De todas modalidades de poluição enumeradas há uma pior que as outras, a poluição mental.
Ela diz assim: «Ai sim? Então que se lixe...»
De todas modalidades de poluição enumeradas há uma pior que as outras, a poluição mental.
Ela diz assim: «Ai sim? Então que se lixe...»
Sabes que Chuck Berry é dos poucos responsáveis pelo nascimento de um estilo de música - o Rock and Roll - que se prolonga até hoje, desde os anos 1950?
Como ele conseguiu arrastar consigo toda uma juventude principalmente branca, oriunda da classe operária, a geração que nasceu no final da II. Guerra Mundial!?
Deu-lhes o som endiabrado, feito de simples sequências de acordes e de «riffs» de guitarra elétrica, aquilo dava para dançar.
Em relação às letras, não eram composições eruditas, porém estavam em sintonia com sentimentos dessa juventude que acorria aos concertos, comprava os discos e reproduzia em grupos de garagem os sucessos dos precursores.
Foi uma autêntica libertação que abateu os preconceitos de separação de raças e, também, de classes. A geração dos anos 50 foi homenageada pelos grupos e cantores ídolos da década seguinte, os Beatles, os Rolling Stones, etc, etc.
[Oiça aqui os Beatles:]
Sweet Little Sixteen (Live At The BBC For "Pop Go The Beatles" / 23rd July, 1963)
Sem Chuck Berry, nada disso teria sido assim! Claro que ele não foi o único, basta pensar em Otis Redding, Ray Charles e outros, com uma audiência jovem e sem preconceitos raciais:
No link seguinte,
poderás ler na íntegra o artigo sobre o intrigante «blackout» das autoridades médicas, dos ministérios da Saúde e dos políticos, sobre um fenómeno extremamente preocupante: O excesso de mortes (todas as causas confundidas) nos países ocidentais, que têm ocorrido, nos últimos dois anos 2022 e 2023. Apenas falamos destes países, porque possuímos dados estatísticos de mortalidade relativamente mais fiáveis, que os de países do «Terceiro Mundo».
O excesso de mortes não resulta de pessoas que morreram com o diagnóstico de COVID. Este excesso de mortes, causado pelo COVID, existiu nos anos 2020 e 2021. A partir dos finais de 2021/princípios de 2022, os números relativos a infeções, internamentos e mortes causadas pelo vírus diminuíram drasticamente.
Os poucos cientistas - sem apoios institucionais - que decidiram inquirir sobre o assunto, excluem que se trate de «mortes Covid». Com efeito, o número de mortes registadas como causadas pelo COVID, desde 2022 e continuando em 2023, é muito baixo, não pode ser a causa direta responsável pelo referido excesso. O problema é que este excesso de mortes tem de vir de algum lado. Como é tão elevado (chega a valores de 10% a 15% de mortes em excesso em relação aos 5 anos anteriores a Jan. 2020), é um «elefante no meio da sala». O mais grave é que as «autoridades», desde os governos, investigação médica, faculdades de medicina e profissão médica, todos olham para o lado, como se este excesso não existisse, ou não tivesse importância.
Jonathan Cook propõe uma interpretação para o comportamento insólito destes atores institucionais. A sua hipótese parece-me fazer todo o sentido, em continuidade com os comportamentos que se observaram nos que são responsáveis pelos «lockdown» e pelas campanhas de vacinação em massa, utilizando as «vacinas de ARNm».
A ocultação (ou, mesmo, falsificação) de causas de morte pelas estatísticas da saúde, é tecnicamente possível de ser feita. Porém, não é possível ocultar o número de óbitos globais de cada país. Desde o fim da crise do COVID, que ocorre este excesso de mortes. Sabemos que o número de mortes totais em qualquer país é, em geral, muito estável. Aumentos como estes, da ordem de 10-15%, são geralmente atribuíveis a situações excecionais: Uma epidemia, uma catástrofe natural (terramoto, inundações), uma guerra... Na ausência de tais situações, o número de óbitos na população (para cada país) deveria regressar aos valores de antes da pandemia de COVID, ou seja, de 2019 e anos anteriores.
José Gomes Ferreira, poeta militante, num misto de poesia lírica e heroica, adota o tom perfeito para nos falar ao ouvido, como o faria nosso avô...
Sim, tudo isto e muito mais, se poderia dizer e disse, porventura, nas homenagens ao poeta... depois de morto. Pela minha parte, lembro-me, adolescente, do maravilhamento ao ouvir discos vinil da Philips, com as gravações de poesias ditas pelo próprio poeta.
Sem dúvida, houve compositores célebres e talentosos que musicaram alguns dos seus poemas, por exemplo, Manuel Freire ou Fernando Lopes Graça. Eles puseram o seu talento ao serviço de uma palavra que nos soava como profética, aos adolescentes dos anos 60. Num certo sentido, a profecia realizou-se e ... foi traída, como todas as utopias (que literalmente querem dizer «sem lugar onde»).
Ele, José Gomes Ferreira e a sua obra, serão sempre membros ilustres da República dos Poetas. A propósito, descobri - há muitos anos - que o melhor método para as «autoridades» se verem livres de autores, artistas, ou outros personagens incómodos é erigirem-lhe estátuas, darem-lhes nomes de ruas, etc. , mas claro, depois de mortos e sem divulgação da sua obra junto da juventude.
Felizmente, para mim e pra outros gatos vadios, a poesia verdadeira não se vende, não se promove com reuniões de socialites, não entra em círculos snobs ou em feiras de mau gosto televisivo...
A poesia dá-se.
Querem a prova do que acabo de dizer?
BALADA DUMA HEROÍNA QUE EU INVENTEI - poema de José Gomes Ferreira
Vais morrer com a saia rota,
sem flores nos cabelos...
— Mas isso que importa
se depois de morta
ate as mãos da terra
hão-de florescê-los?
Vais morrer de blusa no fio,
sem laços nas tranças...
— Mas isso que importa
se depois de morta
até as mãos do Frio
penteiam as crianças?
Vais morrer espantada na rua,
sem fitas nos caracóis...
— Mas isso que importa
se depois de morta
até as mãos da lua
enfeitam os heróis?
Vais morrer a cantar numa esquina,
de sapatos velhos...
— Mas isso que importa
se depois de morta
continuarás a ser a menina
que nunca teve espelhos?
Vais morrer com olhos de águia presa
e meias de algodão...
— Mas isso que importa
se depois de morta
a tua beleza
não caberá num caixão.
E há-de rasgar a terra
e romper o chão
como uma primavera
de lágrimas acesa
que os homens atiram, em vão,
para a natureza?
(in Poeta Militante, 1º. Volume, Moraes Editora)
https://www.youtube.com/watch?v=asx4B3hueK4
Dulcineia, Dulcineia,
volte ao que era:
uma plebeia
sem primavera
Volte aos redis,
coberta de chagas
— sem espuma em gomis
nem brilho de adagas.
Volte ao que foi,
pois ainda conserva
um cheirinho a boi,
um cheirinho a erva…
Volte a apanhar pinhas
e bosta para os fornos.
E a tanger cabrinhas
com flores nos cornos.
Volte a andar de gatas
como os outros bichos…
E esqueça as serenatas
aos seus caprichos.
Esqueça o castelo
onde os donzéis
se batiam em duelo
à século XVI…
E volte à aldeia
da sua labuta.
Dulcineia, Dulcineia,
deixe de ser Ideia
e torne-se a carne e a alma
da nova luta.
(de A Morte de D. Quixote, in Poeta Militante / Viagem do Século Vinte em Mim – 1º volume, Moraes editores, 1977 – Círculo de Poesia)
Acordai, homens que dormis
a embalar a dor nos silêncios vis!
Vinde no clamor das almas viris,
arrancar a flor que dorme na raiz!
Acordai, raios e tufões
que dormis no ar e nas multidões!
Vinde incendiar de astros e canções
as pedras e o mar, o mundo e os corações…
acendei, as almas e de sois
este mar sem cais, nem luz de faróis!
E acordai, depois das lutas finais,
os nossos heróis que dormem nos covais.
Num artigo recente, Caitlin Johnstone recorda um vídeo de 2010 de Julian Assange, da maior importância para compreendermos os imensos obstáculos que encontramos em exercer coletivamente a cidadania, termos voz nos assuntos públicos. É que se vive na opacidade total, devido à ocultação intencional e à propaganda enganadora dos que governam e seus agentes mediáticos.
É sobre esta ausência de dados concretos e credíveis, sobre o funcionamento das instituições, de que Julian Assange fala.
Desta república dos poetas, tenho tido muito poucas notícias ultimamente. É quase certo que existem interferências, que me impedem de ouvir e ler aquilo que têm para me dizer, os habitantes desta república. Como é evidente, esta república não é uma nação física mas, apenas, uma república espiritual. É um conjunto de palavras escritas e pronunciadas, que consiste na melhor e mais duradoira parte duma língua. Será música, ela própria, suscetível de ser escolhida por compositores e interpretes, que fazem dos poemas que eles selecionam a base para suas canções, ou coros, ou poemas sinfónicos. A língua portuguesa é muito rica em sons, também em entoações regionais próprias. Beneficia também de uma vasta expansão geográfica, o que significa ser veículo de expressão de literaturas bem diversas.
Por outro lado, a biologia diz-nos que há algo muito fundamental na Língua-Mãe. Esta é ouvida pelo bebé, ainda no ventre materno. O feto reconhece a voz da Mãe e do Pai, entre todas as vozes que ouve. Está demonstrado que reage de modo diferente perante essas vozes, em relação a quaisquer outras, que lhe sejam estranhas. O recém-nascido presta igualmente muito mais atenção a conversas ouvidas na sua língua-materna, do que noutras quaisquer, embora não possua, nessa idade, capacidade linguística para compreender o significado das palavras. Mas, como a música da língua é muito própria, nos sons emitidos e na associação entre eles, os sons da língua materna são-lhe familiares.
O ser humano está predisposto, epigeneticamente, enquanto criança e enquanto adulto, a ouvir e a falar a língua do seu povo. Eis a base biológica para compreendermos a relação muito própria entre um povo e sua língua: Relação propriamente umbilical.
Desde muito cedo, apreciei a poesia. De acordo com o meu próprio estádio de desenvolvimento, enquanto criança ou adulto, fiz as minhas escolhas estéticas, selecionando nos poetas portugueses e franceses (as minhas duas culturas de origem), aqueles cujos textos desencadeavam em mim um maravilhamento. Esta sensação, o maravilhamento, ocorre quando se ouve ou lê um texto. Algumas vezes, o seu conteúdo é transmitido de forma tão perfeita e bela, que não poderia ser expresso melhor. A música é a arte humana que vem (mais) de dentro, pois está ligada à produção de sons, vibrações, pulsações do nosso próprio corpo. Aliás, sentimos também a ressonância musical vinda de outro corpo.
A música da língua está primeiro, na ordem de prioridades de «fabricação» de um poema. O poeta escolhe palavras de acordo com o sentido que deseja veicular ao leitor, mas sobretudo, escolhe-as em função da sonoridade e conjugação entre elas, para exprimir uma peça musical. Esta, pode ter grande originalidade, mas também (infelizmente) pode ser banal, desinteressante. Em geral, a força e a subtileza com que o poeta se exprime, estão relacionadas com a profundidade dos sentimentos e pensamentos próprios.
Vou estrear esta série da «República dos Poetas» com um poeta português - já falecido - David Mourão Ferreira. Evidentemente, escolherei sempre os autores e as suas obras, de acordo com o meu gosto subjetivíssimo. O que exprimo neste blog, quando falo sobre essas obras poéticas é apenas um mero reflexo pessoal das minhas escolhas estéticas e do que me vai no pensamento. Mas, as subtis harmonias que se desprendem destas obras, têm matizes infinitamente diversificados e percetíveis por Vós, meus leitores, devido à infinita variedade do humano.
Temos de aceitar uma vez por todas que, apesar da guerra na Ucrânia ser uma carnificina como não houve muitas, o cenário principal desta Terceira Guerra Mundial joga-se em planos muito diferentes do mero confronto militar. É um confronto total: Nada mais óbvio, a meu ver, que a luta de uns (BRICS e associados) para arrancarem a hegemonia do dólar, por um lado. Por outro, os EUA e seus aliados, a fazerem tudo para guardar essa hegemonia, incluindo - mas não exclusivamente - através da guerra «cinética» ou dita convencional, fazendo pairar a ameaça de guerra nuclear.
(Ver minhas crónicas anteriores: Crónica Nº13 da IIIª GUERRA MUNDIAL)
Li alguns artigos (ver links em baixo) e tentei resumir, neste escrito, o que aprendi com eles.
Alasdair Macleod chama-nos a atenção para o anúncio - feito pela Rússia - de que estaria para breve uma nova divisa, da responsabilidade dos BRICS, que seria apoiada no ouro. Os media ocidentais, tentaram - como de costume - ignorar ou minimizar a importância deste passo, anunciado para ser oficializado dentro de tempo muito breve, na cimeira dos BRICS de Johannesburg. Os BRICS, entretanto, vão-se alargando, a sua estrutura está a fazer a junção com outras instituições da globalização «alternativa», a Organização de Cooperação de Xangai e a União Económica Euroasiática. Trata-se - nada menos - da maioria da Ásia (incluindo países do Médio-Oriente), além de países de África e América Latina. Ao todo, serão uns 61 países (se a minha contagem está certa), a formarem este novo bloco, em torno do núcleo inicial dos BRICS.
A segunda peça, é de autoria de Marcel Salikhov, o diretor do Centro de Peritagem Económica da Escola Superior de Economia de Moscovo, inicialmente publicada no Valdai Discussion Club: Este documento lê-se como sendo uma planificação estratégica para acabar com a hegemonia do dólar. O autor di-lo, sem esconder os objetivos, com a segurança de alguém que sabe ter apoio e colaboração dum conjunto de especialistas monetários de vários países. Estes países constituíram a «Grande Aliança Informal» que se alargou e consolidou, perante a constatação de que os EUA e seus vassalos não hesitavam em deitar pela borda fora as «regras internacionais», como as do FMI e do Sistema Monetário Mundial (Por ex.: O estatuto especial dos bancos centrais e dos seus ativos), ou a utilização de sanções unilaterais como meio de chantagem política sobre regimes não afetos aos senhores hegemónicos (Aliás, indo contra o espírito e a letra dos tratados da ONU e da OMC).
Quem quiser, pode compreender -pela leitura do artigo - quais os passos propostos para a derrota do dólar enquanto instrumento bélico, usado para subjugar os Estados, exercendo sobre eles uma chantagem permanente, com o abuso do seu estatuto de «moeda de reserva».
Finalmente, o artigo do jornal on-line britânico Off-Guardian, por Riley Waggaman, correspondente em Moscovo. O rublo digital nasceu oficialmente, tendo a Duma (o parlamento russo) votado a lei na Terça-feira passada (a 11 de Julho de 2023). Note-se - de passagem - o silêncio, a falsa indiferença da media corporativa.
O que me parece importante fazer sobressair é que este lançamento do rublo digital não é desgarrado, mas coordenado com o lançamento sob forma digital duma divisa própria dos BRICS. A China, por sua vez, já possui instrumentos técnicos para lançar o Yuan digital em grande escala. Já o fez, a nível experimental, em várias províncias.
Quem está imbuído de conceitos keynesianos, ou deles derivados, tem tendência a desprezar o papel monetário do ouro. Porém, agora, o ouro surge «em todo o seu esplendor». Qualquer país que queira aderir ao «novo clube», quer use um nome novo, ou o nome tradicional da sua divisa própria, precisa de ter um certo grau* de cobertura em ouro nas suas reservas bancárias. Isto tem a sua lógica: Os países podem fazer comércio entre si usando moedas nacionais respetivas; mas, as trocas deverão ser periodicamente ajustadas pois, por coincidência somente, o valor das exportações dum país, cobriria exatamente o valor das importações do outro.
[* Não se trata de convertibilidade automática em ouro, dum padrão-ouro como existiu no séc. XIX, até à Iª Guerra Mundial (1914-1918): Nessa época, as notas de banco eram literalmente certificados de ouro. O seu possuidor tinha direito de as trocar pela quantidade correspondente em ouro ao balcão dum banco comercial.]
O resultado de os membros, e da própria organização dos BRICS alargada, terem a sua divisa comum e as divisas digitais dos vários países (rublo, yuan, ...) com o «backing» do ouro, é que esvaziam as moedas digitais que os países ocidentais pretendem lançar como versões digitais das divisas «fiat». Estas últimas, não são garantidas por nada, a não ser pela «confiança» nos bancos centrais e nos governos que as emitem!
ARTIGOS EM QUE ME BASEEI:
https://www.goldmoney.com/
https://www.informationclearinghouse.info/57678.htm
https://off-guardian.org/2023/
PS1 : Nomi Prins, em entrevista ao KWN, reforça os aspetos da mudança tectónica, referida no meu artigo acima. Veja e leia:
https://kingworldnews.com/nomi-prins-just-warned-what-is-about-to-be-announced-will-shock-the-world/