segunda-feira, 1 de julho de 2024

ALEMANHA, O NOVO REICH



Quer saber o que significa partilhar os valores alemães, para o poder instalado em Berlim*? 

 Para os burocratas que lideram hoje a Alemanha, é absolutamente essencial qualquer pessoa a quem foi atribuída cidadania alemã, ter que afirmar «o direito à existência de Israel». Ou seja, o novo cidadão /cidadã é obrigado/a a alinhar com uma afirmação política específica, sobre um país distante de milhares de km da Alemanha. 
Não só muitos palestinianos (a população autóctone) recusam a legitimidade de Israel, enquanto Estado (o  Estado é uma construção política, sempre), como uma fração dos judeus ortodoxos considera que Israel nunca deveria ter existido, porque vai contra a «Palavra de Deus»!
- Por que razão um assunto disputado pelos próprios habitantes desse território é crítico para se ter a cidadania alemã? 
- E o que vai acontecer aos alemães que têm opinião contrária; que consideram (legitimamente) questionável a existência dum Estado teocrático, sionista, com leis do tipo «apartheid» e que considera que o holocausto que sofreram os judeus nos anos 30 e 40 do século passado, legitima a violência do exército e do Estado de Israel, contra uma população indefesa???
A maioria do Mundo está errada por repudiar o genocídio da população de Gaza?
Não esqueçamos que a Alemanha está dentro da UE; que houve leis publicadas, procedimentos adotados, juízos dos tribunais pronunciados e repressão exercida,  em contradição direta e frontal com as leis dos próprios países da UE, a começar pelo facto de todos terem ratificado as convenções relativas aos direitos humanos da ONU.

Estranhos dias os que vivemos, atualmente!
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*Leia:

 https://www.zerohedge.com/geopolitical/new-german-citizens-must-now-affirm-israels-right-exist



Generalização da guerra NÃO É HIPÓTESE TEÓRICA



- Assim como podeis identificar a árvore pelo seu fruto, podeis identificar as pessoas pelas suas ações. Pelos seus frutos os conhecereis (Mateus 7:20)


Nunca a situação na Europa e no Mundo esteve tão perigosa. Mesmo no cume da Guerra-Fria nº1, houve sempre canais de comunicação abertos entre os dirigentes das superpotências, os EUA e a URSS. Não teria sido possível a resolução da crise dos mísseis de Cuba, sem a determinada vontade de diálogo de John Kennedy e de Nikita Khrushov.

Diz-se que as guerras do passado pouco nos ensinam sobre as guerras futuras. É verdade, mas o que nos podiam e deviam ensinar era uma arreigada vontade de ultrapassar os obstáculos, de dialogar e encontrar uma solução para a paz, no continente europeu, em particular.
Os que empurram para a guerra são irresponsáveis, no melhor dos casos; e criminosos, no pior. 
Os povos, seja qual for a nacionalidade de seus dirigentes belicistas, deviam formar uma barreira e dizer «Não!» a esta loucura de jogar com as nossas vidas, em nome de uma visão megalómana das suas pessoas. 
Na realidade, se a catástrofe vier a generalizar-se, ninguém sairá vencedor, o que parece evidente para mim e também para muitas pessoas, incluindo estrategas militares. 
Os grandes poderes financeiros e industriais não terão nada a ganhar também; onde é que vão fazer lucro, perante um montão de escombros, numa Terra contaminada e com uma população fortemente decimada???
Quando a loucura se apodera dos dirigentes, infelizmente existem aves de mau agoiro que vão para os meios de comunicação social mais conhecidos fazer o papel de pirómanos: são corresponsáveis do que se tem passado e do que se vai passar. 
Conseguiram hipnotizar, fazer lavagem ao cérebro, de uma percentagem elevada de indivíduos: Estes, não percebem que estão a ser manipulados para defender exatamente o contrário dos próprios interesses vitais.  
A destituição completa da cidadania, faz com que seja mínimo o efeito das pressões de cidadãos mais lúcidos, junto dos poderes políticos, no sentido de bom-senso, de iniciativas de paz, de passos concretos para fazer uma de-escalada. 
Neste momento, sou pessimista, pois não creio que a «salvação» esteja num Trump, ou noutro qualquer, porque estes políticos são reféns do Estado-profundo, mesmo antes de terem sido eleitos. Eles estão todos nas mãos dos lóbis mais poderosos, nomeadamente o do armamento, da grande banca e da finança. A ambição de poder de todos eles é que tem levado à situação presente.

EDITH PIAF [1915 – 1963] (Segundas-feiras musicais nº7)


As canções seguintes são, para mim, musicalmente & poeticamente, as melhores da Piaf. Isto não significa que muitas outras (ela gravou mais duma centena de canções diferentes) não tivessem podido ser escolhidas para figurar aqui. São opções do autor deste blog; também é uma maneira de tributo e de homenagem ao «pardal parisiense»* !











Biografia:


As canções gravadas por Edith Piaf
(e respectivos compositores e letristas):


Chanson Française:


Carreira internacional:
 
Sobre as canções traduzidas para inglês (do site Edith Piaf | The playlist):
(...) If the story of French icon Edith Piaf (19.12.1915 – 10.10.1963) is well known by the French public, her impact beyond the country’s borders shouldn’t be underestimated. 
In 1955 she became an international music-hall star, notably in the US where she triumphed at New York’s Carnegie Hall in 1956. She would return numerous times. 
During the same year she released English-language versions of several hit songs: ‘Heaven Have Mercy’ (‘Miséricorde’), ‘One Little Man’ (‘Le Petit Homme’), ‘Autumn Leaves’ (‘Les Feuilles mortes’), ‘Sing To Me’ (‘Chante-moi’), ‘Don’t Cry’ (‘C’est d’la faute à tes yeux’), ‘I Shouldn’t Care’ (‘J’m’en fous pas mal’), ‘Cause I Love You’ (‘Du matin jusqu’au soir’) and ‘My Lost Melody’ (‘Je n’en connais pas la fin’). There are also several live recordings of US concerts.On 13th December 1959, the singer collapsed on stage in New York while on tour. She had to undergo a series of operations and returned to Paris in a fragile state, but was still presented a TV award for the song ‘Milord’. 
In 1961 she recorded the English-language versions of the songs ‘Je ne regrette rien’, renamed ‘No Regrets’, and ‘Mon Dieu’, which became ‘My God’. 
After that her poor health meant that she could no longer travel as much as before, but her repertoire was taken up and covered by many international singers who helped keep her memory alive right up to the present day.(...)

Uma das canções da Piaf «Mon Homme», cantada por Billie Holiday, «My Man»:




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*"Piaf" = pardal, em argot

PS 1: Foi feita uma playlist «PIAF» com as canções de Edith Piaf acima. Podes agora ouvir as dez canções de seguida.

domingo, 30 de junho de 2024

EFEITOS SOBRE O CLIMA DAS GUERRAS EM CURSO

 


https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0160412023003938 

A guerra, com os seus milhares de mortos e feridos quotidianos, suas destruições de infraestruturas é também responsável por severa poluição dos solos e atmosfera. 
Tanto na guerra Ucrânia-Rússia, como na guerra de Israel-Palestina, são lançadas quotidianamente bombas e mísseis, causando a formação de poeiras, que ficam em suspensão na alta atmosfera.  
A  guerra dura há dois anos e meio na Ucrânia e há nove meses em Gaza, com continuidade do lançamento para a atmosfera de poeiras, que interferem com a radiação solar incidente. 
As diminuições de temperaturas decorrentes já são visíveis e seus efeitos não irão parar subitamente, mesmo que as guerras cessem agora. 
Estas poeiras na alta atmosfera  desencadearam tempo frio e húmido no sul da Europa, como se tem observado nesta Primavera. 
Registou-se fenômeno semelhante , há cerca de doze anos, com a erupção de cinzas de um vulcão na Islândia, que forçou a paragem dos voos transatlânticos, durante alguns dias. 
Também no princípio do século XIX, em 1815, um vulcão da Indonésia explodiu e as cinzas projetadas para a alta atmosfera, espalharam-se pelo Globo causando "o ano sem Verão". 
Em Portugal, o clima do presente mês de Junho apresentou-se mais frio que o habitual, semelhante ao clima das Ilhas Britânicas. 
Estas anomalias climáticas não ficam confinadas às regiões europeias. Muitos países pobres, no limiar de sobrevivência, irão sofrer (ou já sofrem) as consequências deste arrefecimento, ao nível da sua agricultura: Não maturação de frutos, ausência de floração, apodrecimento dos cereais etc.
 A guerra é sempre uma catástrofe e nunca fica limitada aos países beligerantes. Quanto mais durar, mais extensos e profundos os dramas que origina.

sábado, 29 de junho de 2024

GOLPE MILITAR ABORTADO PELA RESISTÊNCIA DO POVO, NA BOLÍVIA

 

Como o presidente Arce conseguiu derrotar o golpe, mobilizando o apoio popular. 





Penso que este golpe tinha como objetivo colocar de novo a Bolívia debaixo da «pata» dos EUA. Esta tentativa tem uma motivação forte: a importância dos depósitos bolivianos de lítio para os automóveis elétricos e para a economia «verde». 


quarta-feira, 26 de junho de 2024

CANCROS APÓS VACINAÇÃO COM ARNm


 Desde o início da epidemia de covid, este cientista tem feito pequenos vídeos, focalizados sobre assuntos precisos e tendo a preocupação de fundamentar as suas afirmações com resultados publicados em revistas científicas de referência. 

O número que cita, de 28 casos de determinado tipo de cancro (linfomas), desde o início da campanha maciça de vacinação com vacinas usando ARNm é o número de comunicações científicas que foram publicadas; portanto refletem apenas uma fração da realidade. Muitos casos podem ter passado por «linfomas normais», ou seja, com as características «habituais» embora tivessem sido desencadeados pela vacina. Outros, terão passado despercebidos em países com menos recursos de diagnóstico e tratamento, como em certos países do Terceiro Mundo. 

A recusa das autoridades de saúde em investigar seriamente os efeitos secundários decorrentes da vacina com ARNm, é preocupante. 

Como eu avisei no princípio da campanha de vacinação anti COVID, o surgimento dos casos de efeitos secundários, pode muito bem ser diferido por longo intervalo de tempo. 

Os casos aqui discutidos no vídeo, referem-se aos que apareceram muito pouco tempo depois da injeção da vacina. Trata-se de «turbo cancros», inéditos e desconhecidos da ciência médica, previamente à epidemia de COVID e às vacinas de ARNm. 

Muitos cancros surgidos após a campanha de vacinação, podem ser sido devidos ao efeito destas vacinas de ARNm, mas não terem levantado suspeitas. Em relação a pacientes individuais, é muito difícil ou mesmo impossível, distinguir. 

Mas, ao nível de estudos populacionais, se determinado tipo de cancros surge com frequência anómala, numa dada população ou em determinadas faixas etárias, ou se se constata um aumento brusco dos diversos cancros numa população que recebeu a vacina ARNm, isso é uma correlação forte e deveria levantar suspeitas. 

O facto destes estudos serem realizados apenas por médicos ou cientistas «desalinhados» com a ortodoxia, mostra que esta não se quer arriscar a encontrar a verdade. 

Têm medo que se verifique, para além de qualquer dúvida, que a imposição das vacinas experimentais anti COVID foi uma barbaridade médica, uma violação de todos os protocolos (que conferem maior segurança nos ensaios prévios à aprovação de vacinas) e total desprezo pelos elementares direitos de biliões de humanos.

terça-feira, 25 de junho de 2024

JULIAN ASSANGE: NEGOCIAÇÃO E LIBERTAÇÃO (ver atualizações)


No seu show, Glenn Greenwald cita uma notícia da CNN, segundo a qual, Julian Assange estaria em negociações para serem anuladas as acusações contra ele, em troca de se assumir como culpado dum crime menor, correspondente seis anos de prisão, tempo já decorrido em prisão preventiva, que passou na prisão de Belmarch (próximo de Londres). Assim, Assange ficaria em liberdade e poderia regressar à Austrália, de que é cidadão.
 
Eu penso que seria bom para Assange, à PRIMEIRA VISTA: iria ter possibilidade de viver com sua família e de se tratar dos problemas graves de saúde, que decorrem dos anos de confinamento na Embaixada do Equador, seguidos pela prisão de alta segurança de Belmarch, no total 15 anos. 
O único crime de que foi realmente acusado e julgado, foi o de se furtar às condições de liberdade sob fiança, quando se refugiou na embaixada da República do Equador, que lhe concedeu asilo político, perante os riscos reais de extradição para os EUA.

Postscriptum 1
Palavras de Roger Waters depois de confirmada  a libertação de Julian Assange:

PS. 2:
O acordo não resulta da generosidade da administração Biden, como explica Glenn Greenwald no vídeo baixo, mas porque Biden e sua administração estavam em má postura se prosseguissem; teria um caso muito fraco pois o que objetivamente fez Assange, não se configura com a definição de «espionagem», segundo a própria lei dos EUA. 
Além disso, efetuar o julgamento de Assange nos EUA, tornaria demasiado óbvio que a administração democrata não tem a mínima consideração pelos direitos humanos, pela liberdade de imprensa, nem pela transparência da justiça. 
Oiça as explicações sobre estes e outros pontos mencionados por Glenn Greenwald:


ps3:
O modo de proceder conta. Julian Assange aceita dar-se como culpado de um «crime», o de ter tido acesso e ter divulgado documentos «secretos» (na realidade, os ficheiros relativos às forças americanas e aliadas, no Iraque e no Afeganistão, que mostram evidências de tortura, assassinatos de civis incluindo jornalistas, violação sistemática dos direitos dos civis, etc.)
Michel Chossudovsky diz que o que resulta desta situação é o precedente que esvazia de substância a «primeira emenda», da Constituição dos EUA, ou seja, da garantia de liberdade de opinião.

PS4: Jonathan Cook, corajoso jornalista independente vivendo em Nazareth/Palestina, dá a sequência dos acontecimentos, do caso Julian Assange/Wikileaks. 
Cito os parágrafos do artigo mencionado, que nos permitem avaliar o que estava em causa:
[...] the US was not trying to enforce some kind of legal process, but that the extradition case against Assange was entirely about wreaking vengeance – and making an example of the Wikileaks founder to deter others from following him in shedding light on US state crimes.[...]

[...] That included revelations that, true to form, the CIA, which was exposed as a rogue foreign intelligence agency in 250,000 embassy cables published by Wikileaks in 2010, had variously plotted to assassinate him and kidnap him off the streets of London. [...]


PS5: Segundo o artigo abaixo, a negociação de Julian Assange com o Departamento de Justiça dos EUA não se limitou a aceitar reconhecer-se como culpado de uma das acusações de crime (já expiado na prisão de Belmarch, no processo de extradição que durou 6 anos). Ele teria concordado em destruir material classificado que tinha em seu poder, mas que não tinha publicado.

O advogado de Assange nega a importância de tais documentos:

(...) Tendo tido a maior parte deste material durante mais de uma década, e tendo tido esse tempo para rever o seu enorme arquivo de documentos, é improvável, mas não certo, que o que permaneceu inédito seja de grande significado para o público. (...)