domingo, 3 de novembro de 2024
sábado, 2 de novembro de 2024
Nº0 «ESPECTROGRAFIAS» (APRESENTAÇÃO)
NA IDADE DOS ENTES ESPECTRAIS
Estamos na idade em que se sobrepõe, na consciência de biliões de indivíduos, a imagem, o espectro, o ícone, o símbolo, à realidade.
Assim, as pessoas estão, cada vez mais, sujeitas a uma dupla ditadura:
- A ditadura da necessidade, da dura lei da escravidão assalariada, ou da falsa liberdade do trabalhador «por conta própria». A ausência da consciência deste facto elementar, é (em si mesma) uma alienação que torna possíveis todas a outras.
- A ditadura dos espectros, ídolos reinantes no subconsciente, no nosso cérebro, que nos puxam para a conformidade ao paradigma dominante e que acabam por determinar os afetos e a vivência social.
Muitos filósofos e pensadores do século XX e do século XXI, analisaram esta mudança. Ela corresponde, na sua essência, à transformação da sociedade capitalista industrial clássica, na sociedade de consumo, ou seja, como eu prefiro chamar-lhe, na sociedade da mercantilização de tudo. Não apenas mercantilização dos objetos em mercadorias; também do tempo, do espaço, da natureza, dos corpos humanos e das mentes. Através da grelha de leitura acima e tendo em conta os factos da mutação do sistema capitalista, as ideologias revelam-se como projeções, conscientes ou inconscientes, da mercantilização universal.
Irei apresentar alguns materiais, nos próximos tempos, de pensadores que estabeleceram as bases para uma crítica radical da sociedade capitalista contemporânea, a sociedade da mercantilização generalizada.
Com a sua especial capacidade crítica, eles puderam escalpelizar o funcionamento dos media: Qual o seu papel na sociedade do espetáculo, a sua relação com a fabricação da ilusão de democracia, como se desenvolveram as formas atuais e perversas de censura, de controlo da informação e das ideias, em suma o novo totalitarismo.
Serão evocadas obras de nomes célebres, como Marshall Mcluhan, Guy Debord, Noam Chomsky, e outros.
Espero, seja uma descoberta , tanto para mim como para vós, de importantes autores e dos seus contributos, que nos poderão ajudar a «sair da matrix».
Por outras palavras: Espero que nos ajudem a nos emancipar da sociedade formatadora na qual estamos enredados.
PS: Alguns artigos sobre o tema, neste blog.
[PROPAGANDA 21] (DO Nº1 AO 22. ARTIGOS EM QUE FACTOS DE PROPAGANDA, NO SÉC. 21, SÃO POSTOS EM EVIDÊNCIA)
FALSIFICAÇÃO DO REAL ENQUANTO ESTRATÉGIA
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OS RESTANTES NÚMEROS DE «ESPECTROGRAFIAS» PODEM SER CONSULTADOS AQUI
quinta-feira, 12 de setembro de 2024
PROPAGANDA 21 Nº22 O PRÓPRIO GOVERNO DESRESPEITA AS DECISÕES POR ELE VOTADAS
Representante dos EUA vota a proposta de cessar-fogo no Conselho de Segurança da ONU
Eles, não só não fazem nada para obrigar o cumprimento de uma resolução que faz lei, segundo a legalidade internacional; promovem uma falsa «conferência de paz» com vários intervenientes, mas sem a presença do Hamas! Mike Whitney explica - de modo detalhado - em «Putting an end to Biden's Ceasefire Sabotage».
domingo, 19 de fevereiro de 2023
A PROPÓSITO DE UMA FRASE DE D. H. LAWRENCE
quarta-feira, 27 de outubro de 2021
SENILIDADE NAS PESSOAS INTELIGENTES
Vem o presente escrito enquanto comentário a uma entrevista desastrosa de Noam Chomsky, um célebre intelectual, ícone da esquerda radical e libertária. Nesta entrevista, Chomsky advoga que os não-vacinados contra o COVID deveriam ser forçados ao isolamento. Alegava que os prejuízos, para eles próprios, eram inteiramente da sua responsabilidade. Curiosamente, pelo menos na entrevista, nem sequer faz exceção dos já infetados e curados, que realmente possuem bem melhor proteção, que os que não têm senão a proteção (precária e transitória, além de muito parcial) das vacinas, pelo menos das correntemente usadas nos EUA.
Creio que existem pessoas extremamente inteligentes e com uma grande bagagem teórica, que também caem na rigidez mental agora exibida por Noam Chomsky. Penso que muitas coisas que escreveu Chomsky permanecem válidas, quer ele tenha agora feito, ou não, declarações desastrosas e tomado certas posições contraditórias com posições prévias dele, basicamente libertárias (ele próprio define-se como «socialista libertário»).
O nosso sistema mediático promove o «estrelato», que não se confina a «Hollywood», também abrange o mundo académico e a intelectualidade. Muitos são os que se tornaram celebridades, com a fama adquirida por obras de reconhecido mérito, que depois «dormem sobre os louros», ou seja, não produzem nada de valor, de grandeza ou de inovação equivalentes, no resto da vida. Com efeito, é uma raridade ser-se um Leonardo Da Vinci ou um Pablo Picasso, ou outros raros, que até ao fim da vida produziram arte ou literatura ou filosofia de grande nível, de nível equivalente ou semelhante às produções realizadas quando eram jovens e que lhes concederam a celebridade. Aliás, não raras vezes, alguém é reconhecido como criador valioso somente no final da vida. Só então, por vezes devido a circunstâncias fortuitas, sai da obscuridade mediática e se torna célebre.
Há quem diga que «adquiriram» o juízo que lhes faltou durante a juventude, mas eu penso que tal não deve ser visto deste modo. Até porque não é infrequente intelectuais senis defenderem posições extremistas ou insensatas, mas em sentido oposto às defendidas na juventude.
Creio que a rigidez da mente, decorrente de um mau funcionamento dos circuitos neuronais ou da perda de capacidades é geral, a partir de determinada idade.
Não há ninguém que escape à determinação biológica da senilidade. Mas, se alguém toda a vida foi medíocre, na sua forma de pensar, não se espera que tenha melhor qualidade durante os anos tardios, antes pelo contrário. Porém, ilogicamente, espera-se que alguém, intelectualmente brilhante na juventude e na maior parte da idade adulta, assim permaneça até ao fim da vida, mesmo que centenária!
Há aqui algo de estranho: Talvez tenha a ver com o culto da celebridade, com a imagem de «sempre jovem» que se quer guardar de certos artistas, que nos encantaram quando nós também éramos jovens ou, mesmo, crianças?
Pessoalmente, creio poder dissociar-me desse culto, como aliás do oposto, ou seja, o de desprezar alguém só porque tem idade provecta. No humanismo, não se apreciam as pessoas através de «avaliações» estúpidas (como são sempre as mediáticas), mas segundo outro critério: Do valor intrínseco do ser humano, enquanto tal. Eu penso que devemos respeitar as pessoas de provecta idade, como se fossem o próprio pai, ou mãe. Ou, como nós gostaríamos de ser tratados, quando estivermos em tal fase da vida.
Desprezar os idosos é um sinal de arrogância e autoritarismo. Mas, não devemos pedir à natureza aquilo que ela não pode dar. Todos os seres que envelhecem têm de sofrer um declínio de suas capacidades, não apenas físicas, como mentais.
Isso não torna as pessoas menos estimáveis e dignas de respeito, aos nossos olhos. Pelo contrário, deveríamos resguardá-las duma exposição mediática cruel. Creio que foi o caso de Chomsky, na medida em que a entrevista deixa para a posteridade palavras (escritas ou ditas) cujo sentido é fraco e está em contradição direta com a sua obra e com a maior parte da sua vida.
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* Artigo no blog de Jonathan Cook: «Is forced isolation of the unvaccinated really the left’s answer to the pandemic?»
terça-feira, 14 de janeiro de 2020
ANARCO-CAPITALISMO?
Estes impérios, para usar uma expressão conhecida, eram «a prisão dos povos». A eclosão de um movimento insurrecional em 1848, foi a primeira «prova de fogo»: não apenas dos que ainda estavam imbuídos do ideário liberal, na sua versão genuína e original de liberdade de opinião, de associação e não somente liberdade de comércio, mas também dos proletários, que entravam, pela primeira vez com a sua agenda própria, contra as monarquias instaladas. Havia a ilusão de que a república, o sufrágio universal, a liberdade, o direito de organização de sindicatos e a consagração do direito à greve, seriam a etapa necessária para a «república social», no confronto geral com a burguesia e restantes classes opressoras. Infelizmente, tal esperança não se concretizou, pois os regimes constitucionais monárquicos ou republicanos - instalados entre a 2ª metade do século XIX e inícios do século XX - logo se viraram contra a classe operária, que os pusera no poder, com repressão e com restrições de toda a ordem, para «desarmar» o perigo de revolução. Quando se falava de revolução, era - naturalmente - a revolução que apregoavam os socialistas, comunistas e anarquistas e suas respectivas organizações e órgãos de propaganda.
Mas, na abordagem prática da ação política, têm decidido, ou formar uma ala no seio do partido republicano, ou intervir com candidatos próprios (apoiados pelo partido libertariano) nas eleições ao nível estadual (ou a níveis inferiores) para conquistar uma parte do eleitorado do partido republicano (a origem de muitos deles). Compreende-se que isto tudo tenha pouco ou nada que ver com o verdadeiro anarquismo, como organização horizontal, com a rejeição de eleições, vistas como um logro que permite perpetuar a opressão do Estado e da classe dominante, sob o pretexto (falso) de uma igualdade política, etc.
Existem muitas organizações e pensadores, ao longo da História dos EUA, que se filiam na corrente libertária. Muitas pessoas conhecem os nomes de Emma Goldman, ou de Noam Chomsky, mas existem muitos mais com contribuições práticas e teóricas notáveis.
Destas pessoas, algumas poderão vir a reforçar os movimentos anti-autoritários e anti-capitalistas, que se têm multiplicado nos últimos decénios.
quarta-feira, 27 de março de 2019
NOAM CHOMSKY - REQUIEM PELO SONHO AMERICANO
https://www.youtube.com/watch?time_continue=6&v=wp6Rbgv1MLg
sábado, 16 de junho de 2018
PAUL STREET: «O DESAFIO DE CHOMSKY AOS AMERICANOS»
U.S. planes trapped the long convoys by disabling vehicles in the front, and at the rear, and then pounded the resulting traffic jams for hours. … On the sixty miles of coastal highway, Iraqi military units sit in gruesome repose, scorched skeletons of vehicles and men alike, black and awful under the sun … for 60 miles every vehicle was strafed or bombed, every windshield is shattered, every tank is burned, every truck is riddled with shell fragments. No survivors are known or likely. … U.S. forces continued to drop bombs on the convoys until all humans were killed.