ESTES TRÊS RESULTADOS CIENTÍFICOS PUBLICADOS E CITADOS PELO PROFESSOR Sucharit Bhakdi, MD, PROVAM QUE A JÁ EXISTENTE IMUNIDADE DE GRUPO ACTUA CONTRA O VÍRUS SARS-COV-2, O QUE PÕE EM QUESTÃO A UTILIDADE E BOM SENSO DA VACINA.
O EFEITO DE INTENSIFICAÇÃO (ENHANCEMENT) QUE SE OBSERVA NALGUMAS PESSOAS É UM RISCO MORTAL E INÚTIL, QUE SE FAZ CORRER.
Nota: O prof. Bhakdi tem sido muito difamado por «fact-checkers». Se fizermos uma pesquisa rápida na Internet, encontramos uma abundância de biografias negativas, claramente para o desacreditar e afastar as pessoas menos esclarecidas em relação a suas posições.
No entanto, eu e muitos com formação específica em biologia molecular e imunologia, temos o prof. Bhakdi em elevada estima, pela sua rigorosa exigência quando descreve factos e mecanismos.
Não tenho dúvidas sobre a sua competência, a qual não pode ser posta em causa, dado os lugares cimeiros ocupados na Alemanha.
Estamos numa época bruta, onde interesses ocultos destroem a imagem e a reputação dos mais eminentes cientistas, a partir do momento em que estes estejam em desacordo com a ortodoxia.
Em que é que consiste a ortodoxia? Numa visão ultra-simplista dos problemas, diria bastante ideológica até, embora com o aval de entidades prestigiosas como o CDC, a FDA (nos EUA) ou a OMS. No entanto, estes organismos têm provado estar muitas vezes enganados e veicular pontos de vista muito criticáveis:
1) As diretrizes para contabilizar os casos e as mortes por COVID19; 2) a utilização de um teste PCR que não tem de facto a capacidade de diagnóstico em relação ao COVID, ainda por cima, aconselhando um número de ciclos de replicação que claramente dão um enorme excesso de falsos positivos; 3) A difusão de falsas informações e a promoção de «estudos» supostamente provando que medicamentos como a hidroxicloroquina ou a ivermectina não tinham eficácia terapêutica, um desses estudos até teve de ser retirado da revista Lancet, por estar comprovadamente «aldrabado»; 4) A sistemática diminuição da contagem de casos de efeitos secundários e de mortes consequentes à administração de vacinas anti-COVID, de tal maneira que os dados oficiais deixaram de ter qualquer credibilidade; 5) O facto de não decretarem a interdição da utilização de vacinas para mulheres grávidas (!), para crianças e jovens adultos, para pessoas que já foram infetadas com o vírus SARS-Cov-2 e que recuperaram... Tudo isto para favorecer as farmacêuticas.
Na realidade, o prof. Bhakdi afirma que é insensato vacinar quando a imunidade natural é elevada e quando se verificaram casos de formação de trombos e coágulos, que podem ir para o coração, pulmões e cérebro, em pessoas que receberam a vacina.
Comparar a taxa de efeitos secundários e de mortes causadas pela vacina, com a morbilidade e óbitos causados pelo próprio vírus é uma falácia, como já expus AQUI. Esta comparação falaciosa é usada repetidas vezes na media, o que mostra o nível baixíssimo da campanha destinada a enganar o público.
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PS (08/07/2021) : Relacionado com o assunto, aqui traduzo uma parte de artigo por Teodrose Fikremariam, publicado em Global Research a 07 de Julho de 2021
[...] Durante décadas, o protocolo padrão para determinar a segurança e eficácia das vacinas exigia que todos os produtos farmacêuticos fossem submetidos a ensaios clínicos que tinham cinco fases. Cada fase envolvia uma testagem rigorosa, estudos de «duplo-cego», quadros de falecimentos e meticulosas revisões por pares. Estes passos eram essenciais para eliminar as distorções comuns e para garantir que os benefícios de curto prazo não eram anulados pelos riscos de longo prazo. Estas etapas prévias exigentes, foram pela primeira vez ultrapassadas quando se tratou das vacinas contra o Covid-19, razão pela qual estamos a ver um número recorde de acidentes e de mortes associadas com elas.
A base de dados do VAERS (pertencente ao CDC) mostra a explosão do número de acidentes e mortes associadas apenas com crianças. O mesmo padrão é observável na população vacinada em geral.
Os acontecimentos que estamos testemunhando em tempo real, deveriam ser a base para um Julgamento de Nuremberga Nº2. Os políticos, figuras públicas, funcionários superiores e profissionais médicos fizeram criminosamente com que o público tomasse as não testadas e inseguras «vacinas» e serviram-se do seu status para condicionar mais de 2 biliões de pessoas a receberem uma vacina cuja toxicidade poderá um dia causar um holocausto global. Da mesma maneira que médicos Nazis injetaram judeus e «indesejáveis» com drogas experimentais, pessoas em cargos de autoridade estão a exercer coerção, em seus países e no mundo, sobre biliões de seres humanos, sem que estes tenham dado seu consentimento informado. [...]
(Acima) Mapa do Afeganistão: A negro, áreas controladas pelos talibans; a vermelho, áreas contestadas; a cinza, áreas sob controlo do governo de Cabul
A derrota é total, depois de uma guerra cruel DE VINTE ANOS contra os talibans, mas também contra a população dum país, que nunca se deixou dominar passivamente. O resultado é que a insurreição taliban controla quase todo o país. Ela está agora a cercar a poderosa base militar US de Bagram, onde as tropas US tinham enormes recursos militares e de espionagem*. O seu abandono precipitado, ao ponto de deixar material estratégico intacto, só tem paralelo com a desesperada fuga de Saigão, no verão de 1975.
Nessa altura, o mundo contemplou a derrota humilhante dos americanos e o desespero com que se agarravam aos trens de aterragem dos helicópteros, que conseguiam escapar-se do telhado da embaixada dos EUA em Saigão.
Na longa história de sofrimento deste país da Ásia Central, são proeminentes as responsabilidades de todos os dirigentes dos EUA, desde o tempo em que o Presidente Jimmy Carter dava o aval a Zbigniew Brzezinski para apoiar a guerrilha dos mujahedin contra o governo do Afeganistão, considerado demasiado próximo da União Soviética.
Infelizmente, os grandes responsáveis pelas mortes e desgraças das guerras quase nunca são capturados, julgados e sentenciados pelos seus crimes. Entre eles deve-se incluir o «complexo militar-industrial-securitário», composto por grandes capitalistas e fundos de investimento. São, não somente as empresas envolvidas no fabrico de armamento, como também as empresas tecnológicas e ainda os que na administração, o «Estado Profundo», têm tomado a defesa dos interesses destes grandes capitalistas.
Fica-me uma pergunta: como é possível, que pessoas tão sabedoras como eu, daquilo que tem sido o desempenho militar dos EUA e aliados da NATO, no século XXI (só para falar deste século), não considerem que a «democracia ocidental», tão apregoada, é apenas uma capa vazia, sem qualquer real significado, senão o de perpetuar a ilusão nos eleitores?
Base de Bagram, saqueada depois de abandonada pelas tropas US a meio da noite
Helicóptero na fuga de Saigão Verão de 1975
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(*) «Initially, the Taliban spokesman said that everything had been either been taken by the Americans or destroyed, but it seems that U.S. forces have left behind radar and navigation systems as well as hundreds of vehicles.»
PS1: O americanos deixaram Bagram à socapa, sem sequer dar tempo ao exército governamental afegão de tomar conta do local. Resultado? A base foi saqueada durante a noite. Os saqueadores não serão necessariamente talibans. De qualquer maneira, vê-se como os americanos, apesar de toda a retórica, se importam pouco com a estabilidade do governo de Cabul.
A oligarquia que nos governa sabe que não conseguirá manter o poder, a não ser que possa controlar os recursos de que as sociedades precisam para subsistir. Em primeiro lugar, os recursos energéticos.
O chinfrim em torno do suposto efeito terrível do CO2 (um gás perfeitamente inócuo, essencial para a fotossíntese), a criação e cultivo da psicose de massas, especialmente nas crianças (veja o fenómeno Greta Thunberg), não tem nada de científico, nada de objetivo. É uma enorme operação de «psi-op» (operação psicológica).
As pessoas que - como eu, durante algum tempo - pensaram que o chamado «efeito de estufa» ou «alterações climáticas», resultava de uma visão errónea, de um efeito de má ciência, de pessoas científicas bem intencionadas, mas completamente iludidas, estavam equivocadas. Confesso o meu engano: De facto as pessoas mais responsáveis pelo alarido mediático em torno das «alterações climáticas», competentes ou não nos seus domínios científicos, estavam e estão a fazer conscientemente (na grande maioria) parte dessa enorme psi-op. Se são cientistas, renunciam a sê-lo, quando recusam observar evidências que ponham em causa essa teoria, que aliás, é-nos sempre apresentada com o selo da «certeza científica», como se isso existisse. Os cientistas e as pessoas cultas sabem que a ciência real é feita de polémicas, de debates, de visões discordantes que se digladiam, não é um assunto de «consensos»...
Na ciência, alguém como Galileu tinha o status quo da época a apoiar a posição oficial da Igreja, contra ele, mas ele é que tinha razão! Em ciência, não importa quantos eminentes físicos diziam que Einstein não tinha razão, que o modelo último da realidade física continuava a ser a física newtoniana. Eles tiveram de reconhecer todos que eles é que estavam errados e que Einstein estava certo, com a sua Teoria da Relatividade. O mesmo se pode dizer de Alfred Wegener (teoria da deriva continental), de Stanley Prusiner (descobridor do prião e prémio Nobel) e de muitos outros...
Mas, o que me faltava compreender, era isto: Os cientistas e eminências da administração científica, são homens e mulheres como os outros, suscetíveis de rasgos de grandeza ou de abismos de mesquinhez.
A grande falsificação que foi levada a cabo aquando da crise do COVID, e que contou com a colaboração ativa de algumas eminentes estrelas mediáticas da ciência, que não tiveram sequer a dignidade de defender colegas tão ou mais notáveis que foram difamados, cujos nomes foram arrastados na lama, que foram perseguidos, por não se conformarem com a ortodoxia, foi a situação que despoletou uma visão clara por analogia, do que se passara anos antes, no domínio da ciência do clima. Os interesses eram muito fortes, tanto num como noutro caso.
A capacidade de corrupção de indivíduos e instituições poderosas, imensamente ricas é inimaginável. Poucas pessoas resistem a uma campanha de sedução (nalguns casos) ou de difamação (quando a sedução falha), noutros casos. Eles têm, para além do dinheiro, uma real possibilidade de decidir da carreira de cientistas, mesmo daqueles em lugares de topo. Os cientistas, mais ainda que os políticos, dependem de doações para realizar o seu trabalho. Os doadores podem ser entidades públicas, mas atualmente têm sido sobretudo entidades privadas, desde empresas farmacêuticas (interessadas na aprovação de vacinas anti-COVID obrigatórias), a empresas como a Tesla e outras, cavalgando a onda do «zero carbono». Enfim, não há nenhum laboratório - seja ele de ciência fundamental, seja aplicada - que não esteja fortemente condicionado pelos doadores, nos projetos que aí se desenvolvem.
O projeto de uma «revolução verde» ou «green new deal», tem como objetivo central uma reconversão industrial destinada a preservar os recursos, finitos e de cada vez mais difícil extração, para a elite no poder. Para isso, eles têm que deitar abaixo a infraestrutura industrial da era dos combustíveis fósseis, para a converterem em algo que possa não exaurir os recursos restantes. Isto implica uma drástica redução do potencial de consumo das massas, um empobrecimento real. Mas eles não podem afirmar isso, não conseguiriam que as pessoas aceitassem sacrifícios reais, tanto mais que elas foram condicionadas a viver numa sociedade de consumo, habituadas a consumir mais, de ano para ano.
Faz toda a diferença saber-se para quem se destinam as reformas estruturais indispensáveis: se para a imensa maioria, se para uma oligarquia dos ricos. Se as pessoas comuns tivessem seus representantes e estes fossem realmente preocupados em salvar o planeta, então não haveria nada a objetar, no essencial. Mas, só uma criança ingénua poderá acreditar - por um instante - que isso é assim. A elite do dinheiro e do poder é um grupo restrito de homens e mulheres, que concentra quase toda a riqueza mobilizável do planeta; são eles que decidem como atribuir os triliões de dinheiro público, assim como os projetos que eles próprios estão interessados em financiar.
Essa elite ou oligarquia, não vai largar mão da condução das coisas, mas tem de usar uma série de fantoches, para o papel de «dirigentes políticos». Estes políticos sabem perfeitamente que estão numa «camisa de sete varas» e não se podem afastar do «script» traçado pelos realmente poderosos.
O sistema está montado, mas nada garante que ele irá ter um desfeche favorável à elite. Existem muitas incógnitas e a maior de todas é devida à enorme complexidade do social. Além disso, essa oligarquia, ao ter uma confiança excessiva na tecnologia e nas novas descobertas, não tem em conta todos os riscos, os «cisnes negros» que possam surgir.
PS: A oligarquia tem na mão os políticos. Estes cumprem a agenda oligárquica passando leis para escravizar os seus cidadãos, para obterem o controlo total. O que se está a passar em Espanha, prova isso:
Por ocasião do centésimo aniversário do partido comunista chinês Xi Jin Pin teve palavras duras de aviso aos que no «Ocidente» estão apostados em diminuir ou mesmo anular a força ascendente da República Popular da China. Igualmente, numa sessão aberta, o presidente Putin, da Federação Russa, deixou palavras de advertência aos que sonham fazer com que a Rússia se torne de novo um enorme território destinado a ser pilhado pelos interesses ocidentais, como foi nos tempos de Boris Yeltsin.
Sem dúvida que os discursos destes dois dirigentes têm muitos outros conteúdos relevantes, mas eu queria introduzir o tema das relações internacionais, pois eles são realmente muito apropriados ao momento em que o mundo vive.
Com efeito, a ordem internacional tem de ser aquela que está baseada em tratados internacionais, negociados, acordados e ratificados pela imensa maioria das nações soberanas à face da terra. Este entendimento foi também o do tratado de Westfália, que reuniu todos os grandes e pequenos poderes da Europa da época, para encontrarem uma paz que se pudesse manter pelos séculos dos séculos. Infelizmente, isso não aconteceu, como todos sabemos, pois os séculos XVIII e XIX foram férteis em conflitos intraeuropeus, que envolveram territórios outros (colónias ou outras nações não-europeias). Quanto ao século XX e o presente século, são férteis em catastróficos conflitos globais, entremeados de guerras ditas locais ou regionais, mas onde as grandes potências têm participação, direta ou indireta.
Porém, o tratado de Westfália foi um marco. O princípio muito claro de que os Estados deviam reconhecer mutuamente a soberania sobre os respetivos territórios, respeitar as fronteiras uns dos outros, abster-se de se ingerir nos assuntos internos dos outros, dando um estatuto especial às representações diplomáticas e às pessoas acreditadas, em quaisquer circunstâncias ... Muito do que está atualmente consignado nos princípios e na Carta da ONU, assim como nas normas diplomáticas, internacionalmente aceites e praticadas, são produto direto deste tratado do final do século XVII.
Sendo tão importante, o tratado de Westfália não pode satisfazer tudo e ser a exclusiva fonte para a ordem internacional, para a construção de um direito público internacional e para adequada evolução das suas leis, de acordo com a evolução das sociedades.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem, produzida e ratificada a seguir à IIª Guerra Mundial, é um dos outros pilares do direito internacional, reconhecido - formalmente, pelo menos - por todas as nações com assento na ONU. Mas, existem muitos outros textos legais internacionais, que se incluem no direito internacional, por exemplo as Convenções de Genebra sobre a proteção das populações civis em casos de guerra, ou ainda, os princípios do direito marítimo, em que circunstâncias um navio de uma nação, pode cruzar as águas territoriais de outra, etc.
Nos tempos mais próximos, devido a um reacender das visões imperialistas, em particular nos Anglo-Americanos e seus aliados da NATO, sobressaiu a visão de que o mundo já não podia reger-se pelos princípios do tratado de Westfália, que deveria prevalecer a preocupação pelo direito «humanitário», o que podia implicar a brutal intervenção armada, para restaurar os «direitos humanos». Foi o caso das guerras da Jugoslávia e da Líbia, em que o pretexto era de que uma parte da população estaria a ser massacrada, violada, sujeita a genocídio, pelos seus respetivos governos. Ou, no caso do Iraque, montaram uma expedição (proibida pelo direito internacional) sob pretexto de evitar que o «monstro» no poder adquirisse armas de destruição maciça. No caso do Afeganistão, a expedição punitiva dos americanos e da NATO teve como pretexto prevenir que os fanáticos tivessem uma base para espalharem terrorismo fundamentalista.
Também aqui, os poderes imperialistas não tiveram receio em infringir as leis que eles próprios tinham votado e ratificado, os princípios da ONU, a começar pela inviolabilidade das fronteiras. Uma vez que ocuparam ilegalmente esses países, fizeram (eles ou milícias ao seu serviço) massacres e torturas. Estes atos horrendos ficaram (por agora) impunes, mas ao menos, o mundo sabe hoje do que os dirigentes das «democracias liberais» são capazes.
Entretanto, a Rússia foi atingida pela ameaça grave do golpe para-fascista de Maidan, na Ucrânia. Ele foi executado à vista de todos, com o apoio e ingerência clara e declarada dos EUA e da União Europeia, sendo este regime resultante do golpe, o causador duma guerra civil que se arrasta desde 2014, nos territórios povoados maioritariamente por populações russófonas, nas margens do rio Don, assim como pela secessão pacífica e referendária da Crimeia. Esta província russa, desde os finais do século XVIII (fora levianamente «oferecida» por Nikita Krutschov à república soviética da Ucrânia nos anos 60) tem sido pretexto para o «Ocidente» ostracizar o regime russo, sendo certo que eles não têm qualquer desejo de solucionar os problemas que eles próprios criaram e adensaram. Os americanos e europeus alinhados com eles apoiam, na Ucrânia, um regime que inclui nostálgicos do tempo em que fascistas ucranianos militarizados auxiliavam as SS de Hitler a «limpar» os territórios de judeus, polacos, russos e ucranianos antifascistas. Estes auxiliares dos nazis são hoje considerados «heróis», pelo poder de Kiev.
A ideia com que se fica é que os dirigentes ocidentais querem que nas fronteiras da Rússia exista uma instabilidade permanente. O que lhes dá o pretexto para continuar a fazer uma guerra híbrida, com sanções, boicotes, etc.
Tentaram algo parecido com a Síria. Mas, desta vez, não conseguiram plenamente os seus intentos. Conseguiram destruir muitos milhares de vidas inocentes e, também, imensa destruição material, mas não conseguiram o seu objetivo de retirar Assad do poder e de colocar um regime dócil aos «ocidentais».
O mesmo tentam fazer com a China. Têm ainda menos sucesso, aparentemente, pois o povo chinês tem legítimas dúvidas em relação às «boas intenções» dos que foram, nos séculos XIX e XX, ocupantes e opressores nas guerras do ópio e na guerra civil, apoiando a fundo os nacionalistas chineses de extrema-direita, cujo exército derrotado se acolheu (sob proteção dos EUA), na Ilha Formosa, designada República da China. A república chinesa de Taiwan foi a representante «da China», no seio da ONU, até que a RPC (República Popular da China) viu reconhecido o seu direito à representação exclusiva na ONU.
Os americanos e seus aliados, na altura (anos 70), não hesitaram em aceitar que Taiwan deixasse de ser considerada como um Estado independente, com direito a representação própria na ONU. Não tiveram grandes problemas em trair seus fieis aliados da véspera, como condição para os capitais ocidentais poderem entrar na China, com a promessa de investimentos muito frutuosos e de mercados totalmente por explorar.
Agora, estão a envenenar a situação servindo-se de todos os meios para criar tensões no interior e nas fronteiras chinesas. Eles fazem provocações quotidianas no Mar do Sul da China, passando a frota de guerra por águas territoriais chinesas. Eles não têm absolutamente nenhuma legitimidade para o fazer.
O mesmo comportamento irresponsável e provocador foi protagonizado recentemente, pela marinha de guerra britânica, dirigindo um navio da Royal Navy para águas territoriais da Crimeia, portanto russas.
Em quaisquer circunstâncias, o procedimento dos líderes ocidentais é irresponsável, é criminoso e não parece que estejam interessados em qualquer acordo com as outras potências. São atos provocatórios de quem está cheio de coragem para mandar os outros para a guerra. Porém, a verdade, é que eles já não são os senhores do mundo.
Perguntar-se-á: o que será de um mundo dominado pela China? Não creio que tal aconteça, por dois motivos:
1 - A China não está interessada em ir além da sua esfera de influência natural. Tem demasiado a desenvolver adentro de portas. Seria um grande fardo e um enorme desperdício de energia serem os polícias do mundo, como os americanos tentam, em vão, ser.
2 - O mundo é muito mais complexo do que certos estrategas militares e políticos desejariam. É esta complexidade que torna inevitável que se volte aos princípios de Westfália, alargados e atualizados. Não é preciso fazer mais do que respeitar os princípios da ONU, reconhecer que os Estados devem usufruir da soberania e que a questão dos direitos humanos pode ser levantada, mas não pode ser pretexto para uma guerra de atrito, uma guerra híbrida, uma guerra de sanções económicas.
Creio que a melhor maneira de apoiar a defesa dos direitos humanos em qualquer país, é darmos o exemplo no nosso próprio país. Quanto mais respeito pelos direitos humanos houver em «casa de cada um», mais será difícil a um «vizinho» desrespeitá-los. Se trazemos a guerra, a violência, a destruição (que afetam sobretudo populações inocentes) a esse país, isto prova que a preocupação com direitos humanos era, afinal, um mero pretexto para ambições de domínio.
Nenhum poder, por mais forte que seja, poderá ser «Senhor do Mundo». É uma impossibilidade não apenas ética, mas também prática. Não compreender isto é estar no «grau zero» da política, da sociologia, da antropologia.
Creio que a humanidade precisa de tomar conta de si própria e não de se entregar nas mãos de ambiciosos, narcisistas e egolátricos. Já é tempo de mudarem as coisas, os sistemas, as instituições, para uma distribuição de poder o mais disseminada possível. A concentração do poder, económico, político, ou outro, é que proporciona as condições para guerras e opressão dos povos.
O poder que abandonais, que colocais nas mãos dos governantes, serve para vos oprimir*.
- Quantas vezes vos tenho dito isto? De quantas maneiras vos mostrei claramente o que estava em jogo?
- Será que vossa mente é obtusa? Não! Vós tendes tão boa inteligência quanto eu! Será que sou eu que estou a delirar? Não, senão não poderia fazer as previsões acertadas, que tenho feito!
Quem são as pessoas que «preferem ignorar» as verdades que lhes ponho debaixo do nariz?
Há dois grupos nesta categoria dos que «ignoram»:
Há aqueles que têm por hábito olhar o mensageiro e avaliá-lo. Consoante a avaliação do mensageiro, a mensagem será credível, ou não. São demasiado recetivos à propaganda do poder. Atribuem a credibilidade a quem detém o poder, veneram o poder. Existem outras pessoas, que «não querem saber», que «preferem ignorar», como crianças que têm imenso medo e fecham os olhos, num esforço desesperado e fútil de «fazer desaparecer» a visão horrenda. O povo diz, com razão, que «não há pior cego do que aquele que não quer ver» e estamos a transformar-nos num povo de «cegos», impotentes e cobardes, incapazes de recusar algo ao poder.
A «crise do Covid» serviu, entre outras coisas, para mostrar isso mesmo. Serviu para por a nu a psicologia profunda dos contemporâneos, a sua anomia (ausência de vontade própria), a sua cobardia também. Existe - porém - um número grande mas indefinido, desorganizado, que está contra esta situação. Muitos estão a chegar a conclusões semelhantes às minhas. Mas, vai demorar um bocado até muitas destas pessoas conseguirem juntar-se e fazer voz comum, em relação ao mais importante, ou seja, desmascarar os mecanismos pelos quais o povo se deixa iludir, se deixa capturar. Vai demorar o seu tempo.
Aqui, deixo alguns conselhos às pessoas que têm consciência do que se está a passar:
1- Tem de haver uma retirada da barafunda mediática, não no sentido de ignorar totalmente o que nos querem fazer engolir, mas antes para não ficarmos submersos pela propaganda. A propaganda tem efeito, mesmo naqueles que são contrários à mensagem que ela veicula, pois polariza a sua atenção, a sua indignação. Eles, ao colocarem-se numa postura antagónica, vão reagir em vez de agir. Pode ser exatamente isso que o manipulador deseja: pode ser esse o objetivo encoberto de uma determinada onda de propaganda.
2- Trata os outros como gostas que te tratem a ti: Deve a pessoa esclarecida colocar-se num plano igualitário, em relação à outra pessoa, seja ela quem for. A condescendência, o paternalismo, a hipocrisia, são totalmente contraproducentes. O outro é tão inteligente como nós próprios. Nós não estamos num plano acima, nem abaixo do outro. Quem não extirpar de si próprio tais sentimentos falsos, não tem capacidade para estar em empatia com o próximo. E o próximo intui isso: ele tem inteligência emocional, que lhe permite distinguir se algo é sincero, ou se é mero teatro.
3- É preciso identificar os mecanismos de manipulação das massas, compreender os processos utilizados pelos poderes. Uma vez que se atingiu tal compreensão, que implica um pouco de conhecimento em psicologia, fica-se imune à propaganda. A partir deste ponto, os que manejam a propaganda não conseguem que tu sejas um foco de disseminação da mesma. O mecanismo é análogo à infeção viral: os que estão imunizados ao agente infecioso, vão destruí-lo, de cada vez que o vírus entrar no seu organismo. Também não pode haver difusão de um vírus (... ou de uma falsa informação) por uma pessoa que seja resistente a este.
4- Sendo o propósito do poder o de manter as pessoas cheias de medo e divididas, é preciso desenvolver uma pedagogia - não uma contrapropaganda! - que combata o medo, que propicie a reconciliação entre as pessoas e onde se manifeste o que há de mais profundo no ser humano, o amor.
5- A História é importante. Ela ensina-nos o que os poderes passados fizeram para oprimir, para esmagar, para enganar, para dividir e colocar uns contra os outros, os que tinham interesses básicos comuns. Ela ensina-nos os caminhos para a libertação da opressão: Como as pessoas souberam desmascarar falsos amigos e se organizaram para vencer a força bruta, ou insidiosa. A História é a disciplina marginalizada, o «parente pobre» no ensino básico, secundário e universitário. Mesmo nos casos em que é ensinada, é-o segundo o ponto de vista dos vencedores, não dos vencidos, ou seja, seu ensino institucional é uma construção ideológica.
6- Agir com conhecimento é elementar. Os poderosos têm um domínio muito grande, pois têm uma visão de conjunto, têm informantes ao seu serviço e são eles, muitas vezes, a tomar a ofensiva. Portanto, para uma ação eficaz contra a corrente opressora, devem as pessoas estar bem informadas, capazes de antecipar as «jogadas» deles, como num jogo de xadrez: Devem debater entre si, com vista a chegar a um consenso, quais são as melhores táticas, face ao jogo dos oponentes.
7- Um otimismo sem triunfalismos, é um ingrediente necessário. Deve-se compreender que os adversários cometem erros, que o seu poder é finito e sua inteligência, também. Um efeito estranho, mas comum, é um dos lados se colocar, logo desde o início, na atitude mental do derrotado. Isto é diferente de colocar-se na defensiva. É, pelo contrário, não ser capaz de resistir: é entregar a «partida de xadrez» ao adversário, por capitulação psicológica. Por isso, é importante ter sempre presente que não há poder invencível, não há ditadura que dure sempre, não há inteligência (malévola, neste caso) infinita, não há crueldade que não acabe por revoltar, até quem apoiou o poder tirânico.
«La Notte» é uma joia da música descritiva, tão bela como os concertos para violino das «Quatro Estações».
A peça pode ser interpretada na flauta transversal, mas também na flauta de bisel, como é o caso nesta gravação ao vivo.
No barroco, é frequente que instrumentos diferentes realizem a parte solística, sem afetar a autenticidade e - sobretudo - a beleza da música.
Antonio Vivaldi: "La Notte", Flute Concerto in G minor, RV 439
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Largo: 0:00
Presto (Fantasmi): 1:47
Largo: 2:35
Presto: 3:30
Largo (Il sonno): 4:33
Allegro: 6:17
Solo Recorder: Dorothee Oberlinger
Violin I: Tomoe Badiarova, Meelis Orgse, Annie Gard, Naomi Burrell
Violin II: Anna Stankiewicz, Marina Kakuno, Ana Vasić
Viola: Alice Vaz, Luis Pinzón
Violoncello: Néstor Fabián Cortés Garzón
Double Bass: Eva Euwe
Bassoon: Martin Jaser
Lute, Guitar: Hugo de Rodas
Harpsichord: Nadine Remmert