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domingo, 29 de agosto de 2021

RESILIÊNCIA E AUTONOMIA

 [Ensaio, por Manuel Banet]

 

Tenho escrito frequentemente sobre estes tópicos, ao longo de 5 anos de existência do blog. Estes conceitos têm sido abordados por mim, de várias maneiras e sob vários ângulos. Tem havido, da minha parte, uma reflexão constante, ela própria alimentada por leituras muito diversas, que me têm ajudado a ver os problemas com maior lucidez e espírito prático.
Neste escrito, gostaria de fazer uma síntese das minhas descobertas e reflexões, com o objetivo prático da construção da autonomia e resiliência pessoais e coletivas, ou seja, de resistir à onda de totalitarismo que o mundo tem vindo a sofrer, nestes tempos conturbados.
Os dois conceitos, autonomia e resiliência, estão relacionados, mas não são inteiramente sobreponíveis.

Entendo por autonomia, a capacidade de gerarmos os meios de vida indispensáveis, sem ter de recorrer a fonte exterior à nossa comunidade, ou podendo estar dependentes de fontes externas para certos produtos e matérias-primas, mas onde nenhuma destas fontes detenha um poder avassalador sobre a nossa vida. Implica mantermos uma real possibilidade de substituir a importação por produção autóctone.
Ao nível individual, a autonomia implica não estarmos na dependência de outrem para conduzir a nossa vida, embora tenhamos ricas e diversificadas relações com os outros. Uma interdependência social equilibrada e diversificada é condição de autonomia, ao nível do indivíduo, na sociedade.

Quanto à resiliência, esta traduz-se pela capacidade de autorregeneração, perante uma séria perturbação da nossa capacidade de viver, de desempenharmos as tarefas habituais das nossas vidas.
Em geral, esta capacidade de resiliência é tanto maior, quanto os sistemas tenham múltiplas iterações dos mecanismos vitais: Quando um dado controlo, uma dada regulação do sistema vital falha, intervém outra forma de controlar, de regular este mesmo sistema. Isto passa-se ao nível dos organismos, da fisiologia dos seres vivos. Também ocorre nos ecossistemas, embora seja menos frequente o uso do termo de resiliência, nestes. Mais frequentemente, fala-se de adaptabilidade, de flexibilidade...
Ao nível das sociedades humanas, a resiliência pode ser observada, também. Embora, tal como para os ecossistemas, seja menos frequente a utilização do termo. Por exemplo, quando sociedades afetadas por guerras ou catástrofes naturais, «renascem das suas cinzas», com grande vigor, diz-se que são resilientes. Estas sociedades, embora estabeleçam laços amistosos e comerciais com várias potências, elas têm a sabedoria de não se deixar transformar em neocolónia de nenhuma delas.
Quanto à resiliência ao nível individual, o termo tem sido mais aplicado quando alguém é vítima dum grave trauma, de ordem física e/ou psíquica, que supera, vencendo assim circunstâncias que poderiam implicar a morte ou, pelo menos, uma vida muito diminuída. Exemplos: os atletas para-olímpicos; pessoas que sofreram maus tratos na infância e conseguem superar estes traumas; pessoas sobreviventes duma catástrofe, ou duma guerra e que conseguem superar os traumas. Mas, podemos alargar o conceito, não envolvendo necessariamente trauma físico ou psíquico. Ele pode ser de ordem económica ou social. Note-se, porém, que um forte ataque à capacidade de subsistência do indivíduo é, quase sempre acompanhado, por perturbações físicas e psíquicas, por vezes severas.

A crise que vivemos hoje é uma crise sistémica, portanto é tanto económica, como social ou moral. Todos os níveis operam e interagem uns sobre os outros. A gravidade deste momento não pode ser exagerada, ela tem sido devastadora para as sociedades, para as comunidades e para os indivíduos. Não é meu objetivo, neste escrito, detalhar como se chegou a este ponto. Eu, aliás, abordei esta questão em muitos outros escritos. Aqui, pretendo essencialmente chamar a atenção para as alternativas, de autonomia e resiliência, nos indivíduos e nos coletivos.
A nossa visão do sistema económico-político-social, não pode ser redutora, não pode simplesmente «ignorar» um fator, seja ele qual for. A ignorância pode falsear a nossa avaliação, no momento mais crítico.
Para concretizar o que quero dizer, imaginemos a analogia com a condução automóvel: O condutor de um automóvel, recebe a informação visual «pelo canto do olho», de que alguma coisa se está a mover. Ora, esta coisa pode ser algo inócuo, por exemplo, um pedaço de papel ou de plástico que se move pelo efeito do vento, mas pode ser algo muito perigoso também; imagine-se outro veículo, que se aproxima a grande velocidade. Porém, visualmente, no instante em que o condutor se apercebe desse objeto, representa algo muito minoritário, no campo de visão total. Mas, o cérebro do condutor tem de focalizar a atenção, durante um momento pelo menos, na imagem desse objeto em movimento. Só uns escassos milissegundos depois, o cérebro decide «vou fazer algo em relação a isto, ou não vou». O cérebro do condutor tem de decidir se esta visão periférica pode ser, ou não ser, um perigo. Há um mecanismo automático de análise do objeto e da própria situação, tudo a um nível subconsciente.
A resposta que adotamos, é resultante de várias componentes. Eu penso que podemos agrupar essas componentes em três níveis, sem simplificar excessivamente.
1) A nossa «visão», a discriminação do que compõe a cena, em si mesma (acuidade sensorial).
2) A nossa avaliação interior da mesma, em termos de sobrevivência, a perceção do perigo (instinto).
3) A resposta elaborada, fundamentada na experiência vivida prévia, baseada no conhecimento prático e teórico de situações análogas (raciocínio).
Note-se que, mesmo quando não respondemos a um dado estímulo, quando inibimos a resposta de forma semiconsciente ou consciente, estamos a decidir não responder. Isto é, portanto, algo diferente da ignorância real do acontecimento.
É possível treinarmos capacidades envolvidas nos três níveis acima citados:
A) Acuidade sensorial: por exemplo, a capacidade de discriminação auditiva aumenta com treino de audição de música clássica e sobretudo, com a prática de música, mesmo se apenas a um nível amador. Neste exemplo, não melhoramos fisicamente o nosso sentido da audição, melhoramos a nossa capacidade em discriminar mentalmente entre os sons, com maior subtileza do que na ausência de educação. Podemos aplicar o mesmo raciocínio aos restantes sentidos…
B) O instinto não é - por definição - algo que se possa adquirir/aprender. No entanto, é possível estarmos atentos aos sinais do corpo. Estes são de transmissão automática, em si mesmas. Frequentemente, desencadeiam respostas instintivas. Estas estão a querer comunicar-nos algo de vital. Devemos escutar os nossos instintos, o que não significa segui-los cegamente, como é óbvio. Ser-se «instintivo» não é sinónimo de rude ou primário; pelo contrário, pode ser uma característica de pessoas mais sensíveis aos outros, capazes de maior empatia.
C) O raciocínio é algo que não se desenvolve meramente na esfera da lógica, da matemática. No nosso intelecto jogam muitas outras forças, que nos levam a efetuar escolhas não totalmente racionais, mas que racionalizamos. A possibilidade de melhoramentos reside na compreensão destes mecanismos do intelecto. O «mago ilusionista» distrai-nos a atenção com algo, enquanto efetua a operação oculta, o «truque mágico». Uma parte de nós próprios é como esse «mago ilusionista», quando raciocinamos. Os nossos desejos, sobretudo os não conscientes, são determinantes nas nossas escolhas, mas não nos apercebemos. Sabermos isso, infelizmente não evitará que tal continue a acontecer. Mas, permite-nos evitar os escolhos da autoilusão. É importante estarmos conscientes para a tendência, muito comum, de acreditarmos ser verdade, aquilo que nós desejamos que seja.
Consoante a maneira como vemos o mundo, assim teremos maior ou menor poder de resposta aos desafios deste mundo. Esta resposta, será mais ou menos adequada, em termos de sobrevivência. Mas, para além do nosso desempenho como observadores e da compreensão global das situações, também é importante sabermos dar a resposta adequada. Podemos compreender teoricamente uma coisa e, no entanto, a resposta não se dar, ou dar-se de forma inapropriada, ou com atraso demasiado grande para ser eficaz.

Uma vez enunciadas estas considerações gerais e apriorísticas, quero agora me debruçar sobre as duas propriedades (resiliência a autonomia) no concreto.

Começando pela autonomia:
- Como é que uma pessoa, uma família, um grupo, uma comunidade… podem conservar e aumentar seu grau de autonomia?
Penso que deve existir uma vontade consciente para isso acontecer. Os indivíduos devem estar conscientes e predispostos ao fazer determinadas escolhas. Logicamente, se alguém escolhesse por eles, estaria a contradizer o próprio princípio de autonomia. Mas, num plano menos trivial, as questões da motivação, da livre determinação, da convicção profunda que não deriva do exterior, parecem-me fundamentais. Todas as questões enunciadas na frase anterior relevam da educação, no sentido lato. A educação não é doutrinação, não é o inculcar de valores exteriores. Portanto, a autonomia é sinónimo de exercício da liberdade consciente, pelas pessoas, as famílias, as comunidades e todos os grupos, grandes ou pequenos, de seres humanos.
Esta autonomia vai de par com o debater, em coletivo, as questões que se colocam ao grupo, num modo respeitoso dos outros. Também isso se aprende. Nem sempre se vê tal comportamento. Algumas pessoas não se coíbem de manipular as restantes. Querer manipular os outros de forma disfarçada, é querer tomar o controlo, ou seja, exercer um poder sobre os outros. Isto é totalmente diferente do grupo exercer coletivamente o poder. O grupo que dá a si próprio regras de funcionamento, objetivos, um rumo estratégico, é um coletivo que atingiu a maturidade, no que respeita à autonomia, enquanto grupo. Ele saberá preservar a autonomia individual, reconhecendo e respeitando os direitos e necessidades de cada membro.
No século XIX, em particular, existiram inúmeras experiências de construção de sociedades baseadas na igualdade, na solidariedade e no respeito do indivíduo. Tais tentativas não foram em vão, embora, hoje em dia, haja tendência em apoucar esta rica experiência humana. Nós estamos numa época de involução social e não de progresso, neste domínio. De facto, temos estado a referir como surgiram as primeiras formas de socialismo efetivo, sobre a maneira como se exerceu e exerce.
O movimento cooperativo, sejam cooperativas de produção, de distribuição, agrícolas ou de produção artística, todas elas brotaram de um solo fértil em ideias e desejo de igualdade, equidade, solidariedade verdadeira. Por isso mesmo, as tendências autoritárias, difamaram tais experiências cooperativistas. A tática foi a de chamar «utópico» a este socialismo que foi, desde o início, o mais prático, o mais concreto, e cujos pioneiros eram operários. Isto é propriamente perverso. Mas as pessoas com verdadeiro desejo de autonomia têm muita vantagem em conhecer o socialismo genuinamente operário, as formas que este assumiu desde os alvores no século XIX e  sua evolução. Uma história e abordagem que os autoritários de toda a espécie preferem que seus seguidores ignorem.
É preciso ter uma perspetiva histórica. Além da compreensão aprofundada, ela também serve para mostrar que a realidade atual não pode ser pior que a dos pioneiros do século XIX, que construíram as primeiras cooperativas, os primeiros a associarem-se em sindicatos.
Estou convencido de que não há necessidade de se ir procurar uma fórmula nova, inédita, para abordar a questão de como se deve gerir, de modo democrático e igualitário, um grupo, uma cooperativa, uma associação. Não acredito que as transformações tecnológicas tenham o condão de modificar a natureza humana na sua essência. Podem, quanto muito, induzir determinados comportamentos e dificultar outros. Mas, justamente, o essencial é a escolha consciente dos indivíduos e esta escolha pode e deve ser feita em qualquer época histórica. Ela tem a ver com valores, com ética, não é tributária deste ou daquele grau de desenvolvimento das condições materiais numa dada sociedade. Isto tem de passar pela educação da autonomia. As «escolas de autonomia», de hoje como de ontem, podem tomar uma estrutura formal de sindicatos, de cooperativas ou de outras associações. Na medida em que sejam compostas por indivíduos imbuídos de um espírito de autonomia, o seu funcionamento tenderá a ser o reflexo coletivo dessa mentalidade.
A família, neste contexto, é a «cooperativa natural», por excelência. A tarefa de demolição da família, levada a cabo pelo capitalismo, desde os seus primórdios, tem muito a ver com a necessidade dele desarticular essa forma natural de resistência à normalização, à subjugação do indivíduo. O capitalismo ambiciona ver o indivíduo «livre»... de laços familiares. Mas o termo livre, aqui, não é no sentido habitual do termo, mas no sentido de «livre para ser explorado», para ser usado e abusado pelos donos do capital. A família foi, durante milénios, a «unidade económica básica», a «escola elementar de vida», para além da relação biológica.
As pessoas que não se coadunam com a mentalidade dominante, têm frequentemente dificuldades, pois muitas não possuem qualquer experiência prévia, ou demasiado escassa, de trabalho em coletivos. Um problema complexo que tais coletivos enfrentam é de conseguir abertura, sem diluição das características próprias. A abertura necessária para se crescer numericamente, pode originar a entrada de indivíduos com boa vontade, mas cuja educação está ainda longe do ideal de autonomia. O querer crescer a todo o custo, pode ter um efeito dissolvente na qualidade das relações e na autenticidade dos processos internos de um grupo. Mas, o inverso, ou seja, um funcionamento fechado, pode desencadear o aparecimento de práticas sectárias, mesmo quando a maioria não perfilha tal modo de funcionamento.
A forma de organização em rede, associando entre si estruturas, como cooperativas e outras coletividades, pode ter a sua oportunidade histórica, agora. No momento em que se dá o desmoronar da «economia de casino» e em que as pessoas irão sofrer tremendas dificuldades.
Se, nestas circunstâncias, as pessoas não aprendem ou reavivam seus conceitos de entreajuda, de autonomia e cooperação, então o seu futuro será, provavelmente, de escravatura. Penso que muitas pessoas já perceberam isto. Quanto mais se aprofundar a crise do capitalismo, mais a necessidade de autonomia se vai tornar patente. Nestas circunstâncias, a organização de estruturas do tipo cooperativo, em interação e em rede com outras, semelhantes, vai desenvolver-se. Não consigo imaginar de que modo subsistam durante muito tempo, as presentes formas predadoras de exploração dos humanos e do ambiente. Estas formas, o neoliberalismo, a financeirização da economia, levaram ao caos e à destruição humana e ambiental. Só podem desejar a continuação disso, os psicopatas do poder económico ou político.

Em relação à resiliência, no sentido individual ou social, penso que o fundamental é procurar encontrar os meios pelos quais esta resiliência se exprime e se traduz em comportamento, no momento adequado. Vejamos como:
Quando se faz uma pesquisa na Internet, deparamo-nos com artigos e vídeos em quantidade abundante, procurando «ajudar-nos» a encontrar as saídas para as situações encontradas, sobretudo que envolvem aspetos da vida afetiva, mas também do foro profissional. Não digo que estejam todos a procurar atrair o cliente, para o convencer a frequentar um «curso», disto ou daquilo. Mas, geralmente, as suas propostas e soluções são parecidas, variando apenas os ingredientes, mantendo-se o essencial, que é «Sigam o que eu digo e serão felizes». Por mais que digam, não estão a proporcionar outra coisa, senão uma dependência, uma ilusão.
Mas, uma pessoa que esteja realmente desperta, consciente da necessidade de uma autonomia e resiliente, vai procurar outro tipo de ajuda. Vai tomar consciência de que suas dificuldades, ou problemas radicam num ataque geral contra o indivíduo, pelas forças trituradoras do capitalismo. A saída para a dificuldade ou problema passa, portanto, por se associar com pessoas confiáveis, que nutram os mesmos ou semelhantes sentimentos e pontos de vista, incluindo a recusa de utilizar meios violentos. Se as pessoas começarem a dar confiança umas às outras, e nenhuma às corporações e aos Estados, em breve serão construídas redes eficazes de solidariedade e entreajuda, não hipotecadas a interesses corporativos, nem às burocracias estatais.

Tentam impor-nos agora uma ditadura mundial, servindo-se de governos nacionais e de instâncias globalistas internacionais (OMS, ONU, FMI, OMC, etc.) Se o chamado «Great Reset» for bem sucedido, isso significa que a oligarquia mundial triunfou. Ela já detém, atualmente, a maioria dos bens financeiros e uma fatia substancial dos bens tangíveis – propriedade imobiliária, industrial, terras de cultivo, etc. Eles utilizam o pânico artificialmente criado pela média, em torno de uma infeção viral, bastante inócua em si mesma, mas transformada em "grande perigo do vírus mortífero". Isto permite que o grande capital, com toda a tranquilidade, se desfaça de ativos financeiros hipervalorizados que ainda detém e os transforme em ativos «sólidos» (não-financeiros). Entretanto, as pessoas que se deixaram iludir pela «bolha de tudo» e investiram em ações ou outros papéis (capital fictício) loucamente inflacionados, ficarão sem nada. Os multimilionários já estão agora múltiplas vezes mais ricos, beneficiários da crise artificial do COVID e vão ficar ainda mais.

A melhor resposta às ofensivas do grande capital, aliado com os Estados, parece-me ser dupla:
1ª O desmascaramento das suas manobras, de um modo claro, não demagógico, de forma a convencer o maior número possível sobre a sua realidade. Podemos chamar a isto «Operação O Rei Vai Nu». Quanto mais pessoas perceberem, mais estarão do nosso lado, mais se recusarão a fazer «o frete» ao grande capital, mais espalharão o saber sobre a conjura REAL, desmascarando os que querem calar toda e qualquer resistência, com a etiqueta de «teoria da conspiração». Com efeito, para uma trapaça resultar, o trapaceiro tem de convencer suas vítimas de que está tudo bem, de que seguindo este caminho estarão em segurança, etc. Desmascarar os trapaceiros é desarmá-los, é impedi-los de continuarem o seu jogo.
2º Construirmos a nossa vida, sem recorrer a essas grandes corporações.
Por exemplo, a criação de bancos cooperativos. Eles existem em vários países. Na Alemanha, por exemplo, captam uma fração significativa das poupanças (1).
Outra vertente, é a existência de unidades, familiares ou de maior dimensão, de agricultura biológica. Desenvolveu-se um mercado que, não apenas fornece produtos de qualidade certificada aos consumidores, mas também que está fora da agroindústria. Esta, continua a utilizar produtos fitossanitários cancerígenos, adubos que desequilibram os solos e os tornam cada vez menos aptos à agricultura e recorrem às sementes de plantas geneticamente modificadas, sujeitas a patente, redutoras da biodiversidade e escravizadoras dos agricultores (2).
As alternativas não são do agrado dos gigantescos poderes tecnológicos e financeiros, mas são perfeitamente viáveis e desejáveis. São de aqui e de agora; não são utopias. Talvez, isso seja um dos fatores mais decisivos, embora subestimado por alguns.
Curiosamente, o poder oligárquico toma isso muito a sério, porque sabe o potencial perigo que representa o que seja descentralizado e não submetido aos seus monopólios. Com efeito, quando se pensa bem nisso, na agressividade das ofensivas deles, em todos os domínios, parece mais uma desesperada «fuga para a frente». Eles sabem bem que não têm nada a oferecer de positivo às pessoas. Mas, precisam dar uma ilusão de serem «ecológicos», inovadores, apoiantes de soluções «verdes», e também indispensáveis filantropos, apostados em combater epidemias e erradicar a fome…

Como construir uma estratégia coletiva resiliente?
Nas segunda metade do século XVI, um filósofo, Étienne de la Boétie, escalpelizou a relação dos súbditos com os poderosos, de modo tão rigoroso que seu folheto «De La Servitude Volontaire» continua sendo uma referência essencial em filosofia política. Ele apresenta o argumento de que a servidão dos súbditos é voluntária, no sentido em que estes não são realmente obrigados a fazer a maior parte do que fazem, a sujeitarem-se abjetamente ao poder. Mas, com isso, estão a reforçar grandemente o poder que os oprime, os esmaga e lhes extrai o rendimento do seu trabalho.
As coisas não mudaram, na essência. Nós esquecemo-nos - em inúmeras ocasiões - que, ao escolher um determinado produto e não outro, estamos a dar força a entidades que detestamos, enquanto ao não consumirmos determinado bem ou serviço, que no entanto, é feito pelos nossos aliados naturais, estamos a negar-lhes apoio (3).
Multiplicando aqueles pequenos gestos, a população dos consumidores dispõe de um poder que, muitas vezes, ignora. Acaso as grandes empresas gastariam quotidianamente milhões com a publicidade, se não fosse essencial persuadirem os consumidores?
Somos coniventes, até mesmo quando nos deixamos iludir. Tome-se como exemplo as campanhas ditas de solidariedade social, organizadas por certas ONGs, com a conivência dos Estados: As percentagens das doações para ajudar populações pobres, ou pessoas sofrendo de doença incurável, ou para apoio à alfabetização de crianças, etc., e que vão efetivamente parar às pessoas em causa, são - muitas vezes - ridículas (da ordem duns 10 ou 20 %, apenas) enquanto o restante fica para aquelas ONGs, com muita capacidade mediática, que fazem sua publicidade de forma a desencadear compaixão nas pessoas comuns.
A redução da democracia ao voto, é um dos truques mais óbvios de todos os poderes estatistas. Mas nós sabemos que «votar» não é sinónimo de «participar», por mais que eles nos queiram convencer disso. Os poderes que nos governam querem que «nos mobilizemos para votar». Votemos, pois, de todas as maneiras:
- Votemos com a carteira, comprando o máximo de coisas e serviços exteriores aos grandes circuitos, aos grandes poluidores, aos exploradores do trabalho das crianças e dos baixos salários no Terceiro Mundo.
- Votemos com os pés, desertando os grandes espaços dos hipermercados e centros comerciais, preferindo o comércio de proximidade.
- Desertemos espetáculos alienantes e uniformizadores; votemos, fazendo desporto, jogging, camping, etc., e sem usar acessórios poluentes, não-biodegradáveis, o que não diminui em nada – pelo contrário – a qualidade do exercício físico e do contacto com a natureza…
- Votemos com os neurónios, desligando-nos da TV, das redes sociais e dos jogos vídeo: Todos eles servem para nos «agarrar», como uma droga (sim, de facto, têm um efeito aditivo…).
- Votemos de corpo presente, afirmando a nossa vontade, nas ruas e nas praças, onde as pessoas se manifestam e reúnem por objetivos confluentes.
- Votemos com a nossa participação ativa em associações: de vizinhança, ambientais, políticas, ou outras, dentro das quais estejamos dispostos a colaborar.
- Sejamos resilientes, sejamos ativos/ativas, esta é a mensagem, em resumo. Quanto a votar em tal ou tal partido, em tal ou tal candidato, podes fazê-lo se achares útil, mas que isso não seja alibi para não fazeres mais nada.

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(1) Desempenham também um importante papel, mobilizando capital para investimento, em pequenas e médias empresas, normalmente na região onde estão implantados.

(2) Portugal, com solos muito menos contaminados que os dos países do centro e norte da Europa está em boa posição para desenvolver projetos rentáveis de agricultura biológica. Uma boa oportunidade para exportação de produtos de elevada qualidade.

(3) Pequenos comerciantes e consumidores têm interesses convergentes. Uma educação para o consumo responsável, não deve ser apenas virada para critérios ecológicos, mas também para contrariar práticas monopolistas na distribuição.



 

[Gostava de receber o vosso feedback sobre o conteúdo deste ensaio. A discussão está aberta a quem quiser nela participar. Pode fazê-lo nos comentários abaixo deste artigo, qualquer que seja a sua opinião, mas de forma respeitadora dos outros, sem insultar ou menosprezar. Obrigado!]

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

INFLAÇÃO - quando a maioria acordar, já será tarde demais

« OH BABY, BABY, IT'S A WILD WORLD...»

(Cat Stevens)



A inflação é vista como algo que «cai dos céus», uma espécie de fatalidade ou um fenómeno que tem a ver com a ganância dos comerciantes ou as reivindicações excessivas dos trabalhadores. Estas pseudo- explicações são - muitas vezes - propagadas e reforçadas por demagogos, estejam eles nos governos, ou nas redações de órgãos de informação corporativos. 

Mas, na verdade, a inflação é sempre um fenómeno monetário, em última instância. E quem decide sobre a massa monetária total e em circulação, são os bancos centrais. Estes, por sua vez, são serventuários dos muito ricos multimilionários ou bilionários que controlam a economia, as instituições e que se têm enriquecido, como nunca, nesta crise dita «do COVID». 

Mas, no lado oposto da escala, vendo o que se passa com os biliões de pessoas que vivem do seu trabalho e que têm apenas conseguido subsistir, a inflação é uma rápida e inexorável descida para a pobreza. Com efeito, os salários e outros rendimentos (pensões de reforma, por exemplo) são mantidos tal e qual no seu valor nominal, quanto muito, são ajustados tardiamente e nunca de forma a compensar o poder aquisitivo perdido.   

Muitas pessoas - hoje em dia - recorrem ao crédito: Para comprar casa, para comprar carro, para ir de férias, para estudar na universidade, etc. Os juros dos diversos créditos têm-se mantido abaixo da média histórica, mercê da política de supressão dos bancos centrais.

Mas este processo depende da capacidade dos bancos centrais convencerem os mercados a comprar as obrigações soberanas, cujos juros são praticamente nulos, ou mesmo negativos, se tivermos em conta a taxa de inflação. Chega um ponto em que a confiança dos atores desaparece. Em vez de  comprarem obrigações do tesouro, querem desfazer-se delas rapidamente. Os juros sobem, para encontrar compradores para essas obrigações. Foi assim que os juros da dívida portuguesa, em 2010, ultrapassaram os 10%. Ou seja, para que houvesse compradores, o Estado português tinha que oferecer um juro muito alto. O mesmo se passou com outros Estados. Para o Euro não rebentar, o Mário Draghi, então presidindo o Banco Central Europeu (BCE), disse a célebre frase... de que «faremos tudo aquilo que seja necessário, para preservar o Euro...» 

Mas, hoje em dia, a inflação de ativos financeiros, em todo o mundo (sobretudo nos EUA, mas também nos restantes países «Ocidentais»), atingiu um extremo completamente inédito. Se a valorização das ações em bolsa tivesse um significado real, isso significaria que as empresas cotadas, teriam ficado, de repente, com uma rentabilidade 20, ou 30 vezes maior. Isto, obviamente, não acontece, mesmo com empresas muito lucrativas. 

O efeito desta inflação dos ativos financeiros, obtida com o auxílio do banco central dos EUA, a FED, imitado por outros grandes bancos centrais (ECB, Bank of Japan, Bank of England, ...), ainda não se manifestou plenamente na economia quotidiana, na produção e no consumo de bens e serviços. Quando isso acontecer, será uma horrível catástrofe para as pessoas comuns.

Imagine-se uma espiral inflacionista, fora de controlo: Os preços sobem com uma progressão geométrica, como já se verificou, aliás, em «n» situações na História. A sobrevivência das pessoas é posta em causa, brutalmente. 

As empresas deixam de funcionar, vão à falência. O número de desempregados aumenta rapidamente para duplos dígitos em percentagem. Os sistemas de segurança social, mesmo dos países ricos, são impotentes para suprir o essencial, a toda essa massa de desempregados.

Dá-se, não só a rutura dos sistemas de segurança social, como também de muitos outros serviços essenciais do Estado, desde a prestação de serviços à comunidade (centros de saúde, hospitais, escolas, etc.), até ao próprio «coração» do Estado: As forças policiais, elas mesmo, deixam de ser capazes de manter um mínimo de ordem. Os roubos, assassinatos, violências de toda a espécie, multiplicam-se. 

Os governos vão apelar aos militares para «restabelecer a ordem», quando não forem os próprios militares a  instaurar a ditadura. Como sempre, esta será declarada situação «excecional» e «transitória», mas terá toda a probabilidade de se perpetuar durante decénios.

É este o cenário em perspetiva, que ninguém, ou quase, lhe diz: O que tem estado a acontecer diante dos nossos olhos, é o reforço das estruturas repressivas, a erosão do Estado de Direito, sob o pretexto do COVID. Esta manobra será, mais cedo ou mais tarde, desmascarada pela própria evolução dos acontecimentos. Nessa altura, uma grande maioria das pessoas compreenderá que foi sujeita a alucinação coletivaMas, será demasiado tarde: Com o pretexto de nos preservar «do vírus mortífero», a ditadura dita «sanitária» JÁ ESTARÁ PLENAMENTE INSTALADA. 

Quando a oligarquia globalista vir que o seu poder está suficientemente consolidado, irá deitar abaixo a «economia Potemkine» ou a arquitetura financeira «castelo de cartas». Para a oligarquia, os pouquíssimos bilionários, não há prejuízo: Eles já compraram imenso capital que não é fictício, mas que é sólido, que dá sempre um rendimento, como as grandes quantidades de imobiliário (vejam-se as aquisições da «Blackrock*», por exemplo) ou de terras agrícolas (Bill Gates tornou-se no maior proprietário de terrenos agrícolas nos EUA, num instante...). Além disso, têm ilhas privativas com bunkers, muito bem equipados, capazes de albergar confortavelmente seus donos durante meses. Para o resto da população, é melhor nem falar...

O governo mundial ou «Nova Ordem Mundial», no seguimento do «Great Reset» estará instalado (veja a agenda 2030 da ONU, por exemplo), será muito mais sólido do que os regimes capitalistas «clássicos». 

Estes precisavam dum mercado dito «livre», portanto, com alguma liberdade. Pelo menos, numa sociedade de «livre mercado», tem de haver alguma liberdade de palavra e de opinião, porque o funcionamento da economia implica concorrência, implica conflito, implica classes, que têm interesses contraditórios. As sociedades de «democracia liberal» são basicamente assim....ou melhor, eram... Pois, se os oligarcas levarem a melhor, as pessoas «não possuirão nada». 

Quanto a «... serem felizes», como afirmam Klaus Schwab e outros: São frases ocas, como as promessas que nos faz a publicidade. No fundo, trata-se duma ironia cínica e cruel: «considera-te feliz, por sobreviveres e nos servires». 

Os leitores podem consultar diversos artigos neste blog desde 2016, onde tentei, com a máxima precisão e fornecendo informação significativa, fazer um apanhado da evolução da economia «de casino», das manigâncias dos poderosos e dos perigos que as pessoas comuns enfrentam.

Se eu acertei, antes das coisas se tornarem evidentes para todos, não é por ter uma capacidade excecional, ou por possuir uma rede formidável de informadores!! Não!! 

O que escrevo, é algo que a oligarquia bem sabe; é ela, a autora da estratégia. Também o sabem os seus lacaios e vassalos, que se agitam na política e na média. Eles sabem, mas calam a verdade: Especializaram-se em desinformar as suas vítimas, as atuais e as futuras. 

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(*)Para informação sobre o universo Blackrock, veja AQUI






sábado, 7 de agosto de 2021

[Paul Joseph Watson] «NÓS E ELES»

«Alguns animais são mais iguais do que outros» (George Orwell, «Animal Farm»)



«Nós e eles», um vídeo que confirma factualmente a hipocrisia da oligarquia e da classe política, na «pandemia» de COVID.
 
Juntando o insulto à férrea ditadura, Emmanuel Macron, presidente designado pelos globalistas oligarcas, diz que os que não têm passe sanitário são «como as pessoas que conduzem depois de terem bebido».

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

[Aldous Huxley, 1962] «A DERRADEIRA REVOLUÇÃO» DA TRANSFORMAÇÃO DA NATUREZA HUMANA


 

Aldous Huxley - The Ultimate Revolution 'Brave New World' (Berkeley Speech 1962)

Embora Aldous Huxley tenha escrito o seu romance «Admirável Mundo Novo» em 1932, o mesmo foi aclamado como algo mais do que um livro de «science-fiction». Tem sido um livro com surpreendente atualidade: parece «profético»... na verdade, ele faz uma amplificação de traços do comportamento humano, enquanto indivíduos (psicologia, biologia), e enquanto sociedade (sociologia, saber sobre ideologias, história...). Assim, o livro é publicado, muito a propósito, um ano antes da tomada de poder de Hitler e na altura em que Estaline toma controlo total da burocracia soviética e liquida os últimos «românticos» do bolchevismo. Porém, 30 anos depois, aquando da conferência dada em Santa Barbara, Califórnia este livro, perfeitamente atual, ajudava a iluminar novas derivas autoritárias: não apenas nas ditaduras «comunistas», nas ditaduras fascistas, da Península Ibérica, ou da América do Sul e Central; mesmo nas chamadas «democracias liberais».

Hoje, o fenómeno repete-se. A classe oligárquica, para o «nosso bem», está a destruir os vestígios de liberdade, de direitos individuais, de prevalência da lei e do direito, supostamente, para nos manter seguros contra um «terrível» vírus... 

Tirai a circunstância, tirai o pequeno pormenor, a mesmíssima atitude prevalece: Trata-se de não confiar no indivíduo, trata-se de estabelecer um complexo de medo, de angústia que «justifique» as medidas mais severas, trata-se de diabolizar, de anular toda a dissidência, impedindo primeiro a expressão de qualquer narrativa que contrarie a ortodoxia, depois o simples direito à subsistência, a possibilidade de uma vida social normal, a pessoas coerentes, que não desejem ser vacinadas, e isto por razões, porém, inteiramente legítimas.

Oiçamos pois Aldous Huxley, em 1962. 


                                             

terça-feira, 27 de julho de 2021

«LOCKDOWN» E PROJETO DE BIOPODER DA OLIGARQUIA EM MARCHA

 Definitivamente,  estou convencido que um grande número de pessoas sofre, neste momento, de alucinação coletiva. Como designar de outro modo o facto de se ignorar a extensão brutal da pobreza, da ruína, no Mundo e mesmo nas nossas sociedades afluentes, ditas «civilizadas», com milhões de pessoas arrastadas súbita e cruelmente para a maior miséria*? 



A enorme psi-op (operação psicológica) que dá pelo nome de COVID-19, teve como principal desígnio obscurecer, mercê da infusão de um síndroma de medo pânico, a mente da quase totalidade da cidadania. Esta operação, desejada, planeada, levada a cabo pela oligarquia, os multibilionários, arrastando consigo o "establishment" científico, a burocracia dos Estados e todas as instituições relevantes, desde os governos até às universidades, foi bem sucedida para além de qualquer expectativa. A oligarquia, não pensou - inicialmente - que seria tão fácil realizar este golpe de Estado mundial. Pensou que encontraria muita resistência por parte dos pobres, dos desapossados. Ficou, primeiro, estarrecida e depois, encantada, com o facto de serem estes mesmos (os espoliados), que mais entusiasticamente defendiam a agenda deles, dos muito ricos.

Não importa o que se pense sobre o vírus, real ou não, mortífero ou não, criado em laboratório ou não, o facto é que esta pandemia é um instrumento para a maior transferência de riqueza que jamais ocorreu na História. Transferência, escusado será dizer, dos pobres, dos explorados, dos desapossados, em direção aos que já possuíam muito poder, dos que mandavam, não apenas em sectores inteiros de indústrias, como também dominavam os governos e, mesmo, as instituições e agências internacionais. 

Claro, que isto tudo não ocorreu de um momento para o outro. As pessoas que se apercebem,  de repente, das estranhas coisas que estão a ocorrer, são como alguém que acorda de um longo sono, observa a realidade, sim, mas não percebe todo o desenvolvimento que tiveram as coisas, no entretanto. Por isso, incapaz de encontrar o fio à meada, o mais certo, é esse indivíduo fazer uma leitura do novo, através dum quadro de referências irremediavelmente datado, o qual, porventura, estava adaptado ao mundo de à 50 ou 100 anos atrás.

Mas, é com isto que conta a oligarquia: com este enorme desfasamento, com esta enorme dose de ignorância, com esta «vontade de não saber», dos indivíduos alienados, que não sabem que foram condicionados toda a vida, que não se dissociaram (mentalmente, que seja) da sociedade tal como lhes é imposta, desde o berço.

                

A oligarquia estava num beco sem saída, pelo menos desde a grande crise mundial de 2007-2008. Não irei aqui retraçar todas as etapas da crise, nunca resolvida, na verdade (o leitor pode referir-se a este tópico consultando o podcast NB1 abaixo e meus artigos, que fornecem links para outras referências bibliográficas): Basta que se tenha em mente que o processo de acrescentar dívida à dívida, para resolver um problema cuja essência era o excesso de dívida, parecia o projeto de loucos. Claro, que os muito ricos podem não ter uma lucidez mental perfeita, mas têm ao seu serviço exércitos de cientistas competentes, mas vassalos, que estão sempre a procurar a salvaguarda de seus patrões. 

Não! O projeto de ir aguentando, enquanto se construíam meios para efetuar a transição para o novo paradigma, sem que esta transição implicasse uma rutura, pondo em causa a predominância, o controlo, o poder da muito pequena minoria que nos governa... Isso não era nem estúpido, nem utópico!

De facto, a preparação para o «grande golpe» foi notável: eles não divulgaram o porquê de certas medidas, ou deram apenas uma justificação que as massas podiam «engolir». Esta tática, permitiu-lhes que fossem realizando o Great Reset na maior tranquilidade. Note-se que este Great Reset está quase concluído... embora as prostitutas da media falem dele, sempre, no futuro.


A transição começou a ser planeada logo após os primeiros sobressaltos da crise de 2008. Logo, a oligarquia percebeu que tinha de mudar tudo, para que tudo ficasse como dantes. Segundo, percebeu que tinha de fazer essa transição, de tal forma que as coisas surgissem como que por acaso, como efeito do destino, ou como algo imprevisto e imprevisível. 

Os derivados pendentes, após a débacle de 2008, mantinham-se e iam-se acumulando. Fala-se da ordem de quadriliões de dólares ao nível mundial, o que é uma soma propriamente astronómica. Se houver uma subida rápida das taxas de juro, devido à subida da taxa de inflação, o castelo-de-cartas dos instrumentos sintéticos da finança pode rebentar, desencadeando um enorme fogo de artifício. Por outro lado, a repressão constante das taxas de juro, para impedir o crescimento da inflação irá conduzir ao marasmo e, no longo prazo, anular o próprio capitalismo, pois não haverá condições de acumulação do capital privado para investimento. 

Para obviar estes dois perigos - que se traduzem numa crise inflacionista ou uma crise deflacionista - encontrou a oligarquia (e seus capangas), uma solução: controlo total das sociedades, gerindo e extraindo diretamente o produto do trabalho , pela oligarquia.

A total escravização da espécie humana poderia ocorrer através da utilização dos meios de IA (Inteligência Artificial), de armazenamento dos dados em massa (bulk data storage) e dos processos digitais de rastreamento quer dos movimentos dos capitais (as criptomoedas de Estado, digitalização a 100%) e dos indivíduos (passe «sanitário» com o rastreamento digital associado). Mas, par tornar este projeto possível, era necessário convencer o público que se tratava de «progresso»,  dum aumento de segurança, quer em relação às contas bancárias - já não estariam sujeitas a hackers - quer à saúde e prevenção de epidemias a vírus  - naturais ou fabricados em laboratório.

Não haveria possibilidade de levar a cabo tal programa de escravização, propriamente monstruoso, se não houvesse uma domesticação dos intelectuais, incluindo os cientistas, jornalistas, etc. ou seja, os «fazedores de opinião». A oligarquia estava consciente da maior "arma de destruição maciça das consciências", que são a media, falada, escrita e sobretudo da televisão (e agora também os vídeos internet). Esta dependência do ser humano em relação ao audiovisual tem raízes muito profundas na biologia evolutiva. Por isso, os oligarcas começaram a comprar cadeias inteiras de media, com jornais, tvs, magazines, empresas de software, etc. Isto começou em grande escala, nos anos oitenta do século passado. Hoje, a media não é o «quarto poder» que ela tanto se vangloria ser. Globalmente, tornou-se o instrumento, os «grilhões digitais», da servidão dos povos.

A possibilidade dum mundo mais justo e mais «verde», ocupa a cabeça das pessoas, em especial, nas novas gerações. Isso é muito compreensível. Porém, as falsas instâncias revolucionárias multiplicaram-se, o wokismo, a extinction rebellion é um exemplo recente, assim como os Antifa. 

O pavor de um mundo devastado e um clima completamente desregulado, saltou das páginas e telas dos livros e filmes de ficção científica para as mentes das pessoas, com muita facilidade. A religião tradicional, moribunda, não consegue mobilizar as pessoas, fazê-las estar de joelhos, perante o deus-dinheiro, todo-poderoso. Por isso, a nova religião, a ecologia (uma pseudo ecologia, anticientífica) substitui as outrora poderosas e hoje marginais ideologias do fascismo ou comunismo. 

A pseudo ecologia tem servido de álibi à destruição programada da ecosfera, em prol de uma ultraminoritária oligarquia, uma aberração moral e lógica. Pois um ecossistema  sustentável, equilibrado, em zonas protegidas, nunca poderá subsistir no meio dum depauperado ecossistema global que o rodeia. Quer ao nível local, quer global, isso será totalmente instável. O mesmo se passa na esfera económica, o que mostra a insanidade fundamental dos muito poderosos: não se pode conceber que um oásis de abundância se mantenha,  estavelmente, num mar de miséria.  

A guerra do COVID existe (ver NB2 em baixo), mas o inimigo não é o SARS-Cov-2, por muito real que seja: és tu, leitor! 

A existência de lockdowns (termo do vocabulário prisional) vai continuar,  durante um certo tempo: serão intermitentes, permitindo às populações respirarem um bocadinho, para depois as mergulhar de novo nestes «estados de exceção». Como o «water-boarding» (tortura muito usada pelos interrogadores americanos no Iraque e no Afeganistão), este vai-e-vem é destinado a quebrar a resistência psicológica das pessoas.

No entanto, quando o processo de transição for considerado completado, eles irão fazer as populações voltar a uma certa «normalidade», uma nova «normalidade». Pode-se adivinhar que este processo de transição permita salvaguardar as grandes fortunas, os grandes impérios corporativos, a matriz fundamental do capitalismo e do imperialismo. 

Há que «queimar» as divisas existentes, através da hiperinflação, para fazer com que o novo dinheiro digital seja considerado, universalmente, como «a norma». Mas esse dinheiro digital implica o controlo governamental sobre as nossas contas bancárias, a possibilidade de cancelar as contas de qualquer «dissidente», um «(designado) ciber ou bio -terrorista», etc. Vai ser possível dirigir os indivíduos para consumirem mais ou menos de certos produtos, pode-se atribuir uma caducidade à validade do dinheiro digital. Vai ser possível cobrar juros e impostos do montante que os governantes quiserem, não as taxas atuais.

A existência de uma sociedade do tipo comunismo autoritário, como a descreve Klaus Schwab não será um sonho florido. Será  uma distopia, um horrível cenário para quase todos, escravizados, submetidos a capatazes-robots. 

A palavra «transumanismo» serve para encobrir esse abismo de servidão e de desumanização. Não  tem nada que transcende o humanismo, como o nome parece indicar. É, propriamente, antiumanismo, na sua forma mais radical. Muito distante e fora do alcance da vista, uma pequena elite de «superiores»  tratará de gerir o mundo em todas as dimensões: desde a economia, até à «saúde» e reprodução dos escravos. Não existirá totalitarismo  benigno, disso podemos estar certos. Porém, será muito diverso do Nazismo, ou dos regimes de Estaline, ou de Mao na «revolução cultural».

«Não possuirás nada e serás feliz» 


Mas, o que se vai universalizar é a realidade presente da China de Xi Jinping, em que um povo de 1,6 milhares de milhões se submete, pelo bem estar material, a perder completamente a privacidade, a ser rastreado 24h/24h, a ser sujeito a vigilância permanente no Twitter, ou Facebook (ou os equivalentes na China ). Em todo e qualquer lugar, está-se sujeito à vigilância através de dispositivos vídeo de reconhecimento facial, ou de processos de identificação pela iris.O comportamento é escrutinado e, conforme seja classificado, o indivíduo  tem acesso ou é-lhe negado o que antes era um direito próprio. No chamado "livre ocidente" estão a imitar isso, com o passe vacinal. Só  um ingênuo poderá acreditar que eles fiquem por aqui, que não  vão  mais além.  

Quando a oligarquia tiver instalado o biopoder totalitário sobre todos, então irá fazer voltar tudo à normalidade, mas será a «nova normalidade».



...... 
* Segundo J. Kim: 
« Soaring food and commodity prices along with continuing rolling global lockdowns, unlikely to end until 2023 at the earliest, that impede the ability of the hundreds of millions around the world that most desperately need to work to purchase food, are a lethal combination for creating mass hunger and starvation. Most sinister about these soaring food costs over just the last rolling twelve-months, is the fact that 24/7 coverage by the mainstream media about the delta variant of the virus has kept this significant information out of the media headlines and out of the consciousness of the masses  [...]»

NB1: Why the Lockdowns Will NOT End Until 2023 & The Real Reasons Behind Their Continuation

NB2 : O rigoroso e completo inventário feito pelo Prof. Chossudovsky não deixa dúvidas. Estamos perante a mais monstruosa campanha, destinada a reduzir e controlar a população mundial.

NB3: BRANDON SMITH  chega exatamente às mesmas conclusões, que eu próprio. 
Não somos os únicos, há muitos intelectuais, cientistas, analistas políticos, e são de variados quadrantes político-ideológicos: https://www.zerohedge.com/geopolitical/brandon-smith-why-are-globalists-and-governments-so-desperate-100-vaccination-rates

NB4 : Veja como políticos da Austrália estão seriamente a propor ao governo que pregue multas elevadas a quem coloque notícias, nas redes sociais, sobre os protestos contra o «lockdown»: A notícia no Facebook que lhe pode custar uma multa de 11.000 dólares.

sábado, 12 de junho de 2021

A CAPA DE ESQUERDA QUE NOS CONFUNDE

O MEDO é raramente algo que nos induza a ter comportamentos racionais. Quando alguém opera impulsionado pelo medo, tem tendência a tomar decisões terríveis e a apoiar causas e leis opressoras. As pessoas amedrontadas também tendem a juntar-se em largas multidões, formadas com outras pessoas, como elas amedrontadas: Assim, sentem-se mais seguras e anónimas, no meio da massa. Assim também, poderão atuar, impulsionadas pelo medo, sem terem que pagar pelas consequências dos seus atos.

As mesmas pessoas que estão sob o domínio do medo, são - quase todas - das classes que têm sido atacadas e submetidas pelo neoliberalismo, nestes últimos decénios. São pessoas que perderam a segurança no emprego, a capacidade de levar a cabo uma vida normal, de conservar o poder de compra que tiveram no passado. Em suma: São massas destituídas da capacidade de resistir às crises, de enfrentar os tempos difíceis. Por isso, têm medo. Mas, o seu medo exprime-se de modo irracional, manifesta-se em termos de pânico.

Não são pessoas com treino de análise racional e crítica, que saibam distinguir e desmascarar a trapaça, a demagogia, o apontar de bodes expiatórios, e de todas as demais artimanhas da oligarquia dominante e de seus vassalos e prostitutos, em lugares de poder.

A fúria destruidora, motivada em primeiro lugar pelo medo, é convenientemente desviada pela propaganda insidiosa da media, dos políticos demagogos e reforçada pelos preconceitos ancestrais. A designação do inimigo, tanto externo como interno, nunca corresponde ao perigo real: São sempre os outros povos, «os russos», «os chineses», ou outra religião, o «islamismo»; ou ainda, etnias diferentes que «invadem» o país, mas que, afinal, são pobres imigrantes com salários miseráveis, que trabalham como escravos. 

Ora, convenientemente, uma «esquerda bem-pensante», tem sempre feito a ginástica necessária para parecer estar contra os poderes dominantes mas, em simultâneo, iludindo as massas que nelas acreditam. Trata-se de fenómeno religioso, de fé na salvação. Os dirigentes políticos e sindicais especializaram-se em dirigir seus adeptos para pseudo-lutas, intencionalmente sem  hipótese real de sucesso. 

É por isso que são permitidas manifestações, greves simbólicas e que apenas afetam o salário ao fim do mês dos grevistas, grandes mobilizações eleitorais, com belos discursos e belas palavras, mas com o fim de obter assentos na Assembleia da República, onde irão cozinhar compromissos com partidos mais poderosos; normalmente, com aqueles que são a fundo, e não apenas marginalmente, subsidiados pela oligarquia.

Os dirigentes e os quadros mais importantes desses partidos de esquerda, têm grande ambição de poder, que disfarçam com belas palavras de «servir o povo», etc. Sabem disfarçar suas traficâncias para alcançar e se manterem no poder. Os militantes estão sob hipnose. É para isso que servem as palavras de ordem, os rituais dos comícios, propriamente religiosos, mesmo sem Deus. Os adeptos estão condicionados a reagir perante os estímulos fornecidos pela elite partidária: não pensam. Não precisam de pensar mas, somente, de ter uma fé infinita nos líderes, reproduzindo preconceitos de toda a ordem. 

Não são diferentes, na verdade, dos fanáticos nazis ou fascistas, deste século e do século passado. São feitos da mesma massa. Os slogans são diferentes, as cores e os símbolos, também. Mas, os objetivos são os mesmos. Eles não suspeitam sequer disso. Por debaixo das retóricas de emancipação das classes trabalhadoras, está a verdadeira motivação: A propulsão da casta  dirigente partidária ao poder. Uma vez no poder, fazem exatamente o que outros fizeram: Irão favorecer (discretamente) os que lhes forneceram os fundos, usando uma retórica mais ou menos «audaciosa», mas só para iludir o povo fiel. 

Os democratas de esquerda nos EUA são uma anedota. As figuras de proa dos partidos de esquerda europeia também. A traição da esquerda contemporânea, ao nível do mundo «ocidental», é só comparável ao que fizeram na véspera da 1ª guerra mundial. A esquerda desse tempo, renunciando ao combate contra o militarismo, recusando convocar uma greve geral, traiu a classe trabalhadora e tornou possível a 1ª Guerra Mundial.
A esquerda de hoje serve-se dos votos e dos lugares obtidos - em geral - graças às classes com menos poder, para ainda lhes retirar a réstia de poder que uma democracia fictícia e truncada ainda não tinha completamente roubado. Com efeito, estão dentro de estruturas de poder, o parlamento europeu, por exemplo, para «carimbarem» tudo o que os globalistas querem. Mais; são a garantia dos neo-liberais, de que têm uma pseudo-oposição, o que lhes dá um «verniz» democrático. Aliás, são eles os maiores responsáveis da subida da extrema-direita.

Ao fim e ao cabo, serão os serventuários mais eficazes do grande capital, das forças mais reacionárias, dos imperialismos: porque estes precisam de atores que mantenham a ficção da democracia representativa, que desempenhem o papel de defensores dos oprimidos, dos explorados, com algum grau de verosimilhança.

Os esquerdistas são de tendência autoritária, quase todos: Têm uma visão destorcida da democracia. Acham que 51% dos votos para um dado partido ou coligação, legitima que os eleitos façam tudo, como se os 49% eleitoralmente derrotados, não tivessem diretos, não tivessem voz na matéria. O que -obviamente- é uma completa negação da nossa constituição e das leis. Também é negação de um conceito realmente democrático. Mas isso não lhes importa muito, pois são eles que fazem a lei, são eles que são a legalidade, são eles que decidem o que é ou não, legal e legítimo.

Viu-se e vê-se em Portugal e noutros países europeus, ditos democráticos:

- O espezinhar a constituição, decretando um «estado de emergência», em violação flagrante do que diz a constituição sobre as condições exigidas para tal. 

- Produção pelo governo de legislação avulsa, criminalizando pessoas que pacificamente apenas desejam continuar a exercer sua atividade, como comerciantes. 

- Imposição da absurda obrigatoriedade de máscara, mesmo ao ar livre, na rua.

- Negação da liberdade de informar e ser informado sobre a verdadeira biologia do vírus SARS-Cov-2, sobre a verdadeira ciência epidemiológica, sobre as boas práticas terapêuticas, deixando morrer milhares de pessoas que poderiam ter sobrevivido e ficado curadas, se tivessem sido aplicadas terapêuticas comprovadas, tudo isso para favorecer o cartel das grandes farmacêuticas... 

- Para culminar, a vacinação forçada (hipocritamente) pois as pessoas não poderão fazer nada senão ficarem em eterno confinamento, caso recusem ser vacinadas e o passaporte «sanitário»... 

- E perante esta sucessão de atropelos e violações das liberdades e direitos, o que fazem os partidos de esquerda? O que fazem eles -realmente - para defender os oprimidos, os que ficam com a vida numa catástrofe, de um momento para o outro? O que fazem para impedir a supressão do Estado de Direito, com a instalação de um Estado de arbítrio, de ditadura sobre o povo?

- Têm sido eles os mais zelosos cumpridores e, por vezes, os mais entusiastas proponentes destas medidas!

Este comportamento é grave e traz consequências. 

. A primeira das quais, é que as forças políticas de esquerda serão relegadas para as margens, como forças residuais. 

. Outra, será a impossibilidade de se contar com estas forças, imbuídas de padrões autoritários, para combater as tentativas oligárquicas de impor a Nova Ordem Mundial. 

. Quem não percebe, ou não quer perceber, o facto fundamental, de que elas estão apostadas em impor seu modelo distópico, malthusiano, eugenista, neofeudal, em que poderá contribuir para a resistência a tal estado de coisas? 

. Será necessária uma outra consciência cívica e ética, distante dos modelos autoritários, de «esquerda» ou de «direita». 

Por enquanto, ainda não verifico - apesar de manifestações em vários pontos do globo - o advento dum novo modo de fazer política. Acredito que ele virá e que será realmente a grande novidade, o polo emancipatório no século XXI.

Esse momento - creio - ainda não chegou. Porém, a minha esperança reside no facto das oligarquias terem projetos megalomaníacos, como - no seu tempo - os de Napoleão e Hitler. Mas,  tais projetos, pela sua própria natureza e pela «húbris» dos seus líderes, estão destinados a falhar.

 

quarta-feira, 28 de abril de 2021

LIGANDO OS PONTOS ENTRE SI

                 
Os poderes que nos governam nunca darão uma imagem verdadeira do que se está a passar realmente, nem dos seus planos. O que nos dão como «informação», mais não é do que propaganda, veiculada por órgãos da SUA oligárquica ditadura, a média corporativa. 

Se nós consideramos tudo o que se está a passar neste momento, teremos:

Primeiro, um clima de guerra, a aceleração das hostilidades do império americano, contra a Rússia, a China e o Irão, em simultâneo. Mesmo que façam declarações sobre boas intenções de renovo do diálogo, não podemos ser ingénuos, ao ponto de acreditar na sua retórica oca. Temos aí um primeiro ponto ao qual temos de ligar os outros.

Segundo, a catastrófica crise económica, precipitada intencionalmente pelas «elites», cooptando a OMS, a ONU e os governos, como instrumentos para imporem a sua ditadura, condição para poderem implantar a «Nova Ordem Mundial», que eles re-fraseiam como a «Nova Normalidade», ou «The Great Reset», resultante dos «lockdown», da gestão da crise por corpos supra nacionais não eleitos, ou seja, pelos globalistas neles entrincheirados.

Terceiro, a massiva onda de propaganda, com as mais nítidas características totalitárias, inéditas para as jovens gerações nos países ditos democráticos do Ocidente, mas que os mais velhos sabem ser típicas dos regimes totalitários. Foram buscar as receitas a Huxley e Orwell, embora estes autores de ficção política e sociológica sejam traídos, pois a intenção deles era denunciar as derivas que presenciaram e os novos desvios autoritários que previram.

Quarto, a instrumentalização de profissões que eram respeitadas, dispondo de grande credibilidade porque independentes (algum tempo atrás) dos poderes: as profissões de médico, de professor universitário, ou de investigador científico... Para imporem uma «vacinação» massiva, com «vacinas» que não o são, antes veículos de clonagem, no caso das baseadas em ARNs mensageiros, para uma doença cujas taxas de mortalidade verdadeira, não cozinhadas estatisticamente, não justificam as estratégias vacinais adoptadas, antes pelo contrário. 

A coroar isto tudo, uma parte significativa das pessoas nestas profissões têm sido coagidas, silenciadas, pelos que controlam a narrativa, o discurso dominante, mas também viram as suas carreiras ameaçadas ou quebradas: merecem a nossa estima e solidariedade, tais médicos, académicos, cientistas, que exprimem o seu frontal desacordo com o que está a ser feito a pretexto de combater a «pandemia» de COVID.

Este conjunto de factos, hoje indisputáveis, já tinha escrito sobre eles neste blog, nos primeiros meses de 2020. Acompanhei, desde então, a evolução dos acontecimentos com os meus meios limitados, recorrendo a fontes não enfeudadas aos poderes, servindo-me do meu senso crítico e da minha experiência. Apercebi-me de que muitos o fizeram também e chegaram às mesmas conclusões, de forma independente. Então, por que razão não houve uma  vaga de protestos, de indignação popular, etc. ? Será que, eu e outros, ficámos «fora da realidade»? Que «fomos vítimas de halucinação colectiva»? - Obviamente, os que tais atoardas lançam, são pessoas sem escrúpulos, que preferem insultar e difamar, para não terem que verdadeiramente criticar. Não se atrevem a vir em terreno aberto, para argumentar. Escudam-se na situação assimétrica do seu acesso ilimitado aos média, enquanto aqueles que eles impunemente insultam e difamam, são excluídos.

Mas a resistência está em marcha. Muitas pessoas estão a acordar para o perigo e estão a agir, desde grupos de médicos, de cientistas, aos «cidadãos comuns» que se manifestam publicamente. São as que defendem a liberdade. 


No horizonte, vemos uma encruzilhada, com dois cenários radicalmente opostos:

- Por um lado, o cenário onde - devido ao movimento popular, cada vez mais vigoroso - ocorre o desmascarar desta oligarquia, que pretende «nada mais» que tomar o controlo sobre o Mundo, os recursos, as instituições, os governos e a própria vida das pessoas. Eles contam com muito poder, que lhes dão as imensas riquezas, ilegítimas, decorrentes de uma longa exploração dos recursos, das gentes, e com a conivência ativa dos governos. Mas, as pessoas - cada vez mais conscientes - estão a lutar pela sua sobrevivência, delas e das gerações seguintes. Pelo que têm muita energia, criatividade, desejo de justiça e espírito solidário. 

Por outro, o cenário da catástrofe global, seja ela a extinção brusca pela guerra nuclear, seja a lenta agonia duma drástica redução populacional,  causada por um programa de malthusianismo e eugenismo, levado a cabo sobre as diversas populações do Mundo, eliminando as pessoas «inúteis» primeiro e, logo de seguida, fazendo o mesmo com «os excedentes», reservando para a «raça dos senhores» o usufruto dos recursos do Planeta. 

É impossível ficar-se neutral, pois o cenário malthusiano da redução populacional é a real motivação dos «filantropos» oligarcas, dos multimilionários. Eles acham que estão a beneficiar a humanidade, ao resolverem o problema nº 1 planetário (segundo eles, claro), o da sobrepopulação !

Em conclusão: devemos nos unir em torno de princípios e de métodos de ação muito simples e pacíficos. Isto fará ruir os sonhos megalómanos dos superpoderosos. É possível alcançar este objetivo, se as pessoas acordarem de sua letargia e sacudirem o medo incutido, mas injustificado: Têm de colocar nos 2 pratos da balança o que realmente está em causa e agir em plena consciência.

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PS1: Mais um ponto, que é necessário ligar aos restantes: A Suíça vai eliminar as notas de banco. Terá uma economia 100% digital. As consequências disso, ao nível global, são claras e são denunciadas por Martin Armstrong, entre outros.