segunda-feira, 1 de novembro de 2021

[Charles Hugh Smith] A CHINA FARÁ REBENTAR A BOLHA DE TUDO

 



Autor: Charles Hugh Smith escrevendo no blog OfTwoMinds blog,


É bem seguro que a China enfrenta problemas estruturais. Uma listagem de artigos no número da Agosto da revista «Foreign Affairs» consagrada à China reflete isso:

A Aposta de Xi: A Corrida para Consolidar o Poder e Evitar o Desastre

A Conta Económica Chinesa: O Preço de Reformas Falhadas

Os Barões-Ladrões de Pequim: Pode a China Sobreviver à Sua Idade Dourada?

A Vida do Partido: Quão Seguro Está o Partido Comunista da China?

Isto são questões espinhosas, difíceis: o precipício demográfico resultante da política de uma criança apenas, a crescente desigualdade de riqueza, a corrupção alastrando, problemas de saúde pública (obesidade e diabetes, etc.), depredação ambiental e uma economia a desacelerar.

O que os analistas convencionais não conseguem compreender plenamente, a meu ver, são 1) a ameaça existencial para o Partido Comunista da China e para a economia chinesa, decorrente da sua bolha de crédito, sem precedentes, formando metástases 2) a sua crise de energia que desponta.

Como expliquei num artigo do meu blog, What's Really Going On in China?, («O que está realmente a ocorrer na China?») o PCC e o governo institucionalizaram informalmente a «irresponsabilidade» (a desconexão entre o risco e as suas consequências) como estando no âmago da sua política.

Qualquer perda financeira, não importa quão arriscada ou quão cheia de dívidas, era coberta pelo Estado (por resgate externo, pelo refinanciar da dívida, por novos empréstimos, etc.). Tal era visto  enquanto "custo do desenvolvimento rápido", consequência da visão de que a ineficiência e o desperdício eram inevitáveis no rápido desenvolvimento da indústria, da infraestrutura imobiliária e de uma economia virada para o consumidor.

Aquilo que os dirigentes da China não compreenderam plenamente foi que esta garantia implícita de «bailouts» (resgates) - o equivalente, nos EUA, ao «A Fed guarda-nos as costas» - incentivou a especulação baseada em dívida, como sendo o «investimento» de mais baixo risco, e de mais elevado retorno, especialmente quando comparado com os investimentos arriscados de baixo lucro, de estreitas margens, nas indústrias de exportação (Lembremos que as margens de lucro das empresas de exportação chinesas rondam os 1% a 3%).


Este é o fator oculto que está a minar a produtividade e a economia chinesas: a dívida em todos os sectores está a subir em flecha, para financiar a especulação, não os ganhos de produtividade.

Esta institucionalização da irresponsabilidade incentivou os jogos de apostas menos produtivos e de maior risco  - Não somente para grandes conglomerados como EverGrande, mas também para as famílias da classe média, que investiram no sistema de «shadow-banking» (um conjunto de empréstimos desregulamentados no sector privado, para financiar devedores com risco elevado, a juros altos) e compraram dois, três ou quatro apartamentos para «investimento».

As contradições resultantes desta massa de poupança investida em condomínios vazios, são sistémicas e perigosas: 1) logo que um andar esteja arrendado, perde valor pelo facto de ser «usado» 2) a vasta maioria dos andares de «investimento» é ilíquida, visto que a maior parte dos novos compradores quer um andar novo, não um usado, portanto o mercado para os usados é extremamente estreito, fora das localizações mais desejáveis, no interior de cidades como Pequim ou Xangai.


Este investimento maciço em apartamentos vazios e ilíquidos gerou perversidades sociais e financeiras: agora, que os andares em áreas mais cobiçadas custam 30-40 vezes o salário de um colarinho branco, os jovens têm de aspirar as poupanças da família alargada para conseguir pagar o andar. Os homens jovens incapazes de comprar um apartamento, veem suas possibilidades de casar evaporar-se.

Uma consequência da relação incestuosa do controlo de Estado com a especulação desenfreada, é o verdadeiro e vasto fosso separando os rendimentos, que se liga à corrupção, num feed-back que se reforça mutuamente: quanto mais rico te tornares, mais próximo do poder te encontras e vice-versa.

Como o sistema de «shadow banking» na China é opaco, até mesmo para os reguladores estatais, é bem possível que os líderes chineses não tenham uma noção da extensão do risco sistémico envolvido nos excessos do shadow banking. Parafraseando a célebre frase de Donald Rumsfeld, "é um desconhecido, desconhecido" para os fazedores da política chinesa.

Esta acumulação monumental de dívida e de especulação é agora uma ameaça existencial para o Partido, a dois níveis:

1) como todas as bolhas rebentam, independentemente das restantes condições, quando esta bolha o fizer, o abalo será suficientemente severo para ameaçar o controlo do Partido sobre a economia.

2) a evaporação desta riqueza fantasma, induzirá o povo a procurar um bode expiatório e o Partido é o candidato nº1, pois ele nutriu e protegeu os bem conectados e os ricos, não tendo protegido os 99% das consequências severas do rebentamento da bolha.

Ao terem criado as condições para a expansão da bolha e para a criação de montanhas de dívida e de promessas implícitas de resgates, o PCC e o governo entalaram-se eles próprios num beco: não existe maneira indolor de desinchar uma bolha especulativa de tão avassaladoras proporções.

Tendo em conta a biografia do Presidente Xi (em especial, a sua experiência pessoal na Revolução Cultural 1966-1976), os seus escritos e a sua consolidação do poder, é claro para mim que Xi compreende que a bolha está prestes a escapar ao seu controlo e portanto, o tempo é escasso e as opções de política estão limitadas a uma triagem ou seja, a salvar os mais saudáveis e deixar que a Natureza se ocupe dos que estão mais próximos de morrer.

Também vejo que Xi apreende a premente necessidade de quebrar a quase absoluta confiança de que o Estado irá resgatar («bail out») toda a gente, até mesmo a que pede emprestado e que especula da forma mais insensata, de tal modo que suas jogadas dão enormes perdas.

A opinião geral no Ocidente é que "a China não pode permitir-se que Evergrande falhe" porque este enorme conglomerado irá obviamente fazer cair muitos dominós, gerando um grande sofrimento financeiro. 
Eu penso que a visão do Presidente Xi é o oposto: «Nós não podemos permitir-nos salvar Evergrande», pois isso iria abrir as comportas das atitudes irresponsáveis («moral hazard») que Xi está a tentar fechar.

O facto do Estado resgatar os jogadores do sector privado (e de empresas estatais) foi o que levou a uma bolha baseada na irresponsabilidade, que Xi está determinado em fazer rebentar agora, quando ainda tem possibilidade de controlar o processo.

Por outras palavras, o Presidente Xi compreende que está no momento, «agora ou nunca», de retomar o controlo duma bolha financeira, inflada pela irresponsabilidade; a única maneira possível, será de fazer pagar as perdas por quaisquer que tenham exposição [aos investimentos especulativos]. A lógica subjacente, é o dilema entre retomar o controlo agora, provocando o rebentamento da bolha, ou deixar que ela se expanda e vá implodir de modo incontrolado (e portanto, ameaçador para o Partido).

Xi concluiu que o primeiro passo, para ser capaz de forçar que assumam as perdas, quaisquer que tenham exposição às apostas especulativas, era consolidar o poder num grau tal, que as costumeiras fações que se serviam do poder para evadir as consequências, fossem forçadas a aceitar sua quota-parte de perdas.
Dada a história e estrutura do Partido, tal exigirá que Xi estenda o controlo a níveis não vistos desde Deng e Mao.

No meu ponto de vista, Xi viu corretamente que estava a fazer-se tarde e que a resistência institucional ao fim dessas  promessas implícitas de resgates e a expansão sem fim da dívida, só poderiam ser superadas, se o seu poder político fosse quase-absoluto.

O rebentamento da bolha movida pela irresponsabilidade e especulação com a dívida, é uma necessidade para preservar o PCC e o poder de Estado; meias-medidas que protegessem os compinchas corruptos, apenas aumentariam a indignação popular, quando a bolha acabasse por rebentar.

É a esta luz que se deve ver a campanha de vários anos de Xi contra a corrupção mais visível e o recente reavivar do conceito de «prosperidade comum», ambos preparando o terreno para pôr fim ao comportamento de irresponsabilidade e para a demolição controlada dos excessos de dívida e de especulação que têm afetado a economia e que ameaçam retirar o controlo ao PCC.

Agora, porém, dão-se grandes ironias. Foi a capacidade da China, em gerar imensas quantidades de dívida, que basicamente permitiu o resgate da economia global em 2008-09, 2015-16 e em 2020. Sim, a Reserva Federal resgatou o setor banqueiro global (na ordem de 16 triliões de dólares em fianças e linhas de crédito) em 2008-09 e inflacionou a bolha especulativa nos EUA, ao criar 3.5 triliões de dólares pela impressão monetária (quantative easing), mas a expansão da dívida causada pela China foi igualmente uma fonte importante de procura global, o que evitou que as economias globais mergulhassem na recessão.


O custo deste «salvamento» não foi apreendido na altura: a elevação da irresponsabilidade até um estatuto quase religioso nos EUA e na China e a expansão das bolhas especulativas alimentadas pela dívida, até alturas jamais atingidas.
Só existem duas opções de políticas:
1) recolher a rede de segurança e recusar resgatar os excessos especulativos, daí fazendo rebentar a Bolha de Tudo,
ou
2) jogar o jogo de manter a bolha em expansão, até implodir por ela própria, num desfecho inevitável, devido às instabilidades sistémicas intrínsecas às bolhas.

Xi escolheu corretamente a política nº1 e ao fazê-lo, posicionou o Partido como o defensor do povo, ou seja, apresenta-se como anticorrupção, pôs na ordem bilionários como Jack Ma e está anunciando que o Estado não irá salvar EverGrande.

A política nº2 tem sido adotada pela Reserva Federal e pela liderança política dos EUA, levianamente. Ao inflacionarem a bolha, deixam que as consequências da irresponsabilidade, a bolha causadora de agravamento na desigualdade de rendimentos e a corrupção, vão -fatalmente - socavar a credibilidade de ambas, tanto da Fed, como da classe política.

As ruturas nos abastecimentos revelam que o sistema económico e financeiro estão estreitamente ligados e estão, enquanto tal, extraordinariamente expostos ao risco de colapsos em cascata, sobretudo quando os nodos-chave se tornam em pontos de congestionamento ou rutura.

Enquanto a Reserva Federal continua a imprimir triliões para continuar a inflar a bolha, a escassez na economia global já está a inviabilizar sectores-chave nas economias da China e da União Europeia. A realidade está em vias de fazer a sua intrusão na fantasia da Fed, de que as bolhas podem continuar - para sempre - desconectadas da economia no mundo real.

Em resumo: o rebentar da Bolha de Tudo não é o objetivo de Xi; este é um efeito secundário inevitável (dano colateral) do rebentamento da bolha especulativa chinesa.

Dado o facto de que todo o sistema financeiro está interconectado intimamente, o colapso de EverGrande é muito mais a história dos dominós a caírem, do que a das perdas diretas: não serão as perdas diretas que irão deitar abaixo o sistema financeiro, mas antes os dominós tombarem, quando os que sofrem perdas diretas, por sua vez, implodem e se tornam insolventes, falhando o pagamento de empréstimos, de juros das obrigações, incapazes de satisfazer as condições contratuais, e assim por diante.

O consenso no Ocidente é de que a China não pode permitir-se deixar a bolha rebentar, porque o sofrimento seria tão severo. Os que acreditam nisto, têm uma pobre compreensão da história da China, especialmente no século XX.

Sendo o rebentar a bolha na China a opção nuclear, Xi tem razões para estar confiante de que poderá fazê-lo: Se isso aumentar o nível de sofrimento para 11, ele sabe que a maioria do povo irá aceitar; quanto aos que não aceitarem, irão juntar-se a Jack Ma, na sua reforma forçada.

Eu estimo que Xi vê o fim da irresponsabilidade e o rebentamento da bolha na China, como uma situação em que o estado das coisas apenas piorará, quanto mais tempo se demorar a pôr-lhe cobro.

A grande ironia agora é que, em vez de salvar a economia global através da expansão da bolha da dívida, a China irá fazer rebentar a Bolha de Tudo Global. Para enfatizar o óbvio, o facto de estar no primeiro plano na economia global, faz da China um dominó de importância primordial. Quem pensar que a bolha especulativa da Fed nos EUA, pode tornar-se imune ao colapso dos dominós estreitamente associados, está a autoiludir-se num pensamento mágico.

Os extremos de excesso de dívida na China e a especulação já estão a desfazer-se, Xi não tem outra opção. Não existe um escape sem custos, apenas haverá como escolha, uma triagem, e Xi já estabeleceu um caminho pelo qual preserva o controlo do Partido, ao forçar todos os que têm exposição, a absorverem as inevitáveis perdas, quando as bolhas de dimensões sem precedentes rebentarem.

A fila dos dominós, que já começaram a tombar, estende-se por toda a economia global e sistema financeiro. Planifique adequadamente.

CONCERTO DE CHOPIN PARA PIANO E ORQUESTRA, Nº2 EM FÁ MENOR

 







Este concerto é o meu preferido dos dois que nos deixou o mago polaco da música para piano. 

Há uma anomalia curiosa na sua numeração, pois acontece que este foi o primeiro a ser escrito, mas aparece com o nº de catálogo posterior ao 1º publicado (o qual, afinal foi o nº2, na realidade!). 

Há quem diga que Chopin tinha pouca capacidade para escrever para orquestra e que portanto, a sua produção orquestral é demasiado escassa. Eu divirjo dessa interpretação, pois acho que este concerto mostra até que ponto ele soube moldar a matéria musical. Sem dúvida, que o aparato da orquestra está ao serviço da brilhante execução no piano. Mas, afinal, não é isso mesmo a essência da forma-concerto para instrumento solista? 
Chopin compunha aquilo que iria interpretar, pessoalmente. Sabia bem como era difícil e subtil passar das notas escritas numa partitura, para a ideia musical que esteve na sua origem. 

Será necessário alguém como Daniil Trifonov, para estar à altura do desafio de interpretar - com o vigor e subtileza necessários - este concerto, criado em Varsóvia em 1830, pelo próprio Chopin.

I. Maestoso II. Larghetto III. Allegro vivace

sábado, 30 de outubro de 2021

PARLAMENTARES EUROPEUS CONTRA O PASSAPORTE DE VACINA: DECLARAÇÃO DE EURODEPUTADA ALEMÃ


 Retirado de : https://off-guardian.org/2021/10/30/watch-meps-protest-vaccine-passports/

No dia 28 de Outubro houve uma conferência de imprensa de parlamentares europeus contra o passaporte sanitário. Nessa ocasião, a parlamentar europeia Christine Anderson (da Alemanha) proferiu o discurso mais potente da história da União Europeia. 


Abaixo, a minha tradução:


«Em toda a Europa, os governos fizeram todos os esforços para fazer vacinar as pessoas. Foi-nos prometido que esta vacinação seria «uma mudança qualitativa», que iria restaurar a nossa liberdade... acontece que nenhuma destas afirmações é verdadeira. Não ficas com imunidade, continuas a poder contrair o vírus e continuas a ser infecioso(a).

A única coisa que esta vacina fez, de certeza, foi derramar biliões e biliões de dólares nas algibeiras das companhias farmacêuticas.
Eu votei contra o certificado digital verde, em Abril passado, infelizmente foi ainda assim adotado e isto apenas vem mostrar que existe somente uma minoria de eurodeputados que realmente se ergue pelos valores da União Europeia. A maioria dos eurodeputados, quaisquer que sejam as suas razões, que eu desconheço, obviamente apoia a opressão das pessoas, enquanto defende - sem vergonha - que faz isso para o bem do seu próprio povo.
Não é o objetivo que torna o sistema opressivo, são sempre os métodos pelos quais os fins são atingidos. Sempre que o governo clama que tem  o interesse do povo no coração, devemos pensar de novo. Em toda a história da humanidade nunca houve uma elite política sinceramente preocupada em relação ao bem-estar das pessoas comuns. Por que motivo alguns pensam que seria diferente, agora? Se a idade das luzes trouxe algo de valor, então será certamente o seguinte: nunca tomai algo que o governo vos diga, como a verdade literal.
Questionai sempre tudo o que qualquer governo faz, ou deixa de fazer. Vede sempre quais seus motivos ulteriores. E perguntai sempre «cui bono?», a quem isso beneficia?
Sempre que uma elite política força, de maneira tão brutal, determinada agenda; quando recorre à extorsão e manipulação para conseguir seu objetivo, podemos, quase sempre, estar certos que o benefício não é o vosso, não era vosso bem que eles tinham em mente.

No que me diz respeito, não serei vacinada com nada que não tenha sido testado e certificado devidamente e que não tenha prova científica de que os benefícios são superiores a deixar a doença, ela própria, ocorrer; que ultrapassam potenciais efeitos colaterais de longo prazo, dos quais - até hoje - não sabemos nada.

Não irei ser reduzida a cobaia, vacinada com uma substância experimental e com certeza não irei ser vacinada porque o meu governo me diz para o fazer e me promete um retorno à liberdade.

Vamos ser claros, em relação a uma coisa: ninguém pode prometer-me a liberdade, porque eu sou uma pessoa livre.

Por isso, desafio a Comissão Europeia, o Governo Alemão: atirem-me para a cadeia, fechem-me e deitem fora a chave, não me importa! Pois nunca podereis obrigar-me a ser vacinada quando eu - cidadã livre, como sou - escolho não ser vacinada.»




APRESENTAÇÃO DE JESUS AO TEMPLO por REMBRANDT

Trata-se de uma das melhores obras do Mestre. Todos os elementos estilísticos típicos da pintura de Rembrandt estão presentes. 


A cerimónia de apresentação de Jesus ao Templo, por Maria e José, quando a criança completara 40 dias de vida, fazia parte da tradição judaica. 

Segundo a Bíblia dos Setenta, Simeão (o sacerdote que está em primeiro plano) pronunciou então as palavras que vieram a ser conhecidas como o «Cântico de Simeão». Neste cântico, «Nunc Demitis»,   Simeão agradece a Deus por lhe ter proporcionado ver o Messias, o Salvador e que, agora, pode ir-se em paz (morrer).

Uma das mais belas composições de Rembrandt, composta tardiamente, esta «Apresentação de Jesus ao Templo»: 

Nela, vê-se um raio de luz iluminando o sacerdote Simeão, o mesmo raio que banha a Sagrada Família. O resto da tela está na penumbra, onde se encontram alguns vultos.

A luz cintilante, dourada, contrastando com os castanhos escuros, é típica das composições de Rembrandt. Neste quadro, em particular, a grandiosidade e solenidade da cena é enfatizada pelo contraste entre a luz e a penumbra.

 



quinta-feira, 28 de outubro de 2021

PROPAGANDA 21, [Nº10] «COMO DESARMAR A PROPAGANDA»


MAIS UM NÚMERO DA SÉRIE «PROPAGANDA 21», INICIADA COM O ARTIGO QUE PODE LER AQUI.  APRESENTO-VOS NOVO EPISÓDIO, INTITULADO:   «COMO DESARMAR A PROPAGANDA»

MARK CRISPIN MILLER É ENTREVISTADO POR J.CORBETT DE SOLUTIONSWATCH

Pode ter acesso ao conteúdo desta entrevista, a partir do link seguinte: PROF. MARK MILLER SOBRE PROPAGANDA

Se preferir, poderá ouvir o podcast da entrevista, aqui:

NOTA: JÁ PUBLICÁMOS OUTRO VÍDEO COM O PROF. MILLER, EM JULHO DESTE ANO. VEJA  AQUI.


quarta-feira, 27 de outubro de 2021

SENILIDADE NAS PESSOAS INTELIGENTES

 Vem o presente escrito enquanto comentário a uma entrevista desastrosa de Noam Chomsky, um célebre intelectual, ícone da esquerda radical e libertária. Nesta entrevista, Chomsky advoga que os não-vacinados contra o COVID deveriam ser forçados ao isolamento. Alegava que os prejuízos, para eles próprios, eram inteiramente da sua responsabilidade. Curiosamente, pelo menos na entrevista, nem sequer faz exceção dos já infetados e curados, que realmente possuem bem melhor proteção, que os que não têm senão a proteção (precária e transitória, além de muito parcial) das vacinas, pelo menos das correntemente usadas nos EUA.

Creio que existem pessoas extremamente inteligentes e com uma grande bagagem teórica, que também caem na rigidez mental agora exibida por Noam Chomsky. Penso que muitas coisas que escreveu Chomsky permanecem válidas, quer ele tenha agora feito, ou não, declarações desastrosas e tomado certas posições contraditórias com posições prévias dele, basicamente libertárias (ele próprio define-se como «socialista libertário»). 

O nosso sistema mediático promove o «estrelato», que não se confina a «Hollywood», também abrange o mundo académico e a intelectualidade. Muitos são os que se tornaram celebridades, com a fama adquirida por obras de reconhecido mérito, que depois «dormem sobre os louros», ou seja, não produzem nada de valor, de grandeza ou de inovação equivalentes, no resto da vida. Com efeito, é uma raridade ser-se um Leonardo Da Vinci ou um Pablo Picasso, ou outros raros, que até ao fim da vida produziram arte ou literatura ou filosofia de grande nível, de nível equivalente ou semelhante às produções realizadas quando eram jovens e que lhes concederam a celebridade. Aliás, não raras vezes, alguém é reconhecido como criador valioso somente no final da vida. Só então, por vezes devido a circunstâncias fortuitas, sai da obscuridade mediática e se torna célebre. 


De facto, esta situação pontual confrangedora, como Jonathan Cook* tão bem disseca, não é única. Muitas individualidades no passado, que eram fulgurantes críticos do sistema, ou polemistas temíveis contra o convencionalismo, tornam-se -elas próprias - muito convencionais, nos finais de sua vida.

Há quem diga que «adquiriram» o juízo que lhes faltou durante a juventude, mas eu penso que tal não deve ser visto deste modo. Até porque não é infrequente intelectuais senis defenderem posições extremistas ou insensatas, mas em sentido oposto às defendidas na juventude. 

Creio que a rigidez da mente, decorrente de um mau funcionamento dos circuitos neuronais ou da perda de capacidades é geral, a partir de determinada idade. 

Não há ninguém que escape à determinação biológica da senilidade. Mas, se alguém toda a vida foi medíocre, na sua forma de pensar, não se espera que tenha melhor qualidade durante os anos tardios, antes pelo contrário. Porém, ilogicamente, espera-se que alguém, intelectualmente brilhante na juventude e na maior parte da idade adulta, assim permaneça até ao fim da vida, mesmo que centenária!

Há aqui algo de estranho: Talvez tenha a ver com o culto da celebridade, com a imagem de «sempre jovem» que se quer guardar de certos artistas, que nos encantaram quando nós também éramos jovens ou, mesmo, crianças? 

Pessoalmente, creio poder dissociar-me desse culto, como aliás do oposto, ou seja, o de desprezar alguém só porque tem idade provecta. No humanismo, não se apreciam as pessoas através de «avaliações» estúpidas (como são sempre as mediáticas), mas segundo outro critério: Do valor intrínseco do ser humano, enquanto tal. Eu penso que devemos respeitar as pessoas de provecta idade, como se fossem o próprio pai, ou mãe. Ou, como nós gostaríamos de ser tratados, quando estivermos em tal fase da vida. 

Desprezar os idosos é um sinal de arrogância e autoritarismo. Mas, não devemos pedir à natureza aquilo que ela não pode dar. Todos os seres que envelhecem têm de sofrer um declínio de suas capacidades, não apenas físicas, como mentais. 

Isso não torna as pessoas menos estimáveis e dignas de respeito, aos nossos olhos. Pelo contrário, deveríamos resguardá-las duma exposição mediática cruel. Creio que foi o caso de Chomsky, na medida em que a entrevista deixa para a posteridade palavras (escritas ou ditas) cujo sentido é fraco e está em contradição direta com a sua obra e com a maior parte da sua vida.

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* Artigo no blog de Jonathan Cook: «Is forced isolation of the unvaccinated really the left’s answer to the pandemic?»

  

VERDADE CHOCANTE SOBRE AS VACINAS CONTRA O COVID


SE FOI VACINADO CONTRA COVID, NUNCA CONSEGUIRÁ OBTER IMUNIDADE TOTAL. AS PRÓPRIAS ESTATÍSTICAS DO GOVERNO BRITÂNICO MOSTRAM ISSO!
(Tradução de parte de artigo por Ethan Huff)

«O governo britânico «DESTAPOU A CARECA» sobre o fato de que uma vez que você seja “vacinado” para o coronavírus, você nunca mais vai ser capaz de adquirir imunidade natural completa.
No “Relatório de vigilância da vacina COVID-19” da 42ª Semana, a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido admitiu na página 23 que “os níveis de anticorpos N parecem ser mais baixos em pessoas que adquirem infeção após duas doses de vacina”. Isso significa que essa diminuição de anticorpos é basicamente permanente.
“O que isso significa? Várias coisas, todas elas ruins ”, escreve Alex Berenson. “Sabemos que as vacinas não impedem a infeção ou a transmissão do vírus (na verdade, o relatório mostra, noutras partes, que os adultos vacinados agora estão a ficar infetados, em taxas muito MAIORES do que os não vacinados).”
“O que os britânicos estão a dizer é que agora descobriram que a vacina interfere na capacidade inata do corpo de produzir anticorpos após infeção, não apenas contra a proteína spike, mas também contra as outras partes do vírus. Especificamente, as pessoas vacinadas parecem não produzir anticorpos para a proteína da cápside, do envólcro viral, que é uma parte crucial da resposta nas pessoas não vacinadas. ”

Comparando a imunidade natural contra SARS-CoV-2 com a imunidade induzida por vacina: reinfeções versus infeções nas pessoas vacinadas

A longo prazo, as pessoas que tomarem a injeção de "ARN-mensageiro de proteína viral” ficarão muito mais vulneráveis ​​a quaisquer mutações da proteína spike que possam surgir, mesmo que já tenham sido infetadas e recuperadas, uma ou mais de uma vez.
Os não vacinados, por sua vez, irão adquirir uma imunidade duradoura, senão mesmo permanente, perante todas as estirpes virais, após serem infetados com uma dessas estirpes, naturalmente, pelo menos uma vez.
“Isso também significa que é provável que o vírus selecione mutações que vão exatamente nessa direção (mutações na proteína spike), porque essas irão, essencialmente, dar-lhe acesso a uma enorme população tornada vulnerável, que poderá facilmente infetar”, adverte Berenson. “E, provavelmente, isto reforça a evidência de que as vacinas podem interferir com o desenvolvimento duma imunidade robusta, de longo prazo, após a infeção.”»
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[copiado de Globalresearch.ca]
A fonte original deste artigo é BigPharmaNews.com
Copyright © Ethan Huff , BigPharmaNews.com , 2021

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PS1: O Dr. McCullough foi entrevistado no vídeo seguinte, por Michael Welch: