quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

[Cynthia Chung] NACIONALISMO UCRANIANO, ARMA DA GUERRA FRIA [+ COMENTÁRIO, POR M.B.]


Podes encontrar o artigo de Cynthia Chung «Nacionalismo Ucraniano, Arma da Guerra Fria» no link seguinte:

Nota Prévia: O texto, abaixo, pode considerar-se um comentário meu, após leitura do texto referido acima, de Cynthia Chung. Neste comentário, tento estabelecer as fronteiras demarcando um nacionalismo «étnico», normalmente agressivo, chauvinista e autoritário, de um nacionalismo «político», compatível com valores humanistas.

«Nacionalismo étnico» e o que o distingue do «nacionalismo político»

Desde logo, deve ser visto como radicalmente distinto dum nacionalismo POLÍTICO, onde a nação é reconhecida como uma construção política à qual pode pertencer qualquer indivíduo de qualquer origem étnica, na condição de aceitar a constituição e leis pela qual se rege. Esta visão da nação como uma construção política, vem da Revolução Francesa, do conceito de nação dos republicanos franceses, que inclusive aceitaram como nacionais e portanto elegíveis para a Assembleia Nacional, cidadãos da Polónia e da Irlanda, e outros, pois estavam com o regime republicano instaurado.

Quanto ao caso triste e trágico do nacionalismo da OUN, trata-se de algo completamente distinto: A organização terrorista ucraniana OUN nascida nos anos 1920, começa por ser um movimento anti-polaco na região de Lvov, a província da Galícia do Império Austro-Húngaro, para derivar para um movimento de apoio ao nazismo, responsável por dezenas de milhares de mortes de civis polacos, judeus e ucranianos soviéticos. São criminosos de guerra, sem qualquer dúvida, e realmente torna-se muito preocupante que os poderes ocidentais, em particular, os da U.E. estejam a branquear a origem assumida dos partidos no poder em Kiev e a darem uma ideia falsa, intencionalmente (pois sabem a verdade), ocultando o seu racismo e colaboração com o nazismo, como se eles fossem «democratas» e «patriotas»...

Alguns links:






terça-feira, 24 de janeiro de 2023

ORIGEM DO SARS-COV-2 ESCLARECIDA - TESTEMUNHO DO DR. RICHARD FLEMING



O dr. Richard Fleming testemunha sob juramento sobre a origem do vírus SARS-Cov-2, defendendo que se trata de uma arma biológica construída intencionalmente. O vídeo abaixo, da Odysee, é falado em inglês, com legendas em italiano.

 https://odysee.com/@Video_di_KasperCarlo:d/COVID-CRIMES-Dr.-Richard-M.Fleming-MD-sworn-testimony-that-C-(sub-ita-COMPLETO):a


PS1: 17 000 médicos e cientistas pedem que haja responsabilização dos que orquestraram a pandemia de COVID. Leia AQUI


“17,000 physicians and medical scientists declare that the state of medical emergency must be lifted, scientific integrity restored, and crimes against humanity addressed.

“We, the physicians and medical scientists of the world, united through our loyalty to the Hippocratic Oath, recognize that the disastrous COVID-19 public health policies imposed on doctors and our patients are the culmination of a corrupt medical alliance of pharmaceutical, insurance, and healthcare institutions, along with the financial trusts which control them. They have infiltrated our medical system at every level, and are protected and supported by a parallel alliance of big tech, media, academics and government agencies who profited from this orchestrated catastrophe.

“This corrupt alliance has compromised the integrity of our most prestigious medical societies to which we belong, generating an illusion of scientific consensus by substituting truth with propaganda. This alliance continues to advance unscientific claims by censoring data, and intimidating and firing doctors and scientists for simply publishing actual clinical results or treating their patients with proven, life-saving medicine. These catastrophic decisions came at the expense of the innocent, who are forced to suffer health damage and death caused by intentionally withholding critical and time-sensitive treatments, or as a result of coerced genetic therapy injections, which are neither safe nor effective.”

Read the article:  https://www.globalresearch.ca/declaration-iv-restore-scientific-integrity/5805770 


BIOGRAFIA DE KAFKA: "A Beleza do Fracasso"

UMA BIOGRAFIA LITERÁRIA DE FRANZ KAFKA




 NOTA: VER UM ARTIGO DESTE BLOG «METAMORFOSES»,  uma homenagem a Kafka e a Philip Glass

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

«IN GOD DOLLAR WE TRUST» ?

 

                                    Nova Iorque: Empire State Building visto no ocaso


                       Gráfico retirado dum artigo de A. Mcleod, que pode consultar AQUI

Nós somos matraqueados permanentemente com a «força do dólar», em relação às outras divisas ocidentais, pelo menos, as que têm maior peso tanto no comércio, como enquanto membros de SDR,  a famosa «divisa» artificial, que é (de facto) um cabaz de divisas, usado na contabilidade interna do FMI.  Mas, o comércio e a participação dos países nas trocas globais não se resume ao «Ocidente». Este conjunto de países é denominado assim, embora devessem ser designados por aquilo que - de uma forma, ou de outra - são: Constituem os mais fieis aliados (ou vassalos) dos EUA; os países de língua inglesa (Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Canadá e EUA), a Europa da União Europeia, o Japão, a Coreia do Sul e pouco mais (cerca de 15% da população mundial).

O sistema de Bretton Woods, foi instaurado quando os EUA eram a potência tecnicamente vencedora da 2º Guerra Mundial. A URSS e muitos outros países que lutaram contra as potências do Eixo (Alemanha hitleriana e potências suas aliadas) estavam de rastos. A sua vida económica e social sofreu de tal maneira, que não estavam muito melhor que os países vencidos (Alemanha, Japão, Itália, e outros.)

Assim, quando foram assinados os acordos de Bretton Woods em 1944, e nos anos imediatos, os EUA dominavam o comércio mundial (cerca de 50% deste), possuíam a maioria das reservas de ouro em bancos centrais (cerca de 70 % do ouro guardado nos bancos centrais) e tinham uma infraestrutura industrial intacta e em plena expansão. 

Um sistema de Bretton Woods não poderá voltar a ser reinstalado, não porque seja impossível reinstaurar um padrão-ouro (embora seja uma má solução), mas porque não existe nenhuma potência com o poderio hegemónico dos EUA à saída da IIª Guerra Mundial.

Um futuro multipolar será sempre mais instável, que um futuro unipolar. Mas, um sistema global unipolar não dará a um conjunto de países, possuindo a maioria da população mundial e dos recursos em matérias-primas, a possibilidade de fazerem valer os seus interesses e de poderem negociar em termos aceitáveis, a sua participação no comércio, no investimento e na repartição do bem-estar individual e social, ao nível mundial. Por muito injusto que seja um mundo multipolar, como o foi em diversos períodos da História, para aqueles povos submetidos a um império ou a uma nação mais forte,  nada se compara com a força bruta e a ausência total de consideração pelos direitos e pela dignidade dos mais pobres, num império mundial único, hegemónico. 

O império liderado pelos EUA tem demonstrado isso, neste pequeno intervalo de tempo, que vai da implosão da União Soviética (1991), até hoje. No entanto, reveste o seu desprezo absoluto, com a hipocrisia típica da civilização de comerciantes, aventureiros e donos de escravos - que foram os impérios Português, Espanhol, Britânico, Holandês - especializados na guerra de razia e de rapina, que foi o modo como se expandiram e enriqueceram estas potências coloniais desde o século XVI até hoje. 

Não é por o comércio internacional ser feito em tal ou tal unidade de valor, vulgo «moeda», que a troca é mais ou menos desigual. Desde Ricardo, que se reconhece que determinadas nações têm determinadas vantagens competitivas, no comércio internacional, em relação a determinados produtos industriais, agrícolas ou minerais. É sobretudo o preço do trabalho que conta, por agregado. Assim, os países onde o trabalho é mais barato, foram aqueles que receberam as indústrias deslocalizadas dos países industriais tradicionais, os países europeus ocidentais e os EUA, sobretudo. 

Mas o globalismo, ideologia associada ao neoliberalismo, está completamente posto em causa. Este globalismo «reinou» durante um curto período, em que as potências industriais europeias e norte-americanas exportaram as suas indústrias para beneficiarem da mão-de-obra barata dos países ex- coloniais, ou que tinham uma grande diferença no seu grau de desenvolvimento. Estes países, entretanto, fortaleceram-se e tornaram-se mais capazes de impor suas condições a países outrora dominantes. 

Esta mudança entra em colisão com a mentalidade colonialista e imperialista, das classes dirigentes dos países ocidentais, que também se transmitiu a extratos explorados desses mesmos países.  Órfã de uma instância política que formalmente a representasse, a classe trabalhadora dos países do Ocidente virou-se para os demagogos de extrema-direita, ou confinou-se na rejeição da política. O abstencionismo crónico tem sido maior na classe trabalhadora marginalizada,  do que na «classe média», ou classe trabalhadora integrada, que tradicionalmente vota à esquerda.

Do ponto de vista do império dominante, este já percebeu que é demasiado tarde para inverter a tendência global. Trump não foi bem sucedido, porque - em parte - não conseguiu o entusiasmo interclassista e patriótico que ele esperava para a sua campanha de fazer regressar as indústrias ao solo americano. Sem dúvida, ele foi sabotado pelo «establishment» de Washington, mas também não conseguiu uma adesão significativa dos setores da indústria, ditos «high-tech», tecnológicos. 

As mutações do sistema monetário são sempre consequência de um duplo jogo de forças: As forças relacionadas com o capitalismo mais dinâmico - hoje, a China e outros países asiáticos, principalmente - por um lado, e por outro, com a capacidade militar global: Sabe-se que as simulações duma guerra Russo-Chinesa / Americana (NATO), realizadas no Pentágono, deram invariavelmente resultados negativos para as forças americanas e suas aliadas. 

Assim como a arquitetura de Bretton Woods foi consequência da prevalência dos EUA no comércio, indústria, finanças e domínio militar, após a IIª Guerra Mundial; também a nova arquitetura global do sistema monetário terá de refletir a realidade das trocas comerciais, das forças produtivas, das capacidades de defesa e da inovação tecnológica, que os diversos atores mundiais terão alcançado, na atualidade. 

O facto de o dólar surgir como «forte», em relação a outras moedas ocidentais não significa que a divisa dos EUA continue a possuir a mesma prevalência mundial. Existe uma diminuição significativa das trocas efetuadas em dólares, numa parte importante do Mundo, o que significa que há rutura, face ao período de trocas efetivamente mundializadas. Significa que os países da esfera político-económica do dólar, estão encerrados numa de matriz de tipo neocolonial em que a potência dominante tem a possibilidade (e exerce-a) de dizer o que esses países devem comerciar e com quem, com que tipo de mercadorias e com que formas de pagamento. O sistema de sanções montado pelos EUA é muito astuto, no curto prazo, porém a impossibilidade das empresas europeias comerciarem com países possuidores de grandes reservas de energia (como o Irão) ou com a Rússia e China, que possuem certos produtos praticamente insubstituíveis, no curto prazo (certos metais, como o titânio, ou terras raras, ou ainda, os «microchips»), traduz-se numa perda de competitividade  da União Europeia, nos mercados mundiais. Isto é válido para todos os seus membros, em especial, para o gigante industrial, a Alemanha.

Por contraste, os países dos BRICS+ e das Novas Rotas da Seda têm reais perspetivas de desenvolvimento, de alargamento dos mercados. Os países da «velha Europa» não estarão em condições de competir, devido à diminuição da sua parte nos mercados, ao acréscimo de custos de produção e devido à «mão de aço» da potência «hegemónica regional» , os EUA. Por enquanto, estes comportam-se como o senhor feudal (o suserano) em relação aos vassalos. 

Mas, embora o feudalismo tenha durado alguns séculos, o novo feudalismo dos EUA, perante outro sistema multipolar, não poderá manter uma «hegemonia regional», durante muito tempo. Uma tal situação é intrinsecamente instável, não poderá durar mais do que alguns decénios.

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(1) O  «SDR» significa Special Drawing Rights, em português, Direitos de Saque Especiais.

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PS1: Para compreenderes a estratégia globalista em todas as suas vertentes, lê:

https://www.globalresearch.ca/globalist-cabal-meets-again-prepare-world-domination/5805836

PS2: Os dementes que estão no poder não se importam que seja desencadeada uma guerra nuclear; por outro lado, os povos estão de tal maneira doutrinados, que não percebem realmente o que representa a generalização do conflito Rússia/Ucrânia.  

https://caitlinjohnstone.com/2023/01/25/hardly-anyone-is-thinking-logically-about-the-risk-of-nuclear-war/

domingo, 22 de janeiro de 2023

Ucrânia: BAKHMUT ESTÁ PRESTES A CAIR [Gonzalo Lira]


 Segundo Gonzalo Lira a LINHA DE DEFESA QUE INCLUI BAKHMUT ESTÁ PRESTES A CAIR . 
Segundo Lira, está-se na jogada final da guerra ou na véspera duma escalada da OTAN.

Os falcões ocidentais já estão a postular que os países europeus deveriam diretamente envolver-se na guerra contra os russos.

Suplemento: «A defenestração de Joe Biden»


ps: Gonzalo Lira, em direto, faz um resumo do estado da Guerra na Ucrânia: 

https://www.youtube.com/watch?v=loVtI_7xRHw

Teresa Teng ao vivo, em Hong Kong

                                          

«Like a Bridge Over Troubled Water» composição de Simon & Garfunkel, aqui interpretada por Teresa Teng, num auditório de Hong Kong em 1976, foi uma espécie de hino da minha geração.

A música é daquelas que entram facilmente no ouvido, como se costuma dizer. E a letra é muito romântica, apela a sentimentos de amor e generosidade, a dádiva total por quem se ama. Se a música faz a metade de um sucesso, a letra faz a outra!
… When you're wearyFeeling smallWhen tears are in your eyesI'll dry them allI'm on your sideOh, when times get roughAnd friends just can't be found
… Like a bridge over troubled waterI will lay me downLike a bridge over troubled waterI will lay me down
… When you're down and outWhen you're on the streetWhen evening falls so hardI will comfort youI'll take your partOh, when darkness comesAnd pain is all around
… Like a bridge over troubled waterI will lay me downLike a bridge over troubled waterI will lay me down
… Sail on silver girlSail on byYour time has come to shineAll your dreams are on their waySee how they shineOh, if you need a friendI'm sailing right behind
… Like a bridge over troubled waterI will ease your mindLike a bridge over troubled waterI will ease your mind

Simon e Garfunkel  já tinham alcançado grandes sucessos e eram estrelas de primeira grandeza da música pop americana, quando lançaram (em 1970) o LP intitulado como a canção acima. Seria o álbum mais aplaudido pelo público e pela crítica, em toda a sua carreira e também o mais vendido nos EUA e Europa, nesse ano.

Sobre Teresa Teng e algumas das suas melhores interpretações:

sábado, 21 de janeiro de 2023

FUNDAMENTO REAL DA ECONOMIA (entrevistas com prof. Anwar Shaikh)


O que há de verdadeiramente interessante neste economista, que começou por estudar engenharia aeronáutica, é sua aderência ao real. Os modelos têm sido a tentação de muitos economistas das várias escolas de pensamento. Este não despreza a Matemática, mas redu-la a instrumento auxiliar.

Vale a pena conhecer o pensamento de Anwar Shaikh, Professor de economia na New School. Neste vídeo expõe a sua abordagem dos clássicos  e como ao nível micro-económico, usa a questão da lucratividade (profitability) para compreender a economia. Expõe as suas ideias no livro «Capitalism: Competition, Conflict, Crises»


Numa entrevista mais antiga (ver abaixo), feita há pelo menos seis anos, expõe aspetos teóricos e explica como na sua abordagem da realidade económica, considera os fenómenos como sendo - essencialmente - estocásticos. Parece-me que é bastante original e diverge do pensamento «mainstream».