Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

MÉTODO CIENTÍFICO ; «SER CIENTÍFICO NO DIA A DIA»

 Neste mundo, em que estão constantemente a atirar-nos à cara com o «veredicto da ciência» e quem o faz são - geralmente- pessoas completamente falhas de experiência científica verdadeira, meros manipuladores da opinião pública, torna-se indispensável compreender realmente o que é e o que não é ciência.

Por exemplo, quando vos dizem «provado cientificamente», lembrem-se que a ciência nunca prova nada (Gregory Bateson):

Com efeito o caminhar da ciência, não é o do matemático demonstrando que A= B, ou seja, mostrando que é verdadeira uma equação. Isso é possível em Matemática, essa meta-ciência, que apenas lida com símbolos, com teoremas, etc. Mas, mesmo isso afinal, é válido apenas dentro de um conjunto de axiomas. Não é válida a afirmação de que duas rectas paralelas nunca se encontram, senão dentro dos postulados (axiomas) da geometria euclidiana.Na geometria riemanniana (de B. Riemann), isso simplesmente não é válido. Ao fim e ao cabo, em Matemática, usa-se o termo «demonstração», sabendo-se perfeitamente que é dentro de um conjunto de axiomas (ou postulados). Quando se diz que tal solução «é verdadeira», subentende-se «...dentro do sistema axiomático no qual a demonstração é efectuada».

Mas, ao contrário da Matemática, todas as ciências físicas e naturais, são relativas ao mundo real, a objectos do mundo real.

A «experiência científica» não é uma experiência vivencial comum. Nós todos - seja qual for a nossa situação - «experimentamos», num certo sentido. A linguagem é polissémica, é ambígua e o significado de uma palavra, de uma frase, muda completamente, consoante o contexto em que é proferida. 

Se eu disser que experimentei ou que testemunhei, que vi ou que presenciei algo, isso não quer dizer necessariamente que estive a fazer uma experiência científica, válida segundo as metodologias adequadas para determinado ramo das ciências. Pode ser que sim, mas apenas num contexto muito particular. Só nesse contexto particular e explícito,  meu interlocutor perceberá que eu quero comunicar o resultado de experiência ou observação, cientificamente válida.  

Os aldrabões que enxameiam os media, sejam eles do «mainstream» ou «alternativos», não têm preocupações nenhumas em veicular as informações com rigor. Se, eventualmente, vêem ou ouvem algo, que confira uma aparência de verdade à sua tese, estão logo prontos a afirmar taxativamente que têm a «prova» de que A é a «verdade científica» e que B está totalmente invalidado...

A isto se chama propaganda, uso manipulador de teorias ou de hipóteses:  podem ser  - em si mesmas - válidas cientificamente, mas o que eles fazem é distorcer, truncar, enfeitar, algo que até pode ser respeitável no seu âmbito. 

O caso conhecido e com consequências por vezes trágicas, é o constante apelo à teoria da Evolução, mas não a um verdadeiro raciocínio de ciência evolutiva, antes à utilização de chavões e ideias-feitas, completamente alheias a Darwin ou outros eminentes cientistas, passados ou presentes.  Digo que esse uso da ciência da Teoria da Evolução para fins de propagar uma ideologia tem consequências trágicas, pois os colonialistas a usaram para perpetuar seu domínio sobre povos colonizados, fazendo valer o pseudo facto que eles eram como «crianças», que estavam num estádio de evolução atrasado, que o homem branco tinha a responsabilidade de os «guiar» para a civilização.  

                    Visão europeia sobre rituais «selvagens»

Igualmente, o racismo mais desabrido dos nazis, os levou ao genocídio de judeus e de ciganos...Mas, note-se, que infelizmente, numa forma mais ou menos diluída, esta ideologia racista foi «apanágio» de todas as sociedades «civilizadas» (ou seja europeias, ou de origem europeia) durante mais de um século. 

No presente, usa-se a capa da ciência para impor uma visão absurda, tanto no domínio climático, como no domínio da epidemiologia.

No domínio da climatologia, sabemos que as oscilações mais ou menos profundas da temperatura do globo são caracterizadas pela conjunção de fenómenos astronómicos, como a influência de planetas sobre a excentricidade do movimento de translação terrestre (ciclos de Milankovic), ou os ciclos nas manchas solares, irradiando mais energia em certas ocasiões em relação  a outras, etc. 

                      Influência dos ciclos sobre rotação da Terra

Inclusive, o tão propalado efeito de estufa, o qual é real (nenhum cientista veio jamais negar a sua existência), tem como característica que muito do excesso do dióxido de carbono libertado para a atmosfera provém de mudanças nas correntes submarinas, ainda mal compreendidas, com ciclos de longa duração, da ordem das várias centenas e não de dezenas de anos. 

Na utilização da ciência climática (tal como no caso da Evolução), os propagandistas têm apenas apresentado alguns dados, muitos deles derivados de modelos computacionais, fazendo com que o público seja induzido a pensar que «esteja provado» que o CO2 antropogénico é o factor principal (senão mesmo o único!) no aquecimento global. 

Mas, este esforço ideológico não corresponde a nenhum verdadeiro comprometimento com uma transformação das actividades produtivas no sentido de mais respeito pelos ecossistemas e não por em cheque a sustentabilidade da vida no planeta. 

Não! Isso é apenas a capa com que querem levar as pessoas a aceitar um retrocesso da sua qualidade de vida, enquanto a elite se mantém usufruindo de bens colectivos sem qualquer preocupação senão se perpetuar a ela própria e seu estilo de vida de privilégio. 

Desde a Conferência do Rio (1992) que andam a propalar os mesmos alertas, os mesmos figurões de sempre. Nem sequer são cientistas de profissão, em geral: são, maioritariamente, homens e mulheres de negócios, dos media ou políticos...Mas reparem que os orçamentos militares das grandes potências continuam a crescer assustadoramente, a utilização de aviões a jacto (muitos deles militares) continua em crescendo, as descargas poluentes - que matam rios, lagos, mares e oceanos - continuam, as desflorestações para produção de soja e outras forragens, nunca pararam de crescer... etc...

Outra patranha é a do recente episódio do coronavírus, que foi aproveitado pela mesma «elite» para fazer de nós todos «cobaias». Sendo o pior de tudo, o modo como a população dos mais diversos países, aterrada, se submeteu quase sem resistência, à tirania imposta pelos governos, inclusive aos confinamentos, ao recolher obrigatório e a todo o cortejo de restrições absurdas*. 

                       Iluminura do tempo da peste bubónica

Com isso, trataram de anular, na prática, a liberdade e os meios de subsistência de milhões de pessoas. 

Pois esta grande «experiência», por parte da oligarquia destina-se a avaliar até que ponto a população se conformará, nos tempos conturbados de crise económica sistémica, que todos os economistas anunciam, significando isso despedimentos, falências e seus corolários de fome, de revoltas e insurreções ... 

A ciência consiste numa metodologia que pode ser colocada ao serviço do comum dos mortais, enquanto instrumento crítico de análise. Como método para não cairmos nas armadilhas da propaganda disfarçada. 

Com efeito, se te contam algo, deves ter cuidado em não aceitá-lo «de chapa», mesmo que venha aparentemente de fonte «insuspeita». Mesmo com as melhores intenções, as pessoas enganam-se e - sem qualquer intuito maligno - enganam por sua vez os outros. O espírito crítico deve exercer-se, mesmo e talvez sobretudo, quando os que propagam determinada ideia nos pareçam confiáveis. Ou, quando a ideia, em si mesma, nos pareça sedutora, próxima do nosso sentir, das nossas convicções...

Depois, perante um conjunto de informações e leituras sobre determinado tópico, constatarás que existem várias interpretações dos dados. Haverá pessoas e correntes a afirmarem determinada coisa como evidência  e outras a descartarem ou negarem a veracidade de tal coisa. 

Naturalmente, acabas por te inclinar a favor de uma hipótese, mais do que das outras. Isto, em si mesmo, não é nefasto. Só é nefasto se - rigidamente - te colares/fixares nessa hipótese. Se a tal hipótese for vista como provisória e susceptível de revisão ou até, no limite, como susceptível de ser descartada, então manterás os olhos do espírito abertos para novos dados e novas interpretações. 

Assim, estás realmente a aplicar o espírito científico ao quotidiano, minimizando as hipóteses de seres levado pela propaganda disfarçada, que te dá uma impressão de «ciência» e, afinal, mais não é que uma hábil maneira de te convencer de algo. 

Quando alguém te vem falar de «consenso científico»,  lembra-te: na ciência não há consenso; há teorias discordantes, hipóteses diversas, há debate (e por vezes, até polémica) constante entre especialistas. Se houvesse «consenso científico» como critério de verdade... 

... ainda pensaríamos que a Terra está no centro do Universo: o consenso científico na época, era contrário às teorias de Galileu.

... que a relatividade é uma fantasia: quando Albert Einstein emitiu a sua teoria da relatividade, os cientistas achavam que a física de Newton era o quadro definitivo da realidade.

...etc, etc. 

Certas pessoas são muito poderosas, capazes de influenciar instituições como a ONU ou a OMS. Graças a esta última, eles têm influência sobre  os Estados para lhes  sugerir estratégias e inclusive impor vacinas sem qualquer garantia nem de eficácia, nem de inocuidade, contra o SARS-Cov-2.

Tal como os governos, esses muito ricos (bilionários) não nos dizem o que os move, não são sinceros. Para ler a sua agenda é preciso compreender a sua trajectória, vermos os seus «feitos», não os discursos, sabermos quais os valores deles (o globalismo, o eugenismo, o elitismo). 

A partir daí, devemos enquadrar com o que se passa  para compreendermos globalmente.

         Querem convencer-nos de que as vacinas são a «única» salvação

A minha intenção não é induzir-te a pensar assim ou assado. A missão dum espírito livre, sem preconceitos de qualquer espécie, é científica na sua essência. Com efeito, no mundo real, temos sempre um número de dados restrito ao nosso dispor. Mas, para avançar temos de dar como válido, provisoriamente, aquele conjunto de dados de que dispomos. Se formos flexíveis, à medida que se avança, que os acontecimentos se desenrolam, vão surgir - necessariamente - dados novos, que permitem refinar ou modificar nossa visão das coisas. 

É isso que chamo ser científico no dia a dia.


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O Prof. Didier Raoult, em entrevista recente, considerava as medidas de gestão da crise do COVID - confinamentos, quarentenas, etc. - PIORES que as práticas da IDADE MÉDIA

Ver também a recente invalidação dos artigos científicos que estiveram na base do uso do teste PCR para o Covid.




   

5 comentários:

Manuel Baptista disse...

A comunidade científica (ou, uma parte desta) foi longamente corrompida; só assim se explica a «aceitação» de vacinas experimentais com o seu conhecimento - não pode ser de outro modo - dos riscos, que uma inserção de genes estranhos nas células humanas, comportam.

Manuel Baptista disse...

Mesmo que consideres importante reduzir o efeito de estufa e aches possível fazê-lo, importa escolher COMO fazê-lo. Importa avaliar riscos ambientais se os programas de redução das emissões de carbono prosseguirem. Não existe essa sensibilidade no público em geral, pois os graves problemas ambientais e económicos dessa abordagem são ocultados pela media. Ver: https://www.armstrongeconomics.com/world-news/climate/what-the-gore-gates-schwab-are-too-arrogant-to-admit/

Manuel Baptista disse...

Efeitos secundários graves nesta fase, deveriam provocar a suspensão da inoculação generalizada das vacinas, mas o que se tem feito é minimizar a sua gravidade. Agora imagine-se os efeitos secundários de longo prazo que não foram (nem podiam sê-lo) avaliados! https://francais.rt.com/international/81989-vaccin-contre-covid-19-investigations-etats-unis-effets-secondaires?utm_source=browser&utm_medium=aplication_chrome&utm_campaign=chrome

Manuel Baptista disse...

Excelente artigo de Claudio Grass, mostra os perigos do conceito de «ciência assente» (settled science): https://www.silverdoctors.com/headlines/world-news/settled-science-the-rallying-cry-back-to-the-dark-ages/

Manuel Baptista disse...

Veja este vídeo de Corbett Report:
https://www.corbettreport.com/sciencesays/