E na Primavera tudo mudou
Tudo se tornou mudo
Bruma e silêncio
Outonal
Aqui ouvimos
Vozes de cantares
Jovens risonhos
Caminham
Ignoram o que acontece
Longe dos seus olhares
A vida floresce
Ao Sol dourado
Porque vens então
Angustiar-nos
Com teu
Agourento verso?
-Deixa, amor
Eles nunca aprenderão:
Que o fruto suculento
Guarda o pior veneno
Substância imaterial
No âmago da Inocência mesma
Se infiltra e corrompe...
E
chama-se
Indiferença