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quinta-feira, 18 de julho de 2024

DERROTA AUTO-INFLINGIDA DA HUMANIDADE


Em termos de biologia evolutiva, que deve abranger tudo o que se pode designar como ser vivo, dos alvores desde há 4 biliões de anos, até agora, a espécie humana não pode ser exceção. Na verdade, em termos de evolução, as forças «cegas» que impulsionam ou extinguem as espécies não têm «moral», não se pautam por considerações filosóficas e, ainda menos se sujeitam a estar conformes com teorias em voga. 

Porém, a evolução não estancou, não se fixou num tipo definitivo de ser humano, contrariamente ao mito arreigado e muito difundido, segundo o qual, não apenas a História social e política da Humanidade teria chegado ao fim, ou seja, haveria perpetuação da civilização mais ou menos semelhante à que se pode observar nos países de capitalismo avançado, social-democratas e liberais, como a própria natureza biológica teria chegado a um equilíbrio meta-estável, no qual a humanidade iria, de ora em diante, substituir a força física e a capacidade em arcar com dificuldades de toda a espécie, por uma humanidade mais «inteligente», no seu conjunto, com grande capacidade inventiva nos domínios da técnica. A evolução das sociedades e dos indivíduos iria dar-se, doravante, no plano da inovação tecnológica, não no plano anátomo-fisiológico. 

Nada mais falso do que esta visão. Porém, ela é propalada pela media corporativa e mesmo por correntes ditas «alternativas». É que as pessoas que escrevem, jornalistas e «opinion-makers», são, na sua maioria, bastante ignorantes em biologia e ainda mais, em biologia evolutiva.

Para mostrar que não houve nunca uma «paragem» da evolução «física» da humanidade, podemos referir algumas mudanças que ocorreram em tempos pré-históricos, mas recentes, como a perda da intolerância à lactose, nos povos do Norte, permitindo assim que ocupassem terras setentrionais cujos recursos alimentares (sobretudo os que são fonte de vitaminas) eram muito escassos - ou ausentes - durante o longo inverno. Nestes casos, a pastorícia, fornecendo leite e derivados do mesmo, permitia a esses povos sobreviver durante o inverno. 

Outra adaptação notável, é a que se verificou, separadamente, nas populações andinas e nas do planalto do Tibete. Em ambas as populações, ocorre a tolerância a um teor mais baixo de oxigénio atmosférico, causado pela rarefação do ar e da sua mais baixa densidade, nas zonas de grande altitude. Este teor mais baixo não os afeta: A sua adaptação permite-lhes ter atividades normais, porque o sangue pode absorver melhor e conservar mais eficientemente o oxigénio. 

Não se pode falar duma «raça» negra, muito simplesmente porque a quantidade de melanina presente na pele pode variar em muito pouco tempo, consoante a exposição aos raios solares (portadores de radiação UV, potencialmente nociva). Assim, as pessoas de tez branca, ditas «caucasianas» são descendentes de Homo sapiens, vindos de África há cerca de 60 mil anos, com pele escura. A perda de pigmentação pelas populações nas zonas europeias, ainda com clima glaciar (muito semelhante ao da Tundra siberiana de hoje), foi permitir que esses povos obtivessem vitamina D, a partir de pró-vitamina D. Esta transformação necessita de luz UV. Como a melanina interfere com a absorção dos raios UV, a quantidade em excesso desse pigmento, de vantajosa para proteger de um excesso de raios UV, tornou-se um obstáculo à obtenção de vitamina D em quantidades satisfatórias. 

Existiram, em tempos históricos e continuam nalguns pontos, zonas infestadas pela malária, quer na bacia Mediterrânica, quer em várias zonas de África subsaariana. Esta doença* está correlacionada com o vetor de sua propagação por uma espécie de mosquitos, mas cujo agente infeccioso é um protozoário (ser unicelular com algumas características que o aproximam dos animais).

No entanto, os humanos que existiram e existem nestas zonas, conseguem tolerar melhor a doença, através de uma mutação da hemoglobina, cujo gene - no estado heterozigoto, ou seja, alelo normal/alelo mutante - não confere sintomas, mas em estado homozigótico - os dois alelos do gene têm a mutação - é gravemente debilitante. Na ausência de tratamento, é causa de morte precoce de bebés, ou crianças, que tenham  herdado de ambos os progenitores o mesmo gene. Portanto, em princípio, o gene mutante deveria ser muito pouco frequente, pois causaria enorme desvantagem  na população. No entanto, nas populações que vivem em zonas infestadas por malária, a taxa de sobrevivência é maior, se os progenitores forem heterozigóticos, ou seja, se tiverem um gene normal e um mutante. Quando os genes estão em condição homozigótica - as cópias dos dois progenitores são ambas mutantes - a doença genética é letal. Dá-se assim uma situação de equilíbrio dinâmico entre formas mutantes e não-mutantes dos genes da hemoglobina.  

Podemos dar muitos outros exemplos, que mostram que a espécie humana tem evoluído no sentido biológico: No sentido biológico, uma evolução é uma transformação que se fixa numa população e que é transmitida de geração em geração, com tendência para se manter, ou aumentar de frequência, se os fatores ambientais, que favorecem essas mutações, permanecerem. 

O «relaxamento» das condições de seleção ambiental seria o «reverso» da situação acima descrita, da resistência à malária. 

Tem-se observado um aumento da taxa de diabéticos, seja por transmissão de genes que favorecem o aparecimento desta doença, seja pela nutrição inadequada, em geral desde a infância, acabando por causar esta grave  doença. Ela é favorecida por múltiplos fatores ambientais e comportamentais, nomeadamente, pelos hábitos sedentários e pela ingestão de comida hiper calórica, causadora de obesidade. Os diabéticos hereditários (felizmente) são tratados e podem viver uma vida relativamente normal. Infelizmente, muitos deles reproduzem-se. Algumas formas de diabetes hereditária não se manifestam cedo na vida dos indivíduos. Seus portadores não sabem que são diabéticos e reproduzem-se; outros sabem, mas confiam que a medicina possa «eliminar» os males na descendência. De qualquer maneira, a taxa de diabetes tem subido de frequência, quer a forma hereditária, quer a forma de diabetes adquirida. A diabetes tem mudado de frequência, rapidamente, quer devido à disseminação de genes favorecendo  o aparecimento da doença, quer de hábitos alimentares que não existiam no paleolítico, ou seja, durante mais de 250 mil anos da existência da espécie Homo sapiens. 

No paleolítico, quando as pessoas não tinham excedentes de comida, em que a ingestão dum excesso era muito rara, as pessoas precisavam de armazenar reservas de energia, para longas caminhadas, para caçadas esgotantes e para os períodos de escassez alimentar. A capacidade de armazenar energia sob forma de tecido adiposo, era um fator importante de sobrevivência. Houve um nítido relaxamento das condições seletivas em que a humanidade viveu, na maior parte da sua história evolutiva. O que era positivo há 50 mil anos atrás, não é hoje, com certeza: Os humanos têm abundância de alimentos, em particular, nas sociedades ditas «desenvolvidas». Essa abundância não significa qualidade: a chamada «junk-food» (comida-lixo) invadiu tais sociedades e afeta - em especial - os jovens, atraídos pelo baixo preço e pela facilidade em adquirir tais alimentos. Os jovens já não aprendem os rudimentos da arte culinária em casa, pois seus pais e mães já não sabem, ou não têm tempo, para cozinhar.  

A comida industrializada é produzida para agradar ao paladar de milhões de consumidores, não para que seja preservada a saúde dos mesmos, por mais que a publicidade  diga o contrário. O principal motivo para a adição de conservantes, em toda a espécie de comida, é garantir um «tempo de prateleira» mais longo no supermercado: O prazo de validade de um item poderá ser dilatado, se for adicionado um conservante, ou vários, autorizado pelo organismo de controlo do governo. Muito pouco cuidado têm as pessoas em relação ao que estão a ingerir: Em geral, vão escolher o mais barato, aquilo que, segundo seu critério (equivocado), preenche os requisitos de maior qualidade, por mais baixo preço.  É assim que doenças crónicas (diabetes, obesidade, e outras) se propagam, mas também o cancro: A subida de todo o género de cancros é devida ao modo de vida completamente artificial. Este facto está amplamente demonstrado: Os fatores de risco de adquirir cancro e a prevalência dos diversos tipos de cancros são periodicamente avaliados nas nossas sociedades. Não se trata de doença em que as autoridades e o público tenham informação escassa, incerta, contraditória; antes pelo contrário. Porém, os lóbis da alimentação industrial são muito mais fortes  que a vontade dos governantes e legisladores, em fazer algo de positivo pela saúde da população. Também, no mesmo sentido, se exercem as pressões da indústria de saúde, das clínicas privadas, aos grupos farmacêuticos; possuem um poder de influência considerável. Por mais que digam, não é feita prevenção, ou educação do público, na proporção que seria desejável. Todo o seu esforço vai no sentido de manter a população na dependência do sistema de saúde exclusivamente curativo, pois é isso que lhes dá lucro. 

Veja-se o exemplo duma empresa farmacêutica dinamarquesa, que colocou no mercado um «medicamento-maravilha» para reduzir a obesidade, mas que afinal, tem imensos problemas associados. Está bem estabelecido que a obesidade se trata sobretudo com a educação, a mudança de hábitos, o acompanhamento dos doentes, a adequada informação e o ensinar das boas práticas de culinária. Nada disto tem efeito notável nos lucros das farmacêuticas, por isso será descartado pelas mesmas indústrias. Porém, essa empresa farmacêutica realizou chorudos lucros nas bolsas. Igualmente responsáveis são os governos corruptos que, não apenas autorizam essas substâncias (algumas perigosas) para emagrecer como vão pagar  o seu consumo. O que equivale, na prática, a darem um subsídio às empresas farmacêuticas, através de sistemas públicos. 

As  pessoas de países pobres, que vivem no limiar da pobreza, olham para a abundância de certas sociedades e sentem-se fascinadas, encaram essas sociedades como «modelo», tanto mais que tendem a ignorar, ou a descartar, os problemas que tais sociedades da abundância apresentam. 

O efeito do capitalismo da abundância sobre as populações do Sul global, faz com que sejam importadas atitudes de consumo das ditas sociedades da abundância. Ou, existindo geralmente uma classe média com um certo poder de compra nessas sociedades do Sul global, os padrões de consumo por ela adotados - copiando o padrão das sociedades ditas desenvolvidas -  vão ser desejados pelos mais pobres.  Estes, com fraca educação, confundem luxo, com o verdadeiro bem-estar.

A quantidade de desperdício é afinal um traço constante das sociedades contemporâneas, sejam elas «capitalistas» ou «socialistas». O seu padrão de produção e de consumo, totalmente insustentável, torna-se cada vez mais chocante. Isto porque, a pobreza e miséria alastram a olhos vistos, não apenas nos países ditos «periféricos». Também os países «do centro», as sociedades da opulência, transformam-se em sociedades duais, onde muitos não têm o suficiente para viver com um mínimo de dignidade, os pobres. E em percentagens crescentes, os que são completamente excluídos. Tal qual o que se verifica em países do Sul global. 

Nas grandes cidades do Brasil, por exemplo, existem condomínios de luxo, com favelas (bairros de lata) na proximidade imediata. Muitas das mulheres que fazem a limpeza e outros trabalhos domésticos nos condomínios de luxo, vivem nas favelas mais próximas. 

Não existe uma preocupação genuína em preservar a biosfera, pois os políticos ecologistas, tal como outros políticos, deixaram-se comprar, fazendo de conta que não percebem como têm sido usados para criar o ambiente necessário à tão propalada «transição energética». 

Sem dúvida, é possível desenvolver tecnologias sustentáveis, como eólicas ou painéis solares, para atender às necessidades dos destituídos, para melhorar seu padrão de vida.  Mas, isso implicaria que os grandes da distribuição elétrica, deixavam de ter largas faixas da população como clientes. Está fora de questão implementar estas soluções (viáveis tecnicamente), de armazenar localmente energia potencial, para alimentar os lares nas horas de menor ou de ausência de captação de energia solar.  Isso é feito em muitas aldeias - especialmente em África - que podem estar a distância proibitiva (em termos de custos) da rede elétrica geral. Claro que este modelo se pode aplicar, com modificações, nos ambientes urbanos de quaisquer sociedades. Assim, estas possuiriam capacidade de gerar e armazenar energia, com baixo custo. Mas, isso tiraria os benefícios das grandes empresas de distribuição de energia; e dificultaria o controlo do Estado sobre seus súbditos. 

É a dependência que gera a miséria, porque os poderosos têm toda a vantagem em ter vasto número de pessoas sob sua dependência. Muito poucos ou nenhuns dos dependentes de subsídios, da assistência dos Estados, se irão rebelar enquanto continuarem a subsistir graças às esmolas estatais. Muitos, sem meios de  subsistência, anseiam estar nas condições de dependência. Eles não sonham em montar uma empresa, que lhes permitisse ser fonte de rendimento próprio. Porém, o potencial para isso existe em muitos casos. A sua efetivação poderia traduzir-se em redes de cooperativas , dando um grau elevado de autonomia aos indivíduos e às comunidades.

A espécie humana tornou-se depredadora. Os meios que mobiliza para a sua civilização  sofisticada, a sua cada vez maior ambição de potência, de rapidez, de luxo, fazem com que a Natureza esteja constantemente  a ser destruída, irreversivelmente, numa escala crescente. 

As ideologias como o ambientalismo, dando prioridade às energias renováveis e a utopias tecnocráticas, que se abrigam por debaixo do slogan (idiota) de «zero carbono», são realmente écrans que separam tais «ecologistas», do comum dos cidadãos e da realidade. 

Há ocultação do que está realmente acontecendo. As zonas que têm um teor de lítio acima de certo nível estão a ser açambarcadas, compradas por grandes grupos, para satisfazer a procura desta matéria-prima para baterias. Estas, irão alimentar sobretudo os carros da classe alta, que poderá assim continuar a esbanjar sem má-consciência. Os Estados, a sua típica resposta, é de inteira subserviência aos interesses dos industriais. No passado também era basicamente o mesmo. A única diferença é que agora já não se trata do petróleo, mas do lítio. Vem a dar no mesmo, ou pior. Uma paisagem devastada pelas minas de lítio a céu aberto, será mais parecida com uma paisagem lunar, do que terrestre. O cúmulo desta estupidez, é que se calcula que o lítio «explorável» em toda a superfície da Terra, não chega - nem de longe - para a conversão a cem por cento, do parque  automóvel mundial. Então, porque fazer esses colossais investimentos, esse esventrar da Terra (incluindo a destruição de parques naturais e de paisagens protegidas)?     - A resposta é evidente; é pelo lucro. O Lucro é que manda. Ele é que decide se é, ou não, investimento a fazer-se. Nunca prevaleceu, no passado e no presente, o critério de beneficiar a humanidade, ou de permitir que as indústrias locais floresçam. Basta este exemplo, de depredação dos mais valiosos pedaços de natureza, em nome da «energia verde» (verde: Só tem o verde das notas de dólar!), para se compreender a estupidez e ganância do pensamento a curto prazo, não apenas de decisores políticos e industriais, mas também de engenheiros e funcionários de  instituições estatais e outras. 

Um Megaloceros giganteus (espécie extinta), imediatamente à direita de um homem; ao centro um alce e mais à direita, um veado vermelho.

O conceito de hipertelia aplica-se ao desenvolvimento tecnológico e económico das sociedades: A hipertelia é a propriedade de certas tendências evolutivas  se exercerem para além do seu nível máximo de eficácia, traduzindo-se assim num «handicap».

 É conhecido e muito citado, o exemplo duma espécie de veado (extinta) que tinha hastes tão desenvolvidas, que isso tinha consequências negativas para se deslocar, em ambientes de floresta.  

É provável que esta espécie tenha atingido a extinção, porque aquilo que conferiu, em certa etapa, uma vantagem evolutiva, se tornou num inconveniente demasiado grande. Com efeito, os veados desenvolvem as hastes para os combates entre machos, para decidir sobre os acoplamentos. O macho mais bem sucedido nestes combates, também é suscetível de ter a maior descendência. É um mecanismo muito direto de seleção, que favorece os portadores das hastes cada vez mais fortes e largas. Mas chega-se a uma situação limite, em que essas mesmas hastes são um inconveniente maior, para o macho poder deslocar-se em ambientes densamente arborizados. Muitos falecem, presos aos ramos das árvores onde suas hastes se prenderam de maneira irreversível.

Metaforicamente, a espécie humana, com sua sofisticação tecnológica, atingiu o ponto de hipertelia, ou seja, a tecnologia, permitindo-lhe satisfazer a vontade de sempre mais e melhor, leva a depredar o ambiente, de tal modo que a espécie se encontra em sério risco de desaparecer, em consequência direta da sua própria atividade.


 

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*) A malária é uma doença parasitária do sangue, provocada por um protozoário do género Plasmodium. Este parasita é transmitido através da picada de um mosquito (do género Anopheles). A malária é endémica em vários países tropicais, sendo potencialmente fatal se não tratada atempadamente.


segunda-feira, 5 de julho de 2021

AGENDA DA OLIGARQUIA: CONTROLO DAS MATÉRIAS-PRIMAS E DA POPULAÇÃO MUNDIAL


 A oligarquia que nos governa sabe que não conseguirá manter o poder, a não ser que possa controlar os recursos de que as sociedades precisam para subsistir. Em primeiro lugar, os recursos energéticos. 

O chinfrim em torno do suposto efeito terrível do CO2 (um gás perfeitamente inócuo, essencial para a fotossíntese), a criação e cultivo da psicose de massas, especialmente nas crianças (veja o fenómeno Greta Thunberg),  não tem nada de  científico, nada de objetivo. É uma enorme operação de «psi-op» (operação psicológica). 

As pessoas que - como eu, durante algum tempo - pensaram que o chamado «efeito de estufa» ou «alterações climáticas», resultava de uma visão errónea, de um efeito de má ciência, de pessoas científicas bem intencionadas, mas completamente iludidas, estavam equivocadas. Confesso o meu engano: De facto as pessoas mais responsáveis pelo alarido mediático em torno das «alterações climáticas», competentes ou não nos seus domínios científicos, estavam e estão a fazer conscientemente (na grande maioria) parte dessa enorme psi-op. Se são cientistas, renunciam a sê-lo, quando recusam observar evidências que ponham em causa essa teoria, que aliás, é-nos sempre apresentada com o selo da «certeza científica», como se isso existisse. Os cientistas e as pessoas cultas sabem que a ciência real é feita de polémicas, de debates, de visões discordantes que se digladiam, não é um assunto de «consensos»... 

Na ciência, alguém como Galileu tinha o status quo da época a apoiar a posição oficial da Igreja, contra ele, mas ele é que tinha razão! Em ciência, não importa quantos eminentes físicos diziam que Einstein não tinha razão, que o modelo último da realidade física continuava a ser a física newtoniana. Eles tiveram de reconhecer todos que eles é que estavam errados e que Einstein estava certo, com a sua Teoria da Relatividade. O mesmo se pode dizer de Alfred Wegener (teoria da deriva continental), de Stanley Prusiner  (descobridor do prião e prémio Nobel) e de muitos outros...  

Mas, o que me faltava compreender, era isto: Os cientistas e eminências da administração científica, são homens e mulheres como os outros, suscetíveis de rasgos de grandeza ou de abismos de mesquinhez.  

A grande falsificação que foi levada a cabo aquando da crise do COVID, e que contou com a colaboração ativa de algumas eminentes estrelas mediáticas da ciência, que não tiveram sequer a dignidade de defender colegas tão ou mais notáveis que foram difamados, cujos nomes foram arrastados na lama, que foram perseguidos, por não se conformarem com a ortodoxia, foi a situação que despoletou uma visão clara por analogia, do que se passara anos antes, no domínio da ciência do clima. Os interesses eram muito fortes, tanto num como noutro caso. 

A capacidade de corrupção de indivíduos e instituições poderosas, imensamente ricas é inimaginável. Poucas pessoas resistem a uma campanha de sedução (nalguns casos) ou de difamação (quando a sedução falha), noutros casos. Eles têm, para além do dinheiro, uma real possibilidade de decidir da carreira de cientistas, mesmo daqueles em lugares de topo. Os cientistas, mais ainda que os políticos, dependem de doações para realizar o seu trabalho. Os doadores podem ser entidades públicas, mas atualmente têm sido sobretudo entidades privadas, desde empresas farmacêuticas (interessadas na aprovação de vacinas anti-COVID obrigatórias), a empresas como a Tesla e outras, cavalgando a onda do «zero carbono». Enfim,  não há nenhum laboratório - seja ele de ciência fundamental, seja aplicada - que não esteja fortemente condicionado pelos doadores, nos projetos que aí se desenvolvem.

O projeto de uma «revolução verde» ou «green new deal», tem como objetivo central uma reconversão industrial destinada a preservar os recursos, finitos e de cada vez mais difícil extração, para a elite no poder. Para isso, eles têm que deitar abaixo a infraestrutura industrial da era dos combustíveis fósseis, para a converterem em algo que possa não exaurir os recursos restantes. Isto implica uma drástica redução do potencial de consumo das massas, um empobrecimento real. Mas eles não podem afirmar isso, não conseguiriam que as pessoas aceitassem sacrifícios reais, tanto mais que elas foram condicionadas a viver numa sociedade de consumo, habituadas a consumir mais, de ano para ano.

Faz toda a diferença saber-se para quem se destinam as reformas estruturais indispensáveis: se para a imensa maioria, se para uma oligarquia dos ricos. Se as pessoas comuns tivessem seus representantes e estes fossem realmente preocupados em salvar o planeta, então não haveria nada a objetar, no essencial. Mas, só uma criança ingénua poderá acreditar - por um instante - que isso é assim.  A elite do dinheiro e do poder é um grupo restrito de homens e mulheres, que concentra quase toda a riqueza mobilizável do planeta; são eles que decidem como atribuir os triliões de dinheiro público, assim como os projetos que eles próprios estão interessados em financiar.

Essa elite ou oligarquia, não vai largar mão da condução das coisas, mas tem de usar uma série de fantoches, para o papel de «dirigentes políticos». Estes políticos sabem perfeitamente que estão numa «camisa de sete varas» e não se podem afastar do «script» traçado pelos realmente poderosos.

O sistema está montado, mas nada garante que ele irá ter um desfeche favorável à elite. Existem muitas incógnitas e a maior de todas é devida à enorme complexidade do social. Além disso, essa oligarquia, ao ter uma confiança excessiva na tecnologia e nas novas descobertas, não tem em conta todos os riscos, os «cisnes negros» que possam surgir.  


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PS: A oligarquia tem na mão os políticos. Estes cumprem a agenda oligárquica  passando leis para escravizar os seus cidadãos, para obterem o controlo total. O que se está a passar em Espanha, prova isso:  

https://www.armstrongeconomics.com/uncategorized/spain-revealing-the-totalitarian-future-for-all/ 


sexta-feira, 9 de abril de 2021

QUE SIGNIFICA UMA POLÍTICA DE «ZERO CARBONO»?

Um vídeo muito informativo de Christian, o «Ice Age Farmer». Espero que oiçam e apreciem como temos sido adormecidos com fantasias «ecológicas» em benefício da oligarquia. 

Podes aprofundar o teu conhecimento do assunto, lendo o documento PDF seguinte: 

https://iceagefarmer.com/docs/AbsoluteZero.pdf