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segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

OLHANDO O MUNDO DA MINHA JANELA, PARTE XVI

 Estamos no fim de um ano que nos marcou a todos. Eu aqui direi o que sinto, não pelo mero desejo de exibir sentimentos (até sou contrário a isso, neste tipo de escritos), mas antes, porque me parece que a sociedade -toda ela - sente o efeito de uma propaganda «non stop», primeiro, nos dois anos «Covid» e, agora, com a guerra da Rússia contra a OTAN, no território da Ucrânia. 

A guerra não parece estar pronta a chegar a um desenlace, os beligerantes, de um lado e do outro, parecem estar bem decididos a «ganhar» esta guerra. Mas, parece-me que estas guerras não podem ser ganhas. Nem sequer, no plano estrito militar. Ainda mais improvável que uns fiquem em posição económica e social muito mais favorável, que os outros. Os estragos destas guerras contemporâneas fazem-se sentir durante muitos anos. São, com certeza, situações que nunca chegam a termo, do ponto de vista daqueles cuja vida ou a vida de próximos ficou completamente destruída. Pode-se argumentar que populações oprimidas noutras regiões do Mundo têm estado a sofrer durante tanto ou mais tempo, o que as populações ucranianas - quer as russófonas quer as não-russófonas - estão agora a sofrer nestes últimos 8 anos, desde o golpe de Estado de 2014 de «Maidan». Embora isso seja verdade, os sofrimentos de uns não aliviam os sofrimentos de outros. 

Pessoalmente, o que me choca é a indiferença - e falta de pudor - de pessoas «corajosas» em fazer afirmações peremptórias, bem longe do teatro dos combates. Sinto uma certa náusea, quando penso na maneira estúpida como aquelas pessoas, aparentemente mais «informadas», se debruçam sobre a catástrofe dos outros e se apressam a fazer juízos definitivos. 

A involução civilizacional, que eu invoquei em vários textos meus, muito antes de rebentar esta guerra,  está agora à vista de todos. Aliás, esta involução começou muito antes de Fevereiro deste ano. Nem sei ao certo quando. 
Na realidade, o que importa é que vejo que as forças da paz, do bom-senso, da racionalidade, do humanismo e do coração generoso, estão em franca minoria, estão dispersas pelo vendaval de belicismo, que varre as sociedades a Oeste e a Leste, sem que se possa fazer muito mais - de momento - do que constatar o estrago desta onda de imbecilidade e bestialidade coletivas. 
Não temo em relação a mim próprio; estou relativamente bem protegido, ao nível pessoal, das tragédias da guerra e dos males correlativos que a acompanham. 
Porém, estou psicologicamente afetado, desencorajado pela cobardia, pela visão primária de uns e de outros, pela indiferença pelo sofrimento alheio: 
- Onde estão as forças pacifistas, que deveriam erguer-se e afirmar a razão, contra as razões de Estado, de uns e de outros? 
- Onde estão os intelectuais lúcidos, para desmontar a propaganda, mostrando como se aproveitam dos instintos mais elementares - o medo, o gregarismo, a sede de vingança, etc. -  das pessoas? 

Não me admira que a situação piore em termos de confrontos bélicos. Nem que rebentem outras guerras, ou que haja  um alargar da mesma, noutras frentes. 
O mundo está em colapso económico e financeiro e - por isso - as «elites» do poder e do dinheiro estão a servir-se de tudo o que podem, para desviar a atenção das pessoas. Usam agora a guerra, como há escassos dois anos usaram a pandemia do COVID, francamente amplificada e dramatizada. 
Agora, o sistema económico e financeiro está a ruir, em resultado da forma como foi gerido durante décadas. Vários economistas sérios têm dito que não pode haver outro desenlace. Porém, as «elites» não querem que as pessoas vejam, querem - pelo contrário - que todas as desgraças sejam imputadas à guerra e, anteriormente, à pandemia viral: Não querem que as pessoas se apercebam que houve uma estratégia no desencadear destas catástrofes, pelas grandes corporações e setor financeiro: Uma estratégia desenhada e executada para tirar o máximo dos Estados. Assim, essas tais corporações poderão remanejar em seu proveito os sistemas económicos e financeiros, desde as moedas digitais produzidas pelos bancos centrais, à completa destruição do Estado de Direito e do Estado-Providência. 

Se os deixarmos, somente ficará um sistema distópico, cujos elementos já têm sido ensaiados, neste ou naquele ponto do Globo. As massas, aflitas com a «austeridade», que têm de suportar, não conseguirão ver para além da sua sobrevivência imediata. É esse o cálculo da oligarquia que se pavoneia em Davos e noutros «palcos». É assim que os muito ricos e poderosos estão a jogar; têm a pretensão de serem eles a decidir como será o futuro. Esta é a aposta dos globalistas. 

Cabe às pessoas lúcidas e corajosas organizarem-se, para que os planos deles falhem e para que se construa uma sociedade mais justa e mais humana, em vez da sociedade do medo e das desigualdades abismais. 

                                                  Enterro na Ucrânia; foto de Maio de 2022

terça-feira, 16 de agosto de 2022

CDC (NOS EUA) RECONHECE QUE INFEÇÃO COM O VÍRUS COVID-19 DÁ A MESMA PROTEÇÃO QUE A VACINA

 


“O passado era modificável. O passado nunca tinha sido modificado. Oceânia estava em guerra com Ásia do Leste. Oceânia esteve sempre em guerra com Ásia do Leste.” ― George Orwell, 1984


A epidemiologista do CDC divulgou na semana passada as novas linhas-guia aos jornalistas, afirmando o que os peritos em vacinas tinham dito desde há longo tempo: não existe diferença entre a proteção dada pela vacina do COVID-19 e a prévia infeção com o próprio vírus.

“Tanto a infeção prévia como a vacinação conferem alguma proteção contra a doença severa" disse Massetti. “E, portanto faz todo o sentido não diferenciar nas nossas linhas guia ou nas nossas recomendações baseadas na situação vacinal dos indivíduos, neste momento"

Para o artigo completo
 de Paul D. Tacker (em inglês) consulte:

CDC Now Says COVID-19 Prior Infection Same as Vaccination, Let Us Now Commence the Great Misremembering With elections on the horizon is the CDC following “midterm science”? 

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Comentário de Manuel Banet

De facto, a verdadeira ciência foi completamente espezinhada e humilhada por políticos, jornalistas, pseudo- cientistas e médicos pouco escrupulosos. Não se pode perdoar o terem causado sofrimento e enormes prejuízos na vida de cidadãos, que foram discriminados de um modo tipicamente fascista ou nazi, e ainda o são, com base na única palavra mafiosa de «cientistas» dignos do Terceiro Reich. 

Tudo isso para inflar os lucros chorudos da Pfizer, Moderna e das indústrias de saúde, que incluem a feitura de «testes» com um número de falsos positivos tal, que deveriam ser considerados inválidos. Também as restrições decorrentes desta «ciência» implicaram muitas mortes evitáveis, quer pelo agravamento do estado de saúde de doentes de outras patologias que não do COVID-19, como cancros, por exemplo, mas igualmente pelo desencadear e/ou agravamento de doenças do foro psíquico. 

Além disso, houve um grave dano moral e patrimonial causado a pessoas que - dentro da sua ética e contra a onda de histeria - não se fizeram «vacinar». As pessoas que andaram a promover a  ciência de pacotilha e a pôr em prática medidas repressivas e discriminatórias contra os não-vacinados, deveriam ser responsabilizadas, a todos os níveis, do ponto de vista criminal e civil.

Se existisse uma separação de poderes; se os tribunais e magistrados judiciais fossem verdadeiramente capazes e desejosos de preservar o Estado de Direito, teriam já encetado inquéritos e emitido mandatos de captura, para julgar os meliantes que manipularam e usaram seus poderes para oprimir gravemente todo o povo, especialmente castigando as pessoas corajosas, que não se acobardaram e disseram a verdade. 

Tanto na Europa, como nos EUA e noutros países ditos «Ocidentais», entrou-se claramente numa situação de rutura constitucional desde há dois anos e meio, que se manteve. A situação é agravada pela impunidade e continuação do crime. Assim sendo, não vejo diferença substancial em relação às ditaduras fascistas e totalitárias. Onde está a democracia, os Direitos Humanos, o respeito pela Lei? 
A única diferença, em relação a totalitarismos passados, é o grau muito maior de ilusão, cobardia e ignorância das pessoas. 

Nos regimes totalitários do passado (eu conheci alguns) não havia dúvidas na cidadania: As pessoas sabiam que o discurso oficial era apenas uma capa para encobrir a repressão. Hoje, não só não compreendem o que se está a passar, como ao recusar ver as evidências, são fator para perpetuar estas ditaduras sanitárias. A corrupção dos regimes é enorme e é sistémica, os partidos de oposição foram cooptados e estão essencialmente a mostrar-se colaboradores das ilegalidades dos governos; pensam que, assim, não serão castigados eleitoralmente pelos eleitores.

quinta-feira, 21 de abril de 2022

EXTRADIÇÃO DE JULIAN ASSANGE, REVELADORA DA TOTAL FALÊNCIA MORAL DO OCIDENTE






A reportagem do vídeo acima está essencialmente correta. Qualquer pessoa que tem acompanhado o caso Julian Assange saberá quais os pontos essenciais deste caso.
Não irei, portanto, repetir aquilo que está no conteúdo do vídeo acima.
Pretendo apenas sublinhar três coisas.
1ª A morte do Estado de Direito: No Ocidente a figura do Estado de Direito foi-se afirmando, ao longo de séculos, querendo isso dizer que o Estado não se rege mais pelo capricho ou interesse dos que estão no poder, mas sim de acordo com as leis do país. Estas leis obrigam - segundo o credo da democracia liberal - os governos e os governados. Em particular, ninguém pode ser acusado e julgado por algo que não é crime na nação em que está a ser julgado.
2º A  morte da imagem de uma «esquerda» liberal, preocupada com a proteção dos direitos humanos, seja qual for a etnia, causa, país, etc. onde estão a ser violados. A chamada «esquerda» (do Reino Unido, ou de qualquer país da Europa), se nós tivéssemos de a definir por esse critério, seria o punhado de ativistas que tem persistentemente feito manifestações em frente da prisão onde está encarcerado Assange, e todos aqueles que realmente defendem Assange e denunciam a conspiração real, não uma teoria, para o ter aprisionado sem haver verdadeiro motivo (1) para tal.
3º A morte da media dita «mainstream» ou «legacy», que depois de ter beneficiado do trabalho de Assange e de Wikileaks, foi instrumentalizada (deixou-se instrumentalizar) pelos governos dominados por neocons, nos EUA, para «denunciar» Assange, supostamente por ele não ser um «jornalista», mas sim um «hacker», o que além de mentira absurda, é um comportamento vergonhoso de «arrependido»: Eles, jornalistas mainstream, seriam igualmente passíveis de prisão e condenação por «traição», visto que colaboraram na divulgação das tais imagens e dados objetivos que tanto incomodaram o poder nos EUA. Eles é que traíram Assange e a confiança que muitas pessoas honestas ainda tinham no jornalismo mainstream, agora são considerados apenas como um braço do poder, o da propaganda. 

Face a esta constatação, o melhor que se pode fazer, seja qual for o destino dado a Assange? -Trata-se, para nós, «simples cidadãos», de retirar TODA a confiança aos que se apoderaram dos comandos do governo, da justiça, etc. e que fizeram as piores velhacarias em nosso nome. 
Se nós não lhes dermos confiança, se não fizermos como se eles «apenas» se tivessem enganado, como é que eles poderão sobreviver, no longo prazo? Se ficam expostos como os piores verdugos, os piores criminosos de guerra, que nos escravizam e aterrorizam? Desejais maior prova do terrorismo do poder quando transformam os whistleblowers, ou jornalistas corajosos em bodes expiatórios, pela denúncia dos crimes DELES?
Não ficarão logo derrotados, mas o seu apoio será muito menor, se houver um sobressalto das pessoas - muitas, felizmente - que têm «decência» (a «common decency», de que falava Orwell).
Na verdade, eles sobrevivem graças à passividade de muitos de nós. Nesta e noutras situações, «quem cala, consente» ou seja, não condenar esta iniquidade, é ser cúmplice  dela.
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(1) Leia o resumo do caso por Paul Craig Roberts, AQUI
 

sábado, 12 de junho de 2021

A CAPA DE ESQUERDA QUE NOS CONFUNDE

O MEDO é raramente algo que nos induza a ter comportamentos racionais. Quando alguém opera impulsionado pelo medo, tem tendência a tomar decisões terríveis e a apoiar causas e leis opressoras. As pessoas amedrontadas também tendem a juntar-se em largas multidões, formadas com outras pessoas, como elas amedrontadas: Assim, sentem-se mais seguras e anónimas, no meio da massa. Assim também, poderão atuar, impulsionadas pelo medo, sem terem que pagar pelas consequências dos seus atos.

As mesmas pessoas que estão sob o domínio do medo, são - quase todas - das classes que têm sido atacadas e submetidas pelo neoliberalismo, nestes últimos decénios. São pessoas que perderam a segurança no emprego, a capacidade de levar a cabo uma vida normal, de conservar o poder de compra que tiveram no passado. Em suma: São massas destituídas da capacidade de resistir às crises, de enfrentar os tempos difíceis. Por isso, têm medo. Mas, o seu medo exprime-se de modo irracional, manifesta-se em termos de pânico.

Não são pessoas com treino de análise racional e crítica, que saibam distinguir e desmascarar a trapaça, a demagogia, o apontar de bodes expiatórios, e de todas as demais artimanhas da oligarquia dominante e de seus vassalos e prostitutos, em lugares de poder.

A fúria destruidora, motivada em primeiro lugar pelo medo, é convenientemente desviada pela propaganda insidiosa da media, dos políticos demagogos e reforçada pelos preconceitos ancestrais. A designação do inimigo, tanto externo como interno, nunca corresponde ao perigo real: São sempre os outros povos, «os russos», «os chineses», ou outra religião, o «islamismo»; ou ainda, etnias diferentes que «invadem» o país, mas que, afinal, são pobres imigrantes com salários miseráveis, que trabalham como escravos. 

Ora, convenientemente, uma «esquerda bem-pensante», tem sempre feito a ginástica necessária para parecer estar contra os poderes dominantes mas, em simultâneo, iludindo as massas que nelas acreditam. Trata-se de fenómeno religioso, de fé na salvação. Os dirigentes políticos e sindicais especializaram-se em dirigir seus adeptos para pseudo-lutas, intencionalmente sem  hipótese real de sucesso. 

É por isso que são permitidas manifestações, greves simbólicas e que apenas afetam o salário ao fim do mês dos grevistas, grandes mobilizações eleitorais, com belos discursos e belas palavras, mas com o fim de obter assentos na Assembleia da República, onde irão cozinhar compromissos com partidos mais poderosos; normalmente, com aqueles que são a fundo, e não apenas marginalmente, subsidiados pela oligarquia.

Os dirigentes e os quadros mais importantes desses partidos de esquerda, têm grande ambição de poder, que disfarçam com belas palavras de «servir o povo», etc. Sabem disfarçar suas traficâncias para alcançar e se manterem no poder. Os militantes estão sob hipnose. É para isso que servem as palavras de ordem, os rituais dos comícios, propriamente religiosos, mesmo sem Deus. Os adeptos estão condicionados a reagir perante os estímulos fornecidos pela elite partidária: não pensam. Não precisam de pensar mas, somente, de ter uma fé infinita nos líderes, reproduzindo preconceitos de toda a ordem. 

Não são diferentes, na verdade, dos fanáticos nazis ou fascistas, deste século e do século passado. São feitos da mesma massa. Os slogans são diferentes, as cores e os símbolos, também. Mas, os objetivos são os mesmos. Eles não suspeitam sequer disso. Por debaixo das retóricas de emancipação das classes trabalhadoras, está a verdadeira motivação: A propulsão da casta  dirigente partidária ao poder. Uma vez no poder, fazem exatamente o que outros fizeram: Irão favorecer (discretamente) os que lhes forneceram os fundos, usando uma retórica mais ou menos «audaciosa», mas só para iludir o povo fiel. 

Os democratas de esquerda nos EUA são uma anedota. As figuras de proa dos partidos de esquerda europeia também. A traição da esquerda contemporânea, ao nível do mundo «ocidental», é só comparável ao que fizeram na véspera da 1ª guerra mundial. A esquerda desse tempo, renunciando ao combate contra o militarismo, recusando convocar uma greve geral, traiu a classe trabalhadora e tornou possível a 1ª Guerra Mundial.
A esquerda de hoje serve-se dos votos e dos lugares obtidos - em geral - graças às classes com menos poder, para ainda lhes retirar a réstia de poder que uma democracia fictícia e truncada ainda não tinha completamente roubado. Com efeito, estão dentro de estruturas de poder, o parlamento europeu, por exemplo, para «carimbarem» tudo o que os globalistas querem. Mais; são a garantia dos neo-liberais, de que têm uma pseudo-oposição, o que lhes dá um «verniz» democrático. Aliás, são eles os maiores responsáveis da subida da extrema-direita.

Ao fim e ao cabo, serão os serventuários mais eficazes do grande capital, das forças mais reacionárias, dos imperialismos: porque estes precisam de atores que mantenham a ficção da democracia representativa, que desempenhem o papel de defensores dos oprimidos, dos explorados, com algum grau de verosimilhança.

Os esquerdistas são de tendência autoritária, quase todos: Têm uma visão destorcida da democracia. Acham que 51% dos votos para um dado partido ou coligação, legitima que os eleitos façam tudo, como se os 49% eleitoralmente derrotados, não tivessem diretos, não tivessem voz na matéria. O que -obviamente- é uma completa negação da nossa constituição e das leis. Também é negação de um conceito realmente democrático. Mas isso não lhes importa muito, pois são eles que fazem a lei, são eles que são a legalidade, são eles que decidem o que é ou não, legal e legítimo.

Viu-se e vê-se em Portugal e noutros países europeus, ditos democráticos:

- O espezinhar a constituição, decretando um «estado de emergência», em violação flagrante do que diz a constituição sobre as condições exigidas para tal. 

- Produção pelo governo de legislação avulsa, criminalizando pessoas que pacificamente apenas desejam continuar a exercer sua atividade, como comerciantes. 

- Imposição da absurda obrigatoriedade de máscara, mesmo ao ar livre, na rua.

- Negação da liberdade de informar e ser informado sobre a verdadeira biologia do vírus SARS-Cov-2, sobre a verdadeira ciência epidemiológica, sobre as boas práticas terapêuticas, deixando morrer milhares de pessoas que poderiam ter sobrevivido e ficado curadas, se tivessem sido aplicadas terapêuticas comprovadas, tudo isso para favorecer o cartel das grandes farmacêuticas... 

- Para culminar, a vacinação forçada (hipocritamente) pois as pessoas não poderão fazer nada senão ficarem em eterno confinamento, caso recusem ser vacinadas e o passaporte «sanitário»... 

- E perante esta sucessão de atropelos e violações das liberdades e direitos, o que fazem os partidos de esquerda? O que fazem eles -realmente - para defender os oprimidos, os que ficam com a vida numa catástrofe, de um momento para o outro? O que fazem para impedir a supressão do Estado de Direito, com a instalação de um Estado de arbítrio, de ditadura sobre o povo?

- Têm sido eles os mais zelosos cumpridores e, por vezes, os mais entusiastas proponentes destas medidas!

Este comportamento é grave e traz consequências. 

. A primeira das quais, é que as forças políticas de esquerda serão relegadas para as margens, como forças residuais. 

. Outra, será a impossibilidade de se contar com estas forças, imbuídas de padrões autoritários, para combater as tentativas oligárquicas de impor a Nova Ordem Mundial. 

. Quem não percebe, ou não quer perceber, o facto fundamental, de que elas estão apostadas em impor seu modelo distópico, malthusiano, eugenista, neofeudal, em que poderá contribuir para a resistência a tal estado de coisas? 

. Será necessária uma outra consciência cívica e ética, distante dos modelos autoritários, de «esquerda» ou de «direita». 

Por enquanto, ainda não verifico - apesar de manifestações em vários pontos do globo - o advento dum novo modo de fazer política. Acredito que ele virá e que será realmente a grande novidade, o polo emancipatório no século XXI.

Esse momento - creio - ainda não chegou. Porém, a minha esperança reside no facto das oligarquias terem projetos megalomaníacos, como - no seu tempo - os de Napoleão e Hitler. Mas,  tais projetos, pela sua própria natureza e pela «húbris» dos seus líderes, estão destinados a falhar.

 

terça-feira, 8 de setembro de 2020

CRIMINOSOS, SÃO OS PODERES E SEUS CÚMPLICES QUE PRETENDEM CALAR JULIAN ASSANGE

                 

                                  Discurso de John Pilger 


                       
Ontem, dia 7 de Setembro 2020, iniciou-se a fase final de julgamento para decidir da extradição de Julian Assange para os EUA. Lembremos que Assange é cidadão australiano, não é portanto juridicamente válido, à partida, este pedido de extradição. 

O jornalista Neil Clark, relata no RT que - em paralelo a esta farsa de julgamento de Assange - um outro preso de Belmarch, acusado de pertencer ao ISIS, é libertado. De forma previsível, ele começa a cometer crimes, esfaqueando a torto e a direito, as pessoas na rua.

Por outro lado, Julian Assange não cometeu nenhum crime, de acordo com reputados juristas, apenas publicou material de interesse para o público. O Reino Unido (e a Suécia, anteriormente) está a mostrar sua face de vassalo do império USA. Ficam grotescos seus governantes, quando fazem declarações moralistas em relação a supostas ou reais violações dos direitos humanos, noutros países.

Segundo o autor do blog Moon of Alabama, não há dúvida de que o julgamento vai decidir pela extradição. Algo que já está, na realidade, decidido desde Março. Assange foi sujeito a pressões psicológicas, que são classificadas como formas de tortura por enviado especial da ONU. Assim mostram a verdadeira face do poder e a «mansidão» deste, para quem desmascarou seus crimes e hipocrisias. 

Lamentavelmente, os media corporativos todo-poderosos, tiveram neste assunto um papel de co-autoria moral neste crime contra a integridade física e psíquica de Assange. Com efeito, depois de terem aproveitado, como material de notícia, as informações fornecidas por Wikileaks - ganhando, tais meios de comunicação de massa, uma injustificada fama de independência em relação aos poderes - foram os primeiros a se mobilizarem para enegrecer a imagem do fundador de Wikileaks, para o mostrar como um «hacker», como alguém desprezível que de modo nenhum - segundo eles - se poderia equiparar a jornalista ou editor. Caitlin Johnstone  correlaciona o modo, digno da Inquisição, como está a decorrer este processo de Assange, com a rápida transformação dos Estados ditos democráticos, em Estados autoritários e repressivos. 

Muitos já registaram e compreenderam como a imprensa mainstream está nas mãos dos grandes interesses corporativos e como seus jornalistas se tornaram em meras caixas-de-ressonância do Estado Profundo, seja ele britânico, americano ou de outra nação. 

Mesmo que Assange perca esta batalha legal, ele não perdeu a estima, a consideração e o apoio de milhões de pessoas, anónimas ou célebres, que compreenderam perfeitamente que, para além do trágico caso humano, estão também em causa valores tão importantes como a liberdade de imprensa, a liberdade de opinião, a garantia de processo justo e imparcial, o respeito dos tribunais pelas próprias leis e pelos Direitos Humanos. 

Em resumo; quem pense que nos países do «Ocidente» (EUA e aliados) vigoram as regras do Estado de Direito, onde são respeitados os Direitos Humanos, que investigue a fundo o caso Assange e perca as suas ilusões. Aliás, toda a narrativa de «defesa dos Direitos Humanos», cai por terra quando, quem a profere, é o primeiro a violá-los e da forma mais grave...  



sábado, 23 de maio de 2020

DISCURSO DE LUTA CONTRA O VÍRUS, PRETEXTO PARA NOVA ORDEM MUNDIAL TOTALITÁRIA

Vejam este vídeo de entrevista em francês, em que Valérie Bugault desmonta toda a hipocrisia e incoerência do poder em França, assim como o facto das personagens deste poder serem apenas «paus-mandados» dos verdadeiros senhores. 
A não perder!


Censurado no Youtube, a entrevista abaixo tem como protagonista Valérie Bugault, uma pessoa completamente consciente das problemáticas tanto do direito, como da geopolítica:

segunda-feira, 19 de março de 2018

O QUE É QUE CARACTERIZA UM ESTADO DE DIREITO?

             

Vem esta reflexão a propósito do caso do ex-espião Skripal supostamente envenenado com um gás em Inglaterra. 
Houve um acesso de histeria, ao nível na classe política, ampliada pela imprensa tablóide, perante as afirmações peremptórias de Theresa May e de membros do seu governo, as quais estão completamente fora dos procedimentos, tanto no que respeita aos acordos internacionais relativos a gases tóxicos, como até à presunção de inocência de um caso de tentativa dupla de homicídio. 
Com efeito, o incidente que causou o envenenamento de Sergei Skripal e de sua filha de 33 anos Yulia deveria ser matéria de investigação criminal, para se estabelecer os factos, o motivo e  o agente do crime.
Uma qualquer organização ou Estado, podia ter - de facto - acesso ao tal gás, podia mesmo fabricar o referido gás, usado na tentativa de assassinato. 
Torna-se ainda mais preocupante a reedição de reflexos anti-comunistas primários, que tinham sido amplamente usados para manipular o medo dos «vermelhos» e sobretudo a perseguição, a inclusão em «listas negras», de todos os que eram suspeitos de simpatias pelo «inimigo», a Rússia soviética.
As guerras contra o «terror», lançadas na época de Bush filho, foram um enorme fracasso militar e portanto político também. A oligarquia autoritária precisava de um novo perigo real ou imaginário. O caso de Putin e da Rússia, serviu tal finalidade de poder manter o eleitorado debaixo do medo. Sob o efeito do medo, as pessoas deixam de ter espírito crítico e começam a ter reflexos gregários, que se observam igualmente nas multidões arregimentadas, nos regimes totalitários.
A proximidade de um grande colapso nos mercados - ainda mais no mercado da dívida, do que nas bolsas de acções - faz com que a oligarquia se esmere em criar incidentes para poder desencadear uma guerra total, já não apenas uma guerra económica (sanções diversas), cuja intensidade aliás ultrapassa as restrições ao comércio com a URSS, durante a Guerra Fria Nº1.  
Uma situação muito preocupante para a liberdade de opinião, de palavra, quando o próprio líder da oposição, Jeremy Corbyn, é insultado no parlamento, apenas por colocar questões pertinentes ao governo.
Em resumo: o que se vem assistindo com o folhetim do ex-espião russo é um sinal de que não existe verdadeiro Estado de Direito, logo que «estala o verniz» das instâncias oficiais e se comportam de forma tipicamente autoritária, para não dizer fascista.