A série de assassinatos (ou tentativas de) a que vimos assistindo e continuaremos a assistir, são operações da CIA, do MI6, doutros serviços da OTAN (+ Mossad de Israel + Serviços da Ucrânia), que contratam «homens de mão» para atentados terroristas. Desde 07 de Outubro de 23 assistimos a um horrível massacre contínuo de população inocente às mãos do exército IDF de Israel, cometendo crimes de guerra. Mas, também há uma multiplicação de atos de terrorismo contra alvos especiais, pelo «Grande Hegemon».

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

QUE TAL UMA CRISE BANCÁRIA, A SOMAR À CRISE ENERGÉTICA?

                                             

 Os bancos dos países ocidentais, sobretudo da UE, do Japão e Reino Unido, têm estado super alavancados, isto quer dizer que a soma de tudo aquilo que têm emprestado ultrapassa, nalguns casos de perto de  30 vezes, as somas em cash e outros ativos que possuem e que eles têm como garantia. O principal elemento desta alavancagem monstruosa é o mercado dos derivados. É um mercado muito pouco regulado, que não entra nas contabilidades dos bancos, pelo que as quantidades em jogo e o risco associado são apenas estimativas. No entanto, estas apontam para uma potencial quebra em «castelo de cartas», visto que a subida dos juros das obrigações e a contração do crédito, tanto ao público, como interbancário, vai desencadear uma série de ativações (automáticas) das cláusulas de segurança nos referidos contratos de derivados. Tipicamente, um determinado contrato está baseado sobre índices ou valores de ativos. Estes estão fora do controlo das entidades que emitem e compram esses mesmos derivados. Assim, quando são feitos os contratos, há cláusulas de salvaguarda, para o caso em que haja um desvio demasiado grande de certos parâmetros, em relação aos mesmos aquando da assinatura dos contratos. É o caso recente dos aumentos de juros grandes e bruscos, tanto nas obrigações soberanas (emitidas pelos Estados), como as obrigações de empresa. Ninguém sabe qual o comportamento no curto prazo dessa «nebulosa» dos derivados, que mobiliza muitos triliões. Porém, a instabilidade e o receio imperam. Isto explica, em parte, a dificuldade presente do Crédit Suisse em se recapitalizar. Mais uma vez, entra o mesmo cenário que na Grande Recessão de 2008. Lembremos que foi a ausência de empréstimos interbancários, que poderiam resolver défices de liquidez temporários, que despoletou a crise. Os «pacotes de créditos hipotecários» foram os catalisadores, mas a consequência imediata disso foi que nenhum banco confiava na solvabilidade do seu vizinho; todos se retraíam de emprestar dinheiro, mesmo nos prazos mais curtos. O cenário repetiu-se em Setembro de 2019, seguido pela avalancha de QE (impressão monetária) da FED, até ao tsunami em Março 2020, supostamente por causa do COVID. 

Na realidade, a enormidade das dívidas acumuladas e a alavancagem de muitos bancos - incluindo bancos ditos sistémicos - faz com que já não haja «potência de fogo» de nenhum banco central, ou mesmo do FMI, para diferir (não digo eliminar) a derrocada. 

Situação das contas de diversos bancos. Para análise detalhada, ler Artigo* de Alasdair Macleod 

Creio que os bancos centrais - mais uma vez-  enganaram-se a si próprios. Seguiram estúpidas teorias monetaristas, entre elas o neokeynesianismo e  -mais recentemente - a famosa MMT. Essencialmente, ambas teorias advogam que os Estados podem manter-se em défice permanente, que o aumento da moeda em circulação é percebido pelos mercados como crescimento, como confiança no investimento, etc. A ideia é que esta «crença» dos mercados acaba por despoletar o crescimento, tem um efeito «estimulador» da economia. Tenho imensa dificuldade em compreender como tantas pessoas adultas, muitas delas com doutoramentos, conseguem autoiludir-se a este ponto: 

- De facto, se há um aumento da massa monetária em circulação, ele vai traduzir-se num enfraquecimento dessa moeda e isso vai despoletar a inflação. Esta pode ser diferida, assim como a água numa represa de uma barragem hidroelétrica pode ser retida durante algum tempo, até um certo nível. Mas, a partir de certo volume, têm de se abrir as comportas, que permitem que a água escoe, que a inflação deixe de estar confinada aos ativos financeiros e se alargue ao consumo geral (é aquilo que estamos a ver agora). No caso da barragem, se isso não for feito, a pressão constante da água sobre as paredes e o transbordar de água por cima do parapeito causarão inundação a jusante, ou pior ainda, uma rutura na própria barragem, seguida de inundação brusca. 

A analogia com o sistema monetário mundial é muito forte. Existe, como sabemos, ligação forte entre todos os bancos centrais, que também estão conectados ao sistema bancário e financeiro de cada país e internacional. No caso presente, uma crise séria, causando a falência dum «banco sistémico», como o Crédit Suisse ou o Deutsche Bank (ou outro grande banco internacional equivalente), irá despoletar uma série de fenómenos de vendas de pânico, de falências e «default» (= falhas de pagamento) em cascata. Mas, agora, não haverá já dinheiro do jogo «Monopoly» que possa salvar (temporariamente) a situação como em 2008. Ou então,  bem podem eles produzir divisas-fiat, nas quantidades que quiserem. Mas, o público e as empresas não quererão mais esse dinheiro «Monopoly». 

Também não servirá de grande coisa «afundar o vizinho» para se manterem à tona, como os americanos têm feito - desde há muitos anos - aos europeus. Agora, agiram de forma espetacular, com o atentado terrorista dos gasodutos NordStream. A cidadania mais esclarecida, mais consciente, já está a mobilizar-se. Em França, Alemanha, Rép. Checa, Itália, etc, há grandes manifestações. 

A U. E. está enredada nas suas contradições, entre servir os respetivos povos e suas economias nacionais, ou sujeitar-se ao «diktat» americano. Estes, através da OTAN (sobretudo), estão sempre a «torcer o braço» aos europeus para estes fazerem as «guerras dos americanos» contra os seus competidores. 

Não sei se, na U.E., chegarão a um ponto de rutura ou não, mas sei que não será o fim do mundo. As crises vão e veem. Causam muito desemprego, miséria, agitação social, além de que muitos valiosos ativos mudam de mãos. Mesmo que seja o fim do capitalismo, também não é o fim do mundo. Só temos que ter muito cuidado com a histeria de certos atores políticos que - conscientemente ou não - têm estado a aproximar a humanidade do holocausto nuclear. Isso sim, seria o fim de tudo.

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*)  https://www.goldmoney.com/research/banking-crisis-the-great-unwind

terça-feira, 11 de outubro de 2022

Crise energética na UE e oportunidade para os EUA...

 ... de que falava Blinken: Sim, é uma oportunidade para o business americano, sem dúvida. 

O Gás Natural Liquefeito (LNG na sua sigla em inglês) é obtido, nos EUA, a partir de depósitos de gás de xisto. A indústria de produção de petróleo e de gás de xisto apresentou-se primeiro como um grande negócio e muitos investiram nas ações das empresas do xisto. 

Porém, a enorme dívida que se acumulou no setor, tornou-o pouco rentável ou mesmo não rentável. O segmento menos rentável era justamente relacionado com a extração e todo o processamento que leva ao LNG. Com a agudização da crise ucraniana, os poços de gás de xisto e as respetivas empresas tornaram-se de novo rentáveis. 

A garantia de um mercado cativo, o dos súbditos europeus, permite tornar rentável algo que raramente ou dificilmente o podia ser. Com efeito, as operações de compressão e  liquefação do gás natural são onerosas e gastam energia! A armazenagem do LNG, o transporte em navios-cisterna especialmente desenhados para o efeito, a necessidade de instalações portuárias especiais, tanto nos portos de origem como de destino, tornam a margem de lucro destas operações muito pequena.

O processo só pode ser rentabilizado com um preço de monopólio, ou seja, se os compradores estiverem obrigados a abastecer-se de gás natural (LNG) proveniente dos EUA e não da Rússia. 

O atentado terrorista dos gasodutos Nord Stream encontra aí o beneficiário do crime. Os executores podem ter sido, além dos americanos, os britânicos  também, pois estes tinham a motivação, o interesse e a capacidade técnica para isso. Também podem ter colaborado ativamente  os noruegueses e os polacos, que estavam quase a estrear a entrada em funcionamento doutro gasoduto, trazendo gás natural da Noruega para a Polónia. Lembro que são países inteiramente «fieis» à NATO. 

         Reprodução do selo «comemorativo» do atentado contra a ponte da Crimeia.

É bem possível que vários outros países tenham participado, pois as águas onde se deu o atentado são constantemente vigiadas por satélite, por dispositivos de sonar, por câmaras submersas etc., para impedir que qualquer submarino russo possa atravessar essas águas sem ser detetado. Este sistema apertado e sofisticado não podia ser iludido nem pelos russos, nem por ninguém. Logicamente só dando o conhecimento prévio aos países (da NATO) vizinhos (Dinamarca, Alemanha, Suécia e Polónia) esta sabotagem poderia ter sido levada a cabo, não fossem os «sabotadores legítimos» ser confundidos com os mauzões dos russos. 

De qualquer maneira, este atentado não foi isolado. Lembro a frequente utilização da central nuclear de Zaporozjnie (ocupada pelos russos) como alvo dos mísseis ucranianos, arriscando um acidente nuclear com disseminação  de radiatividade no ar e nos rios. Houve também uma central em território russo, que foi alvo de tentativa de sabotagem por parte dum comando ucraniano. 

O atentado contra a ponte que liga a província russa da Crimeia à parte continental da Rússia foi endossado pelo governo e serviços secretos ucranianos. Ele não foi a única causa de retaliação dos russos. Poucas horas depois, houve uma barragem de mais de 70 mísseis russos contra alvos governamentais em Kiev e noutras cidades da Ucrânia. Também foram destruídas centrais elétricas e centros de retransmissão de energia elétrica. 

Os russos deram um claro sinal ao governo do «Banderastan» e às forças políticas que o apoiam, que são teleguiados pelo Pentágono, pela CIA e pelo Departamento de Estado do Tio Sam (juntamente com outros comparsas da NATO). 

 Pelo menos, desde o atentado - por uma agente dos serviços secretos ucranianos - que vitimou  Daria Dugina perto de Moscovo (início de Agosto), os ucranianos intensificaram sabotagens em solo russo e bombardeamentos contra a república do Donestsk, em zonas urbanas sem interesse militar, causando muitos mortos civis. 

Se os americanos, usando os seus fantoches de Kiev, estavam convencidos de que iriam poder continuar com estes atos de terror impunemente, eles iriam redobrar de audácia e criminalidade. 

No geral, muitos países que não estão debaixo da tutela americana percebem as razões que assistem à Rússia, a qual teve (e tem) uma ameaça existencial às suas portas, desde 2014, desde o golpe de estado, cozinhado pela administração americana e vários países da UE.

Pode dizer-se que - na guerra pelos recursos energéticos - a húbris de americanos e outros ocidentais, faz com que estes acabem por perder. Por exemplo, o projeto petrolífero na península de Sakalina, no extremo oriente russo, já não terá a participação de 30% da Exxon-Mobil. Os russos convidaram a Índia a tomar o lugar dos americanos. 

Os países da OPEP irão reduzir a sua produção em 2 milhões de barris diários. Eles argumentam que precisam de sustentar os preços. No entanto, nunca se tinha visto a Arábia Saudita dizer «não» aos americanos, seus protetores e fornecedores de armas. Os americanos estão furiosos e dizem que agora a Arábia Saudita está a «fazer o jogo dos russos». 

O Império não consegue manter sua hegemonia, nem sequer consegue fazer-se respeitar. Mesmo entre os seus vassalos mais submissos, como vários países da NATO, têm uma cidadania que já acordou e compreende que tem sido instrumentalizada por mentiras, contra os seus próprios interesses vitais. 

Os dirigentes destes países só têm duas saídas possíveis: 

- Eliminam ou flexibilizam as sanções, como a Hungria, a Bulgária e agora a Itália, que não deseja com certeza «suicidar-se» para agradar aos americanos... 

- Ou então, vão continuar a política cega contra a Rússia, como fazem o Reino Unido e outros, com o risco do povo perder a paciência e derrubar o governo. 

Aliás, as cidadanias alemã e checa têm demonstrado recentemente que não se identificam com a política dos seus respetivos governos, em relação às sanções contra a Rússia. 

Ângela Merkel, líder de partido conservador e chanceler alemã durante dez anos, teceu fortes críticas à maneira como as relações com Moscovo têm sido levadas a cabo pelas diplomacias do seu país, da UE e dos EUA. 

Espero que os dirigentes europeus, pressionados pelos eleitores, encontrem um caminho para negociar a paz com a Rússia. 

O governo da Ucrânia é totalmente fantoche. Zelensky até sugeriu aos países da NATO que façam uma escalada, usando mísseis nucleares contra a Rússia. É um sociopata perigoso, pois não está preocupado com a aniquilação dos povos, incluindo do seu próprio. Está convencido de que irá sobreviver, num cenário destes. Está tomado pelo «papel de herói»  (de mau ator teatral), querendo que o seu povo e o mundo tomem como verdade a ficção grotesca que ele encarna.

PS1: Um dos números de Zelensky ator!

https://www.armstrongeconomics.com/international-news/ukraine/zelensky-profiting-from-the-war/

PS2: Biden e seu governo devem achar que os europeus são muito estúpidos! Veja: https://www.youtube.com/watch?v=LIg_bluzx_s&feature=youtu.be


PS3: A Alemanha está a jogar cavaleiro solitário, no que toca à crise energética. Ela arrisca causar uma quebra na UE: 

https://www.youtube.com/watch?v=c5SLK_ywJb8


PS4:  Vê este vídeo bem documentado 

https://www.youtube.com/watch?v=zIF2MCGBNOI


segunda-feira, 10 de outubro de 2022

SAÍDA DA RÚSSIA: EMPRESAS OCIDENTAIS PERDERAM 240 BILIÕES DE $


 A saída precipitada de empresas ocidentais da Rússia - iniciada em Fevereiro e Março 2022, na sequência da invasão da Ucrânia - foi causadora de uma perda global de 240 biliões de dólares, a estas empresas. 

A Rússia ficou prejudicada economicamente, mas tem uma resiliência notável e já se estava a preparar desde 2014 para o endurecimento das sanções. Por outro lado, a saída dessas corporações ocidentais constitui oportunidade de aumento de negócio e de expansão para as empresas russas equivalentes.

O dano que estas empresas ocidentais causaram a si próprias, certamente agravou a recessão/depressão, que já tinha começado no Ocidente antes de 2022.   

PS1: A Bulgária não vai ativar sanções contra a Rússia. No vídeo AQUI, mostra-se o grau de dependência da Europa em relação a várias formas de energia, fornecidas pela Rússia. 

BACH/VIVALDI: CONCERTO PARA 4 CRAVOS, TRANSCRITO DE CONCERTO PARA 4 VIOLINOS



A versão aqui presentada para 4 cravos e orquestra de J. S. Bach, é baseada no concerto de Vivaldi: Concerto em Si menor para 4 violinos e orquestra.
 

domingo, 9 de outubro de 2022

CAMINHO PARA UMA PAZ NEGOCIADA NA UCRÂNIA, COM O PROF. JEFFREY SACHS

                                                                  William Banzai : «Nuke 'em Joe!»
 
A Associação «Brooklyn for Peace» uma associação local pela paz em Nova Iorque, entrevistou o Prof. Jeffrey Sachs. É refrescante ver pessoas «comuns» serem ativas em encontrar caminhos para a solução pacífica do presente conflito. Este, pode ter uma escalada a qualquer momento, desembocando num confronto direto entre grandes potências e com desenlace nuclear. Isto significaria a extinção da vida na Terra ou, pelo menos, das formas  de vida complexas, incluindo, evidentemente, a humanidade.  


Absolutamente importante para as pessoas todas, sejam quais forem os seus pontos de vista, suas opiniões. O Prof. Jeffrey Sachs fala com ciência e, sobretudo, com conhecimento do terreno. Ele tem uma total clareza; a sua perspetiva deveria ser tomada como ponto de partida no caminho da paz.


Um claro e lúcido artigo de Jonathan Cook, «Pode a Europa fingir de não vê o papel dos EUA nas explosões dos gasodutos?» também ajuda a perceber a configuração perigosa em que nos encontramos, na Europa.

PS1: O terrorismo de Estado da Ucrânia, encorajado pela NATO, revela a viragem perigosa que a guerra está a tomar. Leia o artigo de Andrei:

http://thesaker.is/west-has-now-set-a-course-on-total-terrorist-warfare/

sábado, 8 de outubro de 2022

FRANCISCO CORREA DE ARAÚXO E A MÚSICA IBÉRICA NO SÉCULO XVII


A ideia de que a Península Ibérica não trouxe nenhum compositor notável, antes do século XIX, é totalmente falsa e fabricada. Na verdade, avaliando por aquilo que se salvou dos desastres naturais ou provocados por humanos, põe-se em evidência uma arte dos sons requintada,  com tradições e escolas diversificadas, sinal de maturidade e sofisticação.

A Península Ibérica, na música para órgão (e outros instrumentos de tecla, como o cravo e clavicórdio) pode mesmo reivindicar uma grande precocidade, em relação a outras escolas europeias. Pode dizer-se que - desde cedo - a Península Ibérica esteve aberta e teve conhecimento da música que se fazia na Europa. A tradição ibérica  recebeu influências e ela própria influenciou as escolas europeias, nomeadamente, da Itália, da França, dos Países Baixos, da Inglaterra. 

Gosto especialmente de Francisco Correa de Araúxo. Em Portugal, um eminente  musicólogo muito fez para dar a conhecer a obra de Araúxo, o Prof. Macário Santiago Kastner

O mestre organista de Sevilha deixou uma obra monumental que é um repositório dos processos de composição que eram aplicados, no seu tempo, à música para órgão. 

O órgão ibérico tem a particularidade de apresentar com frequência um teclado «partido», ou seja, a metade mais grave tem um conjunto de registos, e a metade mais aguda, outro conjunto.  Assim, é possível fazer vozes solistas, graves ou agudas, sem ter as dimensões bem maiores em tubaria e com vários teclados, que já nessa época (séc. XVII) caracterizavam os órgãos das catedrais e igrejas importantes do Norte da Europa. O «tiento de medio-registro», tornou-se, com as "Batalhas" e os "tientos de Falsas" ( = com cromatismos e dissonâncias),  uma forma quase exclusiva da literatura para órgão ibérica. 


Claro que a música de Araúxo, embora de excecional qualidade, estava inserida na grande tradição coral polifónica, tanto em Portugal como em Espanha. Muitos outros, seus antecessores e contemporâneos, participaram no florescimento da música para tecla (sobretudo órgão). Os séculos XVI e XVII, são ricos em grandes compositores para órgão, tanto em terras de Portugal (António Carreira, Manuel Rodrigues Coelho, Pedro de Araújo...), como de Espanha (António de Cabezón, Sebastián Aguiler de Heredia, Pablo Bruna, Juan Cabanilles...). 

A música ibérica no século XVIII foi demasiado «seguidora» das modas de além Pirinéus, sobretudo de França e de Itália. Embora alguns traços ibéricos típicos se conservem, a música italiana tornou-se a referência: Os monarcas e as cortes de ambos os países importavam músicos italianos (Domenico Scarlatti, é o mais famoso); as óperas eram ao gosto italiano. Assim, a grande tradição ibérica de música para órgão não teve o desenvolvimento, ou a continuidade da tradição, que o século anterior prometia. 

De qualquer maneira, o legado da música de órgão ibérica, foi redescoberto no século XX. Atualmente, organistas profissionais de todo o mundo incluem nos seus discos e programas de recitais para órgão os compositores ibéricos dos séculos XVI e XVII. Entre eles, destaca-se (justamente) Francisco Correa de Araúxo.

A CRISE FINANCEIRA MUNDIAL JÁ COMEÇOU

Matthew Piepenburg e Egon von Greyerz 



A indiferença com que muitas pessoas , aparentemente, reagem a esta situação inédita nas suas vidas, deixa-me de boca aberta.  
- O que induzirá esta atitude, quando a crise já está a bater em pleno? 
- Tenho notado que na media «mainstream» quando analistas hipócritas falam da crise financeira, descrevem-na como algo no "futuro", como uma probabilidade. Assim, muitas pessoas vão perpetuando  seus comportamentos de antes da crise. Outras, que se julgam muito espertas, aproveitam-se da descida das bolsas, para investirem suas poupanças no casino globalista. Quanto aos falsos analistas, estes não deixam de «fazer o frete» aos seus patrões, aos que provocaram e tiram partido do colapso. O que eles, os globalistas, chamam uma oportunidade, para nós é uma descida aos infernos.  
Oiçam o diálogo acima e tirem as vossas conclusões.