terça-feira, 24 de outubro de 2023

[CRÓNICA(Nº19) DA IIIª GUERRA MUNDIAL] A GUERRA VISTA POR OUTRO ÂNGULO

                    Foto: Intenso bombardeamento de Gaza City pela aviação israelita

CONTRASTE ENTRE DINÂMICAS DE DESENVOLVIMENTO E DE GUERRA 

 Na semana passada, o  Fórum das Novas Rotas da Seda em Pequim incluiu - para a integração Euroasiática - investimentos totalizando cerca de 100 biliões de dólares em projetos para novas infraestruturas e para desenvolvimento.

Há dois dias, o presidente Biden apresentou ao Congresso um projeto, votado por unanimidade, consistindo em ajuda militar totalizando mais de cem biliões de dólares, cerca de 60 biliões para  Ucrânia (para comprar mais armas), e para Israel uns 40 biliões (sobretudo para compra de força aérea e mísseis ).

As motivações das águias e falcões imperiais são transparentes, como aponta Pepe Escobar, no seu mais recente artigo.


PARECE-ME FATAL QUE ESTA GUERRA SE GENERALIZE A VÁRIOS VIZINHOS DE ISRAEL. 

Pois a questão central que se coloca é que nenhum muçulmano, seja qual for a sua tendência política, religiosa ou sua nação pode ver tranquilamente a aniquilação de um povo irmão (muçulmano) indefeso em Gaza, sem ficar tremendamente indignado e desejoso de vingança. Os que governam os países árabes da região podem não ser muito ardentes defensores da causa palestiniana, mas se não se mostrarem em sintonia com as massas, podem ter, internamente, que enfrentar uma rebelião. O presidente Erdogan da Turquia está ciente disso, ele sabe que o povo não esqueceu a afronta feita em 2008, com o assassinato de civis turcos, num barco destinado a entregar ajuda humanitária  a Gaza, brutalmente atacado pela marinha guarda-costeira israelita. A marinha de guerra turca está posicionada perto de Israel, ao largo de Chipre.

Seja qual for o desenrolar desta guerra assimétrica Israel-Palestina, o certo é que o campo pró-palestiniano está reforçado como nunca,  inclusive, as simpatias pelo Hamas cresceram muito. Este movimento está a conseguir efetuar  a reunificação de toda a resistência palestiniana.


PROPAGANDA DE GUERRA DO OCIDENTE 

A propaganda do Ocidente, tanto as narrativas do governo dos EUA e de governos seus vassalos, como as duma media prostituída aos poderosos, não deixa que a real complexidade da situação político-militar seja perceptível pelo público, em geral. É preciso ir á procura ativa de fontes não alinhadas com o «globalistão», para se perceber quais as cartas possuídas pelos diversos intervenientes. As mentiras repetidas das autoridades de Israel deveriam fazer com que os jornalistas ocidentais olhassem com sentido crítico as suas histórias. Mas, pelo contrário, transcrevem acriticamente essas mentiras, nunca as confrontando com factos do terreno. Esta atitude da media é semelhante às sucessivas «notícias», segundo as quais as forças ucranianas estavam prestes a causar tremenda derrota no exército russo. Isto foi dito e redito, tantas vezes e de forma obviamente enganosa. O resultado, quando a realidade veio deitar por terra tais narrativas, foi que muitas pessoas acordaram para a natureza da media de massas.


JOGO PERIGOSO DO OCIDENTE

O jogo do «Ocidente coletivo» além de nojento - porque não se importa que as forças armadas de Israel anunciem e cometam um genocídio perante o olhar do Mundo inteiro - tem uma vertente de irresponsabilidade inquietante, pois assopra nas brasas quentes da destruição de Gaza, parecendo que o seu objetivo é o de causar uma guerra regional, com possibilidade de evoluir rapidamente para uma guerra generalizada. Pensam que assim, poderão obter a dominância total e definitiva do Ocidente sobre o resto do Mundo!  

Se os políticos no poder, nos países ocidentais, fossem sujeitos à crítica livre e esclarecida, não poderiam manter-se no poder. Por isso, a matança dum povo tem de ser recoberta de um manto de mentiras!


PS1: Mecanismo de propaganda de guerra e de lavagem ao cérebro:

A media corporativa, unanimemente, toma posição a favor de Israel. Basta ler os títulos, em que sistematicamente classifica o conflito como «Guerra Israel -Hamas». Este é seu modo hipócrita de colocar a situação, escondendo a vontade (e os atos) de genocídio anti- árabe, por parte dos sionistas, desde antes de 1948. 

Habilmente, deslocam o problema, como se fosse a questão do «Hamas, organização terrorista» que estivesse em causa, quando é o próprio Estado, Governo e Forças Armadas de Israel que (coletivamente) cometem atos terroristas, criminosos e estão a exterminar civis inocentes na Faixa de Gaza. 

PS2: Uma lição esclarecedora do Coronel US Douglas Macgregor: 

https://www.youtube.com/watch?v=00frv5blaXM


PS3: Leia como um jornal dito «de esquerda» faz censura despudorada sobre a questão Palestiniana

https://www.globalresearch.ca/surge-suppression-how-guardian-applies-censorship/5837810


segunda-feira, 23 de outubro de 2023

A contra-ofensiva ucraniana, um simulacro mal-intencionado

domingo, 22 de outubro de 2023

[CRÓNICA (nº18) DA IIIª GUERRA MUNDIAL] JOHN HELMER ANALISA CONFLITO ISRAEL/PALESTINA


O público parece estar completamente ignorante das manobras e preparativos que só podem significar que os diferentes atores estão a posicionar-se para uma guerra. 

De acordo com John Helmer, a situação presente no terreno do conflito Árabe/Israel:

Current battlefield situation

13. On the Gaza front, Hamas has fought the IDF to a standstill outside the Gaza border wall. The Israel Air Force has dropped about 4,000 tonnes of bombs per week, 8,000 tonnes to October 21; that is more than the US Air Force dropped on Afghanistan in the peak year of 2019.   More than 3,500 Palestinians have been killed so far, including at least 1,030 children  and hundreds of family units; more than 12,500 people have been injured, one million Palestinians displaced, and thousands of homes destroyed. About 1,200 are missing believed to be trapped under the rubble. The Israeli and US government record, reported by the Institute for the Study of War (ISW) in Washington, documents the continuing firing from Gaza into Israeli territory in what the ISW calls its “Iran updates”.   A prolonged IDF siege threatens to kill several hundred thousand Palestinians by starvation, dehydration, disease, and a combination of artillery and aerial bombardment,  while leaving the Hamas forces relatively unscathed and waiting to inflict a higher rate of casualties on the IDF than it has ever experienced.   

14. On the northern front across the Lebanon border, there have been exchanges of missile, drone, anti-tank rocket, artillery, and mortar fire between the IDF and Hezbollah. There have been casualties on both sides. Border settlements on the Israeli side have been evacuated to the south. For a summary of the ISW reports favouring Israel, read this;    For maps and summaries of military action as of October 20 on the Gaza and northern fronts, as well as the Golan and West Bank, click to open.

Incident map on the northern front between October 12 and 17; source:  https://www.washingtonpost.com/


15. US forces on the Jordan front. The Israeli press has been reporting some details of USAF reinforcements at the Muwaffaq Salti Air Base in the northeastern corner of Jordan and possible Marine deployments in Jordan.  Whether the Marines will be moved to defend the Al-Tanf base on the Syrian side of the border, 230 kilometres northeast of Muwaffaq Salti, isn’t known.


Top, right – the US airbase at Muwaffaq Salti; source: https://twitter.com/
According to an Israeli report, “a squadron of U.S. F-15E Strike Eagle bombers based in Britain was deployed over the weekend at the Muwaffaq Salti Air Base east of the Jordanian capital of Amman. Another squadron of A-10 attack aircraft has also been deployed there.”  Bottom, the location of Al-Tanf in Syria across the Jordanian and Iraqi borders.

16. Russian and Chinese navy deployments. The Russian fleet based at Tartous, Syria, is at sea, as reported here.   At the moment, there are as many, possibly more Chinese vessels of the 44th Naval Escort Task Force in the Persian Gulf.   The anti-surface, anti-submarine, and anti-air missile capabilities of the Type-052D destroyer can be followed here,  and of the Type-054A frigate here.  For the time being, the significance of this Chinese screen to deter a US-Israeli missile and aircraft attack on Iran has been missed in the western press and by Russian military reporters.


 Bottom: the Chinese Defense Ministry announcement of the arrival of the destroyer Zibo and frigate Jingzhou at Kuwait on October 19.  

Armageddon strategy
17. US Afghanistan War veteran: “Suppose Israel and the US understand they are facing an existential survival future in which they must combat swarm attacks on three or four fronts — Gaza/Hamas, North/Hezbollah, Golan/Syria/Iran, and West Bank/Jordan, and they calculate the Arabs have at least a 30 to 60–day arms supply in stock, do they calculate they can withstand a multi-front offensive for enough time, resupplied by air from the US? If they calculate that they can withstand a 30-day multi-directional swarm, they must understand that, at a minimum, Israel’s infrastructure and economy will be ruined. In a scenario like that, even if they ‘win’, they lose. In terms of airlifting and shipping supplies, we’ve already seen that the Arabs can hit Israeli military and civilian airfields, airports and seaports. Defending Israeli infrastructure with their air defence capability is the main mission of the strike groups the US is deploying in the eastern Mediterranean and in the Red Sea.

According to the Pentagon on October 19,  the USS Carney, a part of the USS Gerald Ford group, had transited into the Red Sea through the Suez Canal the day before and was in the northern Red Sea when it intercepted three land attack cruise missiles and several drones.

Western societies like Israel cannot function without solid, reliable, electrical power and communications services. We can be certain that power generation, transmission and distribution will be targeted by the Arabs non-stop. The cell towers and central communications centres will be too.”

18. Moscow source. “When does the threat to Israel become so dire, they go nuclear, and when they do, against what targets will they fire – Hamas, Beirut, Damascus, Teheran?*  The US won’t accept a Palestinian state so the only option left for the Palestinians, Arabs, Iranians, possibly Turks is to fight with this new kind of warfare whose objective is to cut into the flesh and bones of the Israeli adversary, and make life in that state unviable. Without a Palestinian homeland, all of Israel and the Arab territories become a battlefield. The IDF options then shrink to two – carpet bombing and mass killing of the civilian population centres on all fronts at once. If that isn’t sustainable or effective for the Israeli-American purpose, then option 2 is to attack Lebanon, Syria and Iran to stop the flow of reinforcements. But that’s regional war, and it can only be conducted by the Israelis with full US military participation. This becomes nuclear very quickly because President Putin has already placed the Kinzhal missiles in range of the US carrier fleet in the eastern Mediterranean, and the Chinese have installed their screen to protect Iran. It’s obvious that the race hatred policies of Biden and Netanyahu, and their belief that God has chosen them both as destroyers for their people, lead to the final, nuclear weapons solution. The Russians and Chinese can maximise their limited military projection by deterring, or if need be pre-empting a nuclear attack on the Arab cities or Teheran. For this to work, the Russians and the Chinese need to say more – loudly so there’s no mistaking what they mean.”

[*] In 1983, in conversation with his General Staff, Iraq’s President Saddam Hussein said: “the Iraqis would be able to withstand three years of fighting in a war. However, the Israelis cannot withstand one year of fighting in a war.” In April 1990 Hussein was hosting Yasser Arafat of the PLO in Baghdad. “[Israel] has 240 nuclear warheads, 12 out of them for each Arab capital,” Arafat said. Saddam replied: “I say this and I am very calm and wearing a civilian suit [everyone laughs]. But I say this so that we can get ready at this level.” Quoted in The Jackals’ Wedding, page 16.


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Manifs em várias capitais europeias contra o genocídio dos palestinianos pelas forças israelitas. Abaixo um vídeo sobre a manif em Londres (mais de 100 mil manifestantes):


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Ver a entrevista de Amin Maalouf ao «Le Monde» na ocasião da sua eleição à Académie Française.

PS:
24/10/2023: Se os meus maiores receios se concretizarem, haverá um massacre/genocídio total em Gaza, enquanto os «ocidentais», muito democraticamente, aplaudem a «única democracia no Médio-Oriente». Também os maiores inimigos de Israel na região, em termos militares (o Hezbollah e o Irão), não vão concretizar suas ameaças, porque Netanayahu os ameaçou com a bomba nuclear: Eles sabem que ele é capaz de concretizar a ameaça.
Temo, portanto, que vá concretizar-se o genocídio - a sangue frio - dumas centenas de milhares de inocentes em Gaza, sob o olhar indiferente, assustado, ou divertido, dos que teriam possibilidade de obrigar o governo de Israel a recuar. Segundo informação credível, já 2000 crianças morreram, em Gaza, sob as bombas israelitas.

Consultem: 


JANE MORGAN: TRÊS CANÇÕES

My Favorite Things



Raindrops on roses and whiskers on kittens
Bright copper kettles and warm woolen mittens
Brown paper packages tied up with strings
These are a few of my favorite things
Cream-colored ponies and crisp apple strudels
Doorbells and sleigh bells and schnitzel with noodles
Wild geese that fly with the moon on their wings
These are a few of my favorite things
Girls in white dresses with blue satin sashes
Snowflakes that stay on my nose and eyelashes
Silver-white winters that melt into springs
These are a few of my favorite things
When the dog bites
When the bee stings
When I'm feeling sad
I simply remember my favorite things
And then I don't feel so bad

A primeira canção é extraída do filme «Música no Coração», com Julie Andrews como protagonista e com belíssimas canções, que nos encantaram quando primeiro vimos (anos 60) o filme e nos encantam agora. Esta canção, como outras do filme, foi retomada por inúmeras interpretes. É uma enumeração das pequenas coisas que nos alegram  a vista e o coração, tendo como conclusão que - quando estamos tristes e nos lembramos dessas pequenas coisas - conseguimos ficar melhor.

Pennies From Heaven 


And every time it rains, it rains
Pennies from Heaven 
Don't you know each cloud contains
Pennies from Heaven? 
You'll find your fortune falling all over town
Be sure that your umbrella is upside down
Trade them for a package of sunshine and flowers
If you want the things you love, you must have showers
And when you hear thunder, don't run under a tree
It'll be pennies from Heaven, for you and for me
Pennies from Heaven é uma canção popular americana de 1936, que foi retomada num filme com o mesmo nome. Foi uma das mais célebres canções interpretadas por Bing Crosby, que lhe valeu estar no topo de vendas de discos durante dez semanas.
Esta canção é um conselho - metafórico - para aguentar na adversidade; de ver que a «chuva» tem sempre um lado positivo. Em 1936, os americanos estavam a começar a sair da Grande Depressão. Era também o tempo de uma certa esperança e de um renovo, com o «New Deal». Mas, isto será talvez uma interpretação abusiva da minha parte. Pois, de facto, a canção é magnífica e a letra aplica-se também hoje: Na vida há sempre períodos de «mau tempo»!


Till


Till the moon deserts the sky
Till  all the seas run dry
Till then I'll worship you
Till the tropic sun grows cold
Till this young world grows old
My darling, I'll adore you
You are my reason to live
All I own I would give
Just to have you adore me
Till the rivers flow upstream
Till lovers cease to dream
Till then I'm yours, be mine


«Till» é uma canção adaptada a partir dum original francês, "Prière Sans Espoir". Houve uma época, nos anos 50 e 60, em que a canção francesa era muito apreciada nos países anglófonos. Fizeram-se muitas versões em inglês de canções francesas (por exemplo: «Autumn Leaves», a partir de «Les Feuilles Mortes»). Além disso, Jane Morgan fez carreira em França, cantando em inglês e em francês. Ela cantava em francês sem nenhum acento. A sua dicção era perfeita e pode ser apreciada nas gravações, que selecionei.

Outras canções por Jane Morgan:



sábado, 21 de outubro de 2023

O DÓLAR PODERÁ SOBREVIVER; MAS O SISTEMA QUE O SUSTENTA ESTÁ CONDENADO


As pessoas estão condicionadas a pensar em termos de divisas-fiat*. Pensam que o dólar «sobe», em relação a outras divisas. Não compreendem que há uma descida geral do valor das divisas.

Porém, esta é que seria a maneira correta de avaliar e compreender a inflação. Se o preço de mercadorias sobe, isso significa que aumentam as unidades monetárias para comprar as mesmas quantidades desses bens. Portanto, cada unidade monetária - sejam dólares, euros, libras, etc. - perdeu parte do seu valor, perdeu capacidade aquisitiva.

A quantidade de dólares em circulação, no mundo inteiro, é enorme: Muitos deles, são criados fora do sistema americano: São resultantes de empréstimos em dólares, efetuados nos mercados internacionais, entre terceiros, não-americanos. Em todo o mundo, os bancos, quer os comerciais, quer os centrais, têm reservas de dólares-cash. Uma parte desses dólares, está sob forma de obrigações do tesouro dos EUA, as «Treasuries». Estas, recebem um pequeno juro; o que é melhor do que ficarem grandes somas de dólares à ordem, sem qualquer juro.

Nos últimos tempos, a de-dolarização manifesta-se por um excedente de venda de «Treasuries» sobre a sua compra, nos mercados internacionais. Este desfazer das obrigações do tesouro dos EUA pode ter causas diversas: Pode um país precisar de cobrir os seus défices comerciais, usando dólares em reserva. Pode precisar de pagar juros de dívidas contraídas em dólares, ou fazer pagamentos a diversas entidades. A não aquisição - pelos particulares ou por Estados terceiros - das Treasuries postas à venda no mercado internacional, obriga a que o Tesouro americano ou o Banco Central (a Fed) as adquiram. É um facto que - devido ao estatuto de divisa de reserva mundial - os EUA podem fabricar novos dólares (sob forma digital, muito maioritariamente) para cobrir as despesas enormes do orçamento americano e também comprar Treasuries e pagar o juro das mesmas.

Porém, este jogo não poderá continuar indefinidamente. Ele é limitado, pelo menos, por dois fatores: A confiança dos compradores/detentores de dólares e de Treasuries, por um lado; por outro, chega um ponto em que são necessárias somas incomportáveis do Orçamento Federal para pagar os juros das Treasuries e a própria dívida. Não há real opção da Fed deixar de comprar Treasuries. Ela faz isso para sustentar o seu valor que, no caso contrário, desceria a pique, enquanto os juros correspondentes subiriam às nuvens.

O dólar perdeu cerca de 97% do seu valor, desde que a Reserva Federal foi criada, em 1913. Outras divisas perderam ainda mais, algumas deixaram de existir; muitas vezes, seu valor foi completamente tragado por inflação galopante. O dólar é apenas uma divisa que conserva ainda algum valor, mas somente em termos relativos às outras divisas. Estas, têm um comportamento ainda pior que o dólar.

Os défices monstros dos EUA, em termos comerciais e do orçamento de Estado, desencadeiam produções astronómicas de dólares. Ultimamente, foi atribuída a soma de cem biliões de dólares (40 biliões de $ para Israel e 60 biliões de $ para a Ucrânia ), em excesso dos 33 triliões da dívida pública dos EUA. Até agora, os dirigentes dos EUA têm acumulado dívida de forma totalmente impune. Porém, estas políticas de hiper endividamento irão brevemente tornar-se hiper inflacionárias: É que as pessoas, os Estados e as empresas deixam de ter confiança na divisa dólar e, por extensão, nos veículos financeiros denominados em dólares.

O ouro e a prata atingiram, esta semana, novos máximos e, provavelmente, irão subir muito mais. Mas, quando pensamos assim, estamos a pensar no preço dos metais preciosos em termos de divisas. Na verdade, os metais não "sobem" nem "descem", não pesam mais, nem menos, não mudam de estado da matéria, nem de propriedades físicas. Deveríamos - pelo contrário! - cotar as divisas em termos de ouro, ou de prata. Um grama de ouro custa 63,7 € hoje; o mesmo grama, há 5 anos, custava 39,8 € . Na verdade, não foi o ouro que subiu, foi o euro (ou qualquer outra divisa) que desceu, que perdeu capacidade aquisitiva. Os metais preciosos são apenas um indicador, entre outros, da perda de valor das divisas fiat.

Um sistema assim, não pode continuar por muito mais tempo. A taxa verdadeira de inflação é muito mais alta que as percentagens divulgadas nos media e nas estatísticas oficiais.

É nestas ocasiões, que costumam surgir as guerras. As guerras têm sempre causas económicas (embora também tenham outras, claro). Uma das situações económicas mais comuns, é os dirigentes estarem a braços com uma grande crise e não saberem o que fazer, para ocultar sua responsabilidade nela. Então, lançam os seus países para a guerra, o que «soluciona» as dificuldades, desviando a atenção do povo para a(s) ameaça(s) externa(s). Muita gente não vê que a miséria do seu país resulta das políticas do governo.

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*Divisas-fiat são divisas que só estão sustentadas pela crença do público na palavra das autoridades, do governo.


PS1 (28/10/23): Jim Rickards faz uma avaliação interessante da situação da economia dos EUA e mundial. 

https://www.youtube.com/watch?v=WF0arRcGNrg

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

SABE O QUE SÃO "TURBO-CANCROS"?


                                                 https://www.youtube.com/watch?v=jViu40SKeHI

Este vídeo é factual, os dados são rigorosos, a comunidade médica internacional está a reagir, depois da letargia e do medo que a paralisaram durante os dois anos após as «vacinas» de ARNm contra o Covid. 

 É muito grave que os problemas decorrentes da injeção de ARNm não sejam explicados às pessoas. O consentimento esclarecido do público, supostamente obrigatório pelas leis éticas e sanitárias dos países e convenções internacionais, foi transformado numa farsa. A coação do pessoal de saúde (para tomar a tal «vacina») reinou e reina em muitos hospitais e clínicas. Muitos empregos obrigam a que as pessoas estejam «vacinadas» contra o COVID e, provavelmente, isso inclui os «rappel» ou «boost» (injeções periódicas da «vacina»).

O silêncio e a ocultação são particularmente graves porque atrasam o diagnóstico e o tratamento adequado destes cancros, nunca vistos antes. Sobretudo, porque vão causar que muitas pessoas venham a ser as próximas vítimas. Elas poderiam ser poupadas a sofrimentos e morte, caso se fizesse parar a máquina infernal, que não tem outro propósito, senão o lucro das multinacionais farmacêuticas. 

Comente e divulgue este vídeo junto de amigos e parentes; divulgue também junto de médicos e pessoal de saúde !


quarta-feira, 18 de outubro de 2023

CENÁRIO PLAUSÍVEL PARA UMA IIIª GUERRA MUNDIAL


Albert Einstein é bem conhecido como um grande físico teórico, pai da Teoria da Relatividade. Poucas pessoas, no entanto, sabem que ele foi socialista revolucionário e pacifista*

Tenho feito uma análise frequente das relações internacionais, dos aspetos militares das mesmas, aos económicos e diplomáticos. Tenho avisado em várias ocasiões, que o Mundo tem estado a encaminhar-se (não por fatalidade, mas por loucura de certos dirigentes) para uma nova confrontação. A dinâmica dessa confrontação já se tornara patente, em múltiplos aspetos. Somente não viam esta situação, as pessoas demasiado condicionadas pela propaganda dos media (máquinas de propaganda, disfarçadas de órgãos de informação).

A propaganda já não chega - agora - para ocultar a situação. Porque estamos em grave risco de assistir ao desencadear dum confronto generalizado, como na Primeira Guerra Mundial. Nessa época, pelo jogo das alianças, a agressão contra um país, implicava declarações de guerra de todo um conjunto doutras potências. 

Assim como nesse tempo, hoje, pode acontecer que um ataque contra a Síria, por Israel (como tem havido nestes últimos dias) receba resposta. Neste caso, o Hezbollah, o Irão e, na retaguarda, a Rússia, estarão do lado sírio, assim como a população palestiniana. Os israelitas serão apoiados pelos EUA e pela OTAN, mesmo que não seja a OTAN formalmente, enquanto organização.

Temos assim o cenário deliberado, claramente provocatório, com os ataques de Israel contra os aeroportos sírios de Damasco e Alepo.

Israel procura envolver diretamente os EUA no conflito. Mas o envolvimento direto dos EUA vai atingir interesses geoestratégicos vitais da Rússia e do Irão. Será impossível, nesse caso, eles não defenderem a Síria e não se defenderem a si próprios. 

Pode parecer loucura haver um governo apostado em desencadear eventos cataclísmicos. Mas Netanyahu e a extrema-direita sionista em Israel, têm demonstrado serem capazes de tudo para se manterem no poder.

Um confronto direto entre os dois grandes blocos, significa, a termo, uma escalada ainda maior, com o risco de utilização de arma nuclear. Logo que esta seja usada por um dos lados, o outro irá desencadear um contra-ataque nuclear. Provavelmente, será o fim da civilização humana.

*Como dizia Einstein «Não sei como será exatamente a IIIª Guerra Mundial, mas a 4ª Guerra, se ela vier a acontecer, será - com certeza - combatida com paus e pedras»

PS1: A recusa de vários países árabes (Jordânia, Autoridade Palestiniana, Egipto, Arábia Saudita) em receber Biden, depois de terem tratado o Secretário de Estado Blinken (nos EUA, secretário de Estado equivale a ministro dos negócios estrangeiros) muito friamente, mostra que a diplomacia dos EUA não é tomada a sério, que falhou completamente em relação aos árabes. Estes, provavelmente irão acolher os serviços de Putin e/ou de Xi, para intermediação no conflito Israelo-Árabe. 

Os neocon nos EUA, que dominam a política externa e de defesa, empurram constantemente para políticas de confronto e provocação com outras potências rivais.