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segunda-feira, 20 de junho de 2022

NOTURNO EM DÓ # MENOR DE CHOPIN (YEOL EUM SON & SARAH CHAN)

https://www.youtube.com/watch?v=-aVlWq5gRpo&list=OLAK5uy_nOJO659mwX4WuT7PVxzlOlx8kQ8ibLbe8
Yeol Eum Son:  Noturno em Dó # menor, para piano solo, do disco de noturnos de Chopin (alguns são em versão de piano solo, outros com orquestra de cordas).




                                            https://www.youtube.com/watch?v=CEKdzzq1hJc

Sarah Chan: Os puristas dirão que a versão para violino e piano é um atentado contra a música de Chopin! Mas, as pessoas com ouvido e sensibilidade irão apreciar deveras este maravilhoso Noturno, também na sua versão para violino e piano. 

Uma faixa do álbum SWEET SORROW.

 

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

CONCERTO DE CHOPIN PARA PIANO E ORQUESTRA, Nº2 EM FÁ MENOR

 







Este concerto é o meu preferido dos dois que nos deixou o mago polaco da música para piano. 

Há uma anomalia curiosa na sua numeração, pois acontece que este foi o primeiro a ser escrito, mas aparece com o nº de catálogo posterior ao 1º publicado (o qual, afinal foi o nº2, na realidade!). 

Há quem diga que Chopin tinha pouca capacidade para escrever para orquestra e que portanto, a sua produção orquestral é demasiado escassa. Eu divirjo dessa interpretação, pois acho que este concerto mostra até que ponto ele soube moldar a matéria musical. Sem dúvida, que o aparato da orquestra está ao serviço da brilhante execução no piano. Mas, afinal, não é isso mesmo a essência da forma-concerto para instrumento solista? 
Chopin compunha aquilo que iria interpretar, pessoalmente. Sabia bem como era difícil e subtil passar das notas escritas numa partitura, para a ideia musical que esteve na sua origem. 

Será necessário alguém como Daniil Trifonov, para estar à altura do desafio de interpretar - com o vigor e subtileza necessários - este concerto, criado em Varsóvia em 1830, pelo próprio Chopin.

I. Maestoso II. Larghetto III. Allegro vivace

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

AS QUATRO BALADAS DE CHOPIN, RECITAL MEMORÁVEL DE MARIA TIPO



                                          0:00 : Ballade nº 1 en sol mineur, op.23

                                         8:57 : Ballade nº 2 en fa majeur, op.38

                                        16:02 : Ballade nº 3 en la bémol majeur, op.47
                                        23:57 : Ballade nº 4 en fa mineur, op.52

Oiço estas peças muitas vezes, sem nunca ficar enfastiado. São do romantismo no seu apogeu, de uma inspiração sublime. Elas são únicas no reportório de Chopin, diz-se que foram inspiradas pelos poemas patrióticos de Adam Mickiewicz
As Baladas são poemas musicais, porém não se podem classificar na categoria de música descritiva ou programática. São muito livres na sua forma: talvez sejam a expressão do estado interior do compositor, ao ler os referidos poemas.
Quanto à interpretação, não encontrei, até hoje, algo que satisfaça melhor o meu gosto em relação a estes extraordinários pedaços de música. Com efeito, eles exigem alma e técnica, numa combinação subtil, refinada.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

[OBRAS DE MANUEL BANET] Meditação, ouvindo Chopin

MEDITAÇÃO,

 OUVINDO CHOPIN


Enquanto ressoar música nos meus ouvidos
Estarei em paz com Deus, mas não com os outros
Pois os outros estão demasiado cheios das suas vaidades
Para conseguirem parar um pouco seus afazeres
E olharem, ouvirem, sentirem

A Natureza está em roda deles
E neles próprios, mas estão
Fechados à maravilha do sopro
Vital que transforma o ser

Estou contigo, que me dás este bem
Infinito - a música! Estou com o espírito
De Deus, essência criadora e propulsionadora
Do Universo...



 JAN LISIECKI INTERPRETANDO O NOCTURNO EM DÓ # MENOR DE CHOPIN

sábado, 26 de maio de 2018

CHOPIN: FANTASIA IMPROMPTU


O impromptu é uma forma que pretende simular o improviso ou que é derivada do improviso. 
O que me fascina neste tipo de música é a sua adequação ao piano. 
Schubert também escreveu peças notáveis, designadas por «impromptu». 
Porém, sendo Chopin o mais notável compositor para piano de todos os tempos, segundo o meu gosto subjectivo, é com imenso prazer que eu oiço esta composição. 

domingo, 11 de dezembro de 2016

[NO PAÍS DOS SONHOS] DEI-ME A SONHAR...





[SE OS SONHOS INFESTAM A MINHA VIDA, É PRECISO DAR ESPAÇO AOS SONHOS, SE UMA MELODIA ME ENCHE A ALMA, É PRECISO QUE ELA SAIA, RESPIRE]


Eu dei-me a sonhar a melodia desta célebre  peça. Ela estava presente no interior do meu sonho, desempenhava um papel... Mas qual?

Tinha um timbre familiar e antigo, este piano, cujas notas percutiam no interior da minha cabeça.

Não posso fazer mais do que conjeturas sobre o que sonhei: talvez um encontro à beira do lago Balaton? Um passeio pelas dunas de Deauville? Uma tarde soalheira à sombra duma latada em Colares? 

Não sei; não posso senão fantasiar. Qualquer coisa como o reencontrar de uma paisagem, que se escondia na minha memória, como de outra vida se tratasse... Há tanto tempo já!

Porém, os sentimentos de nostalgia e de tristeza mesmo, não me pareciam assim tão insuportáveis; gostava de vaguear por esses espaços meio reais, meio sonhados.

Tudo se prendia com afetos, com ausências, com romances para sempre insatisfeitos. Assim como conversas bruscamente truncadas, que nunca mais terão a sua continuidade.

Assim é a nossa vida, uma sucessão de momentos, alguns de espanto, muitos de enfado. Assim nós seremos um dia, somente recordação saudosa de outras eras.

Depois... Bem, depois é... um outro começar, outra vida que desponta e vem encher outro peito, outra cabeça, de inúmeros sentimentos e pensamentos...

Perdoa-me, estou cometendo o crime de lesa-música, ao reduzir algo tão sublime a sensações pessoais. Pessoalíssimas. 
Mas este escrito destina-se apenas a exorcizar uma obstinada reverberação do espírito.