicas só contam quando servem os desígnios dos poderes.

No geral, a conflitualidade em Israel/Palestina, envolvendo vários povos e várias religiões, não poderá jamais ser resolvida, enquanto prevalecer a vontade duma potência - os EUA - que teima em querer dominar o mundo (o projeto hegemónico), e se considera a «nação indispensável» (sic!). 

A política dos últimos anos dos EUA tem sido de apoio incondicional à ala mais extremista do sionismo no Estado de Israel. Quanto aos sionistas, eles nunca irão desistir voluntariamente de seus propósitos racialistas, expansionistas e de «messianismo» nacionalista. Enquanto tiverem o apoio dos EUA, tudo farão para levar a cabo o programa do Grande Israel (Eretz Israel).

O Mundo e os povos todos (incluindo o povo dos EUA) terão de se livrar do imperialismo americano, pois a sua vontade de hegemonia impede a convivência não belicosa entre vários poderes concorrentes, assim como a possibilidade de resolução pacífica de conflitos, no quadro da ONU.

Quando os EUA perderem a veleidade de superpoder hegemónico, tanto do campo militar como nos mercados financeiros, a resolução de conflitos regionais será possível, nomeadamente, do conflito Israel/Árabe, que tem causado tanta destruição e crimes contra os povos... 

 

  


  

quinta-feira, 13 de maio de 2021

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE ISRAEL/PALESTINA

   
                             Foto: Edifício da Faixa de Gaza bombardeado pelo exército israelense

Colonizam um país que JÁ ERA HABITADO. LEVAM A CABO «LIMPEZA ÉTNICA», COM MASSACRES, EXPULSÕES E REPRESSÃO BÁRBARA. OS QUE já LÁ HABITAVAM e ficaram, SÃO CONSIDERADOS NÃO-CIDADÃOS, ou cidadãos de segunda, PELO PODER DE ESTADO INSTALADO.

O povo colonizado revolta-se periodicamente. Os colonos, ou seja os que espoliaram as terras pertencentes a esse povo, vêm de cada vez lamentar-se que estão a por em causa «o seu direito a existir»!

O Estado de Israel está incluído no dispositivo de poder global dos EUA, e como tal, seja qual for o seu desempenho em termos de direitos humanos, tem a aprovação e pleno apoio do hegemónico poder imperial.

- « Vou construir uma casa para mim. Invado a tua propriedade, construo a minha casa, derrubando a construção aí existente. Além disso, quando tu e os teus protestam, a minha resposta é um morticínio. Depois, vou dizer nos jornais, etc. que apenas estou a defender o meu direito à existência, a ter um lar. Parece-te correto?»

Não podemos confundir uma nação, seja ela qual for, com uma pessoa. Os direitos de uma pessoa são totalmente distintos dos direitos de uma nação. Os direitos dos povos, de quaisquer povos, não podem se afirmar no desprezo e no espezinhar dos direitos de outros povos. Dentro de cada nação, todos os indivíduos devem ter a garantia, na lei e na prática, dos mesmos direitos.

A não consideração dos direitos de alguns - da parte minoritária - em proveito dos direitos de outra parte, não é característica de uma democracia, em parte nenhuma. Ora, em Israel, os cidadãos não-judeus não usufruem dos mesmos direitos.

Além disso, o povo palestiniano tem o direito a autogovernar-se, a exercer a soberania sobre os Territórios. Porque é que quase toda a média está sempre a falar de Israel, do Estado de Israel, como se fosse uma democracia, a «única democracia do médio-oriente»?

O Estado moderno de Israel foi construído sobre um erro histórico. Este erro só poderá ser consertado, reconhecendo e garantindo os legítimos direitos do povo de Israel (judeus e não-judeus israelitas), do povo palestiniano e de todos os povos da região.

É necessária uma vontade global pela paz, incluindo das potências que sejam reconhecidas como mediadoras válidas por ambos os lados em contenda. Os povos devem pressionar os seus governos respetivos em todo o Mundo, para que estes tomem uma atitude responsável e construtiva, ajudando ao processo de paz, que deve ser negociado no quadro da ONU.

Num mundo globalizado, a violência e o caos alastraram-se nos últimos dias em Jerusalém, em torno de monumentos e templos, importantes para três religiões mundiais. Mas, não podemos esquecer que o fanatismo não é intrínseco às religiões, é um comportamento interiorizado, uma lavagem ao cérebro. Isto dá a medida da perda das capacidades de compreensão e tolerância das pessoas do nosso tempo, que se envolveram nestes incidentes violentos.

Uma nação e uma sociedade não podem ser construídas e viver na violência permanente, na permanente negação dos direitos de uma parte dos seres humanos, que habitam - desde gerações - no seu território.

O sionismo não pode ser equiparado a um nacionalismo qualquer. Tem uma ambição expansionista* desde a sua criação e uma visão ideológica sobre a natureza do povo judeu. A designação bíblica de «povo eleito», deve ser contextualizada e compreendida na esfera espiritual, à qual pertence. O judaísmo não é nem mais, nem menos legítimo do que outra religião.

Os povos têm as suas religiões e, dentro do mesmo povo, existem minorias com outras, diferentes da dominante, assim como existem pessoas que não perfilham qualquer religião. O consenso das nações, que se exprime na Carta dos Direitos Humanos das Nações Unidas, é muito claro: ninguém pode ser discriminado com base na sua etnia, religião, ou sistema filosófico.

A questão central de Israel/Palestina é tratar-se do problema não resolvido duma colonização feita de tal maneira, que tem envenenado a paz mundial, desde o início. Reconhecê-lo não é nenhum «radicalismo», nem uma «cedência», mas apenas uma abordagem realista. 

PS1: Leia a reflexão sobre a estratégia miliar de Israel na guerra contra o Hamas, da autoria de um judeu, músico de jazz, expatriado em Inglaterra, Gilad Atzmon, «A Imagem da Vitória».

PS2: 
https://consortiumnews.com/2022/06/15/the-hierarchy-of-tribalisms/
Um excelente artigo por Jonathan Cook, um jornalista britânico baseado em Nazaré da Palestina.
Ele primeiro explica, com base na sua experiência vivida de Israel-Palestina, a raiz profunda dos tribalismos, para desenvolver a visão dum tribalismo dominante, o ocidental, que atravessa não apenas fronteiras étnicas, como ideológicas. A santificação de si próprias das pessoas, nos países ocidentais, os da tribo dominante, é escalpelizada. É a utilização desse tribalismo (inconsciente, muitas vezes) pelas oligarquias, que permite manipulações de massas como temos vindo a assistir em relação à situação da guerra na Ucrânia.


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*Ver mapa de Theodor Herzl sobre Israel e «a Terra Prometida»

BIBLIOGRAFIA













quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

A BOA CONSCIÊNCIA DO OCIDENTE E O REGIME DE APARTHEID SIONISTA

                        



Numa sociedade elitista e hipócrita, as chamadas esquerdas, elas próprias produtos político-culturais das metrópoles capitalistas - colonialistas - imperialistas, têm como modo de pensamento, as «certezas» (preconceitos) sobre o que seja «progressista», sobre como se devem regular as sociedades, como se deve avaliar o respeito pelos direitos humanos... Enfim, elas pensam que estão absolutamente certas, que têm «God on our side» (Deus do nosso lado). 
As forças anti-coloniais são negadas, são tidas como «terroristas», imbuídas de nacionalismo - algo «errado» para os internacionalistas de pacotilha - ou de «fundamentalismo» religioso, termo que não se aplica (sic!) às igrejas cristãs dos EUA e doutros lugares, que assumem a causa de Israel como sendo a delas!

Se o chamado Ocidente bem-pensante tem «tolerado» o crime continuado do colonialismo e do apartheid no Estado de Israel, isto não se deve a qualquer falha de lógica das suas «elites», especialmente as ditas de esquerda. Estas luminárias do pensamento «progressista» encontram pseudo-razões, pseudo-justificações, para os crimes continuados dos sionistas em Israel e nos territórios Palestinianos, nos crimes efectuados pelo regime nazi sobre as populações judias, do seu próprio país e dos países conquistados durante a IIª Guerra Mundial. Isto é realmente absurdo, mas funciona como um processo psicológico de inibir a análise objectiva. Trata-se, afinal, duma forma extrema de autoritarismo, o processo de «envergonhar» novos e inocentes indivíduos, por crimes praticados, talvez, por alguns dos seus avós ou bisavós, ou mais longínquos antepassados. Não existe nada mais contrário ao Direito e aos Direitos Humanos, do que «responsabilizar» alguém por crimes que não praticou.

Mas, na realidade, eles fazem-no, porque estão sob a influência do lobby sionista. Em vários países este lobby controla poderosos meios de comunicação social e detém uma influência muito grande junto de quase totalidade da classe política. 

Para prova disto, basta pensar-se na oferta incondicional, ano após ano, que os EUA fazem - votada no Congresso, junto com o orçamento - de ajuda bilionária ao Estado de Israel. Mais nenhum outro Estado do mundo recebe tal benesse anual. E quando algum Estado recebe ajuda, são quantias muito menores; nunca tais ajudas são renovadas automaticamente. O congresso dos EUA é  a câmara de eco dos interesses sionistas. 

Israel domina a política interior dos EUA: Nenhum candidato à presidência pode atingir sequer as «primárias», seja do Partido Democrático, seja do Partido Republicano, caso se suspeite que possa levantar objecções... a este apoio tão especial. A congressista Tulsi Gabbard foi afastada da corrida para nomeação à presidência pelo partido Democrático, apesar de ser ex-combatente no Iraque, somente porque teve a ousadia de visitar a Síria e falar com pessoas comuns, para saber directamente a sua opinião. 

No Reino Unido, o dirigente do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn foi traído e destituído, num golpe interno de membros sionistas (os «amigos» de Israel), porque ele não abdicava de defender a causa Palestiniana, de acordo com sua consciência, a dos seus apoiantes e seguindo as melhores tradições do movimento socialista e laboral. 

Muitos outros exemplos se poderiam referir.

O certo, é que as pessoas se deixam enredar na retórica dos direitos humanos, muito correcta em si mesma. Mas, o que falta, à grande maioria, é espírito crítico.

Se houvesse esse espírito, questionariam: Se se aplica aos Uigures, então porque não se tem o mesmo discurso, em relação aos Palestinianos? Se se aplica aos Venezuelanos, porque não se aplica aos Sauditas? etc, etc...

Tais «indignações» vesgas, são tão obviamente hipócritas que deveriam provocar o desprezo, a risota, desqualificando os políticos, jornalistas e intelectuais, que se revestem do manto de «defensores dos direitos humanos»...quando lhes convém. 

O que me deixa triste e céptico sobre a racionalidade de parte dos meus concidadãos, é que os piores oportunistas têm sucesso, conseguem vogar nas águas da política-espectáculo, são aplaudidos, apesar de terem esses tais comportamentos!  


quinta-feira, 23 de maio de 2019

CRIMINOSOS DE GUERRA ISRAELITAS - SUAS PALAVRAS MESMAS OS ACUSAM



Alvejar Manifestantes Palestinianos Desarmados «Preserva os Valores de Israel»


PHILIP GIRALDI • 21 de Maio, 2019

A imagem pública de Israel, apoiada e propagada por uma rica e poderosa diáspora que tem um controlo significativo sobre a media, insiste em que o país é a única democracia no Médio Oriente, que opera em termos legais para todos os seus cidadãos e que o seu exército é «o mais moral do mundo». Todas estas afirmações são falsas. O governo de Israel favorece os cidadãos Judeus através de leis e regulamentos que são definidos pela religião. De facto, identifica-se a si próprio como o Estado dos Judeus com os cidadãos Cristãos e Muçulmanos tendo um estatuto de segunda classe. O exército de Israel, entretanto, tem cometido numerosos crimes de guerra contra populações civis largamente desarmadas, nos passados setenta anos, tanto no Líbano como contra palestinianos na Margem Ocidental e em Gaza.
Em resposta à Grande Marcha pelo Retorno do ano passado, em que civis de Gaza protestaram junto da vedação que os separa de Israel, os «snipers» do exército de Israel alvejaram mortalmente 293 palestinianos e feriram mais de sete mil. Outros vinte e dois mil foram atingidos por outras armas usadas pelos israelitas, o que inclui os recipientes de disparos de gases lacrimogéneo e balas de borracha. Os números incluem centenas de crianças e de pessoal médico de primeiro socorro, que tentavam ajudar os feridos, os quais foram - segundo os relatos – particularmente alvejados.
As Nações Unidas relataram que muitos foram alvejados nas pernas, o que o exército de Israel considera como “contenção” de sua parte. Muitos dos feridos irão ter de ser amputados  porque Gaza carece de meios médicos necessários para tratar as suas feridas de forma apropriada. Israel bombardeou hospitais e bloqueou a importação de aparelhos médicos em Gaza ao mesmo tempo que não permitia que os habitantes de Gaza saíssem do enclave para tratamento médico noutro sítio, no Médio Oriente.
Cento e vinte amputações já foram realizadas este ano. Jamie McGoldrick, o Coordenador Humanitário da ONU para os Territórios Ocupados explicou que “Existem 1700 pessoas com necessidade de cirurgias graves, complicadas, para que possam voltar a andar… [exigindo] muito séria e complexa cirurgia com reconstrução óssea durante um período de dois anos, antes de poderem começar a fase de reabilitação.”
As Nações Unidas gostaria de fornecer 20 milhões de dólares para assistência médica, em vez de amputações, mas os EUA recusaram apoiar este financiamento de emergência para os palestinianos através da agência de auxílio da ONU (UNRWA), uma posição presumivelmente tomada para favorecer Israel em punir o povo palestino.
Interessantemente, voltou à superfície um documento arrepiante descrevendo o ponto de vista do Exército de Israel em relação a alvejar manifestantes árabes. Há um ano, o ex-diplomata britânico Craig Murray publicou no seu blog, “Condemned By Their Own Words (Condenados pelas suas próprias palavras)”, que fornecia uma tradução do hebreu para inglês da transcrição de uma emissão de rádio israelita que tinha sido efectuada a 21 de Abril. Um brigadeiro-general israelita, chamado Zvika Fogel, estava a responder a notícias de ter sido morto um rapaz de catorze anos, desarmado, pelos soldados. Ele explicou em detalhe, que os soldados estão a fazer a coisa certa ao alvejarem e matarem palestinianos que se aproximam da barreira separando Gaza de Israel.
Os comentários do general Fogel são representativos do ponto de vista do governo sobre como controlar o «problema palestiniano». Apenas os direitos dos judeus, incluindo o direito à vida, são legítimos e os árabes deveria estar gratos por aquilo que o Estado dos Judeus lhes permite ter.

Fogel respondeu ao entrevistador Ron Nesiel à primeira pergunta “Deveria o IDF [exército de Israel] repensar o uso de snipers?” dizendo que “Qualquer pessoa que se aproxima da vedação, qualquer pessoa que pudesse ser uma ameaça futura à fronteira do Estado de Israel e seus residentes, deveria pagar o preço dessa violação. Se aquela criança ou qualquer outra pessoa se aproxima para esconder aí um engenho explosivo ou ver se existe alguma zona não segura ou para cortar a vedação, de forma que alguém pudesse infiltrar-se no território do Estado de Israel e matar-nos…”
Nesiel: “Então, o seu castigo é a morte?”
Fogel: “O seu castigo é a morte. No que me diz respeito então sim, se for possível atirar às pernas para pará-lo – óptimo. Mas se isso não é possível, então quer-se ver qual dos dois sangues é mais espesso, se o deles se o nosso. É claro para nós que, se alguém assim consegue ultrapassar a vedação, ou esconder um engenho explosivo …”
Nesiel: “Mas ensinaram-nos que fogo real é apenas usado quando os soldados enfrentam perigo imediato … Não nos faz bem a nós, todas essas imagens que são distribuídas pelo mundo fora.”
Fogel: “Eu sei como essas ordens são dadas. Eu sei como é que um sniper faz os disparos. Eu sei quantas autorizações ele precisa antes de receber uma autorização de abrir fogo. Não é a fantasia de um sniper ou outro que identifica o frágil corpo de um rapaz num dado momento e decide disparar. Alguém marca o alvo muito claramente para ele e diz-lhe exactamente por que razão tem que disparar e qual a ameaça vinda desse indivíduo. E com muita pena minha, às vezes mata-se um pequeno corpo, quando se pretendia alvejar um braço ou ombro e o tiro vai acima. A imagem não é bonita. Mas, se é o preço que temos de pagar para preservar a segurança e qualidade de vida dos residentes do Estado de Israel, então seja esse o preço.
“Olha, Ron, até somos muito bons nisso [em suprimir essas imagens] Não há nada a fazer, David tem sempre melhor figura que Golias. E, neste caso, somos Golias, não somos David. Isso é perfeitamente claro para mim… Isto vai arrastar-nos para uma guerra. Eu não quero estar no lado dos que são arrastados, quero estar do lado dos que iniciam as coisas. Eu não quero esperar pelo momento em que o inimigo encontra um ponto fraco e me ataca aí. Se amanhã vem a uma base militar ou kibutz e mata pessoas e toma reféns, chame-se o que se quiser, estamos num novo cenário. Eu quero que os líderes do Hamas acordem amanhã de manhã e pela última vez na sua vida vejam as faces sorridentes do IDF. É isso que eu quero que ocorra. Mas nós somos arrastados. Por isso estamos a colocar snipers, porque queremos preservar os valores nos quais fomos educados. Não podemos sempre tomar uma única foto e colocá-la em frente do mundo inteiro. Temos soldados aí, nossos filhos, que foram enviados lá e recebem instruções muito precisas sobre quem alvejar para nos protegermos. Vamos dar-lhes apoio.”
Pode-se razoavelmente sugerir que os comentários de Fogel reflectem o consenso entre israelitas sobre como lidar com os árabes. E os Estados Unidos são plenamente cúmplices com a matança. O embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, tem repetidas vezes elogiado o comedimento das forças armadas de Israel e censurou os habitantes de Gaza pelo seu comportamento. Os Estados Unidos continuam a subsidiar colonatos israelitas ilegais que incendeiam o conflito e estão acabando de colocar os últimos retoques no plano de paz aprovado pelos israelitas, que fará agora e para sempre dos palestinianos um não-povo, sem nação própria e sem quaisquer esperanças para o futuro. Entretanto, continuam a ser alvos dos snipers israelitas. O mundo deveria estar horrorizado pela arrogância de Israel e os EUA deveriam encolher a cabeça de vergonha, de cada vez que um político americano conivente viesse com o estribilho “Israel tem o direito de se defender.”

Philip M. Giraldi, Ph.D., é director executivo do «Council for the National Interest», councilforthenationalinterest.org, sua morada é: P.O. Box 2157, Purcellville VA 20134 e seu email: inform@cnionline.org.

Traduzido por Manuel Banet Baptista para o Observatório da Guerra e Militarismo


domingo, 21 de outubro de 2018

CRISTOPHER BOLLYN: O MISTÉRIO DE «9/11» DESVENDADO

Exposição documental da maior burla e crime da história contemporânea: 
- C. Bollyn demonstra que o governo que está a mentir, a ocultar a verdade, a erradicar todas as evidências do 9/11, é exactamente o mesmo que o planeou e executou.

Não admira, portanto, que o Mundo esteja há 19 anos a sofrer com as guerras desencadeadas pelos EUA. 
O projecto do PNAC tem estado a ser cumprido. Ele foi desenhado e executado por notórios sionistas: 
- os neo-cons são simplesmente sionistas enquistados em  lugares estratégicos da administração e da política americana. 

Bollyn tem uma intenção clara e explícita: erradicando a mentira que está na base de tudo isto, espera ajudar a acabar com as guerras desencadeadas, com o pretexto duma interpretação mitificada do 9/11.  



sexta-feira, 22 de junho de 2018

ILAN PAPPE: O SIONISMO E A LIMPEZA ÉTNICA DOS PALESTINIANOS


Ilan Pappe é um respeitado professor universitário judeu e de nacionalidade israelita.
Foi obrigado a refugiar-se na Grã-Bretanha em consequência de ameaças dirigidas à sua pessoa e à sua família. 

Parte I do programa «the Hart of the matter»: https://vimeo.com/5975423

Parte II do programa «the Hart of the matter»: https://vimeo.com/5976685

terça-feira, 5 de junho de 2018

OS EUA RESPONSÁVEIS PELA REACTIVAÇÃO DO PROGRAMA NUCLEAR IRANIANO

US sanctions can cut Iran’s oil sales abroad by half – BP boss




O plano dos EUA, de isolar o pior inimigo de Israel, saindo do acordo multipartes não apenas teve uma resposta negativa de seus aliados (Grã Bretanha, França e Alemanha) também signatários do acordo, como colocou o regime iraniano numa posição em que pode legitimamente tomar medidas que aproximam o Irão da possibilidade de obter a arma nuclear, sem no entanto, ir contra a letra do acordo. 
Além disso, os europeus, com a sua cobarde atitude de recusar sair do acordo por um lado, mas por outro, vindo com exigências de que a re-negociação futura do mesmo deveria incluir os mísseis iranianos (não nucleares, que nunca estiveram em causa durante as negociações para este acordo) levaram imediatamente uma recusa peremptória do regime dos ayatollahs. 
Tudo isto, resume a incapacidade do Ocidente em definir uma estratégia, que não seja a da ameaça constante e do bullying, para com uma potência dispondo de uma capacidade militar dissuasiva de uma invasão terrestre e com algum potencial de retaliação também, caso Israel se lembre de efectuar um ataque aéreo «punitivo». 
No fundo, é apenas esta capacidade do Irão, que enfurece Natanyahu e todos os sionistas. Eles desejam continuar suas campanhas contra a Síria e o Líbano, com total impunidade. Desejam anular o Irão como poderoso inimigo e aliado do regime Sírio e do Hesbollah do Líbano (parceiro da coligação governamental). 
Os lacaios dos sionistas, sejam eles europeus ou americanos, estão assim a diminuir as garantias e compromissos mútuos, que permitiram baixar o nível de tensão e afastar o perigo de confronto nuclear no médio-oriente. 
Haverá algum propósito, alguma lógica nisto? A única «razão» para tais comportamentos ocidentais será o facto de que os poderosos lóbis pró-Israel e da indústria armamentista terão feito uma enorme pressão no sentido de fazer tudo voltar à estaca zero. 
Ao terem de novo o Irão como inimigo nº1 oficial, estão a deixar Israel com as mãos livres para qualquer ataque aéreo que  queira efectuar, além de criarem uma justificação «plausível» para a necessidade de mais despesas com armamento.