Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.
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domingo, 17 de setembro de 2023

JOHN HELMER: ANGLO-AMERICANOS REPETEM ERRO FATAL DE NAPOLEÃO*



Oiça o podcast (ver link em baixo) de «Gorilla Radio» (Chris Cook), com John Helmer e Dave Lindorf. 

Compreenda as analogias e diferenças: O resultado é semelhante. É essencialmente o mesmo erro estratégico, apesar das diferenças de pormenor.

 https://gorilla-radio.com/2023/09/14/gorilla-radio-with-chris-cook-john-helmer-dave-lindorff-september-13-2023/

John Helmer é o mais antigo correspondente ocidental em Moscovo. Ele é o autor do blog «Dances With Bears»


(*) Comentário de Manuel Banet:

 Alguns leitores poderão achar insólito o título, pois pensam que quando os autores se referem ao erro fatal de Napoleão, estão a evocar a invasão pelas tropas imperiais francesas, da Rússia em 1812. Sem dúvida, que esse foi um grande erro, mas «motivado» pelo fracasso do (grande) erro anterior, a saber, «o sistema continental». Tratava-se de um bloqueio ao comércio britânico que tinha de ser cumprido por todos os aliados e «neutros», obrigados a rejeitar a entrada nos portos dos navios de comércio britânicos, inviabilizando toda a espécie de comércio de bens manufaturados e matérias-primas, muitas vindas do ultramar (Ásia, América, África...). Este «diktat» de Napoleão sobre todas as potências europeias continentais, cedo se tornou um fracasso. O comércio continuou sob forma ilegal, com explosão do contrabando, especialmente, nas zonas costeiras mais propícias. Os russos, apesar de batidos repetidas vezes pelos exércitos imperiais e assinarem a «paz de Tilsit», na qual o Czar Alexandre I aceitava o «sistema continental», a verdade é que o volume de contrabando de mercadorias inglesas era imenso. Napoleão, vendo que tinha decretado algo impossível de fazer cumprir, tomou este «desrespeito» do bloqueio das mercadorias inglesas, como pretexto para a invasão da Rússia. 

A analogia com os dias de hoje é que os anglo-americanos queriam forçar um banimento de toda a frota comercial russa, assim como um severo controlo e limitação nos preços do petróleo russo exportado, mas não conseguiram nada disso. Logo que as sanções foram decretadas, os russos desenvolveram novas rotas, por vias marítimas seguras, bordejando o mar Ártico, a Coreia do Norte e a China, de forma a escoarem e receberem toda a espécie de mercadorias, incluído as suas exportações de petróleo. De tal maneira a situação se tornou favorável, que os preços do petróleo têm subido muito acima do «teto» imposto pelas potências da OTAN, aos países amigos ou inimigos. Quem tem beneficiado muito são vários potentados petrolíferos do Golfo, os quais compram discretamente petróleo russo, com desconto, para o venderem depois, como se fosse deles e realizando um confortável lucro. Também a Índia tem beneficiado dos descontos, que lhe permitem sustentar a sua economia, tal como muitos outros países em desenvolvimento.

No caso presente, não existe uma guerra naval (ainda), nem houve um «Trafalgar», a vitória naval britânica que destruiu para sempre as ambições de domínio francês nos mares. Porém, os anglo-americanos falharam redondamente nas sanções e bloqueios que queriam impor, não só aos russos, como a quaisquer países que desejassem comerciar com eles. Dois anos depois, os resultados estão à vista: foi um imenso fiasco, que só desorganizou e debilitou os países da OTAN, subjugando inteiramente a UE à vontade imperialista americana.


sábado, 20 de maio de 2023

A VERDADE DA GUERRA NA UCRANIA : ENTREVISTA COM O CORONEL DOUGLAS MAC GREGOR

 O TERRITÓRIO DA UCRÂNIA E SEU EXÉRCITO USADO COMO CARNE PARA CANHÃO, AO SERVIÇO DOS DESÍGNIOS DOS EUA E SEUS VASSALOS DA OTAN. 

NÃO É BONITO DE SE VER, PORÉM, IGNORAR A REALIDADE E CAIR NAS ILUSÕES DA PROPAGANDA PRÓ-OCIDENTAL, SERÁ BEM PIOR: SE IGNORAS A REALIDADE, ELA PODE CAIR-TE EM CIMA, QUANDO MENOS A ESPERAS. DEPOIS, SERÁ TARDE DEMAIS! ACORDA!

ABRIR ENTREVISTA DO CORONEL MAC GREGOR, NO LINK ABAIXO 

 https://www.youtube.com/watch?v=mCkDRXk17qM

Vejam e oiçam porque o coronel reformado Douglas Mac Gregor é uma pessoa com imensa lucidez e realismo. Ele posiciona-se como um militar que avalia os diversos episódios e o comportamento ao nível estritamente militar, mas também diplomático, económico, financeiro e político das forças em presença. Este coronel diz por exemplo que, de facto a Ucrânia está a fazer a guerra por procuração da OTAN e em particular dos EUA. 

As pessoas que não querem ouvir argumentos sensatos porque «ofendem» a sua sensibilidade, são como os meninos e meninas «woke», que apenas aceitam viver no arco-íris da fantasia e se ofendem imenso quando alguém lhes mostra que a realidade não é assim: Esperneiam, insultam, cospem na sopa, etc. pois - para eles - o seu ego é que conta; toda a narrativa que contradiga seus contos de fadas é uma «agressão psicológica».

domingo, 10 de julho de 2022

[MOON OF ALAMBAMA] AS ILUSÕES DO OCIDENTE EM RELAÇÃO À UCRÂNIA*

[ *Título Original: 'Drinking The Kool-Aid' On The War In Ukraine

https://www.moonofalabama.org/2022/07/drinking-the-kool-aid-on-the-war-in-ukraine.html#more ]

O autor do blog Moon Of Alambama argumenta contra um analista, Pat Lang , que diz:

«Nunca deixo o patriotismo ou outro sentimento obscurecer a minha análise. A Rússia passou o seu ponto de culminação da sua ofensiva e está sujeita a uma súbita inversão da fortuna.

O ponto culminante é um termo de estratégia militar no livro  "Sobre a Guerra" por Carl von Clausewitz. Nascido em 1780, Clausewitz serviu no exército prussiano. Posteriormente, juntou-se ao exército russo imperial, na guerra contra Napoleão, antes de regressar como Chefe-de-estado-maior da Prússia. Mesmo hoje, «Sobre a Guerra» continua a ser de leitura obrigatória, em muitas academias militares.



[...]

À medida que a batalha ou ofensiva se desenvolvem, a relação de forças (respetivamente, do atacante e do atacado) inicial de 3 para 1, vai encolher primeiro até 2 para 1, depois até 1 para 1, ou mesmo menos. Chega-se a um ponto em que o atacante tem só o mínimo de forças capazes de manter o outro lado em situação defensiva. Para além disto, ultrapassa-se o ponto culminante do ataque. Se a batalha ou a guerra não terminarem antes que tenha sido alcançado esse ponto, é verosímil que se dê a derrota do atacante.

Pat Lang advoga que a Rússia teria alcançado esse ponto culminante e portanto teria ficado com suas forças exaustas e já não possuía as vantagens da ofensiva, pelo que estaria a ponto de ver sua fortuna reverter. Mas, isto presume que estejamos a ver uma guerra típica, como aquelas em que Clausewitz participou, ou como as marchas de Napoleão ou de Hitler em direção a Moscovo, a primeira das quais, representada por  Charles Minard (abaixo),  estava certamente no pensamento de Clausewitz.


                    
                                              bigger

A Grande Armée de Napoleão realmente sofreu uma atrição de 450000, até 10000 homens, o que obviamente excedeu o ponto culminante.

Mas a guerra na Ucrânia é uma «operação militar especial» e muito atípica, por variadas razões. 


[artigo completo e integral no link seguinte:]

https://www.moonofalabama.org/2022/07/drinking-the-kool-aid-on-the-war-in-ukraine.html#more


terça-feira, 14 de junho de 2022

Madrid 29 de Junho: CIMEIRA DA NATO E IMPERIALISMO

                                    

A NATO vai realizar o seu "show mediático" em Madrid no final do mês de Junho de 2022. Esta cimeira - ao contrário do que os estrategas político-militares atlantistas previam - não será a ocasião para proclamar o «triunfo das forças do Bem, sobre as forças do Mal».
Será antes um cerimonial para mostrar a «legítima» inquietação da NATO perante a subida em potência do eixo Euroasiático: China, Rússia, mas também Índia, Síria, Cazaquistão, Irão e muitas outros, formando um tecido de alianças, pactos, tratados e rotas comerciais, vitais para essas nações intervenientes, mas sem aliança militar formal.
A história do Ocidente é fértil em tentativas de conquista dos territórios hoje disputados entre eslavos de Moscovo e de Kiev, de histórias de cruentas guerras que se concluíram em derrotas para os exércitos ocidentais. Isto, parece não inquietar os contemporâneos que conduziram ao abismo, à crise económica, política e moral esta Europa Ocidental, submissa ao Império Ianque. Os orgulhosos donos dos países em causa servem-se das máquinas de propaganda, da «media mainstream» que controlam, para darem a ilusão às populações de que a NATO está a apoiar eficazmente e permitir a vitória do exército ucraniano. Não irei aqui repetir o que tenho escrito - desde Janeiro de 2022 - sobre o assunto.
Quero somente relembrar o que sucede frequentemente às tentativas de expansão dos impérios, para além das suas zonas de influência tradicionais: No passado, todos eles se depararam com grandes dificuldades logísticas, que levaram a um abastecimento moroso e periclitante da(s) frente(s) de batalha, um esforço económico incomportável, quer do país central da aliança imperialista, quer de potências subordinadas, ao ponto de causar graves catástrofes económicas e sociais, em países previamente estáveis. Outra consequência, é a insubordinação de potências médias dentro da aliança, que sentem desprezados os seus interesses legítimos, posta em cheque a sua estratégia de desenvolvimento e arcando com uma excessiva contribuição para o «esforço de guerra». É neste quadro, que chegam à conclusão de que não se justifica manterem solidariedade com a potência dominante. Por seu lado, esta potência hegemónica manifesta desconfiança, tem intentos pouco claros e total ausência de respeito pela soberania dos seus «aliados». O que descrevo acima, não só pode ser ilustrado com situações de séculos passados: Verifica-se agora, com a aliança atlântica ou NATO, nos últimos anos e com especial acuidade, nos últimos meses.
Sinceramente, não irei chorar pela derrota do Ocidente, como não farei uma apologia dos aliados China-Rússia, em plena ascensão. Apenas quero destacar a desinformação que envolve o cenário: O coro de luminárias que enxameia as redações e as colunas de opinião do «mainstream», não vê o que, porém, é claramente visível: Ou tem cegueira ou miopia. Pelos vistos, a cegueira de quem não quer ver. As primeiras baixas, diz-se, quando rebenta uma guerra, são a objetividade e a neutralidade das análises. Eu penso que se passou a um novo patamar, com esta guerra russo-ucraniana. A media corporativa, não merece sequer «os bytes, os raios hertzianos, ou o papel onde está impressa». Oxalá que a cidadania acorde e veja: que seja a Berezina da coorte mediática.
Por contraste, Scott Ritter, um militar americano com experiência, escreve um esclarecedor artigo sobre o híper- expansionismo da NATO e a húbris dos seus líderes. Ele vê com objetividade como a NATO tem levado ao descalabro os países europeus: Veja AQUI.


domingo, 22 de agosto de 2021

ASSIM VAI O IMPÉRIO


Uma ténue esperança desponta... Esperemos que não seja um efeito superficial, uma ilusão efémera.

Com efeito, a máquina de guerra implacável do império foi - de novo - revelada, na sua obscena exibição de força, naquilo que é, na verdade: um conjunto de mercenários, não só os que se podem designar propriamente como tal, como também as forças oficiais do aparato bélico do império.
Os generais foram derrotados pela enésima vez, mas também os estrategas de gabinete do Pentágono e da Casa Branca, ou os lóbis e «think tanks» que os manipulavam. Eles todos mostraram, uma vez mais, a inanidade do seu pensamento estratégico.


A política do caos, que foi a marca imperial durante dois decénios, pós 11 de Setembro de 2001, foi uma máquina de destruição, mas também corroeu as estruturas que garantiam a estabilidade do «Ocidente», assim como a confiança dos países na esfera de influência mais alargada da potência hegemónica.

No plano monetário também, está-se claramente a chegar ao fim de um ciclo. Agora, o dólar US como moeda de reserva mundial, já é visto como estando perto do fim.
Não se pode ignorar que os maiores atores do sistema monetário ocidental estão a procurar freneticamente uma saída para a enorme crise: O perigo real de colapso do sistema monetário e da montanha de uns 300 triliões de US dólares de dívida, que se acumularam sobretudo nas economias dos EUA e da Europa.


Estão em curso tentativas de lançar moedas digitais, pelos bancos centrais do Ocidente. Elas serão apenas variações das moedas «fiat» atuais, caso não estejam garantidas por algo de sólido, nomeadamente, o ouro.
A este contexto financeiro-monetário, soma-se ou potencia-se o desesperado esforço para descolar as economias ocidentais, financeirizadas, da dependência em relação às economias produtivas do Extremo-Oriente, em particular, da China.
Mas, esta tentativa é fútil. Ela irá provocar um maior empobrecimento nas economias europeias e norte-americanas, já muito depauperadas. Não se pode imaginar, senão no domínio da ficção, que as economias, esvaziadas durante os últimos decénios da sua componente industrial, poderão rapidamente readquirir sua capacidade industrial perdida.

As potências que vão moldar o futuro, goste-se ou não, são a China e a Rússia, com uma constelação de outros Estados, possuindo maior ou menor poderio económico e geoestratégico. Todos eles, estão a agregar-se em várias plataformas, com vista a potenciar mutuamente suas vantagens numa ordem multipolar, sem ter que prestar vassalagem a um «dono e senhor», como é o caso dos países sujeitos ao império, sejam eles fortes ou fracos.
Veja-se o estatuto real da Alemanha: Por maior que seja esta potência, do ponto de vista económico, ela continua a prestar vassalagem à potência hegemónica americana que, sob cobertura da NATO, ocupa o Centro e Oeste da Europa, há mais de 70 anos.


Não se deve, porém, desprezar o poderio dos EUA: Continuam a dispor dum poder temível, pois têm uma capacidade nuclear maior que qualquer outra potência e forças armadas hipertrofiadas. Possuem bases militares - cerca de 800, segundo estimativas prudentes - nos cinco continentes. 
Além disso, reservam-se o privilégio de acumular, sem contrapartida de qualquer espécie, uma dívida astronómica, tendo défices estatais e comerciais durante décadas a fio, graças ao controlo do sistema monetário internacional e da emissão de papel-moeda. 
Os EUA, graças ao seu poderio militar-económico, obtêm a submissão dos governos e políticos corruptos nos países-vassalos.

Mas, a política do caos chegou ao seu fim, no Afeganistão:
Assim como a experiência amarga do Vietname serviu de lição aos jovens americanos que deixaram de ver seu governo como essencialmente benéfico para eles e para os seus «aliados», também a experiência afegã está a mostrar aos americanos e ao mundo que o império tem pés de barro, que os políticos estão sempre a mentir e apenas querem dar a ilusão de que controlam as situações.


No entanto, estes políticos são completamente impotentes para inverter, ou somente travar, as tempestades que eles próprios desencadeiam e lhes vêm parar à porta. Uma economia em involução, nos EUA e nos países da sua órbita, vai desencadear múltiplos fenómenos políticos e sociais.

A crise do «COVID» tem-se revelado como a tentativa de controlar os cidadãos e os Estados, de forma a evitar poderosos movimentos de massas, decorrentes da situação de depressão económica, que se abateu sobre o Ocidente e que poderá arrastar-se durante várias décadas. Esta crise começou em 2008, mas tem sido camuflada pelas medidas cosméticas dos governos e bancos centrais. 


Os poderes precisam, neste contexto, de reforçar os mecanismos do controlo e repressivos. Mas, esta viragem autoritária, totalitária, quer se chame «Great Reset» ou outra coisa, tem uma grande limitação: A impossibilidade de obterem o consentimento dos cidadãos.
Nas democracias liberais, o consenso da cidadania era fundamental para o funcionamento - sem sobressaltos - da economia, até à burocracia de Estado e aos partidos políticos.
Com a coerção e patente violação das liberdades fundamentais, os poderes poderão obter a submissão pelo medo, mas não a adesão voluntária às suas políticas, usurpadoras dos legítimos direitos dos cidadãos. As pessoas comuns vão sofrer perdas, a todos os níveis: económico, de segurança e das liberdades.
Enquanto muitos no Ocidente sofrem as consequências da viragem autoritária, incluindo as campanhas de terror psicológico ao estilo da guerra-fria, o que se passa nos países do «eixo Euro-Asiático»? No sistema multipolar Euro-Asiático em construção, um número considerável de povos sairá da pobreza, terá capacidade de gerar a sua produção e desenvolvimento. Estas nações estarão, cada vez mais, «no centro». 
Pelo contrário, as democracias ocidentais decadentes, incluindo a potência hegemónica que as controla, estão em vias de «terceiro-mundialização».


É impossível prever precisamente como as coisas se vão passar, mas - de uma ou outra forma - a cidadania irá reagir: A dissociação entre governantes e governados origina, necessariamente, uma instabilidade. A casta política e a oligarquia que a sustenta, nunca irão devolver 'de mão-beijada' o poder retirado aos seus súbditos.

Neste contexto, as pessoas devem preparar-se, o melhor  possível:
Há dois conceitos que se deveriam pôr em prática, tanto ao nível individual, como das famílias e comunidades: os conceitos de resiliência e de autonomia, os quais estão ligados.
Prometo escrever sobre esta questão, sob um ângulo prático: «como enfrentar agora um mundo em completa transformação, aos níveis dos indivíduos, das famílias e das relações sociais».

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PS1: Inicia-se nova era pós- invasão americana do Afeganistão. O estado de espírito dos imperialistas parece ser o que vingança, de querer castigar o povo afegão por ter feito sofrer a humilhante derrota ao poderoso exército e ao complexo militar industrial: https://www.moonofalabama.org/2021/09/why-us-plans-for-revenge-in-afghanistan-may-not-succeed.html#more

sábado, 3 de julho de 2021

DERIVA TOTALITÁRIA NA UNIÃO EUROPEIA E NO «OCIDENTE»

O poder que abandonais, que colocais nas mãos dos governantes, serve para vos oprimir*.
                                

- Quantas vezes vos tenho dito isto? De quantas maneiras vos mostrei claramente o que estava em jogo?

- Será que vossa mente é obtusa? Não! Vós tendes tão boa inteligência quanto eu! Será que sou eu que estou a delirar? Não, senão não poderia fazer as previsões acertadas, que tenho feito! 

Quem são as pessoas que «preferem ignorar» as verdades que lhes ponho debaixo do nariz? 

Há dois grupos nesta categoria dos que «ignoram»:

Há aqueles que têm por hábito olhar o mensageiro e avaliá-lo. Consoante a avaliação do mensageiro, a mensagem será credível, ou não. São demasiado recetivos à propaganda do poder. Atribuem a credibilidade a quem detém o poder, veneram o poder. Existem outras pessoas, que «não querem saber», que «preferem ignorar», como crianças que têm imenso medo e fecham os olhos, num esforço desesperado e fútil de «fazer desaparecer» a visão horrenda. O povo diz, com razão, que «não há pior cego do que aquele que não quer ver» e estamos a transformar-nos num povo de «cegos», impotentes e cobardes, incapazes de recusar algo ao poder. 

A «crise do Covid» serviu, entre outras coisas, para mostrar isso mesmo. Serviu para por a nu a psicologia profunda dos contemporâneos, a sua anomia (ausência de vontade própria), a sua cobardia também. Existe - porém - um número grande mas indefinido, desorganizado, que está contra esta situação. Muitos estão a chegar a conclusões semelhantes às minhas. Mas, vai demorar um bocado até muitas destas pessoas conseguirem juntar-se e fazer voz comum, em relação ao mais importante, ou seja, desmascarar os mecanismos pelos quais o povo se deixa iludir, se deixa capturar. Vai demorar o seu tempo. 

Aqui, deixo alguns conselhos às pessoas que têm consciência do que se está a passar:

1- Tem de haver uma retirada da barafunda mediática, não no sentido de ignorar totalmente o que nos querem fazer engolir, mas antes para não ficarmos submersos pela propaganda. A propaganda tem efeito, mesmo naqueles que são contrários à mensagem que ela veicula, pois polariza a sua atenção, a sua indignação. Eles, ao colocarem-se numa postura antagónica, vão reagir em vez de agir. Pode ser exatamente isso que o manipulador deseja: pode ser esse o objetivo encoberto de uma determinada onda de propaganda. 

2- Trata os outros como gostas que te tratem a ti: Deve a pessoa esclarecida colocar-se num plano igualitário, em relação à outra pessoa, seja ela quem for. A condescendência, o paternalismo, a hipocrisia, são totalmente contraproducentes. O outro é tão inteligente como nós próprios. Nós não estamos num plano acima, nem abaixo do outro. Quem não extirpar de si próprio tais sentimentos falsos, não tem capacidade para estar em empatia com o próximo. E o próximo intui isso: ele tem inteligência emocional, que lhe permite distinguir se algo é sincero, ou se é mero teatro.

3- É preciso identificar os mecanismos de manipulação das massas, compreender os processos utilizados pelos poderes. Uma vez que se atingiu tal compreensão, que implica um pouco de conhecimento em psicologia, fica-se imune à propaganda. A partir deste ponto, os que manejam a propaganda não conseguem que tu sejas um foco de disseminação da mesma. O mecanismo é análogo à infeção viral: os que estão imunizados ao agente infecioso, vão destruí-lo, de cada vez que o vírus entrar no seu organismo. Também não pode haver difusão de um vírus (... ou de uma falsa informação) por uma pessoa que seja resistente a este.

4- Sendo o propósito do poder o de manter as pessoas cheias de medo e divididas, é preciso desenvolver uma pedagogia - não uma contrapropaganda! - que combata o medo, que propicie a reconciliação entre as pessoas e onde se manifeste o que há de mais profundo no ser humano, o amor.

5- A História é importante. Ela ensina-nos o que os poderes passados fizeram para oprimir, para esmagar, para enganar, para dividir e colocar uns contra os outros, os que tinham interesses básicos comuns. Ela ensina-nos os caminhos para a libertação da opressão: Como as pessoas souberam desmascarar falsos amigos e se organizaram para vencer a força bruta, ou insidiosa. A História é a disciplina marginalizada, o «parente pobre» no ensino básico, secundário e universitário. Mesmo nos casos em que é ensinada, é-o segundo o ponto de vista dos vencedores, não dos vencidos, ou seja, seu ensino institucional é uma construção ideológica.

6- Agir com conhecimento é elementar. Os poderosos têm um domínio muito grande, pois têm uma visão de conjunto, têm informantes ao seu serviço e  são eles, muitas vezes, a tomar a ofensiva. Portanto, para uma ação eficaz contra a corrente opressora, devem as pessoas estar bem informadas, capazes de antecipar as «jogadas» deles, como num jogo de xadrez: Devem debater entre si, com vista a chegar a um consenso, quais são as melhores táticas, face ao jogo dos oponentes.

7-  Um otimismo sem triunfalismos, é um ingrediente necessário. Deve-se compreender que os adversários cometem erros, que o seu poder é finito e sua inteligência, também. Um efeito estranho, mas comum, é um dos lados se colocar, logo desde o início, na atitude mental do derrotado. Isto é diferente de colocar-se na defensiva. É, pelo contrário, não ser capaz de resistir: é entregar a «partida de xadrez» ao adversário, por capitulação psicológica. Por isso, é importante ter sempre presente que não há poder invencível, não há ditadura que dure sempre, não há inteligência (malévola, neste caso) infinita, não há crueldade que não acabe por revoltar, até quem apoiou o poder tirânico.

.............

* Ver leis de censura, 1933 e 2021:



PS: Ver clip de Snowden, explicando como se chega a um estado mundial de vigilância estatal  https://www.youtube.com/watch?v=Y6xByTqeygY

quinta-feira, 15 de abril de 2021

DIVIDIR É O PROPÓSITO REAL DO MOVIMENTO «WOKE»

 Capitulação de Vercingetórix,  líder dos gauleses perante Júlio César

Quem tem olhos para ver e não tem a cabeça enterrada na areia, já percebeu.
Dividir o povo: Esta é razão porque certas ONGs desenvolvem o activismo «woke». 
Não nos devemos admirar que sejam financiadas por George Soros, através de sua «Fundação para a Sociedade Aberta» e por várias outras instituições capitalistas/globalistas. 
Nem que possam impunemente causar distúrbios e cometer actos de violência; têm a plena «indulgência» do Estado, dos  políticos e das polícias!

Extraí o texto abaixo do blog de Martin Armstrong
 

Citação: 

....
«DIVIDE & CONQUISTA! 

Júlio César conseguiu conquistar a Gália, apesar de seus exércitos serem excedidos, na proporção de 10:1 pelos gauleses, porque os gauleses nunca se uniram, até que fosse tarde demais. Na batalha final, em Setembro de 52 AC, Júlio César ganhou o estatuto de chefe militar lendário, pelo facto do seu exército de 50 mil romanos, ter derrotado 200 mil gauleses, em Alésia, situada na Borgonha. 
As tribos celtas nunca se uniram. César derrotou as tribos belgas, assim como helvéticas. Se elas se tivessem unido, de certeza César não teria podido conquistar a Europa. 

Portanto, quem mantiver seus adversários divididos, ganhará. 
Este é o propósito real do movimento «woke» - dividir e criar ódio entre grupos.»
MAS, HÁ UMA ALTERNATIVA: uni-vos e derrotai o inimigo!
....

-------------------------
PS (10-05-2021)
Uma entrevista recente com Michel Onfray explica a origem e ramificações do movimento woke: https://www.youtube.com/watch?v=VMeClbpgEbk

sábado, 10 de março de 2018

ENTREVISTA EXCLUSIVA DE PUTIN A MEGYN KELLY DA NBC

Não é meu costume reproduzir um vídeo tão longo, porém julgo que é importante fazê-lo porque a media ocidental não está interessada em que as pessoas oiçam e vejam na íntegra este documento. 
Qualquer que seja a visão de quem vê isto, terá a entrevista inteira, não momentos seleccionados, podendo assim fazer uma opinião mais informada. 
Os assuntos discutidos são muito importantes em geral, para a questão da guerra e da paz e, em particular, devido às novas revelações russas sobre armas estratégicas. 

domingo, 3 de dezembro de 2017

CÂMBIO TECTÓNICO NA GEOPOLÍTICA MUNDIAL

...Este câmbio, da maior importância, é passado sob silêncio.

As pessoas, no Ocidente, são condicionadas pela pseudo-informação da media corporativa, que faz tudo para ignorar, minimizar, ou dar uma visão distorcida, das iniciativas dos BRICS e de muitos outros países (mais de 60), que se têm unido a estes, quer no Banco de Investimento Asiático, quer na Belt and Road Iniciative. 

Os BRICS, em Novembro, estabeleceram entre eles que suas trocas comerciais não estariam mais dependentes do dólar, criando uma nota de crédito remível em ouro. Estas mudanças são descritas como tectónicas, analogamente à tectónica de placas da Geologia, porque mudam bruscamente o equilíbrio entre agrupamentos de Nações, propiciando que novos «continentes» se formem e que antigos se dissociem.

Creio que ainda tenho boas hipóteses de ver uma transformação geopolítica no mundo, talvez o início duma nova civilização, como resultado da transição dum mundo unipolar, para um mundo multi-polar. 

O vídeo abaixo, em que Alfred McCoy é entrevistado por Chris Hedges, dá-nos uma rápida panorâmica do declínio do império americano e aponta alguns dos fenómenos na sua origem:

https://www.truthdig.com/videos/chris-hedges-historian-alfred-mccoy-irrevocable-decline-american-empire-video/


O artigo do Asian Times, de Pepe Escobar, analisa qual a razão estratégica pela qual a China lançou a iniciativa «Belt and Road», a Nova Rota da Seda, e os seus rápidos e surpreendentes progressos. 
A filosofia por detrás deste empreendimento é simplesmente a da obtenção de vantagens mútuas para os parceiros envolvidos. Assim, a Geórgia, apesar de influenciada pelos EUA e candidata a entrar na NATO, por um lado, está participando, por outro lado, no projecto da Nova Rota da Seda, o qual lhe permitirá aproveitar o seu potencial como encruzilhada entre a Ásia e a Europa. Mas o artigo tem muitos outros aspectos interessantes.

http://www.atimes.com/article/caucasus-balkans-chinas-silk-roads-rising//




Finalmente, o artigo abaixo, de uma revista do MIT, expõe os avanços dos supercomputadores chineses em relação aos dos EUA. Esta vantagem é significativa, quer em termos de potência, rapidez, ou de capacidade total de armazenamento de dados. 
Este facto não é apenas relevante enquanto constatação da excelência da ciência e tecnologia chinesas; também mostra que, no plano científico e tecnológico, os EUA foram ultrapassados. 

https://www.technologyreview.com/the-download/609468/america-just-cant-match-chinas-exploding-supercomputing-power/


Em termos militares, segundo tenho lido, significa uma superioridade dos chineses em sistemas de detecção precoce da rota de mísseis inimigos e do cálculo automático das rotas que deverão tomar os mísseis, para furar os dispositivos anti-míssil dos adversários. 
Pela primeira vez, peritos militares dos EUA reconhecem que o «Ocidente» (EUA e aliados) não pode ter a certeza de que ganhará - calculam com grande probabilidade cenários de derrota ocidental - em confronto militar directo com as outras super-potências, Rússia e China. 

sábado, 5 de novembro de 2016

ESTES VIDEOS CAPTAM UM MOMENTO HISTÓRICO

ENTREVISTA DE JOHN PILGER A JULIAN ASSANGE

                                              


    - A FONTE DOS EMAILS DE HILLARY
VEM A PÚBLICO:






REVELAÇÕES FEITAS E SUAS IMPLICAÇÕES