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segunda-feira, 28 de outubro de 2024

RECORDANDO BILLIE HOLIDAY (Segundas-f. musicais, nº24)


 A voz de Billie Holiday tem-me acompanhado nos bons e maus momentos, como se fosse uma secreta mensagem, dando-me coragem ou alegria, conforme as situações...   Porque tudo me soa perfeito nestas gravações, a voz e o acompanhamento dos músicos. Uma «cançoneta na moda», interpretada por ela, transforma-se num pequeno cofre cheio de joias.  Confesso-me incapaz de fazer uma lista definitiva das gravações da Lady 'Day, embora tenha tentado. Há uma autenticidade nestas gravações, uma perfeita adequação interpretativa, que raramente encontro noutras vozes do jazz. Há interpretes de quem gostamos tanto, que queremos nos apropriar das suas canções, da sua arte. Mas, afinal, acabam por ser eles a apropriarem-se de nós!!

Aqui têm a «playlist» RECALLING BILLIE. Mergulhem no seu universo sonoro: Verão que as melodias e letras, na sua voz, carregam muita energia. Não sei explicar a atração que sinto, mas acabo sempre por voltar à Billie Holiday.

  Playlist RECALLING  BILLIE 



ATUAÇÕES AO VIVO:









segunda-feira, 15 de julho de 2024

BIG MAMA THORNTON e o "RYTHM & BLUES" (Segundas-f. musicais nº 9)


                                           https://www.youtube.com/watch?v=Vl9pb-BsT1w

                           Big Mama Thorton com John Lee Hooker: «Hound Dog
» (1964)


 Esta cantora é deveras original, sobretudo, pela força de sua expressão vocal. É também precursora nos anos 1950, do Rhythm & Blues. 
John Lee Hooker, Mama Thornton e outros, tocam harmónica noutra peça (Down Home Shakedown), gravada no seguimento da sessão de «Hound Dog». 

Muitos artistas de Rock e de Rhythm & Blues retomaram as canções de Big Mama: Elvis Presley (Hound Dog), Rolling Stones (Little Red Rooster), Janis Joplin (Ball N' Chain) e muitos mais...

Vale a pena explorar o reportório rico e variado de Big Mama Thornton: Existem muitos vídeos com gravações (em estúdio e ao vivo) e entrevistas sobre a sua vida e carreira. 

Note-se que o «Blues», vindo Sul agrícola e do delta do Mississípi, está na origem do «Rythm & Blues», mas também do «Soul», do «Rock» e também muito do Jazz foi aí buscar suas raízes. 

segunda-feira, 1 de julho de 2024

EDITH PIAF [1915 – 1963] (Segundas-feiras musicais nº7)


As canções seguintes são, para mim, musicalmente & poeticamente, as melhores da Piaf. Isto não significa que muitas outras (ela gravou mais duma centena de canções diferentes) não tivessem podido ser escolhidas para figurar aqui. São opções do autor deste blog; também é uma maneira de tributo e de homenagem ao «pardal parisiense»* !











Biografia:


As canções gravadas por Edith Piaf
(e respectivos compositores e letristas):


Chanson Française:


Carreira internacional:
 
Sobre as canções traduzidas para inglês (do site Edith Piaf | The playlist):
(...) If the story of French icon Edith Piaf (19.12.1915 – 10.10.1963) is well known by the French public, her impact beyond the country’s borders shouldn’t be underestimated. 
In 1955 she became an international music-hall star, notably in the US where she triumphed at New York’s Carnegie Hall in 1956. She would return numerous times. 
During the same year she released English-language versions of several hit songs: ‘Heaven Have Mercy’ (‘Miséricorde’), ‘One Little Man’ (‘Le Petit Homme’), ‘Autumn Leaves’ (‘Les Feuilles mortes’), ‘Sing To Me’ (‘Chante-moi’), ‘Don’t Cry’ (‘C’est d’la faute à tes yeux’), ‘I Shouldn’t Care’ (‘J’m’en fous pas mal’), ‘Cause I Love You’ (‘Du matin jusqu’au soir’) and ‘My Lost Melody’ (‘Je n’en connais pas la fin’). There are also several live recordings of US concerts.On 13th December 1959, the singer collapsed on stage in New York while on tour. She had to undergo a series of operations and returned to Paris in a fragile state, but was still presented a TV award for the song ‘Milord’. 
In 1961 she recorded the English-language versions of the songs ‘Je ne regrette rien’, renamed ‘No Regrets’, and ‘Mon Dieu’, which became ‘My God’. 
After that her poor health meant that she could no longer travel as much as before, but her repertoire was taken up and covered by many international singers who helped keep her memory alive right up to the present day.(...)

Uma das canções da Piaf «Mon Homme», cantada por Billie Holiday, «My Man»:




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*"Piaf" = pardal, em argot

PS 1: Foi feita uma playlist «PIAF» com as canções de Edith Piaf acima. Podes agora ouvir as dez canções de seguida.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

PARA BAILAR NA PASSAGEM DO ANO, 2023-2024


 O melhor que podemos fazer, é bailar, cantar, e esperar que o Ano Novo de 2024 seja menos negativo para nós, nossa família, nossa comunidade e para o Mundo em geral. Não sabemos o que vem aí, mas sabemos que é sempre possível ser o novo ano ainda pior que o que passou. Pelo sim, pelo não, é melhor estarmos prevenidos. Se as coisas forem menos más, ainda bem! 

Abraços para todos e todas, Um bom réveillon de passagem de ano e entrem no Novo Ano com os dois pés juntos (assim, não falham!)

Alguns dos Artistas convidados para o nosso/vosso réveillon: Django Reinhardt, Edith Piaf, Astor Piazzola e mais, muito mais. 

Descubram quem são os outros, na lista RÉVEILLON 2023/24 : 

https://www.youtube.com/playlist?list=PLUv1WgIwP9IMKUajuF1jwjSYS-bODX3Oa


segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Please Don't Talk About Me When I'm Gone

Bert Lown's Orchestra

 Please don't talk about me when I'm gone

Oh honey, though our friendship ceases from now on
And listen, if you can't say anything real nice
It's better not to talk at all is my advice
We're parting, you go your way I'll go mine
It's best that we do
Here's a kiss I hope that this brings lots of luck to you
Oh makes no difference how I carry on
Remember, please don't talk about me when I'm gone
We're parting, you go your way I'll go mine
It's best that we do
Here's a kiss I hope that this brings lots of luck to you
Makes no difference how I carry on
Remember, please don't talk about me
Please don't talk about me
Please don't talk about me when I'm gone


Um sucesso duradoiro - desde 1930, quase 100 anos - de uma canção popular americana que continua a fazer parte do reportório de bandas de jazz tradicional. Foi interpretado por gigantes do jazz como Frank Sinatra e Billie Holiday.



quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

BILLIE HOLIDAY: «KEEPS ON RAININ'»



Letra

One dark and stormy night
Big John was feeling blue
Ain't he didn't seem right
So he didn't know just what to do
I said do please tell me
Ain't you satisfied?
He looked around so pitiful
And to me he replied
Keeps on raining, look how it's raining
Daddy, he can't make no time
Wind keeps blowing, cold wind's blowing
Soon I'll find
In the winter time when it starts to snow
I know, Billy, you've got to have some dough
Keeps on raining, I know how it's raining
Daddy, he can't make no time
"Ain't the snow just beautiful?"
Some people say
But I'd rather see it
In a fine movie play
Keeps on snowing
Look how it's snowing
Your daddy, he can't make no time
No, your daddy, he can't make no time

(Spencer Williams / Max Kortlander)

 Billie Holiday tem aquele «jeito» na voz, que se apropria do conteúdo e faz com que as canções fiquem como «sua propriedade». Muitas das interpretações* são inolvidáveis. Esta é uma delas. 
A música, ao estilo das jazz-band do Sul, é magnífica e faz pensar nas gravações originais dos Blues de Bessie Smith. A letra é fantástica: Consigo visualizar o diálogo entre a cantora e «Big John», como se estivesse no cinema. Em filigrana, a vida difícil do trabalho à jorna; quando não podiam trabalhar por causa do mau tempo, não ganhavam («Daddy, he can make no time»...). 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

BILLIE HOLIDAY - FINE AND MELLOW


Gravado em 1957 ao vivo, este pequeno filme com Billie e o seu grupo, incluindo Lester Young, Roy Eldridge, Ben Webster, Gerry Mulligan e Coleman Hawkins, é simplesmente um clássico.

Lyrics

My man don't love me
Treats me oh so mean
My man he don't love me
Treats me awful mean
He's the lowest man
That I've ever seen
He wears high draped pants
Stripes are really yellow
He wears high draped pants
Stripes are really yellow
But when he starts in to love me
He's so fine and mellow
Love will make you drink and gamble
Make you stay out all night long
Love will make you drink and gamble
Make you stay out all night long
Love will make you do things
That you know is wrong
But if you treat me right, baby
I'll stay home everyday
Just treat me right, baby
I'll stay home night and day
But you're so mean to me, baby
I know you're gonna drive me away
Love is just like a faucet
It turns off and on
Love is like a faucet
It turns off and on
Sometimes when you think it's on, baby
It has turned off and gone
Source: Musixmatch
Songwriters: Billie Holiday
Fine And Mellow lyrics © Edward B Marks Music Company, Campbell Connelly And Co.ltd., Marks Edward B. Music Corp.



domingo, 10 de março de 2019

LESTER YOUNG / BILLIE HOLIDAY - I COVER THE WATERFRONT

  


Faixa do último álbum do saxofonista Lester Young, desaparecido há 60 anos.
A versão cantada de Billie Holiday é apenas uma das várias gravações da canção feitas pela «Lady Day». 
Ela insistia em afirmar que Lester era apenas um amigo. Algumas das mais belas gravações da história do jazz integraram estes dois músicos. 
O filme  «Round Midnight», saído em 1986, foi em parte baseado na vida de Young.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

ERROLL GARNER - THEY CAN'T TAKE THAT AWAY FROM ME


There are many many crazy things
That will keep me loving you
And with your permission
May I list a few
The way you wear your hat
The way you sip your tea
The memory of all that
No, no they can't take that away from me
The way your smile just beams
The way you sing off key
The way you haunt my dreams
No, no they can't take that away from me
We may never never meet again, on that bumpy road to love
Still I'll always, always keep the memory of
The way you hold your knife
The way we danced until three
The way you changed my life
No, no they can't take that away from me
No, they can't take that away from me
Written by Ira Gershwin, George Gershwin 

Esta célebre canção dos anos 30, composta por Ira e George Gershwin, foi interpretada por quase todas as celebridades do jazz, como Billie Holiday, Frank Sinatra ou Ella Fitzgerald

Também estrelas do jazz instrumental - como Art Tatum e outros - nela se inspiraram para executarem originais improvisos.

Mas, ao fim e ao cabo, a versão que gosto de ouvir repetidas vezes é esta, a de Erroll Garner.


terça-feira, 5 de julho de 2016

[NO PAÍS DOS SONHOS] BILLIE HOLIDAY - I'LL GET BY




Eram 4 horas da manhã. Estava a chuviscar aquela chuvinha que nos molha lentamente até aos ossos. Entrei num bar, com luzes vermelhas, onde algumas prostitutas conversavam, ao balcão, com dois ou três clientes…
Sentei-me numa mesa, não sabendo muito bem o que escolher. Veio uma moça muito vistosa, pedir-me para se sentar. Eu acedi, já sabendo que isso significava, no mínimo pagar o dobro do «consumo obrigatório». Pedi uma garrafa de tinto, argumentando que o champagne me fazia azia (o champanhe surrado, com certeza…)!
A partir daí, as minhas memórias começam a ficar confusas; as luzes muito fracas, davam um halo de «mistério» àquilo que não o tinha. Quanto à conversa, não retive nem um pouco do seu conteúdo; a moça tinha jeito em me fazer sentir bem-disposto, isto ainda me lembro.  
Após uma pausa na música, iluminou-se uma zona do fundo, que afinal era um pequeno palco, onde se desenrolou o espetáculo de striptease: uma falsa loira, que imitava Marilyn Monroe com alguma verosimilhança… a meus olhos.

Posso ter sonhado tudo o que descrevi acima, pois no dia seguinte, acordei na minha cama, sem mais do que uma persistente dor de cabeça. Não me recordo como acabou a noitada e como vim para casa. Com certeza, vim no meu próprio carro; as chaves estavam pousadas ao lado da mesinha de cabeceira. Mas mais do que isso não sei.
Estranhamente, não sentia cansaço nenhum. Levantei-me, tomei um duche; engoli o pequeno-almoço e fui para o trabalho. Tudo sem pensar, num automatismo bem rodado.

Nunca mais fui àquele bar; nem sei se realmente ainda existe, nem se as personagens que encontrei ainda aí trabalham. Tudo se passou como se fosse «noutra vida». Mas tal não pode ser; pois eu sei, até certo momento no tempo, o que fiz.